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                                                    VIII      

Eu pensei que tinha morrido, mas eu ouvi a voz do meu amado.

- Mayu! Está tudo bem abra os olhos!

Assim fiz, vi Koru ensangüentado no chão enquanto Kaoro me oferecia um roupão que encontrara no meio da confusão.

- Porque você falou para eu ficar parada Kaoro?

- Se você se movesse iria acabar sendo atingida por kunais e shurikens que Koru jogara enquanto eu o atacava.

Fiquei calma por alguns momentos, até achar um livro em cima de uma mesa cheia de instrumentos cortantes.

Abri o livro.
” Como o céu do entardecer faço deste sangue uma dádiva ao Deus do inferno”

-O que é isso Kaoro?

- Um ritual para matar Onimaru, mas é estranho porque para matar o onimaru precisa extinguir não só com o amor eterno e sim com o sangue da família da amada.

- Então quer dizer que...

- Tsuki! –Kaoro falava espantado.

Voltamos para casa e encontramos os móveis todos quebrados e cheios de sangue.

- Tsuki!-Eu gritava loucamente.

Kaoro abriu a porta do quarto e viu Tsuki nua acorrentada, parecia abusada, estava cheia de hematomas.

- Desgraçado – Kaoro gritava enquanto meus olhos enchiam de lágrimas.

- Kaoro você fez a mesma coisa com quantas pessoas?

- Eu não fiz com ninguém isso são lendas, às vezes pode parecer assustador, mas Onimaru foi selado em várias pessoas há muito tempo atrás, o selo vai passando de geração em geração. Acho que Koru só fez isso para arranjar uma desculpa para não ser preso, tenho quase certeza que dentro dele está à parte do ódio profundo do Onimaru.

- Isso quer dizer que você nunca cometeu isso antes?

- É isso mesmo.

Por um lado estava ardida de ódio por outro aliviada.

- Sempre soube que você era bom.