Midnight Secretary escrita por Jacqueline Sampaio


Capítulo 28
Capítulo 28




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/93243/chapter/28

Amanheceu...

Sakura do mal: Não caralho é de noite ainda!

...A primeira coisa que percebi foi que Sasuke não estava na cama.

Sakura do mal: He He He te comeu e correu!

Sakura do bem: Até rimou.

Sakura pervertida: Pelo menos ele deu um trato na garota.

-Se aquele miserável veio apenas para... Para me bulinar eu MATO! –Sai endemoniada da cama, segui para a cozinha e foi lá que o encontrei preparando... preparando café? Que isso mano o cara fumou uma geral!

-Sasuke?

-Ah, oi. To fazendo o café. Eu espero que não se importe.

-Tudo bem. –Sentei. –Então...

-Pensou que eu tinha ido embora? –Ele me sorriu malicioso.

-Pensei.

Sakura do bem: AH O SASUKE FICOU!

Sakura pervertida: SASUKE SASUKE ME ABRE, ME FECHA, ME CHAMA DE GAVETA!

Sakura do mal: Puta que me pariste acho que vou ter um aneurisma.

-Não vai se livrar de mim tão facilmente Sakura Haruno. –Agora ele arrumava a mesa diante de mim. O fitei. Sasuke estava diferente. Parecia feliz. Agradava-me a possibilidade de que era eu a proporcionar essa felicidade. Comi rapidamente o café ofertado pelo mesmo, café este que estava delicioso. Sasuke comeu junto a mim e não tirava seus olhos ônix dos meus. Enrubesci.

-Então falará hoje com Gaara.

-Sasuke, eu acho que preciso de mais tempo.

-Não precisa. Eu falarei com Ino e quero que fale com Gaara.

-Sasuke, não é tão simples.

-É claro que é Sakura. Você que complica!

-Tudo bem, eu não quero discutir. Eu me demito hoje. E é bom você falar mesmo com a Ino!

-Eu falarei. –Logo olhei o relógio.

-Droga preciso chegar cedo! Eu vou me arrumar. –Tentei seguir para o banheiro, mas um braço envolta de minha cintura me reteve.

-Quer companhia, senhorita Haruno? –Sasuke sussurrou em meu ouvido. Arfei com o contato e com a leve mordidinha que o mesmo deu no lóbulo da minha orelha. E tudo o que consegui fazer foi assentir debilmente enquanto o mesmo carregava-me para o banheiro em seus braços. Levou-me apressado para o chuveiro, como estávamos de roupão foi fácil para nós nos livrarmos das roupas. Enquanto a água caia em nossos corpos Sasuke beijava avidamente meus lábios com uma urgência que chegou a me assustar. Seus beijos percorreram meu pescoço enquanto suas mãos passeavam pelo meu corpo. Não me importei. Nem mesmo quando senti seus caninos rasparem em minha pele. E daí que ele pegaria um pouco do meu sangue? Assim a cruz vermelha não me acusaria de não doar sangue. Mas tudo parou abruptamente. Sasuke se afastou, sentou-se no chão do Box do banheiro eu fiquei aturdida até que me aproximei ajoelhando-me na frente dele, o chuveiro ainda ligado.

-O que foi Sasuke?

-Eu... Eu não quero sorver seu sangue.

-Se você precisa, eu não me importo de...

-Foi assim que meu relacionamento com Ino ruiu. Não quero que aconteça o mesmo com você, não com você. –Sasuke nem me olhava no rosto.

Abaixei-me até estar bem próxima a ele, as mãos de Sasuke estavam em seu rosto.

-Sasuke, olha pra mim? –Ele não me olhou. Tentei puxar as mãos dele. –SASUKE PORRA OLHA PRA MIM CACETE! –Agora ele olha! Esse vampiro só funciona com palavrão! Cruzes! –Sasuke... Eu não sou a Ino. Eu não vou acabar como ela, ok? Por que eu não faço questão de virar vampira. Então para que você não fique com peso na consciência, se por um acaso acontecer algo como aconteceu com a Ino. –Eu peguei a cabeça de Sasuke e o obriguei a me olhar.

