O Soldado da Rosa Vermelha escrita por Mari_Masen


Capítulo 3
Primeiro olhar.


Notas iniciais do capítulo

Quero agredecer aos leitores novos e antigos que tanto me fizeram feliz com os comentários. Continuem comentando e nao deixem de acompanhar.

Boa leitura.

ps: Capitulo dedicado a KORALLYN, que já recomendou a fic e me fez ficar extremamente feliz e a você Kly, porque fora graças a você a historia já ganha destaque. Korallyn, muito obrigada pela MARAVILHOSA recomendação.



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Primeiro Olhar

 

 

 

“As mais lindas frases de amor são ditas no silêncio de um olhar”.

                                                                                                                             Anônimo.

 

 

 

Bella acordou cedo – como de costume – e logo sentiu o frio cortante que estava fazendo. Por mais que seus pés doessem e que seu corpo protestasse pedindo mais cinco minutinhos na cama, ela se levantou, sacudiu o corpo para mandar embora a preguiça e a dor, não deixou que o frio a intimidasse, pegou um xale velho e desbotado, mas muito quentinho, e o colocou sobre os ombros – seu vestido possuía longas mangas e também a ajudou esquentar do frio.

 

Logo quando saiu do cômodo respirou profundamente o doce e frio ar do campo.

Apesar das circunstâncias e de ser a criada do Conde James, Bella amava aquele lugar, desde as pequenas pedrinhas até a maior das arvores.

 

Ainda era muito cedo para Marlene ou qualquer outro criado – e até mesmo o Conde – estivessem acordados, então muito silenciosamente entrou na grande casa e pegou uma fruta qualquer junto com um cesto vazio e logo saiu de lá. Logo se dirigiu para a floresta que rodeava a casa e desapareceu por entre as arvores.

 

Bella iria para seu refugio.

 

 Em poucos minutos ela havia chegado. Finalmente! Pensou ela, e seu rosto se iluminou com um sorriso tão grande, tão profundo e amoroso que as rosas ficaram ainda mais belas.

E lá estava o campo de Bella, lindo como sempre e nem mesmo o rigoroso frio o prejudicou.

Havia uma imensa arvores rodeada de flores lá, dando sombra a abrigo para as rosas, e as mesmas estavam impecavelmente belas. O aroma doce e inebriante das rosas atingiu Bella em cheio fazendo-a fechar os olhos e suspirar; apreciando tudo a sua volta.

 

Havia flores de todos os tipos lá, desde pequenas rosas até lírios e orquídeas magníficos. Era um fato curioso que as flores nunca morriam. Pareciam viver com Bella. Mas o frio chegara e Bella teria que as colher na esperança de que as flores voltassem a desabrochar – como sempre faziam.

 

Campo de Bella: http://pedradeajuda.files.wordpress.com/2008/04/campo.jpg Link seguro.

 

Bella caminhou em passos lentos até a arvore e se sentou na pequena sombra – estava de manha – que a mesma fazia. Ela gostava daquilo, ela amava aquilo, mas faltava algo. Seu coração reclamava por algo, como se o mesmo estivesse vazio esperando sua metade.

 

Ela não entendia aquilo. Não entendia que em momentos como aquele seu coração sentisse sozinho e não encontrou o por quê daquela solidão.

 

Bella sabia que logo teria que ir embora – os deveres de serviçal a chamavam – e com um suspiro desanimado se levantou e pôs-se a acolher algumas das flores que estavam no campo, colocando-as no cesto que trouxera.

 

 

****** ********

 

 

Edward fora embora das instalações militares uma pilha de nervos, afinal por que teria que tirar as malditas férias? Aquele exército de merda precisava dele. Necessitavam dele!

 

Logo embarcou no navio que o levaria a Irlanda.

Horas depois chegou à Irlanda, mais especificamente no Condado de Desmond, onde estaria longe de tudo e de todos.

 

Sua primeira impressão fora de nojo daquele lugar; como alguém conseguiria viver em meio a tanto verde e paz? O ar puro lhe deu náuseas e ele desejou cortar a cabeça do rei. Ah como desejou!

 

Caminhou lentamente por entre as pequenas casas que havia no condado; o terno o incomodava e Edward desejou estar com sua farda sob o corpo e que aquele Condado fosse um campo de guerra, ou então com uma prostituta qualquer em algum prostíbulo.

 

Terno de Edward: http://media.photobucket.com/image/rob%20no%20set/RobsessedBLOG/Bel%20Ami/BelAmiSet8.jpg (n/a: Imaginem ele sem esse chapéu).

 

 

 

Logo chegou a uma praça que estava vazia – por conseqüência da hora – e sentou-se em um banco que ficava de frente para um pequeno lago no qual havia poucos peixes.

Edward bufou contrariado quando sentiu o frio cortante que fazia lá. Mas que diabos era aquilo? Depois de agüentar todo aquele verde e este cheiro horrível de ar puro teria também que agüentar o frio? Edward praguejou.

