<!--[if gte mso 9]> Normal 0 21 false false false PT-BR X-NONE X-NONE MicrosoftInternetExplorer4 <![endif]--><!--[if gte mso 9]> <![endif]--><!--[if !mso]> <![endif]--><!--[if gte mso 10]> <![endif]-->

Pela manha...

 

Abri meus olhos (dã!) e eu o vi. Belo. Adormecido em minha cama, embrulhado com o meu corpo e o edredom. Não resisti, ninguém conseguiria. Afaguei seus fartos cabelos negros, uma caricia que poderia durar a enternidade se eu não estivesse...

 

—CARALHO TO ATRASADA! –Me pus a correr pela casa a fim de chegar cedo ao meu trabalho. Pensei que ele ficaria adormecido até a minha surpresa. Apenas pensei. Eu vi seu rosto parecendo incomodado. Ah a luz! Aproximei da janela e fechei as cortinas. Era bem verdade que a luz do Sol não chegava a ser letal, mas incomodava. E quando já projetava meu corpo para evadir de casa eu o ouvi.

 

—Pretende ir para onde? –Seus olhos ainda fechados, mas estava acordado. Aposto que o cretino esteve acordado, mas não se moveu e acabou por me ver trocando de roupa... Bem ele já viu muito mais do que isso! Para que protestar?

 

—Vou trabalhar Sasuke.

 

—Não há necessidade disso. Não precisa trabalhar.

 

—E como pago minhas contas Sasuke? Com sementes como na antiguidade?

 

—Eu irei banca-la.

 

—Então eu seria como sua prostituta? Você me banca e eu lhe dou prazer?

 

—É pode ser.

 

—CACETE VÁ A MERDA! –Ele sorria, mas logo emudeceu.

 

—Então trabalhe para mim. Pagarei mais do que o Gaara paga.

 

—Não posso.

 

—Por que não Sakura?

 

—Não posso simplesmente deixa-lo. Ele fez muito por mim, ofertou-me esse emprego.

 

—Não deve nada a ele Sakura! –Ele parecia ficar mais tenso.

 

—Não importa se devo ou não eu continuarei a trabalhar para ele. Sasuke... Se voltar a trabalhar para você talvez continuemos a brigar com maior intensidade. Quem sabe separados...

 

—Não quero! Não confio nele... Nem mesmo em Sasori.

 

—Quem?

 

—Nada! Esqueça! –Não ouvi o ultimo nome, mas tive a impressão que era Sasori. Fui até a cozinha. Prepararia o café. Sasuke seguiu-me nu.

 

—Ah Sasuke vista algo!

 

—Por quê? Estou bem assim.

 

—Vou perder o apetite vendo o seu p...

 

—Pelo contrario Sakura... Você ficará com mais apetite!

 

—Você está tão obsceno Sasuke!

 

—Passei muito tempo sem mulher.

 

—Quer que eu acredite que você não tocou em ninguém desde que paramos de nos encontrar?

 

—Deveria acreditar no que digo Sakura.

 

—É difícil, mas vou tentar acreditar. Eu tenho que ir. Ao anoitecer no vemos. –Eu o fitei, aquele corpo nu me chamava, mas tinha de resistir. –Eu o beijei no lábios, ele enlaçou-me minha cintura fazendo com que o simples beijo que pretendia dar se transforma-se em algo mais selvagem, tentador. Mas eu me segurei e sai. Mais um dia a ser vivido, um dia bem melhor. Ele era meu agora. Quem poderia mudar isso? Mesmo sendo substituta da Ino ninguém pode ocupar o meu lugar... A não ser a própria Ino. Ela morreu. Isso me entristeceu. Se fosse viva certamente o perderia.

 

Meu dia transcorreu normalmente. Para dizer a verdade meu sorriso nunca pareceu tão verdadeiro. Não é para menos depois de ter passado a noite com Sasuke estou surpresa por não estar rindo e babando. Gaara olhava-me o tempo todo. Na hora do almoço ele convocou-me para sua sala.

 

—Sakura?

 

—Sim?

 

—Onde está a gargantilha que lhe dei?

 

PUTA QUE PARIU TO FUDIDA!

 

—Sabe Gaara eu... Eu estava um pouco bêbada ontem então...

