O Soldado da Rosa Vermelha escrita por Mari_Masen


Capítulo 12
Todas as palavras nada dizem.


Notas iniciais do capítulo

Oe! Mais um capitulo para vocês.

Boa Leitura.



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Todas as palavras nada dizem.

 

 

Dos nossos lábios todas as palavras nada dizem.

Aos nossos olhos tudo que já vimos foi vertigem.

E é tudo tão real,

Mas nada normal.

 

 

 

E lá estava o sorriso do dia, direcionado a Edward, somente a ele – que tanto o merecia.

As mãos do homem não se contiveram em ficar paradas. Foram para o rosto de Isabella e lá a acariciou muito delicadamente – como se ela fosse quebradiça.

 

— Por que estás sorrindo assim? _ Perguntou divertido, aproveitando o momento e a fazendo sorrir mais. _ Ainda é cedo, estamos exaustos, e você ainda consegue sorrir assim? _ A voz foi diminuindo até tornar-se um mero sussurro. Edward ficou sério quando se atreveu a ir além, passando o polegar suavemente pelos lábios risonhos da mulher.

 

Sua boca salivou. Céus! Como desejou senti-la novamente!

 

Bella percebeu a súbita mudança na fisionomia do homem e estremeceu quando sentiu os dedos percorrerem a extensão de seus pequenos, porém perfeitos, lábios.

Ainda estavam deitados e abraçados, mas a distância de suas bocas fazia parecer que havia um muro separando-os.

 

Fora Bella que tomou a iniciativa.

Como que querendo mais do contato, aproximou-se o suficiente para sentir o hálito quente do homem. A boca salivou e ela mordeu os lábios – que antes receberam a visita de Edward – aproximando-se ainda mais.

 

O homem ficou um tanto extasiado ao ver que a mulher também ansiava por um contato maior.

Sua mão direita envolveu a nuca de Bella, enquanto a esquerda permanecia firmemente em sua cintura, puxando para si mais e mais.

 

Ela mordeu os lábios e Edward desejou por fazer também, porém deveria se controlar, caso contrário, acabaria por machucá-la.

 

E então – como se cada segundo de espera se transformasse em anos – os lábios se tocaram. Calmamente, delicadamente... deliciosamente.

 

O corpo todo de Bella se arrepiou quando, finalmente, sentiu a boca macia de Edward contra a sua. Era verdade que a mulher não possuía nenhuma experiência em beijos – exceto um leve roçar – e isso a fez temer pela reação do homem.

 

Tentou se separar – com medo de que não estivesse fazendo a coisa certa –, porém o aperto em sua nuca se intensificou e a boca do homem se abriu, aprofundando o beijo.

 

Edward tentava transmitir calma a mulher. Ele bem sabia que Bella nunca havia beijado antes e só de pensar em ser o primeiro os fez impedi-la de se separar.

Porém, só a boca de Edward se movia – forçando um contato maior –, Isabella permanecia parada com os olhos fortemente fechados.

 

— Abra a boca para mim, Bella. _ Sussurrou ele – ainda de olhos fechados – contra os lábios da mulher. _ Não tema... Aproveite... _ A voz rouca a fez arfar, dando a chance para Edward invadi-la com sua língua.

 

O homem controlou um gemido de satisfação, quando tornou a sentir o gosto doce da boca quente de Bella. Sua língua explorava cada canto da pequena boca e o prazer – proporcionado por um simples beijos – era inexplicável.

 

Aos poucos a vergonha e temor de Isabella foram quebrados. Começava a desfrutar daquela carícia tão intima, arriscando pequenas retribuições no beijo. Sua boca agora respondia, com a mesma intensidade, aos carinhos de Edward; e o beijo antes calmo, tornara-se quente e rápido.

 

Edward sabia muito bem o que estava fazendo quando inverteu as posições e se deitou sob a mulher, porém tomando cuidado para que seu peso não a incomodasse. Sabia também que uma ou duas mordidas no pescoço alvo de Bella a fariam arfar e ansiar por mais. Sabia que beijar sua mão esquerda e coloca-la em seu pescoço a deixaria mais perto de si.