 

O lago estava à beira de congelar e uma fina geada cobria a grama recém cortada.

 

Edward não procurou agasalhar-se, pelo contrario ele chegou a gostar do frio – só pelo motivo de notar certa semelhança entre ele e o seu coração. Ficou alguns poucos e longos minutos na praça, sem nada o que fazer. E isso só contribuiu para aumentar sua raive evidente. 

 

Quando viu certa movimentação e que as lojas estavam abrindo, ele e levantou para procurar por uma pensão qualquer. Mas algo o impediu.

 

Alguma coisa um pouco menor que ele chocou-se contra seu corpo fazendo essa mesma coisa ir ao chão. Ficou parado sem demonstrar um pingo de emoção e preparou-se para virar e fuzilar aquela coisa com o olhar. Mas ao contrário do que planejava isso não aconteceu.

 

Bella – ao chocar-se contra o “muro” – caiu no chão levando as rosas consigo. “Só podia ser eu” pensou ela. Não olhou para cima e começou a recolher as rosas que se espalharam pelo chão. Quando faltava só umazinha a viu ser recolhida por uma mão.

 

Edward, por sua vez, estava maravilhado com o que vira. Era um anjo! Pensara ele.

 

A “coisa” que havia esbarrado nele e ido de encontro ao chão era uma linda mulher.

 

Seus cabelos grandes e ondulados caiam como cascata sob o seu rosto e o mesmo possuía formato de coração, suas bochechas eram levemente coradas e sua boca chegou a salivar no momento em que pôs os olhos nos lábios cheios e rosados da jovem.

“É perfeita” pensou ele.

 

A jovem não demonstrou estar aborrecida e não o olhou quando começou a recolher as rosas que caíram com ela na queda.

 

Uma força maior o fez agachar e pegar a ultima que faltava que era a mais bonita e perfumada. 

 

Bella se levantou limpando o vestido com uma mão enquanto a outra segurava o cesto com as rosas, dirigiu seu olhar a pessoa que pegara a rosa – com a intenção de pega-la de volta -, mas logo em que pôs os olhos nele, esqueceu-se do que ia fazer.

 

Era alto e aparentava ser muito forte, os ombros largos e o maxilar firme, seus cabelos tinham uma cor estranha parecida com bronze e mordeu os próprios lábios quando seu olhar concentrou-se em sua boca: rosada e cheia na medida certa.

 

...E por fim os olhares se encontraram.

 

Uma explosão aconteceu.

Algo novo nascia no coração dos dois.

 

As pernas de Bella bambearam quando viu dois orbes incrivelmente verdes penetrarem-na com o olhar.

 

Edward sentiu como se tivesse vencido a mais difícil das batalhas e se permitiu perder na profundeza castanha dos olhos de Bella.

 

Mantiveram o olhar por minutos ou quem sabe horas? Não importa. Importante mesmo era o som descompassado do coração dos dois.

Percebendo o tempo Edward pigarreou trazendo de volta para si olhar duro e sem emoção alguma, já Bella mantinha o mesmo olhar. Estendeu a rosa para ela e Bella demorou alguns segundos para perceber, mas quando a viu tratou logo de pega-la.

 

Suas mãos não se encostaram.

 

Com um vago aceno para Edward, Bella saiu dali antes que caísse no chão, mas permitiu-se ter um pensamento sobre aquele homem: “nossa, como ele é lindo!”.

 

Edward a viu ir embora. Acompanhou cada movimento gracioso que ela fazia, e sentiu-se como se nascesse de novo.

 

Seu coração voltou a bater.

 

********

_Menina! Onde esteve? _ Marlene perguntou com uma ruga de preocupação na testa.

 

Bella respondeu-lhe mostrando o cesto de flores. Marlene suspirou e logo depois sorriu.

 

_ Da próxima vez me avise. Não sabe o susto que tive quando olhei para sua cama e não a vi. _ Bella se aproximou da serva e deu um beijo amoroso em sua bochecha, provocando risos em Marlene.

 

Bella pegou o cesto de flores e o levou para seu minúsculo quarto. E quando as organizava no vaso de barro – que ela mesma fez – se lembrou do rapaz de olhos verdes. Bella suspirou.

 

Ela não entendia o por quê de suas emoções, não entendia por que seu coração bateu descompassado ou por que suas pernas bambearam. Céus! Ela não entendia nada!

 

Ah, mas aqueles olhos verdes não saiam de sua cabeça!

 

Quando escutou a voz de Marlene, levou um susto tão grande que quase derrubou o vaso.

 

_ Esta suspirando, menina? _ Bella a olhou desconcertada, mas logo negou veemente, arrancando risos de Marlene. _ Acredito nesta tua mentira de “não”. Quero conhecer o rapaz depois.

 

“Como ela quer conhecer alguém que eu mesmo não conheço?” pensara Bella.


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Notas finais do capítulo

Gostaram? Então comentem! Proximo capitulo promete muitas emoçoes. Não deixem de acompanhar.
Beijos.

ps: Postarei o capitulo amanha.