O Soldado da Rosa Vermelha escrita por Mari_Masen


Capítulo 23
Em algum lugar hoje à noite.


Notas iniciais do capítulo

Desculpem-me pela demora, mas em meio a problemas pessoais não encontrei motivos e muito menos força para escrever. Minha fanfic não terá capitulos escritos sob pressão, só começo e termino um episódio quando sei que ele está apresentável o suficiente para vocês lerem.

Porém - depois de muito tempo - cá estou com mais um capitulo pra vocês. Dedicado a San e Jeh_97, obrigada pelas maravilhosas recomendações.

Boa Leitura.



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Em algum lugar hoje à noite.

Em algum lugar

As lágrimas estão sendo enxugadas

Dos olhos de alguém.

E os corações estão sendo recompensados

Em algum lugar hoje à noite.

(Warren Barfield).

A suave luz da manhã transpassava as cortinas e adentrava no quarto, lentamente expulsando a escuridão de uma noite que se fora. O quarto adormecido despertava para um novo dia.

Edward observava a mulher a sua frente, notando o quão belo eram os seus sedosos cabelos quando a luz do sol os atingia, revelando um suave vermelho. Suas grandes mãos ásperas não se contiveram em acariciar aquele lugar. A lembrança da noite anterior insistia em habitar seus pensamentos.

O corpo de Isabella – totalmente nu – estava precariamente coberto pelo cobertor. A posição em que estava revelava toda a sua costa e algo mais, mas os seios estavam de encontro ao colchão e a face feminina pressionada contra o macio travesseiro. Acordada, ela sorriu ao sentir as mãos se seu marido.

_ Bom dia. _ Os lábios de Edward sussurram a saudação no ouvido de Bella, mas antes que ela pudesse responder, os lábios do homem se comunicaram com os dela, num suave beijo.

_ Estás acordado há muito tempo? _ Murmurou a mulher com a voz grogue. As mãos do soldado não pararam a carícia enquanto ele respondia.

_ Não se preocupes com o horário. Ainda está cedo e metade dos criados ainda dorme. _ A voz de Edward estava num tom suave; uma perfeita combinação com seus calmos orbes. Isabella assentiu enquanto virava-se ainda deitava, apercebendo-se tarde demais que não havia nada a cobrindo. Suas bochechas coraram levemente enquanto, envergonhada, se cobria. Edward riu.

_ Não precisas sentir vergonha, estás maravilhosa assim.

_ Não estou apresentável. _ Murmurou Bella, passando a mão pelo cabelo enquanto a outra segurava o cobertor em volta de seu corpo. Antes que conseguisse protestar, o cobertor estava longe de seu corpo. _ Edward...

_ És mais bonita nua do que vestida. Deixe que seu marido veja seu corpo, não há pecado nisso. _ Edward olhou-a por inteiro e sorriu maliciosamente ao notar o quão sensual sua mulher ficava ao corar. Aproximando-se lentamente, o soldado a beijou da maneira mais intensa que a anterior. Escutou um suave gemido de Bella quando mordiscou-lhe o lábio.

As mãos do soldado percorreram todo o corpo de Isabella, sem vergonha ou hesitação. A boca deixara a de Bella e fora para o pescoço, onde provocou arfares e gemidos audíveis demais para uma simples carícia.

Isabella sentiu a excitação de Edward e, apesar do corpo dolorido, entregou-se mais uma vez nas profundezas do prazer. 

Edward empurrou o corpo de Bella contra o colchão e – sem deixar que ela sentisse o seu peso – deitou-se sobre ela, rindo das mãos desajeitadas de sua mulher. Com sua boca acariciou o seio esquerdo de Isabella, ouvindo com prazer os gemidos roucos que saiam de sua boca.

Sua grande mão encontrou a feminilidade da mulher e lá ficou por vários minutos, acariciando, provocando, vendo quão úmida e preparada Isabella estava para recebê-lo.

Olhando nos amados olhos da mulher, Edward separou suas pernas, assim ficando entre elas. Ao sentir a excitação do soldado contra a sua, Bella o arranhou por toda extensão musculosa de suas costas, ouvindo o gemido rouco dele contra o seu ouvido.

_ Toque em mim, Isabella. _ Sussurrou arfante contra o ouvido de Isabella. Inebriado pelo desejo e prazer Edward guiou as pequeninas mãos de sua mulher até a sua parte mais sensível, deliciando-se ao senti-la segurar firmemente o local, arranhando-o com suas unhas.

