O Soldado da Rosa Vermelha escrita por Mari_Masen


Capítulo 25
Toques que conversam e gestos que se desculpam.


Notas iniciais do capítulo

Oe! Mais um capítulo fresquinho para vocês! Agradecendo a todos que comentaram no capitulo anterior, obrigada a todos, sem vocês isso aqui são páginas vazias.

Boa Leitura.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/93184/chapter/25

Toques que conversam e gestos que se desculpam.

“Eu gosto de olhos que sorriem,

De gestos que se desculpam,

De toques que sabem conversar

E de silêncios que se declaram”.

(Machado de Assis).

O dia chegava ao fim, cedendo seu lugar ao maravilhoso crepúsculo. Criados apressavam-se para finalizar seus expedientes o mais rápido que podiam. Fazia frio ali. Tão frio que o orvalho já estava sendo coberto por uma fina camada de geada, algo típico devido à estação.

Os moradores do Palácio retiravam-se para seus aposentos afim de se aquecerem e esquecerem do frio cortante que começara a fazer. Aos poucos a casa era dominada pelo silêncio e quietude, não restando ninguém para vaguear nos extensos corredores.

Edward remexia na lareira, aumentando a chama e aquecendo ainda mais o quarto – iluminado com a luz da fogueira. Isabella retirava e arrumava os lençóis de sua cama adicionando a ela grossos cobertores de pele. A chama da lareira deixava sua pele e a de Edward com a cor dourada, além de fazer com que o cabelo adquirisse um suave vermelho – diferentes dos de Edward que ficavam acobreados ao extremo.

Ao afofar os travesseiros a mulher sorriu. Lembranças de algo intenso passeavam em sua mente, deixando-a distraída, não percebendo o olhar de Edward sobre si.

_ Há algo especial para lhe fazer sorrir assim? _ O soldado proferiu acordando Bella de seus devaneios.

_ Não é nada. _ Murmurou constrangida por ser pega pensando tais coisas. Caminhou até o marido e ajudou-o a retirar o terno e paletó, dobrando-os organizadamente – às vezes rindo com os beijos roubados e suaves carícias que recebia. Logo depois fora a vez de Edward a ajudar e provocar com o vestido, demorando-se em cada pequena amarra, beijando a pele que se revelava.

O vestido caiu aos pés de Bella a deixando apenas vestida com a camisa de baixo – de tecido transparente e fino. O soldado suspirou ao ver o delicado corpo de sua esposa, com suaves curvas. A pele alva – convidativa ao toque – não perdeu sua beleza por causa das cicatrizes, ainda sendo objeto de desejo e deleite por Edward.

Os lábios uniram-se suaves uns nos outros, carinhosos, pacientes, amorosos. As mãos despiram sem pudor, de maneira lenta, prazerosa. Corpos dançavam sensualmente, curva a curva, encaixando-se como peças de um quebra-cabeça. As bocas, em meio a arfadas e lufadas, sussurravam apaixonadas e tudo confessavam ao próximo.

E o fogo – crepitando em silêncio – foi à única testemunha de tamanha entrega e amor, aquecendo-os por completo no ápice da entrega.

_ Edward? _ Chamou Isabella deitada sob o peito musculoso do marido, sendo acariciada na face e cabelos.

_ Hmm? _ O soldado respondeu preguiçosamente. Ambos estavam deitados na enorme cama – de frente a lareira –, envolvidos por grossos cobertores.

_ Pensas no futuro? _ Sussurrou para ele.

_ Às vezes. Importo-me mais com o presente, mas é impossível ficar sem pensar no futuro. _ Respondeu fitando o teto, as mãos no cabelo de sua esposa. _ Pensas nele?

_Sim.

_ E o quê pensas? _ Bella suspirou.

_ Antes de nos conhecermos, eu pensava em encontrar um pequeno chalé nas colinas do Condado, onde eu viveria só. Porém, depois que o conheci, desejei casar-me contigo. _ Isabella parou, escolhendo as palavras certas. _ Agora... O futuro parece-me incerto.

_ Incerto? _ Indagou Edward, curioso pelas palavras de sua mulher. _ Não há dúvidas de, seja qual for, futuramente permaneceremos juntos, meu amor.