 

—Você a perdeu? –Se a voz dele fosse um punha levava socos até cuspir meu esôfago.

 

—Eu estava um pouco embriagada. PERDÃO GAARA! –Será que apelo para o choro fingido?

 

—Tudo bem. Eu entendo. Tão logo providenciarei uma nova gargantinha desta vez em ouro.

 

NÃO! Se não eu não sei qual outra desculpa arranjarei quando o Sasuke dar fim!

 

—Imagina Gaara eu me recuso a aceitar outro presente depois de ter perdido sua gargantilha! Bom eu tenho coisas a fazer agora. –Deixei a sala antes que ele insistisse. Ocupei-me de meus afazeres, mas a concentração não estava muito boa. Sasuke... Só de pensar nesse nome sinto-me desvanecer. Em pensar que ele era novamente meu... Mas e as ameaças? Ainda existia uma: sua noiva, Konan.

 

Ao anoitecer...

 

—Sasori eu não preciso de carona! –Aleguei para o ser que estava a minha frente em frente à empresa.

 

—São ordens! Se você se recusar a me acompanhar eu a levarei como um saco de batatas nos meus ombros largos e musculosos. –Convencido ele!

 

—Tudo bem Sasori. –Irritada adentrei seu carro rezando para que Sasuke não soubesse de nada. Logo andávamos pela rodovia.

 

—Está com uma cara ótima! O que houve Sakura?

 

—Por que eu contaria a você Sasori?

 

—Por que eu sou seu amigo... Pelo menos enquanto me ordenarem para tanto.

 

—Não é nada.

 

—Por um acaso o Gaara de uns pegas em você?

 

—AH SASORI VAI A MERDA!

 

—Então estou certo?

 

—Não estou com o Gaara eu estou com... –Emudeci. Afinal Sasori era funcionário de Gaara.

 

—Está com o Sasuke não é?

 

CARALHO ELE SABE!

 

—Sasori... –Tudo bem o que posso dizer para ele?

 

Sakura do mal: Diz que o dia em que ficar com o Sasuke se internará em um manicombio.

 

Sakura pervertida: EU CONFIRMAVA ESSA PORRA! O CARA É GOSTOSO TENHO MAIS É QUE ME GABAR!

 

—Não tem problema se for ficar com ele... Não contarei ao Gaara afinal nem ao menos sou funcionário dele.

 

—Como assim Sasori?

 

—Eu sou contratado de Sasuke Uchiha. Que bom para você não é mesmo Sakura?

 

—Mas você tinha dito que...

 

—Eu menti... SUA CABEÇUDA!

 

—SEU VIADO! –Eu o soquei. –É sério o que disse?

 

—É sim. Sasuke não estava confiando em deixá-la sozinha com Gaara. Se tiver duvidas pergunte a ele.

 

—Bem que eu desconfiei. Certa vez vocês estavam conversando em casa e o Sasuke agiu de forma estranha.

 

—Ai e agora vem a pior parte do meu trabalho.

 

—Pior parte? Nossa Sasori você vai apenas me deixar em segurança em casa. Ou me levará até Sasuke?

 

—Lamento desaponta-la, mas a levarei em outro lugar. –E agora notava q   eu o caminho que seguíamos na rodovia era diferente.

 

—Que diabos... Para onde estamos indo Sasori?

 

—Surpresa! –Ele deu um meio sorriso. Eu o ignorei. O Sasuke estava aprontando alguma e Sasori estava sendo seu cúmplice. Acomodei-me melhor no banco de carona e esperei até chegar ao local.

 

Em algum lugar nas profundezas do submundo de Tóquio...

 

Nunca fui para a Romênia ver o castelo do Drácula, mas sabia de alguma forma que o local para onde Sasori havia me levado devia ser uma copia do tal lugar. Engraçado... Nunca Sasuke havia mencionado aquele lugar. Bem... Talvez seja um novo motel temático.

 

—Entre Sakura. –Sasori falou, agora ele agia estranhamente. Dei de ombros e adentrei a grande porta. O goticismo daquele local arrepiava até os pelos da minha... Perna! Sim minha perna não pensem perversidades! E ao adentrar o local tão logo senti a grande porta de mogno atrás de mim se fechar. Fora Sasori que a fechou? Provavelmente. O local escuro e frio. Parecia até um matadouro ou a casa da minha Avó que me dava arrepios!