-Sakura... –A voz deve estava meio embargada. Aquilo quase me fez chorar também. Acariciei seu rosto.

-Sasuke, se por um acaso eu estiver a beira da morte, pelas suas mãos ou pelas mãos de outro vampiro eu não quero que você me transforme em vampira.

-Que?

-É isso ai! Se você se vir em uma situação em que eu esteja à beira da morte, me deixe morrer.

-POR QUE DIABOS EU FARIA ISSO?

-Por que eu prefiro morrer a fazê-lo sofrer. –Sasuke me olhou como se tivesse recitando “batatinha quando nasce”. Eu ignorei isso. O abracei. Sasuke abraçou-me, ele ainda estava confuso com tudo o que estava acontecendo. Eu queria muito poder curar a sua dor, mas eu não poderia. Ficamos ali, abraçados, sentados no interior do Box do meu banheiro. Eu passava minhas mãos em suas costas em um movimento lento queria que ele se acalmasse, foi isso que aconteceu.

-Melhor Sasuke?

-Melhor. –Ele olhou-me com um meio sorriso nos lábios perfeitos. –Sakura?

-Que?

-Preciso de um pouco de sangue. Minhas pílulas não estão aqui. –Eu sorri. As coisas pareciam estar melhorando. Sasuke pegou-me, me abraçou deitando-me gentilmente no chão molhado e cravando lentamente seus caninos em meu pescoço. Não protestei. Foi algo bom, eu o estava alimentando, acabando com sua agonia. Acariciava seus cabelos negros enquanto Sasuke se alimentava. Logo ele parou.

-Você está bem?

-Estou Sasuke. Agora temos coisas a fazer.

Alguns minutos depois...

Estávamos na frente da empresa de Gaara.

-Sakura, vá lá. Peça demissão e saia. Fique em algum lugar publico. Eu ligo para você.

-Tudo bem. Tenha cuidado com a Ino. –Eu o beijei demoradamente. E depois sai do carro. Sasuke ficou me olhando demoradamente dentro do carro. Eu sorri. Então ele se foi e eu comecei minha caminhada para a empresa desejando não encontrar com Gaara.

Momento Sasuke

Dirigi mais lentamente do que o costume. Eu não estava muito preparado para enfrentar Ino. Ainda sim tinha que encará-la. Eu não iria mais ficar longe de Sakura. A casa estava silenciosa. Encontrei Ino no quarto, parecia sonolenta.

-Sasuke? –Ela levantou-se de súbito, os olhos mortíferos. VOCÊ! O CHEIRO DAQUELA MULHER ESTÁ EM VOCE! EU VOU MATÁ-LA!

-Não Ino, você não vai.

-O QUE?

-Acabou. –Falei simplesmente.

-COMO ASSIM ACABOU?

-Eu não serei mais usado por você. Chega!

-Usado por mim? Ora Sasuke Uchiha quem foi usado aqui fui eu!

-Eu não a usei. Você me usou para ganhar imortalidade! Eu a dei para você, não precisa mais de mim! –Ino congelou. Agora ela sabia que eu sabia.

Está dizendo uma idiotice. –Falou em um murmúrio. Eu sacudi a cabeça.

-Eu não estou Ino e você sabe disso. Estou cansado de ser usado por você. Eu serei feliz a partir de agora. Siga seu rumo e eu seguirei o meu. Mas não irei deixá-la desamparada, eu...

-Chega Sasuke! Se você tem a pretensão de me abandonar eu posso aceitar isso, mas não por aquela rosada.

-Ficarei com a Sakura e você não vai encostar nela! –Ino me olhou horrorizada. Logo mais sorriu debochada.

-Eu não preciso encostar nela. Tem gente que fará isso por mim.

-QUE?

-Vou arrumar minhas coisas. –Ino caminhou até o armário, eu sai do quarto ainda digerindo suas palavras.

Fim do momento Sasuke.

O que Sasuke não sabia era que Ino havia pegado seu celular antes de fazer algo.

-Alo? Gaara?