Apesar de não possuir experiência alguma Isabella acariciou Edward da melhor maneira que pode, ouvindo e vendo com satisfação a reação única que causava nele, arrepiando-se cada vez que ele sussurrava em seu ouvindo dizendo – com voz arfante – quão desejada ela era e como ele a amava.

A carícia teve fim quando Edward chegou ao seu limite, afastando as mãos de Bella enquanto abafava o gemido com um beijo. Ele afastou-se minimamente dela, apenas para admirar quão bela aquela mulher era.

O sol iluminava a cama em que estavam fazendo com que a pele alva de Bella brilhasse graças à fina camada de suor que cobria o seu corpo. O cabelo castanho caía-lhe pela face e algumas mechas grudavam no pescoço e busto; a boca rósea e levemente inchada estava entreaberta, os olhos abertos fitavam Edward de maneira amorosa. Suas pequenas mãos envolviam os cabelos acobreados do homem e, às vezes, os puxavam para si.

Edward venerou aquela mulher como nunca fizera com ninguém.

Ao sentir que o homem estava prestes a lhe possuir, Isabella fechou os olhos fortemente, preparando-se para a suposta dor que sentiria.

_ Amor, abra os olhos. _ Pediu Edward, chamando-a da maneira que fazia jus ao que sentia. Bella abriu os olhos e neles o soldado pode avistar todo o temor e hesitação.

_ Não irá doer como ontem... _ Murmurou, contendo-se ao máximo, enquanto acariciava a face de Bella. _ Nunca mais voltará a doer, amor. _ Assegurou. Os olhos da mulher suavizaram, voltando a possuir o desejo.

E Edward, nunca deixando de fitá-la, penetrou-a lentamente, sentindo cada poro de seu corpo exaltar em júbilo graças a um amor inexplicável. Cada curva de Isabella encaixou-se com a sua ele avistou, prazeroso, a reação que provocava nela.

Lançou-lhe um sorriso malicioso enquanto iniciava os movimentos que os levariam ao limite do prazer.

**** **** ****

Os criados despertavam aos poucos e logo se colocavam para as tarefas do dia. O Barão – como sempre – fora o primeiro a acordar e, desde já, trancara-se no escritório para analisar papéis e mais papéis de suas finanças; o mordomo ficou ao seu lado até que os outros Cullen’s despertassem.

Isabella e Edward foram os primeiros.

_ Bom dia Senhor e Senhora Cullen. _ Cumprimentou o mordomo com uma pequena reverência enquanto servia-lhes do vasto café da manhã. Isabella respondeu com um leve sorriso, mas Edward pouco escutou.

_ Onde está o meu pai? _ Perguntou o soldado da maneira arrogante com a qual sempre falara.

_ No escritório, Senhor. _ O homem assentiu e logo após sinalizou que o criado poderia ir.

O resto da manhã passou calmo e tranqüilo – exceto as brincadeiras de Emmett que deixavam Isabella corada – a família não perguntara ou insinuara a nenhum dos recém casados sobre o que fizeram a noite, porém, sorrisos discretos sempre eram vistos quando se olhava para o vermelho que sempre habitava as bochechas de Bella.

Se reparassem bem veriam que seus lábios estavam pouco inchados e que o vestido mal escondia o vermelho do pescoço.

Alice e Rosalie convidaram Bella para pintar no jardim. As mulheres eram proibidas de exercer qualquer tipo de manifestação artística, mas essa regra não se aplicava as integrantes da família Cullen.

_ Já pintastes antes, Isabella? _ Perguntou Rosalie, entretida com sua tela.

_ Não fora dada nenhuma oportunidade. _ Bella respondeu simples e calmamente, concentrada no ramo de flores que um criado segurava para ela, como modelo.

_ Ah, pintar é algo que requer paciência, mas confesso que a música tem maior preferência em termos de rapidez e beleza. _ Alice suspirou sorrindo.

_ Podes tocar instrumentos musicais?

_ Claro. Carlisle deu a nós instrumentos musicais. Às vezes ele aprecia que toquemos em um dia chuvoso. _ Murmurou Rosalie. _ Há um grande piano de cauda esperando por você.

_ Mas não sei tocar. _ Confessou a mulher, temerosa por decepcionar o Barão.

