Dormir ansiosa com o que poderia acontecer na entrevista, mas depois peguei no sono e relaxei. Acordei e Edward já tinha saído pra trabalhar e aquilo me desanimou, queria ter preparado seu café e não fiz. Fiquei assistindo e brincando com Nicolly até que Ângela me ligou e marcou o horário de estarmos lá, Mike passaria aqui pra me arrumar e maquiar, fui me arrumar no horário combinado, vesti um tomara que caia preto e pee toe da mesma cor, pra quebrar um pouco coloquei um cinto fininho rosa, Mike chegou e fez uma maquiagem leve e graciosa, ondulou meus cabelos e sorriu satisfeito com seu trabalho. Nicolly chegou rodopiando vestia um vestido preto de bolinhas branca, seu cabelo estava preso em coque de lado e tinha uma fita dourada.

-você está muito linda meu amor – falei e ela corou.

-você também mamãe, você é a mãe mais linda do mundo! – falou e meus olhos se encheram d’água.

-e eu tenho a melhor filha do mundo! – falei e ela riu igual ao pai.

-obrigada – agradeceu subindo na cama, ficou me olhando enquanto Mike terminava tudo, Ângela chegou e fomos, o caminho foi tranqüilo e tenso, ninguém a não ser Nicolly perguntava algo, só respondíamos a suas perguntas, cheguei e fui direto pro meu camarim me preparar, não demorou muito um assistente veio colocar o microfone.

-se você quiser comer algo, pode comer – falei vendo-a olhar a mesa cheia de doces.

-oh... Não, depois no momento estou nervosa – falou se sentando.

-nervosa com o que? – perguntei confusa.

-com a entrevista, eu sei o que está se passando e que você está escondendo do papai, mas fique você sabendo que ele também está ciente disso, sei que estão devolvendo os ingressos, que te consideram mentirosa e má influencia pras crianças e adolescentes que te ama – falou me espantando.

-você não acha que é muito pequena pra ficar se preocupando a toa?

-não, não quando isso envolve a felicidade dos meus pais e é por isso que eu trouxe isso aqui – falou me entregando um envelope, abri e vi o exame de DNA.

-eu tinha procurado isso, mas não encontrei.

-eu o guardei de lembrança – falou coroando, alguém bateu na porta avisando que estava na hora.

-vamos? – perguntei esticando a mão e pegando na sua.

   A entrevista não foi fácil, a platéia participava e todos faziam perguntas pra valer, esperava que fosse assim, mas estar ali sendo abertas a perguntas tão fortes, fiquei nervosa por Nicolly, mas depois tudo ocorreu bem quando eu a apresentei e todos viram a nossa semelhança, fiquei mais feliz ainda quando vi Edward na platéia e sorri pra ele que assentiu, Oprah percebeu a presença dele ali e não falou nada, minha afirmação que Nicolly era minha filha ficou mais forte quando viram o exame de DNA e a data dele.

-que bom que você veio! – falei nos bastidores do programa, pulei no pescoço do Edward e dei um Celinho nele.

-não poderia deixar de vir, você precisava de apoio – falou me abraçando.

-foi mais difícil que eu esperava – falei magoada.

-não se preocupe meu amor, eu estou aqui e eu te amo – falou segurando meu rosto entre os seus.

-eu também o amo, mas mesmo assim é difícil lidar com a rejeição daqueles que disseram te amar – falei e ele me beijou.

-você tem a mim – falou e eu sorri.

-olá – cumprimentou Oprah se aproximando com Nicolly.

-oi – cumprimentei indo abraçá-la.

-vocês têm uma filha maravilhosa – falou e Nicolly sorriu.

-obrigada – agradeceu Edward.

-esse é Edward meu futuro marido – apresentei e os dois trocaram um aperto de mãos.

-vocês vão se casar? – perguntou surpresa.

-sim. Depois que eu voltar de turnê, vamos organizar o casamento, quero que seja o mais rápido possível e só assim acabar com o falatório – falei.

-eu sei como é, mas não ligue para o que eles falam, nunca falam nada de útil – aconselhou ela ao Edward que assentiu.

-já estou começando a me acostumar – sorriu torto.

-bem deixa eu ir continuar meu programa, apareça mais vezes – falou enquanto nos despedíamos.

-pode deixar – falei e saímos.

  Fomos jantar e a saída foi um pouco tumultuada, mas nada que Seth, Jake e Embry não pudessem lidar, fui dormir na casa do Edward e tivemos uma noite maravilhosa de amor, acordei cedo e preparei o café do Edward e levei na cama, depois de come-lo Edward e eu tivemos mais um sexo selvagem.

-eu te amo – falei feliz.

-eu também te amo minha Bella, você é a razão do meu viver e o fruto desse amor está no quarto ao lado dormindo – falou e eu o abracei fortemente.

   Ficamos assim por um bom tempo, mas eu tinha que voltar pra casa e arrumar minhas malas, mas Maria arrumou tudo pra mim, entrei no avião ansiosa, cheguei lá e já fui direto pro banco onde Aro me aguardava, fiquei surpresa ao saber que meu pai me deixou tudo o que ele tinha, barcos, casas, fazendas e muita coisa a mais, olhei pros papeis e senti uma dor no coração, meu pai sempre foi um homem tão bom e ter morrido do jeito que ele morreu é cruel demais. Dormir no hotel e na manhã seguinte estava de volta a NY, encontrei Alice e Nicolly no saguão do aeroporto me esperando, como esperado encontrei um paparazzi, mas foi tranqüilo.