Eu estava em uma fila gigantesca no RH da empresa. Torcia para que Gaara não me visse, eu não queria ter de dizer que eu iria sair do emprego. O que ele iria pensar pela minha saída abrupta da empresa? Talvez pensasse que sou usuária de drogas ou algo assim. Eu não estava muito preocupada. Gaara dificilmente ia para outras partes da empresa. Senti meu celular tocar, era o Sasuke.

-Oi Sasuke.

-Já está em casa?

-Claro que não! Tem uma fila enorme aqui no RH. Vai demorar um pouco. E ai? Falou com a Ino?

-Sim. Ela possivelmente vai sair de casa ainda hoje.

-E como foi?

-Foi... Difícil, mas eu consegui.

-Que bom Sasuke. Depois conversamos melhor.

-Vá para minha casa quando sair daí.

-Tudo bem.

-Eu amo você. –Quando Sasuke dizia isso eu me lembrava daquelas novelas mexicanas. Eu não conseguia acreditar que realmente ele me amava.

-É, acho que amo você também. –Eu ri, ele também. –Ah! Meu celular vai descarregar.

-Tudo bem. –E então Sasuke desligou. Dito e feito, meu celular descarrega. Suspirei.

-Sakura? –Oh droga! Era tudo o que eu queria! Eu conhecia essa voz, era o Gaara! Dito e certo, Gaara estava diante de mim, os olhos especulativos.

-Ah! Oi Gaara.

-O que está fazendo aqui? Não deveria estar no escritório? –Seu rosto mostrava desconfiança. Eu tinha que dar uma desculpa, talvez dizer que sai da sala para fumar um baseado... Não! Eu não vou fazer campanha para as drogas!

-Sabe o que é Gaara é que... Bem eu estou com uns problemas e vou ter que deixar o emprego. –Pronto! Agora fudeu-se!

-O que? Mas por quê?

-Por motivos pessoais. –Eu nem olhava para ele.

-E pretendia deixar a empresa em me comunicar?

-Bem é que eu...

-Vamos conversar na minha sala, sim? –Pronto! O que eu não queria estava acontecendo!

-Cla-claro. –Falei simplesmente seguindo Gaara. E agora, o que eu faria? Ora essa não era o fim do mundo! Eu só iria conversar com ele e pedir demissão. Depois iria para a casa do Sasuke dar uns pegas nele e a Ino que fosse para o quinto dos infernos.

“-Não preciso me preocupar. Uma conversinha e caio fora da empresa.”.

Mas não foi uma conversinha rápida. Gaara quis que eu explicasse o porquê de querer sair do emprego. Novamente falei em problemas pessoais. Ele quis saber qual era o problema pessoal, mas eu desconversei. O que eu iria dizer? Iria dizer que o cara com quem to transando quer me ver longe dele? Bom... Seria uma boa desculpa. Gaara viu a minha relutância em falar. Por fim aceitou meu pedido de demissão.

-Eu vou pedir para o pessoal do RH cuidar de tudo agora. Vai demorar um pouco. Eu vou dizer a eles que eu a demiti assim você recebe seus direitos.

-Obrigada Gaara. Desculpe por sair assim. Eu realmente não posso ficar aqui na empresa.

-Tudo bem. Foi ótimo trabalhar com você de qualquer jeito. Então... Como vai demorar o pessoal do RH preparar tudo e eu preciso da ajuda de alguém... Pode ser minha secretaria só por hoje? –Os olhos suplicantes de Gaara foram decisivos para minha decisão.

-Tudo bem. –Eu disse. Gaara sorriu. Fiquei feliz por fazê-lo rir. Eu só o ajudaria um pouco e iria para a casa de Sasuke. Sasuke... Só de pensar naquele vampiro suculento eu começava a babar. Quem me visse pensaria que estou com hidrofobia (raiva). E então as horas se passaram, parece até que Gaara estava me fazendo trabalhar tudo o que eu não trabalhei naquele mesmo dia. Sério eu trabalhei tanto que eu não andava mais, me arrastava. E as horas foram se passando... Meu celular estava descarregado, eu deveria ter ligado para o Sasuke e falar o que houve, mas estava tão atarefada que não consegui escapar para um telefone publico visto que o meu celular tinha descarregado. E quando me toquei, já era tarde. É impressionante como o tempo passa depressa quando você está trabalhando. Já havia anoitecido e não tinha mais ninguém na empresa, só Gaara e eu. Estavamos em sua sala. Gaara me passava meu pagamento e os documentos.