_ Edward irá ensiná-la, porém... _ Alice interrompeu sua fala quando avistou inúmeros cavaleiros correndo pela estrada distante que levaria ao Palácio. O pequeno pincel caiu de suas mãos enquanto levava as mãos à boca e murmurava consigo mesmo. Rosalie também avistou a tropa e – temerosa – pôs-se a correr até o Palácio.

_ O que está acontecendo? _ Indagou Isabella ao olhar para Alice.

_ Eles... _ Apontou para a frota que se aproximava. _Não são soldados do Barão. Ande Bella _ Estendeu-lhe a mão _ Não podemos ser vistas aqui. _ Bella segurou-lhe a mão e logo correram até o Palácio.

Carlisle e Edward já sabiam o que estava por vir a partir do momento em que avistaram Isabella, Alice e Rosalie adentrarem no Palácio carregando expressões temerosas em suas delicadas e belas faces. A mais simples das preocupações dizia que seria seguro nenhum outro Cullen saber o que estava acontecendo, até que tudo se acalmasse e resolvesse.

Mas no instante em que Bella pôs os olhos em Edward ela soube que alguma coisa estava prestes a acontecer.

_ Thomas. _ Chamou o Barão. _ Quero que leve todos para seus respectivos aposentos e não os deixe sair até que eu ordene. _ Alice o olhou espantada.

_ O que está acontecendo? _ Indagou ela a Carlisle.

_ Explicarei depois. Agora peço que todas acompanhem Thomas até seus aposentos e, por favor, não saiam de lá. _ A determinação presente na voz de Carlisle fez seu pedido tornar ordem. Esme o olhou apreensiva, porém atendeu seu pedido e pôs-se a subir as escadas. Marlene, Alice e Rosalie foram logo atrás.

Mas Isabella permaneceu ao lado de Edward, hesitando em acompanhá-las.

_ Precisas ir, Bella. _ Falou Edward com voz calma, mas o corpo tenso. A mulher o fitou, procurando algo em seus belos orbes.

_ Deixe-me ficar, Edward. _ Pronunciou com a voz baixa para somente ele ouvir. O soldado balançou a cabeça. _ Por favor, deixe-me...

_ Podes ficar, Isabella. _ O Barão falou, surpreendendo-a. _ O assunto também é de seu interesse. _ Edward praguejou baixinho, envolvendo a cintura de sua mulher e a puxando para si – uma vã tentativa de proteção.

O silêncio reinou, mas a calmaria não.

Isabella olhou atentamente a face de cada homem ali, sentindo a tensão de seus corpos e preocupação no olhar de cada um. Ela ergueu sua face para Edward e com as ponta dos dedos acariciou o rosto severo do homem, procurando acalmá-lo. O soldado respirou profundamente – deliciando-se com o aroma de sua mulher –, inclinando sua face sob o delicado toque. Relaxando nas mãos de Bella.

Mas todo o silêncio acabou quando o barulho de cascos de cavalos ecoou pelo Palácio, aumentando a tensão e os deixando alerta para o que estava por vir. Os barulhos aumentaram e era possível ouvir homens conversando em uma língua estranha.

_ São franceses. _ Murmurou Edward com a voz áspera.

_ Fique com Bella dentro do Palácio, Edward. _ Ordenou Carlisle que, acompanhado por dois soldados, saíra do Palácio caminhando em direção ao pátio principal.

O Barão ao sair deparou-se com uma frota de aproximadamente quarenta soldados franceses montados em cavalos marrons. Carlisle pôs em sua face um belo sorriso e suavizou os olhos na tentativa de transmitir ao visitante que conflitos ali não seriam travados.

Seus olhos varreram por toda frota até encontrar o nobre que, montado em um cavalo branco, ia a sua direção. Os soldados de Carlisle tomaram a frente – protegendo seu senhor.

Ao se aproximar o suficiente, o nobre desmontou seu cavalo e lentamente inclinou-se para o Barão, reverenciando-o formalmente, transmitindo a mensagem de paz.

_ Barão Cullen, sou Charlie Swan, Duque de Montpellier. _ Anunciou o nobre em inglês, porém carregando um suave sotaque.

_ Carlisle Cullen, Barão do Condado de Longford. _ Respondeu Carlisle, reverenciando o Duque. _ És bem vindo em minha casa, Duque. _ Transmitiu, recebendo um meio sorriso de Charlie. _ Há estábulos para seus cavalos e aposentos para os soldados, meu criado os guiará se desejares tal coisa.