_ Coisas acontecem sempre que estamos bem. Temo... _ As mãos do soldado silenciaram Isabella, impedindo-a de continuar.

_ Não há o que temer. _ Falou rapidamente. _ Enfrentamos tudo e todos e agora estamos aqui, juntos. Nada acontecerá. _ A veracidade permaneceu em cada palavra juntamente com a certeza. _ Preciso de ti forte, querida. _ Murmurou mais calmo, apertando-a em seus braços.

Isabella sorriu levemente, apoiando-se no torso de Edward, fitando-o da maneira amorosa que ela sempre o fitou. O homem retribuiu seu sorriso.

_ Não penso muito no futuro, pois minha mente está focada no presente, em você, e em tudo que estamos vivendo, agora. _ Bella aproximou-se o suficiente para roçar seus lábios aos dele, mas isso – para Edward – não foi o suficiente.

E eles recomeçaram de onde haviam parado, por toda a noite.

**** **** ****

_ Estamos há duas noites o vigiando. _ Resmungou o guarda tremendo de frio enquanto cruzava os braços e encolhia-se. _ Há dois dias que não durmo... _ Rosnou.

_ Cale-se soldado. _ Ordenou o parceiro, farto das reclamações. _ Seremos recompensados por um soldo satisfatório no final deste ano. _ A imagem de numerosas moedas de ouro deixaram os dois soldados calados o suficiente para suportar o frio de uma nova manhã. O sol mostrava-se imponente, mas o frio fazia de seu calor pouco preciso.

_ Mas ainda não somos pagos para vigiar defuntos. _ O homem murmurou mais baixo que um sussurro, olhando com asco para o prisioneiro deitado diante de si. Seu pé chutou o prisioneiro, mas nenhuma lamúria fora ouvida. _ Praticamente morto.

Os dois homens ficaram sozinhos por alguns minutos, até que Carlisle, Charlie e Edward aparecessem – mais cedo do que de costume – fazendo-os bater continência.

**** **** ****

Raios de sol adentravam no aposento de Isabella soando como um despertador para o novo dia. A mulher bocejou enquanto esticava-se na cama sentindo os músculos relaxados – devido à maravilhosa e intensa noite que passara ao lado de Edward –, virando para o lado ela encontrou a cama estranhamente vazia.

_ Edward? _ Chamou com a voz grogue, procurando pelo marido no imenso quarto, não o encontrando.

Minutos depois Isabella descia a escadaria principal, ainda procurando por Edward. Por estar cedo o Palácio a mulher só vira alguns criados fazendo a arrumação diária.

_ Bom dia Senhora. _ Cumprimentou uma jovem criada curvando-se suavemente.

_ Bom dia. _ Respondeu Isabella.

_ Desejas algo? _ A criada indagou olhando curiosa para sua senhora, vendo o quão estranho seu semblante estava.

_ Onde está meu marido?

_ Senhor Edward saiu junto ao Barão e o Duque. _ Bella franziu o cenho.

_ Sabes aonde foram?

_ Sim Senhora. Adentraram na mata há poucos minutos atrás. _ A jovem criada não tinha conhecimento de que Bella não poderia saber onde o prisioneiro estava. _ Desejas que eu a leve até eles, minha Senhora?

_ Por favor. _ Assentiu a mulher, estranhamente apercebendo-se de que isso não seria a coisa correta a se fazer. Mas algo – em confronto com seu íntimo – ordenava-lhe a ir.

*

Após alguns poucos minutos de caminhada Isabella já podia avistar e se aproximar de uma grande e velha casa de madeira.

_ É aqui que meu marido está? _ Indagou a criada que, inocentemente, assentira. _ Já podes voltar a seus afazeres. Obrigada. _ Reverenciando-a levemente, a criada partiu deixando Bella a sós, frente à grande casa.

Percebendo a porta aberta, a mulher aproximou-se da cabana – já podendo ouvir alguns sussurros e lamúrias.

Ao olhar pela porta Bella notou dois guardas de costas a ela, ambos os homens estavam ao lado de seu pai, Carlisle e Edward que, assim como eles, permanecia de costas para ela, mas de frente para um homem caído sob o chão.