-como foi? – perguntou Edward enquanto jantávamos.

-tranqüilo, e ai sentiu minha falta? – perguntei zuando.

-claro que eu senti sua falta – falou me dando um Celinho.

-você vai mesmo me levar no aeroporto? – perguntei ansiosa.

-vou. Por quê?

-por nada – falei e o celular dele começou a tocar, ele atendeu seu semblante foi se transformando em uma careta de sofrimento, ele se levantou da mesa e parecia preocupado, hesitei em segui-lo, mas fui atrás assim mesmo. Nicolly assistia televisão e quando viu a cara de preocupação do pai se levantou preocupada, seu olhar encontrou o meu e vi ali eu nervosa, ansiosa, preocupada, curiosa e tudo o que eu sou. Edward foi para o quarto e eu o segui, Nicolly ficou nos observando, ele andava pelo quarto e se vestia, finalmente depois de quase pronto ele desligou.

-o que ouve? – perguntei muito ansiosa.

-Irina está internada e passa muito mal – falou preocupado.

-ela está bem? – perguntei assustada.

-parece que o estado dela é grave, ela teve uma recaída nos tratamentos e parece que o seu corpo não quer mais aceitar os medicamentos – falou já saindo do quarto eu o segui.

-quer que eu vá com você? – perguntei.

-não, não precisa, fique aqui e durma pra sua viajem, e acho que não vai dar pra mim te levar no aeroporto, tudo bem pra você? – perguntou hesitante.

-claro que eu não me importo, vai logo e me ligue – pedi. Ele me beijou rapidamente, mais o suficiente pra me deixar sem ar e depois saiu correndo.

-o que ouve? – perguntou Maria e Nicolly juntas.

-Irina passou mal e foi hospitalizada – falei e Nicolly se sentou no sofá, fui abraça-lá e ficamos assim por horas.

   Nicolly dormiu nos meus braços e eu a deitei na minha cama fiquei assistindo TV esperando alguma ligação do Edward, mas ele não ligou e nem atendia as ligações e isso estava me matando, fui dormir as 04h00min da manhã e tinha que acordar as 09h00min e ir pro aeroporto.

-mãe acorda! Mãe acorda, você vai se atrasar, por favor, acorda! – chamou-me Nicolly me sacudindo, abri os olhos e sorri.

-bom dia meu amor! – cumprimentei me espreguiçando.

-bom dia! Ainda da tempo de você voltar a traz – lembrou.

-do que? – perguntei me sentando.

-me deixar ir com você! – falou decidida e eu ri.

-até parece que eu vou te levar! Eu mal vou ter tempo pra mim e vou te levar, você só ficaria trancada em um hotel me vendo dormir e a noite ficaria sozinha, porque eu teria shows pra fazer e com certeza não a levaria, sem contar que ficaria preocupada com você – falei e ela fez biquinho.

-por favor, eu não vou te atrapalhar! – implorou ela.

-nem é questão de atrapalhar filha, não dá mesmo pra mim te levar se desse eu a levaria, mas não dá – falei e Maria bateu na porta e trouxe meu café da manhã.

-obrigada Maria – agradeci e ela sorriu e saiu. Comi sendo acompanhada por Nicolly, fui me arrumar com o coração na mão vendo a carinha triste da Nicolly, vesti uma blusa branca, saia de cintura alta preta curta, meia fina preta, um sobre tudo branco, um meia pata preto, alisei meu cabelo e deixei a franja bem amostra e me maquiei e pra finalizar um batom vermelho.

-Bella?? – chamou-me alguém, abri a porta e dei de cara com Alice sorrindo.

-Alice? O que faz aqui? – perguntei surpresa.

-ora essa, vim te levar pro aeroporto!

-obrigada! – agradeci pegando minha bolsa.

-cadê suas malas? – perguntou.

-já estão no carro – falei fechando a porta.

-vamos no meu carro! – avisou.

-thau Maria, se cuida – pedi a abraçando.

-thau menina e cuidado, ligue sempre – pediu me abraçando.

-pode deixar – falei saindo, como dito eu fui no carro da Alice, que falava sem parar, perguntei sobre Irina e ela não sabia informar nada e depois que me deixasse no aeroporto me ligaria, Nicolly foi pedindo pra ir comigo.

-você vai de jatinho? – perguntou Alice.

-sim. Sempre viajo no meu jatinho particular é melhor – falei

-é quem pode, pode – falou surpresa enquanto descíamos.

-bem é aqui que eu me despeço – falei assim que chegamos na porta do jatinho.

-thau Bella, vou sentir saudades e vê se liga pra gente, traz presentes e depois me conta tudo – pediu Alice me abraçando.

-pode deixar Alice – falei e depois em ajoelhei.

-thau meu amor – falei a abraçando.

-thau mamãe, se cuida e volta logo – falou apertando mais o abraço.

-pode deixar meu amor – falei com os olhos cheios d’água.

-eu te amo – falou.

-eu também minha filha – falei me levantando.

-thau – acenou enquanto eu me afastava, ela segurou na mão da Alice e eu sabia que assim como eu ela não queria chorar, subir as escadas pra mim foi uma tortura e eu tinha vontade de voltar beijá-la e dizer que eu ficaria, mas eu tinha que ir e trabalhar.