 

Só não sabia que, ao suspender a manga do vestido, verias cicatrizes de cortes recentes em seu braço.

 

Os olhos se Bella estavam fechados e sua mão direita no cabelo do homem, apertando-o e puxando-o mais para si. As caricias proporcionaram um prazer jamais conhecido por ela, porém quando pararam, Bella abriu os olhos, ficando tensa ao se deparar com Edward fitando os cortes em seu braço – que por um momento foram esquecidos.

 

Ela tentou remover o braço para que ele não visse mais, porém sua pequenina mão era segurada fortemente pela dele, impedindo-a de continuar.

 

— O que significa isso? _ Perguntou pausadamente, calmo demais para ela. Quando os olhares se encontram percebeu que havia uma fúria contida neles.

 

Não é nada. — Mexeu os lábios o mais claro o possível para Edward entender. E ele entendeu, até demais.

 

O corpo do homem tremeu levemente quando seus olhos se voltaram, novamente, para os cortes no braço da mulher. Ela o ouviu suspirar e se levantar da cama, indo para a janela, com as duas mãos na cabeça.

 

— Não minta para mim. _ Bela percebeu que ele estava se controlando ao máximo para não gritar com ela. Porém toda aquela fúria não bastou para mantê-la longe. Caminhou até ele e o tocou suavemente no ombro, tentando acalma-lo. Mas percebeu tarde demais que isso não foi o certo a se fazer.

 

Edward se voltou a ela, cego de raiva, e a segurou pelos ombros fortemente.

 

— QUEM FEZ ISSO? _ Gritou o bastante para fazer Bella entender que mentir não ajudaria.

 

Ele estava tomado pela raiva. O simples saber de que alguém havia feito aquilo, tinha despertado a fúria que ele tentou, em vão, conter.

 

— Responda-me... _ Sussurrou entre dentes, apertando-a mais e ignorando o fato de que estava provocando dor a ela.

 

Os lábios de Bella, trêmulos, mexeram-se formando o nome de James.

 

Aquilo bastou para que todas as coisas do quarto fossem quebradas.

 

Lágrimas brotaram dos olhos da mulher quando ela viu o quão descontrolado ele estava. Ela temia por ele, por suas ações quando estava fora de controle. Sentou-se na cama e chorou baixinho enquanto o homem gritava e quebrava ou derrubava tudo que estava em seu caminho.

 

Algo despertou Edward da raiva, fazendo-o parar ofegante, apercebendo-se do estrago que havia feito no quarto. Havia perco o controle, mas admitira que isso não servia de justificativa para o que fez. Se tinha que quebrar algo, que fosse o Conde.

A calma voltava aos poucos, mas a preocupação o tomou quando ouviu soluços baixos.

Procurou por Bella e a encontrou sentada na cama, encolhida, com a cabeça abaixada. Engoliu em seco quando percebeu que a mulher estava chorando.

 

— Bella... Olhe para mim. _ Pediu ajoelhado em sua frente, segurando suas mãos. Ela não se mexeu e os soluços não pararam. _ Querida, olhe para mim... Por favor. _ Suplicou, angustiado. Edward percebeu, tarde demais, que havia a deixado com medo.

 

As mãos másculas limparam as lágrimas que banhavam o rosto de Bella, que ainda estava abaixado. Ela percebeu que ele estava mais calmo e ergueu a face, para fita-lo.

 

— Me desculpe... Por favor... _ Suplicou novamente, ao fitar os temerosos orbes da mulher que tanto o encantava, mas que agora estava amedrontada.

 

Isabella se aproximou o bastante para encostar suas testa a dele. Ela segurou, com as duas mãos, o rosto do homem e tornou a repetir as palavras.

 

Não é nada... Não é nada. _ Os olhares permaneciam intensos quando ela o beijou suave e brevemente, afagando seus cabelos docemente.

 

Edward suspirou relaxado. Levantou-se para logo depois puxar Bella para um abraço quente e acolhedor, como quem pede desculpas. Ficou feliz ao senti-la retribuindo e, de certo modo, dizendo que tudo estava bem.