-Pronto, você está oficialmente livre de mim! –Ele falou sorrindo.

-Obrigada Gaara. Desculpe por isso.

-Tudo bem, eu sabia que isso aconteceria mais cedo ou mais tarde. –Ele se levantou olhando para a grande janela de vidro atrás de si.

-Sabia? –Levantei da poltrona onde estava sentada e o fitei.

-Sim. Uma “amiga” minha me avisou o que aconteceria. A principio não acreditei nela, mas agora vejo que é verdade. Conhece... –Ele se virou e me olhou com cara de quem chupou alho. -... Ino Yamanaka.

E então eu percebi... Eu tava fudida! O que eu faria?

-Não sabia que você e Ino se davam bem. –Eu já estava caminhando de costas.

-Não nos damos bem, mas veja... Temos o mesmo interesse.

-Interesse? Como assim Gaara? –Enquanto isso tateava meu bolso para pegar meu spray de pimenta.

-Ela quer ao Sasuke e eu quero você. –Ele me olhava com tanta intensidade que cogitei a possibilidade de ele ter a visão de raio-x do super-homem.

-Gaara, eu disse que não quero nada com você.

-Não me entenda mal Sakura. Claro que você é gostosa, mas o que verdadeiramente quero de você não é o seu corpo.

-Então o que quer? Eu sou pobre então não me venha pedir dinheiro! –Agora eu tentava abrir a porta.

-Quero seu sangue. –Ele sussurrou.

-SE ENCOSTAR UM DEDO EM MIM EU GRITO! –E me borro toda, mas esse detalhe ele não precisava saber.

-Grite! Quero ouvi-la gritar! Duvido que alguém a ouça, não tem mais ninguém na firma. –Ele ria perversamente. Nem mesmo dark vaiden tinha aquela cara do demo. Então eu abri a porta e disparei para o elevador. Consegui entrar no mesmo e apertar o botão do térreo. Sentei aliviada no chão.

Momento Sasuke:

-Sakura? –Entrei em meu quarto com a esperança de encontrá-la no quarto visto que eu não havia visto ela nos outros cômodos. Vi uma silhueta feminina próxima a cama. Sorri. –Eu tentei ligar para o seu celular, até para o número daqui de casa, mas você não atendeu. –E meu sorriso desapareceu quando a figura feminina acendeu o abajur. Eu não sei como eu me deixei ser traído pela pouca luminosidade sendo um vampiro. Era Ino.

-INO!

-Oi meu amor? Achou que eu já havia ido embora da sua casa?

-ONDE ESTÁ A SAKURA? –Eu estava aterrorizado.

-Ela não está aqui.

-INO SE VOCE FEZ ALGO COM ELA...

-Não se preocupe Sasuke. Eu não iria feri-la. Se quer descontar sua ira em alguém procure o Gaara.

-Gaara? Por quê?

-Parece que ele vai conseguir o que tanto queria... –Eu já corria antes de ouvir o restante do que Ino falara.

Fim do momento Sasuke.

Lá estava eu no elevador rezando para chegar ao ultimo andar, mas eu sabia que não chegaria. Bem eu estou tão acostumada com as merdas da minha vida que não me surpreenderei se acabasse a energia.

Energia acaba.

Bem, eu sabia! Sai do elevador, ele sempre abre no próximo andar quando a luz acaba como medida de emergência, eu estava no décimo terceiro andar. Segui para as escadas, mas não precisei nem abrir a porta. Gaara estava na passagem, os olhos rubros, ameaçadores. Eu estaquei.

-Pretendendo deixar a empresa Sakura? Eu disse que você não sairia.

-O que você quer? –Eu recuava tentando encontrar uma forma de escapar.

