O Soldado da Rosa Vermelha escrita por Mari_Masen


Capítulo 14
Não demonstrar não significa não sentir. {2}


Notas iniciais do capítulo

FINALMENTE consegui postar! UFA! Vocês não sabem o sufoco que eu passei aqui! Mas nada disso importa agora, pois eu consegui ;D.

Boa leitura.

ps: Depois desse capitulo as coisas vão começar a esquentar. Nos dois sentidos ;D.



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Segunda Parte.

 

Os minutos se arrastavam, tornando a espera de Carlisle muito mais tediosa. Ele odiava atrasos e era exatamente isso que seu filho estava fazendo.

 

Ver o filho lhe trouxe uma alegria secreta que o Barão disfarçou com a pequena discussão que teve com Edward. E ver que o filho estava aparentemente casado o fez mais feliz ainda. A mulher era muito bela e aparentava ser altruísta e determinada, porém sabendo se colocar no lugar de esposa e amiga. A jovem aparentava ser delicada e bastante calma, isso certamente ensinaria Edward a tratá-la corretamente.

 

A espera teve seu fim quando seu filho entrou em seu campo de visão – trajando um terno padrão – ao lado da sua mulher que estava magnífica com um vestido bege.

 

Palavras não foram ditas quando entraram na carruagem juntos, mas Carlisle pode ver que Edward estava visivelmente incomodado por estar perto dele. Era cômico ver como a bela mulher conseguia doma-lo segurando apenas seu braço, como se o impedisse de fazer alguma besteira. Para Carlisle pouca diferença fazia, pois ele não temia o filho e – se fosse preciso – o enfrentaria.

 

Os cavalos, os guardas, empregado, roupas... Tudo ali indicava o quão rico era o pai de Edward. Bella chegou a assemelhá-lo com um rei, porém isso só não se confirmou porque sabia que ele era um Barão.

 

Barão... Era quase impossível acreditar que tudo isso estava acontecendo com ela, uma simples criada órfã que agora era chamada de esposa de Edward Cullen graças a um simples engano...

Difícil mesmo era acreditar que o palácio – que entrara em seu campo de visão – fosse de Carlisle pai de Edward que – por incrível que pareça – era filho do barão de Longford.

 

Edward suspirou pesadamente quando o velho mordomo da família – Thomas – abriu a porta da carruagem, surpreso por encontrar com Edward ali.

 

Ao ajudar Bella a descer, fitou a imensa propriedade de seu pai, recordando-se da época em que brincara por aquele jardim. Agora aquele amontoado de flores e grama já não possuía utilidade para ele.

 

Um toque em suas costas empurrou Isabella levemente para frente. Era Edward que a despertava do transe – que começou quando reparou na opulência do local – para ela adentrasse no palácio.

 

Carlisle fora na frente – apressado em avisar a mulher – e deixou que Thomas os guiasse até o salão de visitas.

 

— Espere aqui Senhor Cullen. _ Avisou o mordomo com demasiada educação, saindo e os deixando a sós no salão que – para Bella – havia saído de um conto de fadas.

 

— Desculpe-me por isso, Bella. _ Começou Edward já prevendo a reação de sua mãe ao descobrir que Isabella não era nenhuma nobre. _ Eu não deveria ter aceitado o convite e... _ O pequeno dedo indicador de Bella pousou sobre os lábios do homem, silenciando-o.

 

Nós estamos bem, Edward. _ O acalmou a medida que seus dedos se demoraram na face de Edward, acariciando com doçura e calma. O homem nada disse, pois estava perdido no deleite do toque macio das pequeninas mãos da mulher que tanto o encantava.