 

—Oi? –Ninguém me respondeu. Se aquele filho da puta acha que esse clima tenebroso é excitante será muito excitante para mim cravar meus dentes no seu p...

 

—SASORI QUE LUGAR É ESSE? ABRA A PORTA SEU LUNATICO! EU NÃO ESTOU GOSTANDO DESSA BRINCADEIRA! –Batia freneticamente na porta e nada. Logo alguém ligou os interruptores iluminando o lugar. Vi uma figura prostrada nas escadarias e não gostei do que vi.

 

—Olá... Sakura. Este é seu nome não é? –Era a Konan.

 

—E você é a noiva do Sasuke. Diga-me por que estou aqui? –Enquanto perguntava tentava abrir a maçaneta da porta sem sucesso.

 

—Pedi ao meu servo Sasori traze-la.

 

—SEU SERVO? AQUELE IDIOTA ME DISSE QUE ERA FUNCIONARIO DO SASUKE! –Estava tremula.

 

—Ah ele diria até “eu te amo” em trinta dialetos se lhe pagassem bem. Não conhecia este lado de Sasori? Por dinheiro ele faria qualquer coisa. Até trabalhar para duas pessoas ao mesmo tempo. Mante-la segura e ao mesmo tempo insegura. Isso é algo que apenas Sasori faria. –Ela mantinha aquele sorriso que conseguia petrificar minhas viceras. 

 

—E o que quer? –Agora eu socava a porta.

 

—Soube que você está com o meu noivo.

 

—E vai me matar por ele ter escolhido a mim é? –A olhei desafiadora, mas sentia que logo iria me borrar. Eu até pensei em fazer uma piadinha com o nome dela... Chama-la de KORNAN ao invés de Konan, mas queria manter minha cabeça no pescoço.

 

—Não. Mata-la não traria nenhum benefício. Estou disposta a negociar.

 

—Não pretendo negociar com você senhorita Konan. Sasuke não é uma mercadoria para ser “negociada”. Então se me permite eu quero ir para casa. –Senti uma súbita aproximação e logo meu pescoço foi fortemente agarrado pelas mãos dela.

 

Sakura do bem: Tadinha da Sakura!

 

Sakura pervertida: Que coisa a Sakura só apanha!

 

Sakura do mal: Quero ver se ela apanharia se eu a possuísse. Ia fazer a Konan gritar e gemer!

 

Sakura pervertida: Ia transar com ela?

 

Sakura do mal: Francamente...

 

—Se acha que me intimida me enforcando Konan isso não ta funcionando! Hahahaha!

 

Pra dizer a verdade estava funcionando sim!

 

—Você é uma mera humana que Sasuke está manipulando. Não se ache especial por isso. –Mesmo sabendo que deveria ser prudente, meu orgulho fez com que risse de forma debochada dela. Isso fez com que o aperto sofrido no meu pescoço aumentou e logo teria que implorar para que ela não me matasse.

 

—Se eu sou uma mera humana e voce é superior a mim por ser uma vampira por que ele escolheu a mim Konan? –Ela jogou-me com violência no chão e eu acho que quebrei a bacia.

 

—EU PODERIA MATÁ-LA COM FACILIDADE SUA VADIA IMPRESTAVEL, MAS SE FIZESSE ISSO EU O PERDERIA SEM LUTAR! Por isso eu lhe direi uma coisa: continue com esse joguinho e com a influencia que eu tenho irei arruinar a Uchiha Company! –Foi como e suas palavras tivessem me ferido fisicamente. Fiquei no chão um pouco dolorida olhando fixamente para o mesmo. Eu tinha que tomar uma decisão importante. Ficar ou não com Sasuke? Eis a questão! E então decidi de súbito.

 

—Bom Konan então acho que eu e Sasuke venderemos sanduíche natural na praia por que a resposta é NÃO! Eu não vou deixá-lo! Mesmo que ele fique ,miserável, então eu me encarrego de sustenta-lo... Por que eu o amo! –Ela pareceu pasma com as coisas ditas por mim... Eu também estava assustada, mas fui verdadeira.