-Seu sangue.

-Desculpa colega, mas eu não sou vaca leiteira!

-Eu tenho que discordar. Você alimenta Sasuke, não é?

Puts! Me pegou!

-Claro que não! Tudo bem que eu faço macarrão instantâneo de vez em quando, mas isso não é alimentar alguém! Agora... –Recuei o suficiente para pegar a lixeira. –ME DEIXA EM PAZ! –Pronto! Tasquei a lixeira na cabeça de Gaara e tudo o que consegui foi desmanchar um pouco o penteado. Eu nem fiquei para ver a cara do Gaara. Sai correndo pelos corredores escuros sem olhar para trás. Eu tinha que escapar! As portas em sua maioria estavam fechadas, mas eu consegui entrar em uma das salas de escritório. Fiquei encostada na parede, afastada, assustada, esperando que Gaara entrasse e acabasse comigo. Ok eu tinha um celular, mas estava descarregado. Então eu contei com a sorte, com o poder que uma vez emanou de mim e que me fez derrubar assaltantes na empresa de Sasuke.

“Vamos lá ativa porcaria! Super gêmeos ativar! Para o alto e avante! Ora de morfar! Porra, como eu vou ativar essa merda?”.

Sakura do bem: AHHHHHHHHHHHHHH A SAKURA VAI MORRER! TEMOS QUE INTERVIR!

Sakura pervertida: Eu posso intervir? –Babando.

Sakura do bem: Nem pensar! Você vai fazer o que? Deixar ele te comer por baixo ao invés de comer no pescoço?

Sakura pervertida: Deixa eu ver... É ISSO AI! OHOOOOOO!

Sakura do bem: SAKURA DO MAL NOS AJUDE!

Sakura do mal: Ah caralho eu to jogando! –Pega o controle e dá um fatality em sub-zero com o scorpion.

Sakura do bem: Tamo fudida!

Então ele entrou e fechou a porta atrás de si. Num átimo, eu peguei uma cadeira. Ele riu.

-FICA LONGE DE MIM! –Olhei para a grande janela de vidro, estava aberta. Eu poderia pular e... Me foder lá embaixo. Ótimo, não era uma boa idéia! Joguei a cadeira em cima de Gaara, mas ele deu um soco na cadeira e ela despedaçou. Cara, será que ele me ensina o golpe? Ok ok eu tenho que fugir e não ficar admirando como o Gaara pode ser forte, letal e gostoso. Eu corri para a janela, eu poderia ter sorte e cair em um toldo, ou o momento em que um ônibus passa pela rua e assim eu nem iria sofrer, mas não consegui.

-AONDE PENSA QUE VAI? –Eu o ouvi dizer e senti as mãos dele nos meus cabelos puxando-os com força enquanto eu tentava correr. Ele me jogou contra a parede e eu bati minha cabeça ficando desorientada. Então ele me abraçou imobilizando-se. Eu tentei empurra-lo, mas não consegui. Engraçado, eu sempre consegui quebrar o Sasuke e até pensei que vampiros fossem fracos, mas acho que era por que Sasuke nunca quis brigar a sério e me machucar. Gaara aproximou seus lábios do meu ouvido.

-Não se preocupe, serei muito carinhoso. Voce morrerá sentindo uma forte sonolência pela perda de sangue, como se estivesse com sono. –E então suas presas perfuraram meu pescoço. Eu ainda me debatia, mas não conseguia fazer nada. Então era isso, eu ia morrer. Então minha vida passou diante dos meus olhos. Eu pensei que essa porra não acontecia, mas aconteceu cara! O pior de tudo é que eu só vi as cagadas da minha vida! Agente não deveria lembrar dos momentos felizes? Eu só me fodo mesmo! E como Gaara havia dito eu fui sentindo meu corpo ficar dormente. Comecei a sentir uma forte sonolência me tomar. Logo eu não me debatia, eu nem conseguia pensar com coerência. Batatinha quando nasce se esparrama pelo chão e... que porra é essa que eu to pensando? Mas antes que a escuridão me engolisse, eu vi algo bom. Vi Sasuke pela ultima vez. Acho que era devido a morte se aproximando. O vi belo, os olhos rubros e uma cara de ódio que me assustou.