 

— Deus do céu! Edward! _ Exclamou a mãe na porta do opulento salão com as mãos na boca e olhos brilhantes, repletos de lágrimas. Ela não esperou pela resposta do filho. Correu até ele e o abraçou apertado, compensando a saudade e preocupação que sentira dele quando esteve longe, no campo de batalhas. _ Estás bem? Seu pai não lhe fez nada alem das palavras? Céus! Que saudades eu senti de ti, filho! _ Esme soluçava alto, as lágrimas passeavam por sua face angelical.

 

Edward se separou de sua mãe, constrangido pela demonstração de afeto. Deu um passo para trás e apresentou Isabella a sua mãe.

 

— Esta é Isabella, minha... companheira. _ Os olhos dourados de Esme avaliaram Bella.

 

Companheira? Soube que estás casado, então por que não a chama de mulher? _ Indagou curiosa.

 

— Isabella não e minha mulher. Eu sequer sou casado. _ O choque passou pelos belos orbes da mulher.

 

— Vocês estão... juntos? Mas não estão casados? _ Perguntou num murmúrio. _ Então devo a aceitar como sua concubina? _ Isabella podia ver que nada daquilo iria acabar bem. Se pudesse teria ficado em Longford.

 

— Não a chame assim, mãe. _ Não era uma ameaça, mas era melhor que a mulher não se referisse a Isabella assim novamente. _ Não estamos casados e Bella ficará comigo. _ Ela abriu a boca para retrucar, porém a voz de Carlisle a interrompeu no momento certo.

 

— Vocês não vão discutir aqui, ou vão? _ Perguntou irritado. _ Você mal chegou e já causa confusões, filho. Pensei que isso era coisa do passado.

 

— Carlisle... _ Começou Esme, pondo-se ao lado do marido. _ Edward lhe avisou que não é casado com a senhorita?

 

— Esme não comece implicar com a mulher de meu filho. Deixe-o com a senhorita... _ Abaixou para poder sussurrar no ouvido da esposa. _ Ela é a única que consegue doma-lo. _ A mãe de Edward riu suavemente. Olhou para Bella novamente e viu algo de diferente na mulher, algo no olhar de Edward que dizia – silenciosamente – que aquela era a mulher certa... A única.

 

— Perdoe-me Bella. Ainda estou abalada pela volta de meu filho. _ Sorriu a ela, um sorriso com covinhas, um sorriso doce e maternal. _ Oh que indelicadeza! Mal a conheço e logo tiro conclusões de você. _ Isabella assentiu sorrindo, como um pedido de desculpa aceita.

— Que vestido lindo é este, querida? _ Indagou, finalmente se simpatizando com a mulher que havia capturado o coração do filho.

 

Isabella engoliu em seco, pressentindo que uma pergunta como aquela seria feita.

A rejeição da família, por saber que era muda, assombrou a face de Bella.

 

Edward percebeu que aquela era a pergunta que a mulher não responderia, olhou para Isabella e viu ali o temor indesejado.

 

— Mãe, Isabella não poderá responder a essa pergunta. _ Respondeu por ela, enquanto enlaçava a cintura de Bella e a trazia para si.

 

— Ora, por que não? _ Indagou divertida. _ Um vestido tão lindo como este não poderia vir de um simples costureiro. Querida, quem és o artista que fez... _ A voz de Esme morreu e sorriso desapareceu quando viu que a companheira de seu filho era muda.

Num ato de espanto levou as mãos à boca e fitou a mulher que agora chorava.

 

— Bella... Olhe para mim. _ Pediu Edward aflito, quando percebeu que a mulher chorava.

 

A vergonha era tamanha e o temor era forte. Mesmo não querendo, chorou.

Chorou por perceber que aquele não era o seu lugar.

Chorou por se sentir incapaz de responder a senhora a sua frente.

Chorou pela vergonha e temor de ser rejeitada.

 

Pequenos braços a envolveram num abraço carinhoso. Era Esme – que sentia o constrangimento da pergunta direta que fizera. Não havia desculpas para aquilo, somente o abraço carinhoso de uma mulher constrangida.