_ Foi uma longa viajem, Barão. É de bom grado que aceito o seu convite. _ Charlie emitiu uma ordem em francês e todos os seus soldados desmontaram os cavalos e, guiados pelos criados, retiraram-se do pátio principal. Os soldados de Carlisle também os acompanharam, deixando o Barão Cullen e o Duque Swan a sós.

_ Presumo que viestes até aqui para conversarmos sobre a carta que lhe enviei. _ Começou Carlisle. _ Terei prazer em lhe esclarecer todas as suas dúvidas, Duque, mas não aqui e nem agora. Aconselho-lhe a repousar e alimentar-se até que...

_ Desculpe Barão, mas não descansarei até ver minha filha Isabella. _ Charlie o interrompeu. _ Afirmas em sua carta que Isabella está aqui em seu Palácio. Posso estar cansado e faminto, mas não aceitarei sua hospitalidade até que eu a veja. _ A determinação na voz do francês fez Carlisle recuar.

O Barão usou sua hospitalidade como uma válvula de escape, pois sabia que o Duque, ao saber que Bella estava casada, teria reações e atitudes para com ela – tais atitudes que seriam tanto negativas como positivas – e era inevitável temer a separação precoce de Isabella e Edward.

Mas ele, como Barão, não poderia recusar tal afronta com o Duque. Carlisle teria que atender ao seu pedido ou uma possível guerra seria travada... Cedo demais.

_ Duque Swan... _ O leve sorriso e o tranqüilo olhar abandonaram a face do Barão, assumindo agora o olhar determinado e a voz séria que Edward tanto havia herdado. _ Há algumas coisas que serão esclarecidas e reveladas a ti, no momento em que veres Isabella. Mas o advirto que suas reações poderão fazer com que sua filha não o aceite. Por tanto, meça muito bem o que vais falar ou fazer para não ser rejeitado. Pigé*? _ Charlie assentiu, os punhos cerrados em uma clara expressão de raiva.

O Cullen o guiou até o interior o Palácio e ambos caminharam em silêncio até o grande Salão Principal, que estava com as portas fechadas. Sem aviso algum Carlisle abriu-as, olhando para Bella e Edward antes de conduzir o homem que mudaria a vida daquela mulher.

Edward tencionou o corpo e seus braços apertaram mais Isabella, trazendo-a para si, diminuindo mais a distância. O olhar temeroso que recebeu de seu pai fora o aviso de que as coisas não seriam exatamente como um mar de rosas.

Isabella olhou confusa para o homem que a fitava de maneira tão... Carinhosa. Ele era um pouco menor do que Edward, mas sua postura ereta e o queixo erguido indicavam que era um nobre. Suas roupas, em tom cinza e preto, mostraram-se elegantes e seu rosto possuía um bigode grisalho que deixava as feições daquele homem mais sombrias.

Porém nenhuma roupa ou postura poderia superar o olhar forte daquele homem... Estranhamente familiar.

_ Isabella? _ Chamou Carlisle. _ Este é Charlie Swan, seu pai.  _ As mãos de Edward apertaram-na mais.

Bella piscou algumas vezes, a confusão estampada em sua delicada face. Seus olhos fitaram o francês a sua frente e, estranhamente, todas as peças em sua mente se encaixaram, fazendo-a relembrar a face e todos os momentos que passou ao lado de Charlie.

A pele alva da mulher adquiriu um leve rubor. Seus olhos encheram-se de lágrimas e a boca seca pronunciou debilmente as palavras que o Duque tanto ansiou por ouvir novamente.

_ Pai? _ Sussurrou, a voz falhando. Edward lentamente a soltou, dando a Bella a oportunidade de abraçar o pai.

Ao se abraçarem toda a saudade, toda angustia evaporou – como se nunca sequer houvesse existido. Restando ali apenas o único sentimento responsável pelas pequenas e mais belas coisas: o amor.

O abraço de Charlie era acolhedor – como deveria ser o abraço de um pai – e Isabella aproveitou cada instante em seus braços, desfrutando de uma magia incompreensível que os envolvia.

Charlie afastou o rosto de Bella e fitou os orbes que ainda carregavam o mesmo brilho inocente de quando era criança. Suas mãos infiltraram-se nos sedosos cabelos de sua filha e ele contemplou o quão belo e grande ele estava.

_ Estás tão grande e bonita, Mon Petit*. Vejo a mulher maravilhosa que se tornares. _ Disse o francês.