_Acorde-o. _ Ouviu a ordem de Carlisle, curto e rápido. Um balde cheio de água quase congelada fora jogado ao homem caído, despertando-o

_ Está quase morto. _ Edward disse, colocando o pé no rosto do homem e assistindo seus olhos revirar alucinados. _ O que fazemos com ele? _ Perguntou ao pai.

_ O que sugere Duque?

_ Vamos levá-lo para longe e lá o mataremos. _ A mão de Bella fora para a boca, contendo o pequeno grito ao ouvir o que seu pai dissera – nunca imaginando ser capaz de ouvir isso.

_ Levem-no o mais rápido possível, não quero que minha mulher tenha conhecimento disso. James é passado para ela. _ Disse Edward, virando-se para ir. Porém no exato momento em que pusera os olhos na porta ele estacou, pois avistara Bella parada sob ela, alternando olhares entre ele e James.

_ Ter conhecimento do quê? _ Indagou a mulher, chamando atenção dos outros.

_ Isso não é nada, Bella. _ Argumentou o marido, caminhando em sua direção na intenção de tirá-la dali – pois aquele não era um local apropriado para uma mulher.

_ Este homem ferido não é nada?

_ Isabella, por favor, retire-se...

_Não. _ Carlisle fora interrompido por Bella – que caminhava até eles, fitando-os de maneira acusatória. _ Quem é este homem? _ A face de James estava revestida com machucados e inchaços de tal forma que reconhecê-lo era algo difícil. _ O que fizeram a ele que não posso saber?

_ Este é o homem que a raptou e explorou. James é o assassino de sua mãe e causador de todo seu sofrimento. _ Revelou o Duque. _ Este homem está pagando por o que fez e, querendo ou não, iremos por um fim nisso._ O choque se instalou na face de Isabella.

_ Irão matá-lo como punição? _ O espanto em sua voz surpreendeu a todos. Ela estava defendendo seu opressor?

_ Não há forma melhor. _ Edward desta vez respondeu por todos.

_ Estão errados. _ A voz suave e calma de Isabella estava carregada com algo muito mais poderoso que a ira. _ Vocês... _ Apontou para os três. _ Torturaram este homem como forma de vingança pelo que fizera a mim. Céus! James cometeu atrocidades para comigo, mas em momento algum eu desejei fazer algum mal a ele, pois isso não apagaria nenhuma cicatriz ou lembrança que possuo. Não é assassinando-o que aliviarão a mim.

_ Não sabes o que estás dizendo, filha. _ Contestou o Duque, a voz firme e alta.

_ Sei muito bem o que digo! _ Esbravejou Bella, no tom mais alto que sua voz alcançara, pouco importando-se com educação ou modos. _ São vocês que não sabem o quê e para quem fazem.

Aquilo bastou para silenciá-los.

_ Se ao menos contassem a mim o que se passava... _ Murmurou em voz baixa, cansada.

_ O que sugeres então? _ Propôs Carlisle.

_ Este homem é assassino e raptor, deve satisfações a corte francesa e irlandesa. Deixem-no sob os cuidados da corte, eles saberão o que fazer corretamente. Não há forma mais correta do que isto. _ Após dizer tais palavras à mulher se retirou, passando por Edward e não ousando o olhar.

O silêncio que se instalara ajudou a aumentar ainda mais a tensão entre os três.

_ O que faremos agora, Duque? _ Indagou Carlisle enquanto massageava as têmporas. Aquele era um ótimo começo para uma manhã.

_ Atenderemos ao pedido de Isabella. _ Charlie falara olhando para a face de Edward que – de tempos em tempos – lançava olhares para a porta. _ Vá até ela, Edward. Só você pode fazê-la entender. _

E então o soldado correra porta afora, procurando sua esposa.
Instante depois chegara ao Palácio, correndo em direção ao seu quarto, encontrando-o vazio.

_ O Senhor carece de algo? _ Perguntou Thomas, no fim do corredor, observando Edward ofegar enquanto fechava os olhos e praguejava algo.

_ Onde está Isabella? _ Perguntara rápido.

_ A Senhora Cullen não está no Palácio. Eu não a vejo desde... _ O soldado não dera tempo ao criado para falar. Descera a escadaria o mais rápido que pudera, saindo do Palácio e correndo até a pequena trilha que levaria ao lago.