 

—Voce apaixonada por ele? HÁ HÁ HÁ HÁ! –Ela ria. Eu não fiz piada! Levantei-me e sentei olhando a figura de cabelos roxos com ódio. –Não acredito nisso! Como voce é infeliz! Acha que terá seu sentimento correspondido humana?

 

—Não sei e quer saber Konan? Se não tiver me contento com o sexo gostoso que fazemos. –PUTS AGORA ELA ME MATA!

 

—SUA MALDITA!

 

—CAI DENTRO PORRA! –Momento em que fui possuída pelo meu lado mal. E Sasori aparece. Ele puxou-me e me tirou da frente de Konan. Quase fui morta.

 

—O QUE PENSA QUE ESTÁ FAZENDO SASORI? LARGUE ELA!

 

—Lamento Konan, mas se eu a deixar morrer falho com o Sasuke.

 

—Eu paguei para que voce servisse prioritariamente A MIM!

 

—Então quando voce dobrar o valor pago conversamos sobre o fim de Sakura Haruno. –Ele carregou-me para fora daquele lugar enquanto Konan bufava. Nem consegui protestar, estava espantada. Não pensei que o traidor iria me salvar.

 

—ME SOLTA! –Me debati depois de um tempo, ele me soltou. Passei a correr para tentar sair daquele lugar. Pude ouvir a voz de Sasori, mas não me virei. Eu estava em risco e tinha que sair daquela situação. O pior é que não tinha idéia se poderia pegar uma condução. Passei a caminhar até que chegasse a uma rodovia. E temia que Sasori e Konan me encontrassem, espero que não encontrem.

 

Quarenta e cinco minutos depois...

 

Andei andei andei até encontrar... E acho que acabei cantando uma musica. Por que sinto como se estivesse bêbada? Não imaginei que andar durante quarenta e cinco minutos sem beber água ou comer me afetaria tanto. Encontrei uma rodovia, os outros minutos passei dentro de um táxi tentando chegar em casa. Quando cheguei quase chorei de emoção. Tremula pelo cansaço e as escoriações do meu corpo em segui para o prédio, peguei o elevador e ao ficar perante a porta do meu apartamento beijei o carpete. Em fim em casa, segura? Eu não sabia. E ao abrir a porta eu vi as luzes ligadas, uma movimentação intensa de alguém esperneando ao telefone. Fiquei prostrada na porta, estava um horror certamente. Descabelada, suada, dolorida, com fome, sede e as roupas amarrotadas. Ele me viu. Ele... Sasuke. O celular que antes estava em seu ouvido despencou e ele ficou olhando-me como se eu fosse um morto-vivo.

 

—Sakura?

 

Sakura do mal: Não... TUA MÃE CARALHO!

 

Logo mais apenas senti ser capturada pelos seus braços fortes. Nossa...

Será que ele anda malhando?

 

—SUA IDIOTA ONDE ESTEVE?

 

Sakura do mal: Nos portões do inferno... ONDE VOCE DEVERIA ESTAR FILHO DO DEMO!

 

Sakura pervertida: Não o trate mal!

 

Sakura do mal: Por culpa dele a Sakura endoidou!

 

Sakura do bem: Convenhamos que ela nunca foi normal.

 

—Eu... –O que eu deveria dizer? Mentir? Contar a verdade? Dançar macarena? Não sei.

 

—E ENTÃO ONDE ESTEVE? ESTEVE DE CASINHO COM O GAARA? –Ele agora me sacudia e senti as escoriações do corpo se queixarem. Eu queria mandá-lo a merda, quase morri por estar com ele e ainda tenho que aturar as idiotices dele. Me calei. Precisava descansar e depois decidir o que faria.

 

—Sasuke... Eu quero dormir. –Falei sonolenta. Ele segurou fortemente meu pulso.

 

—Não sem antes me dizer onde esteve! –Olhava-me com aqueles olhos rubros. Estava nervoso. E antes que eu me pronunciasse ele olhou fixamente para o meu pescoço.

 

—O QUE É ISSO? –Ele colocou as mãos gentilmente no mesmo, as marcas das mãos de Konan deveriam estar no local. –QUEM FEZ ISSO COM VOCE?