_ Senti muito a sua falta, pai. _ Revelou Isabella enquanto separava-se de Charlie.

Edward observou tudo – guardando para si a felicidade que sentiu ao ver sua mulher feliz – distante do Duque, ao lado de Carlisle. Ele viu o instante em que se separaram e o francês o olhou, murmurando algo a Bella que a fez guiá-lo até Carlisle e ele. O Barão – camuflando todo o temor – tomou a frente e anunciou Edward ao francês.

_ Duque Swan, este é meu filho Edward Cullen, marido de sua filha Isabella. _ O soldado não esboçou nenhum sorriso para o francês, muito menos pôs em sua face um agradável semblante que conquistaria o Duque. Edward não colocaria máscaras para agradar o pai de sua amada; ele seria o que sempre foi.

Cabia ao Duque aceitar ou rejeitar.

Charlie Swan o olhou dos pés a cabeça, um semblante desagradável em seu rosto. Aquele homem – filho do Barão – exalava mau humor e rigidez, seus olhos eram frios e indiferentes. Sua postura não mudara e nenhuma reverência fora feita.

Carlisle – observando tudo – rezou internamente a todos os santos para que algum milagre transformasse Edward em um gentil e educado filho. Entretanto, olhando para o soldado o Barão concluiu que suas preces foram inúteis.

O francês não compreendia como sua filha, Isabella, poderia casar-se com essa montanha de pedra. Não pôde entender como ela conseguira aquilo, como se casara sem possuir sua permissão ou benção, como trocara o seu sobrenome por outro, de poder inferior.

_ Como se casaste sem minha benção, Isabella? _ Indagou a filha que, felizmente, não havia notado a troca de olhares entre seu marido e pai.

_ Carlisle concedeu sua benção por mim, papai. _ Respondeu doce e ternamente, a felicidade em sua face. _ Mas, mesmo depois do casório, seria para mim e meu marido um grande presente se o senhor, meu pai, concedesse sua benção a nós. _ Charlie franziu o cenho.

_ Benção? _ Perguntou sarcasticamente.

_ Sim Senhor. _ Respondeu Bella.

_ Há quanto tempo estão casados?

_ Casamo-nos ontem à tarde, meu pai. _ Charlie fitou sua filha, procurando algum vestígio de arrependimento, mas sua busca fora em vão, pois encontrara somente amor em seus orbes castanhos. Fitando o soldado, o francês encontrou uma pequena faísca que queimou aqueles orbes por um instante.

_ Preciso conhecê-lo, Edward, para ver o quão digno de benção tu és. _ Edward reprimiu a vontade de bufar, limitando-se a uma simples e educada resposta.

_ Como desejares, Duque. _ Charlie assentiu.

Todos permaneceram no grande salão por um par de horas. A conversa entre Isabella e seu pai fluía com facilidade e, às vezes, pequenos pedaços de lembranças eram recuperados por ela. Bella conheceu mais de sua família, sua mãe e parentes, e contou a Charlie toda a sua vida até o momento em que casou com Edward – porém omitindo as partes dolorosas de sua vida com James.

O cansaço na face do Duque fora aparecendo conforme os minutos passavam. Bella logo se apercebeu de que seu pai precisaria de um bom repouso e, instantes depois, já o guiava até o quarto de hóspedes. Somente Edward e Carlisle continuaram no salão.

_ Contou a ele sobre James? _ Indagou o soldado, sentado no sofá enquanto desfrutava de um copo de rum.

_ Não houve tempo para isso, mas quando o Duque acordar eu o levarei até lá e contarei aquilo que Isabella omitiu. _ O Barão estava frente a uma enorme janela, a bengala apoiada sob as duas mãos. _ Ele quer lhe conhecer melhor. _ Provocou fazendo Edward bufar.

_ Recebendo sua benção ou não, nada irá me separar de minha esposa. _ Respondeu com certeza, enquanto levantava e se retirava do salão. Carlisle suspirou, balançando a cabeça.

_ Palavras não são suficientes, filho. Não cabe a você tal escolha. _ Sussurrou.

Mal sabiam eles que aquilo só estava começando.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado. Comentem e deixem a opinião de vocês. Infelizmente o Nyah! não está mais exibindo as recomendações, mas eu ainda lhes peço as fazerem (vocês não sabem o poder que elas possuem)

Beijos e até a próxima (atrasos serão evitados, estou de volta a ativa).