 

**** **** ****

 

A vendedora dava os últimos ajustes no vestido que Edward mandara fazer para Bella, ontem à noite – antes de se embebedar. Ela às vezes se encolhia com a fincada da agulha em sua pele, arrancando risos da mulher.

 

Edward se recordava, de tempos em tempos, do grande sorriso de Bella ao saber que ganhara um vestido novo e um calçado também. E seu corpo ainda estava quente graças ao abraço que recebera.

 

Ele estava no quarto da pensão, aguardando Bella estar pronta para sair da loja. Havia tomado banho, vestido um novo terno e chapéu, calçado luvas pretas e sapatos caros. Sorriu levemente ao se lembrar de que o Barão Cullen se vestia da mesma maneira.

 

Roupa do Edward: http://i44.tinypic.com/2zitqah.jpg

 

A janela do pequeno quarto fora de grande ajuda a Edward, que aguardava a saída de Bella da pequena loja, por ela. Ficou longos minutos a sua frente, esperando avistar a mulher e, quando a viu, mal reparou em seu vestido, pois saiu da pensão como um raio para que – instantes depois – chegasse até ela.

 

Só então ele pode reparar na quão magnífica ela estava.

 

O vestido caíra como uma luva em seu perfeito corpo. Ele mal reparou se as cicatrizes foram cobertas, pois só havia olhos para ela que- vestida assim – assemelhava-se a mais bela das nobres.

 

Vestido de Bella: http://fotos.robertpattinsonbrasil.com/albums/filmes/2010%20-%20Bel%20Ami/Bastidores/29-03-10%20-%20Bastidores%20(Budapeste)/normal_bastidores_belami_008.jpg

 

— Estás magnífica! _ Elogiou, deixando a mulher corada. Tomou sua mão direita para si e nela depositou um suave beijo – coisa tão característica dele.

 

— Vou levá-la ao melhor restaurante. _ Anunciou divertido enquanto oferecia seu braço para ela. _ Não se preocupe com o dinheiro. Um pequeno sacrifício para um grande sorriso. _ Isabella não o contestou diante de tanta alegria – coisa rara de ver nele – simplesmente assentiu sorrindo de volta, pondo-se a andar com ele para o restaurante.

 

**** **** ****

 

Ela olhou pela vigésima vez os talheres a sua frente. Ambos eram incógnitas para ela, e demasiados para um simples prato. Olhou para Edward vendo que ele sabia manuseá-los sem esforço algum – algo bastante peculiar, vindo de um soldado – e corou com a vergonha que passava diante dele. Afinal, ela era uma simples criada, não uma nobre da alta sociedade.

 

— Estás corada? _ Perguntou ele, largando os talheres e dedicando sua atenção a ela – que virou sua cabeça, fugindo de seu olhar, sinalizando um “não”. _ Sua face rubra me diz o contrário. Vamos, diga-me o porquê de estar assim e eu procuro lhe ajudar.

 

Ela respirou fundo, engolindo a vergonha, e indicando – com a face perplexa – a quantidade exagerada de talheres. Edward riu levemente com aquilo, imaginando o quanto ficaria rubra ao vê-lo nu.

 

— Comece de dentro para fora. Desse modo... _ Exemplificou a ela. _ Mas se não conseguir, coma com o melhor a seu gosto. Somos clientes Bella, não estamos sendo avaliados. _ Tranqüilizou-a enquanto voltava-se para a refeição.

 

Isabella tentou, mas por fim ignorou tudo e pegou o melhor para ela... a colher.

 

Um casal os observava de longe – porém no mesmo restaurante.

Eles viam – espantados – Edward iniciar um monólogo com uma mulher estranha, mas muito bela. Deduziram ser sua mulher.

 

— Não é ele, Rose. — Repetia o homem para a mulher a sua frente, tentando convencê-la e a si mesmo também.

 

— Tenho certeza, Emmett. Você já viu alguém mais parecido? Até o modo que manuseia os talheres é igual ao de seu irmão. — A loira contra atacou.

 

— Edward está na Inglaterra, na guerra, batalhando por algo ridículo chamado orgulho. Não pode ser ele. Se levarmos em consideração, podemos até dizer que está morto. _ Era em vão continuar aquela discussão. A mulher se levantou decidida e marchou até a mesa do estranho, chegando por trás. O grande homem também a acompanhou.