 

—Sasuke... –Tive que apelar para o desmaio. É eu fingi desmaiar por que não saberia o que dizer. Ele é claro segurou-me e ficou gritando no meu ouvido para que eu acordasse, espero que ele não perceba que eu estou fingindo!

 

Alguns minutos depois...

 

Um silencio em meu quarto. Talvez ele tenha dormido. Abri os olhos e o vi ao meu lado da cama sentado, os olhos fechados e a respiração calma, indicio de que havia dormido. Levantei lentamente e fui para o banheiro. Só quando me despi vi as escoriações pela pequena disputa com a Konan, Nada grave, mas eu teria que evitar o Sasuke para que ele não visse e questionasse o ferimento. Tinha antes que decidir se contaria ou não. Tinha que decidir se valia a pena ficar com ele ou não. Tinha que decidir se compraria sorvete e algum filme romântico ou não. Depois de um demorado banho e de vestir roupas que cobriam as escoriações fui para o quarto e qual foi a minha surpresa quando o vi com os olhos muito vivos sentado na cama.

 

—E então? O que vai me dizer Sakura? Quem machucou voce?

 

—Konan. Ela quer que eu o deixe, mas eu disse que não. –Disse.

 

—QUE DIABOS SASORI... –Ele se calou.

 

—Eu sei Sasuke. Sasori é seu funcionário. –Sentei. –Mas ele... –Fiquei calada. Lembrei... Ele me salvou.

 

—ELE O QUE? SE VOCE SABE QUE ELE TRABALHA PARA MIM ELE DEVERIA CUIDAR DE VOCE NÃO É?

 

—Eu fugi dele.

 

—O que a Konan fez com voce? –Eu me deitei e ele continuava sentado olhando-me.

 

—Bem ela me ameaçou. Disse que se eu não o deixasse ela iria usar sua influencia para falir a Uchiha Company. Ela também me ameaçou de morte, mas eu fiquei mais preocupada com a ameaça da empresa do que a minha vida. –Eu sorria, ele não. –E também nos estapeamos, mas eu quebrei a cara literalmente. Afinal ela é uma vampira mais forte do que eu. Eu fugi e estou aqui! –Ele não me olhava. Ouviu atentamente o que disse. Sentei novamente na cama.

 

—ELA VAI ME PAGAR! –Ele ia se levantar, mas eu o retive pelo pulso.

 

—SASUKE O QUE PENSA QUE VAI FAZER?

 

—MATA-LA!

 

—NEM PENSAR! Não se prejudique por tão pouco!

 

—TÃO POUCO? VOCE QUASE MORREU SAKURA!

 

—A todo mundo morre um dia não é o fim do mundo Sasuke! E, além disso, eu sou uma humana, uma humana fraca que pode morrer com qualquer coisa. –Me abati com o que disse. Ainda mais por que era verdade. Ele olhou-me fixamente e eu estremeci com a intensidade daqueles olhos ônix.

 

—Então tomarei minhas providencias.

 

—Providencias? Do que está falando Sasuke? –Ele puxou-me e cai na cama deitada, ele se colocou em cima de mim levando meus braços para trás da cabeça.

 

—Para evitar que a sua humanidade fraca a faça sucumbir facilmente... E para que ninguém tire sua vida prematuramente... Eu a farei uma vampira. –E logo ele dirigiu seus caninos para meu pescoço. Senti sua respiração quente e como uma presa diante do predador eu permaneci imóvel, mas protestei.

 

—NÃO! –O empurrei.

 

—Por que não? –Os olhos dele rubros e mostrando fúria.

 

—Eu não quero ser vampira e depender de sangue como voce. Sem dizer que eu não poderei ajudá-lo Sasuke. VIRE VOCE HUMANO!

 

—Como se eu pudesse! –Ele riu tristemente. Me senti uma idiota pelas minhas palavras. –Desculpe. Nem perguntei como se sente. Está doendo Sakura? –Ele olhava-me dos pés a cabeça.

 

—Eu sobrevivo! –Dei o sorriso mais falso que consegui produzir.

 

—Voce não existe. –Ele ria com a mesma falsidade que eu. E ficamos ali nos olhando sem saber o que dizer. E talvez nem precisássemos. Ele se aproximou de mim e beijou-me calmo. Deitou sobre mim enquanto nos beijávamos. Suas mãos passeando pelo meu corpo como se eu fosse um rio, mas logo senti suas mãos em meus machucados, crispei meus olhos.