Ela só poderia estar lá.

_ Bella! _ Exclamou em alívio vendo-a sob a margem do lago. O homem fora até a mulher rapidamente, enquanto tentava lhe explicar sobre o que ela vira.

_ Não há justificativa alguma para explicar seu silêncio. _ Disse Bella, a voz carregada com a ira. _ Não importo-me com a omissão de Carlisle e até mesmo meu pai. Mas o seu Edward... Por que não me contastes?

_ Não contei para lhe proteger! _ Exclamara alto na tentativa de fazê-la compreender. _ Pensei que omitindo de ti a prisão de James ajudaria a esquecê-lo. _ Levantou as mãos para o alto. _ Céus eu a amo! Eu faria tudo a meu alcance para protegê-la e vingá-la.

_ Matá-lo seria alguma forma de vingança?

_ Preste atenção, Isabella! Estás defendendo o homem que arruinou toda sua vida! Eu o torturei sim e faria tudo outra vez para fazê-lo pagar. Por que não entendes que tudo o que fiz foi pensando em você? Por que não percebes que só a quero bem? _ A mulher deixou de fitar o homem, sentindo o impacto da verdade sobre si.

_ Olhe para mim. _Edward ergueu a face de Isabella, entrelaçando seus dedos no cabelo dela. _ Todos nós erramos ao esconder isto de ti, mas também estás errando ao ver somente seu ponto de vista. _ A voz fora diminuindo à medida que o home aproximava-se. _ Admito meu erro e por isso peço-lhe perdão.

_ Escondeste coisas que me envolviam o tempo inteiro Edward. _ Isabella fechou os olhos no momento em que sua testa se juntou a de seu marido. _ Não esconda mais nada de mim... assim como não escondo nada de ti. _ A mulher suspirou enquanto sentia a carícia que o homem fazia em seu cabelo, puxando-a para ele. A ira aos poucos deixava sua mente.

_ Perdoe-me. _ Pediu o soldado enquanto a beijava em uma das bochechas. _ Por favor... _ Edward reprimiu um sorriso ao sentir as mãos de sua mulher infiltrando em seus cabelos.

_ Não cometa esse erro novamente. _ Suspirou. _ Eu o perdôo.

E então os lábios se juntaram e os sorrisos se formaram, confirmando o perdão naquele exato instante.

**** **** ****

As horas do dia se passavam e a manhã logo virou tarde; o dia ainda estava frio, mas o sol mostrava-se alto e imponente sob o céu azul – trazendo um confortável calor em meio à brisa fria da estação.

Havia um homem no pátio em frente ao Palácio que andava apressadamente de um lado a outro – as mãos entrelaçadas atrás do corpo e a expressão rabugenta o faziam parecer preocupado – resmungando algo incoerente para si mesmo. O mesmo homem chamou a atenção do mordomo quando o viu.

_ Sabes dizer onde está minha filha Isabella? _ Preocupado o francês perguntou na ânsia de desculpar-se com Bella.

_ Perdoe-me Senhor, mas eu não a vi durante toda a manhã e dia.

_ Já podes ir. _ Ordenou ao mordomo enquanto voltava a andar e resmungar em francês. Porém isso não durou muito, pois uma leve risada fora ouvida fazendo-o parar e fitar a origem.

_ Estás rindo do quê? _ Perguntou a mulher, fitando-a de maneira desafiadora.

_ Do Senhor. _ Respondeu sincera enquanto olhava divertida para a expressão do francês.

_ Ousas rir...

_ Sim Senhor. _ Interrompeu-o. _ Estás andando em círculos há um bom tempo. Certamente o Barão não gostaria de ver o relevo no solo provocado por seus pés. Por que não sentas e espera sua filha? Caminhar não ajudará em nada.

_ E quem és tu para dizer o que devo ou não fazer? _ Perguntou o petulante Charlie.

_ Oh, perdoe-me. _ A mulher aproximou-se do Duque e fez uma pequena reverência a ele. _ Sou Marlene; a mulher que cuidara de Isabella quando o Conde a raptou. _ Charlie não demonstrou, mas estava surpreso.

_ Onde está seu sobrenome?