 

— Sr. Cullen? _ Chamou pelo sobrenome, se realmente fosse ele, atenderia.

— Pois não? _ Respondeu Edward – pensando ser o garçom – virando-se para a suposta pessoa que o teria chamado. Mas congelou ao ver Rosalie e Emmett Cullen.

 

— Céus Emmett! _ Exclamou a mulher, colocando a mão no peito. _ É ele!

 

Edward não pensou duas vezes, levantou rapidamente jogando algumas notas na mesa e avisando a uma confusa Bella que estava na hora de ir.

 

— Aonde você pensa que vai? _ Perguntou Emmett – nervoso –, pondo-se na frente de Edward.

 

— Não devo satisfações a você. _ Respondeu o soldado, ameaçadoramente, aproximando-se do irmão, de modo que o confrontasse a permanecer no caminho. Bella apertou seu braço levemente, anunciando que já estavam passando do limite.

 

— Senhores... _ O maitrê se aproximou, querendo evitar a briga em seu estabelecimento. _ Peço-lhes que se retirem. Não quero brigas aqui.

 

— Já estávamos de saída. – Avisou Edward ao passar pelo irmão, com Bella ao seu lado que ainda permanecia confusa.

 

A noite já havia caído quando saíram do restaurante. Edward andava rapidamente, porém Isabella não conseguia acompanhá-lo, fazendo-o praticamente reboca-la de lá.

 

Porém não andaram muito, pois Edward foi ao chão com o murro recebido de Emmett.

 

— EMMETT! _ Gritou Rosalie, tentando segura-lo para que não brigasse com o irmão.

— O QUE PENSA QUE ESTÁS FAZENDO? _ Gritou novamente quando não conseguiu segura-lo.

 

— Ele merece Rose! Por todo o sofrimento que nos fez passar! _ Disse antes de empurrá-la e socar Edward novamente, porém o soldado fora mais esperto, desviando do golpe, e desferindo um murro em Emmett com a mesma força que recebera.

 

Isabella olhava os dois homens brigarem; perplexa com tudo. Não sabia dizer quem estava perdendo ali, pois – após segundos – ambos estavam sangrando e desferindo golpes violentos.

 

A briga só acabou quando dois guardas os separaram. Emmett urrava palavrões a Edward, que também os respondia gritando na mesma altura.

 

— SEU BASTARDO! EU SOU SEU IRMÃO... O SEU IRMÃO! _ Urrou Emmett, sendo segurado por um dos guardas.

 

— DEIXOU DE O SER QUANDO ME ABANDONASTES NAQUELE CAMPO! MISERÁVEL! MALDITO CRETINO! _ Sangue saiu da boca de Edward quando gritou. Conseguiu se soltar do guarda e se dirigiu para Emmett, porém um pequenino corpo o parou. Era Isabella que o empurrava, sem sucesso, para trás.

 

Os nervos se acalmaram e Emmett foi solto pelo guarda que logo começou o questionamento.

 

— O que está havendo aqui? _ O silêncio reinou e o guarda logo se enervou. _ Quero resposta para a minha pergunta!

 

— Não comecei a briga, porém me defendi quando fui atacado. _ Anunciou Edward. _ Resolva isso com ele. _ Apontou para Emmett. _ Agora se me derem licença, minha esposa e eu já fomos humilhados o suficiente. _ Deu as costas a todos ali e caminhou, cambaleante, com Bella rumo a pensão.

 

— O Barão saberá disso, irmão. — Ameaçou Emmett.

 

Carlisle Cullen já não me põe medo, irmão. _ Devolveu Edward, com a mesma intensidade.

 

Porém no fundo sabia que isso já era uma batalha perdida, pois não poderia brigar com seu próprio pai.


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Notas finais do capítulo

Agradecendo a todos que comentaram e tanto me deixaram feliz :D. Bem vindo leitores novos.
Comentem e deixem a sua opinião.

Hey, vou ler sim as fanfics que sugeriram... agora que tenho tempo :D.

Muuuito misterio na fic...
Romance...
Intriga...

Beijos, continuem acompanhando.