 

— Não desculpas para o meu importuno. Querida, pare de chorar. _ Pediu ternamente a Bella, que envergonhada, limpou as lagrimas.

 

Ambas se olharam e a simples criada percebeu a doçura de um olhar arrependido.

 

**** **** ****

 

O episodio com Esme fora esquecido num piscar de olhos; Edward sabia muito bem como a fazer esquecer das coisas... ainda mais quando usava os lábios para tal ato.

 

Carlisle e Esme passaram horas e mais horas ao lado de Isabella, mostrando todo o opulento palácio, porém Edward não quis acompanhá-los, preferiu se retirar para o aposento – que ele sabia que existia – preparado para a chegada dos dois. Foi de sua preferência que repousasse junto a Isabella – contrariando toda a baboseira social que dizia que um homem e uma mulher, que não fossem casados, não poderiam ficar juntos em um mesmo leito.

 

O quarto era bom, amplo e aconchegante; possuía até mesmo seu próprio lavatório – o que proporcionou à Edward um bom banho.

Seu corpo – quase despido – repousou sob a grande cama e seus olhos se fecharam lentamente para que, instantes depois, adormecesse profundamente.

 

Isabella adentrou o quarto minutos mais tarde. Estava sorrindo com a historia de Carlisle e – graças ao cansaço – teve que encerrar o assunto e se retirar em seu quarto – preparado pelos criados.

 

Tomou um bom banho e vestiu um vestido novo – presente de Esme – feito especialmente para repouso.

 

Penteava os cabelos com calma, sentada numa das cadeiras em frente à janela. A vista era magnífica. Nunca havia visto um jardim tão lindo como aquele – nem mesmo o campo repleto de flores que visitava com freqüência. A escova fora largada sob uma mesinha e a janela fora aberta para melhor observar. Admirar o jardim era o seu objetivo, porém suas mãos grandes e másculas e um peito rijo mudaram sua idéia.

 

— Você cheira a morangos, sabia? _ Sussurrou Edward próximo ao seu ouvido, fazendo a pele de Isabella se arrepiar. _ E ficas ainda mais linda quando estás rubra. _ Riu em seu pescoço e o arrepio se intensificou.

 

Os braços do homem a enlaçaram pela cintura e a cabeça de Bella pendeu para trás – repousando no peito do homem –; um pequeno sorriso moldava seus lábios.

 

As mãos de Edward acariciaram a barriga de Bella, uma caricia lenta e provocante. Ele a viu lentamente e colou ainda mais seu corpo ao dela, percebendo que cada curva de Isabella se encaixava ao seu corpo com extrema facilidade.

Ele inspirou profundamente – no pescoço dela – o perfume que o fazia “louco”. Bella arfou... Ele riu.

 

 Os olhares ali compensaram qualquer raio de luz. O beijo apaixonado que as bocas, juntas, provocaram foi mais quente que qualquer cobertor ou então a chama de uma lareira.

 

Ele a abraçou e inalou – novamente – a fragrância da mulher.

 

Isabella... — Sussurrou ele, totalmente domado por ela.

 

 

"A fera olhou a face da beleza; e a beleza acalmou a fera.

Desde esse dia então, a fera ficou a mercê da morte".

 


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Notas finais do capítulo

Comentem no capitulo anterior tambem! Deixe-me feliz e disposta a escrever mais e mais para vocês.

Deixa eu esclarecer algumas duvidas...
Essa frase NÃO quer dizer que o Edward vai MORRER. Só mostra que ele - o soldado que não tinha coração - tornou-se mortal e passou a SENTIR.

Quem não entendeu escreva um comentário que eu respondo.

Obrigada a todos que lêem e comentam.

Beijos e até a próxima.

PS: Tem um leitor (a) meu que me recomendou uma fanfic do Emmett e a Rose, gostaria muito de ler. Eu perdi o link então, por isso, quem me recomendou reenvie para mim.