Momento Sasuke:

Eu consegui chegar rapidamente sentindo seu cheiro, ela estava em alguma sala do décimo terceiro andar. Eu escalei o prédio só para olhar a cena de horror. Lá estava Sakura, ela olhou-me para depois fechar os olhos. Ela estava nos braços de Gaara, branca devido à perda de sangue.

-AHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHH! –Eu grunhi aproximando-me de Gaara. Ele largou Sakura de qualquer jeito e tentou se defender sem muito sucesso. Cravei as garras em seu pescoço e o joguei com violência Gaara na porta, a porta se rompeu. Eu pulei para atacá-lo, mas Gaara conseguiu se desvencilhar. Corri até ele.

-DESGRAÇADO! –Gaara me golpeou na face, mas eu me esquivei o suficiente para ter apenas o rosto arranhado. Eu dei um chute em seu peito e Gaara cambaleou para trás.

-VAI MORRER! –Eu rosnei e preparei minhas garras, mas parei. Ele sorria. –Por que ri, desgraçado?

-Enquanto perde seu tempo tentando me matar, a garota morre. –Eu usei minha audição apurada e pude ouvir os batimentos de Sakura cessarem cada vez mais. Eu não poderia perder tempo. Corri pegando Sakura no colo e pulei a janela. Não foi difícil chamar no chão. Adentrei meu carro colocando Sakura no banco do carona e entrei no carro seguindo para a minha casa. Meu celular na orelha, eu precisaria falar com Tsunade.

-DROGA! –O telefone chamava, mas ninguém atendia. Já estava desesperado. Eu precisava salva-la. Então ouvi seus batimentos cessando, a respiração cada vez mais lenta. Não daria tempo. Sakura iria morrer. Eu entrei com o carro em um beco e rapidamente tirei Sakura do carro. Escalei um prédio de cinco andares e fiquei no terraço. Sakura estava fria. Tirei meu casaco e a vesti. Coloquei Sakura nos meus braços. O que eu iria fazer?

Então elas vieram, as lagrimas. Fazia tempo que não chorava. Eu estava desesperado. Eu a apertei nos braços tentando encontrar a minha voz, tentando encontrar uma solução.

-Saku... Sakura... –Eu tremia sentindo ódio pela minha impotência. Então eu a senti se mexer nos meus braços. Eu a olhei aturdido e a vi abrir os olhos. Ela sorriu.

Fim do momento Sasuke.

Eu abri meus olhos e o vi chorar. Eu nem conseguia me mexer. Sentia que a qualquer momento morreria então eu tinha que dizer algo. Mas o que eu ia dizer?

“Bom Sasuke eu estou morrendo, mas não se preocupe. Já passei por coisa pior como no dia que fiquei menstruada na aula de cursinho.”.

Ou eu poderia dizer...

“TUA CULPA CARALHO!”.

Eu apenas sorri. Quero dizer eu estava feliz de vê-lo antes do fim. Senti que a inconsciência ia embora novamente.

-Não... –Ele me falou com a voz desesperada. Ele tremia tanto, chorava tanto! Agora ele parecia com um EMO. Só falta tocar uma música do simples plan. Dito e feito alguém do prédio colocou a música. Eu ergui a mão para secar suas lagrimas.

-Sakura... Não. Não faz isso comigo. Não...

-Sinto... Muito... Sasuke... Eu...

-Fica comigo. Não me deixe. –Ele me abraçava forte. Ele estava tão desesperado! –EU TE AMO TANTO! SUA BURRA FICA COMIGO!

Ok se tivesse forças eu daria um soco nesse filho da puta por me chamar de idiota em meus últimos momentos.

-Eu também te amo. –Falei com potencia na voz. Ainda bem.

Sasuke balbuciou algo que não conseguia ouvir. Ele parecia fazer alguma pergunta para mim e exigia uma resposta. Tudo o que consegui fazer foi assentir com a cabeça antes de ser tomada pela escuridão.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!