 

—Ai!

 

—Machuquei voce?

 

—Tudo bem Sasuke.

 

Ele não se contentou e levantou lentamente minha blusa. Não foi por luxuria que fez isso, para ver meus seios expostos. Era para descobrir os machucados nas costelas e olhar o ferimento no pescoço. Ele se aninhou próximo ao meu pescoço com uma das mãos em minha costela e lá ficou. Era muito bom te-lo em cima de mim com a cabeça na curva do meu pescoço e sua mão tateando meu corpo. Pena que não havia nada de excitante em suas ações. E senti uma grande ternura com aquele ato.

 

—Voce só tem tido problemas desde que entrei em sua vida. E ignora esses problemas. Cheguei a chamá-la de substituta e...

 

—Deixa pra lá. -Ele olhou-me e beijou meus lábios. Para depois sair do quarto. –HEI SASUKE ONDE VOCE VAI? SASUKE! –Tarde demais. Ele saiu rapidamente. E eu não pude impedi-lo.

 

Momento Sasuke: hora da revanche!

 

Dirigia apressado. Para onde estava indo? Eu sabia. Era até ela. Sakura esteve nas mãos de Konan, poderia ter morrido. Sentia o azedume do sangue em meus lábios causado por mim quando mordi a bochecha. Eu estava furioso, eu sabia. E quando estacionei vendo ao longe a mansão onde provavelmente ela estava eu sai do carro convicto. Konan pagaria caro pelo que fez a Sakura!

 

—Sasuke que prazer recebe-lo! Veio até minha humilde morada para oficializarmos nossa união? –Eu a agarrei pelo pescoço erguendo-a do chão. Ela ria. –Ou talvez tenha vindo para consumar nossa união antes mesmo de acontecer.

 

—CRETINA! ACHA QUE PODE ATACAR A SAKURA E FICAR IMPUNE?

 

—Nossa como o Uchiha está nervoso! Pensei  que a humana se acovardaria com minhas ameaças, mas ela contou a verdade. Ela é corajosa!

 

—Se acha que a Sakura é como a maioria das suas vitimas Konan deveria rever seus conceitos. Ela não é assim! –Eu larguei Konan e apenas fiquei olhando para ela.

 

—Então nisso aquela humana é parecida com a tal de Ino. Alias elas são muito parecidas, agora entendo por que está com ela. Uma substituta hã?

 

—CALA A BOCA!

 

—Sasuke meu amor. Está arriscando seu futuro por ela. Você a ama tanto assim?

 

—Não é uma questão de amá-la. Ainda que não sentisse nada por ela não me uniria a você. Eu faço apenas o que quero e por nada irei me unir a uma vampira idiota apenas para manter minha empresa no topo! E se algum dia eu tiver que me unir em matrimonio é mais fácil me unir a “substituta” como você mesma falou do que com você!

 

—Ah Sasuke cometendo o mesmo erro do passado! –Ela se aproximou.-Voce já deveria saber pelo que aconteceu a Ino que não pode se unir a uma humana. Por que... Por mais que quisesse... Ela acabaria sendo sua refeição! Se você se unir a uma vampira isso não acontecerá. Você precisa de uma vampira ao seu lado caso o contrario acontecerá com Sakura o mesmo que aconteceu com aquela pobre coitada da Ino. VOCE VAI DESGRAÇÁ-LA COMO FEZ COM AQUELA LOIRA PATETICA! –Aquelas palavras... As lembranças do que aconteceu... O que fiz a Ino... Tudo estranhamente doía. Não suportaria mais ouvir aquelas palavras de Konan. Caminhei para a saída.

 

—Ouça Konan... Não cumprirei o acordo criado. Vá embora e desista.

 

—Eu posso até voltar para minha casa em Paris Sasuke, mas retornarei assim que você der fim a essa tal de Sakura como fez com Ino. Quem sabe assim você não me aceita? –Ela sorria como se estivesse sendo vitoriosa. E naquele momento eu senti medo, mas não das palavras ditas por ela. Senti medo de falhar com Sakura como falhei com Ino.

 

Fim do momento Sasuke.