_ Senhor, por ser plebéia e viver como uma criada não seria de direito meu possuir algum outro nome. _ Murmurou humilde ao revelar sua estatura social.

_ Pois para mim chamá-la de Marlene está mais do que bom. _ O Duque disse estranhamente doce, causando um suave sorriso da mulher.

_ O que achas de sair deste frio e entrar comigo para tomarmos uma xícara de chá? _ Propôs ela animadamente.

_ Minha filha...

_ Isabella não precisas perdoá-lo, Senhor. Fizestes o certo e ela terá que compreender e aceitar. _ Disse, tranqüilizando-o, enquanto pegava a mão do Duque e o conduzia para dentro do enorme e aconchegante Palácio.

Charlie fitou sua mão entrelaçada a da mulher e estranhamente sorriu.
Ao olhar para trás pode ver – ao longe – Isabella caminhar abraçada a Edward, sorrindo enquanto era beijada na testa por ele. O francês balançou sua cabeça levemente apercebendo-se que, com ou sem perdão, ela ainda amava seu marido.

Não seria diferente com ele.

**** **** ****

Mais um dia chegara ao fim dando lugar a uma noite mais fria que a anterior. Bella e Edward retiraram-se para seu aposento mais cedo do que os demais, dando-lhes a desculpa de corpos cansados e visões embaçadas de sono. Obviamente uma mentira, pois quando a porta se fechara Edward imprensou sua esposa na parede, beijando-a avidamente enquanto – sem cuidado algum – arrancava as amarras do vestido e desabotoava seu paletó.

_ Tão apressado... _ Sussurrou Isabella, separando suas bocas por centímetros antes que seu soldado as juntasse novamente.

_ Não é pressa... _ Murmurou contra o pescoço da mulher. _ É desejo. _ As pernas da mulher apoiaram-se na cintura nua do homem enquanto ele a levava para cama, encaixando seus corpos perfeitamente e, instantes depois, levando-os ao auge do prazer.

Horas depois ambos estavam deitados sob a cama, enrolados em grossos cobertores e abraçados, fitando o escuro do quarto.

_ Meu pai conversou comigo antes do jantar. _ Começou Edward, beijando o ombro nu de sua esposa. _ Ele insistiu em nos presentear com uma de suas propriedades no norte da Itália.

_ Você aceitou o presente? _ Perguntou Isabella.

_ Você aceita o presente? _ Sussurrou em seu cabelo. Bella ponderou antes de falar.

_ Eu gostaria de permanecer aqui na Irlanda, Edward. Mas se é de seu desejo ir para a Itália então eu o aceitarei e partirei contigo assim que quiseres.

_ Não Bella. _ A voz alta de Edward a fez estremecer levemente. _ Não é porque quero que você aceitará. És minha esposa e sou seu marido, não seu senhor. Queres ficar aqui? Então ficaremos aqui. _ Apertou as costas de Bella contra seu peito, sentindo-a por completo.

_ Gostarias de morar aqui?

_ Meu pai e toda a minha família irão embora daqui a alguns dias. Este Palácio é para suas férias e eu, de modo algum, gostaria de morar aqui. Não gosto de Palácios e de todo o luxo que ele pode proporcionar. Sinto-me sufocado. _ A mulher sentiu como se as palavras de seu marido fossem as suas. _ Vamos construir um pequeno chalé no Condado de Desmond. O que achas?

Isabella ficou de frente para Edward e deu a ele um enorme e verdadeiro sorriso, mostrando a ele que aquele pequeno sonho já era o bastante para fazê-la feliz por toda a vida.

_ Soldado? _ Chamou Bella após alguns minutos.

_ Sim?

_ Eu te amo. _ Murmurou sonolenta enquanto recebia um suave – porém quente – beijo em seus lábios.

_ E eu amo você também. _ Abraçou-a. _ Agora durma, amor. _ Disse o soldado, repousando o queixo no cabelo da mulher. Foi inspirando o doce aroma de sua amada que o homem dormiu totalmente entregue nos braços daquela que lhe roubou o coração.

Mal sabendo que o dela sempre pertenceu a ele.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado. Comentem e deixem a valiosa opinião de vocês.
Bom, agora não temos mais segredo algum e a fic vai dar uma acelerada no tempo.

Beijos e até a próxima.