Percy Jackson e o Enigma de Afrodite escrita por Anne Sophie


Capítulo 27
Guru e Guia espiritual?!


Notas iniciais do capítulo

OiOi! Olha eu aqui! hihihih



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          Separei-me de Annabeth para respirar - o que era uma pena - e olhei em seus olhos, enquanto ela sorria para mim. De repente um cheiro de perfume caro me invadiu pelas narinas e ao meu redor os seres da natureza que antes trabalhavam agora faziam reverência para um ponto em comum. Decidi me virar e me deparei com dois deuses.

          - Ai, eu sabia! - Afrodite exclamou. - Olha que casal lindo, Ares! Olha!

          Ares deu um sorrisinho para Afrodite, mas nos olhou com ódio profundo. Respirei fundo, o que era totalmente errado, pois o perfume da deusa me deixava zonzo. Não sabia se partia pra cima dele ou se ficava embasbacado pela beleza de Afrodite. Era incrível como a aura dos dois me confundia. 

          - Ah, Percy, sabia que você faria a escolha certa! - Ela deu pulinhos, mas depois parou e fez cara de pensativa, colocando o dedo indicador na boca. - Bom, se bem que no fim você só tinha uma escolha, né? Isso é tão divertido!

          Então os dois deuses começaram a rir. Era irritante e vergonhoso o jeito que eles estavam falando da minha vida amorosa. Preferi nem encarar Annabeth. Fiquei olhando ao meu redor enquanto esperava os seres divinos se acalmarem.

          Um silêncio pairou sobre todo o jardim. Tirando o fato dos seres da natureza ainda estarem trabalhando - apesar de estarem mais prestando atenção nos deuses do que no serviço - e do barulho da água que caía calmamente do chafariz, estava tudo um tédio. Um silencioso tédio.

          - Oh, mas o jardim está ficando lindo! Parabéns, Annabeth! - Afrodite decidiu quebrar o silêncio. Annabeth sorriu para ela agradecida.

          - Não se esqueça das minhas estátuas, garota. Quero estátuas minhas em todos os lugares, entendeu? - Ares esbravejou. Senti meus punhos se fecharem e vi um sorrisinho sínico surgir no rosto do deus quando ele percebeu o que eu fiz. Annabeth segurou minha mão tentando me acalmar.

          - Sim, senhor Ares. Estou projetando um templo pro senhor. - A voz de Annabeth era tensa, parecia tão brava quanto eu. Ares deu um sorriso satisfeito.

          - Mas não vieram pra isso, né? - Perguntei já querendo acabar com aquilo, os dois me confundiam muito quando estavam juntos!

          - Não. Eu vim pra falar com você, Percy. - Ergui as sobrancelhas. - Em particular.

          Suspirei e encarei Ares. Seus olhos por trás dos óculos escuros cravaram em mim e me mandavam uma mensagem perigosa. Ele nem precisava me olhar daquele jeito, sabia o quão sensível Afrodite era. Ignorei Ares e me virei para finalmente olhar Annabeth. Ela me mandou um sorriso confiante.

          Segui até os dois deuses e ao chegar perto do perfume de Afrodite me senti tonto, como se estivesse sendo hipnotizado, era uma sensação maravilhosa. Suspirei inebriado. Ares soltou uma risadinha debochada. Ao mesmo tempo em que eu estava hipnotizado pelo poder de Afrodite, senti a aura de irritação que Ares irradiava me atingir na mesma proporção. Testei todo meu autocontrole no momento que não parti pra cima dele para quebrar sua cara.

          Afrodite começou a andar e eu fui atrás dela. Era incrível ver sua figura esguia desfilando em seus saltos enormes - tomara que Annabeth não use um desses, não quero ser chamado por aí de namorado anão - e seu vestido esvoaçante que sempre mudando de cor, mas somente em tons frios.

          Chegamos a um pátio aberto, bem maior e mais sofisticado que o jardim que estávamos antes. Ela andou até um banco de mármore e fez um gesto para que eu me sentasse ao seu lado. Fiz o que ela pediu, mas sua proximidade me deixava cada vez mais nervoso.

          Ela virou a cabeça para o outro lado e pude observar seu cabelo. Nunca poderia dizer qual cor e qual formato ele possuía, mas poderia dizer que era lindo. E esvoaçante, como seu vestido. Inexplicável.

          Afrodite voltou para a posição de antes, e em suas mãos havia uma pequena carteira prateada brilhante, para combinar com sua roupa, acho. Fiquei encarando ela com uma cara de interrogação, então ela me olhou e disse:

          - Antes de falar com você, quero uma ajudinha, se importa? - Quando dei por mim, já estava balançando a cabeça em negação. Ela soltou um sorriso lindo.

          Então ela abriu a bolsa e enfiou o braço todo nele. Sim, quando falo o braço todo, é todo mesmo. Senti meus olhos arregalarem, enquanto os dela cerravam para formar uma cara pensativa. Ela ficou vasculhando a "pequena" bolsa por um tempo até soltar uma exclamação e um sorriso aliviado. 

          A deusa começou a puxar o braço para a superfície, e quanto mais ela puxava, mais meus olhos se arregalavam com o tamanho do objeto que ela tirava da suposta pequena carteira. No fim eu encarava um espelho veneziano de tamanho médio.

          - Se importa? - Ela estendeu o espelho para mim. Peguei de prontidão. Não pude ver como era exatamente, porque o reflexo estava voltado para a deusa, mas imagino que era muito bonito. Ela voltou a enfiar o braço na bolsa e depois de um tempo de procuras ela retirou de lá aquele negócio melequento que as mulheres passam nos cílios para ficarem maiores. Rímel, acho. - Ah, Percy! Levanta mais um pouquinho.

          Levantei o objeto e ela sorriu satisfeita. Destampou aquele treco e passou a "vassourinha" nos cílios, deixando-os mais longos que já são. Enquanto ela estava ocupada fiquei observando o seu rosto, era de tirar o fôlego. Jamais me perguntem qual é a cor dos seus olhos ou o formato da sua boca e do seu rosto. Nem a cor da pele. Ela era perfeita, sem tirar nem por, era algo que eu nunca conseguiria explicar.

         - C-como conseguiu fazer aquilo? - Perguntei enquanto ela ainda passava o rímel, parecia ainda não estar perfeito para ela, apesar de que para mim estava. Ela parou o que estava fazendo e me olhou.

          - A bolsa? - Perguntou. Eu assenti e ela sorriu. - Oras, Percy! Mulheres precisam carregar muitas coisas em uma bolsa! E uma bolsa grande não ficaria boa no meu visual, não acha?

          Concordei abobalhado com a mágica e ela riu sonoramente. Sua risada era tão bonita que todos os pássaros começaram cantar para imitá-la. Era algo esplendoroso. Ela guardou o rímel - ainda não sei se é isso - e da bolsa tirou um pó meio rosa e um batom vermelho.

          - Só mais um pouquinho, tudo bem? - Assenti e a vi passar o pó nas bochechas e o batom nos lábios. Eu sabia que estava suspirando o tempo todo, sabia. - Tudo bem, pode me devolver o espelho, deve estar pesado.

          Entreguei-a o objeto e ela o guardou num passo de mágica, literalmente. Fez a bolsa sumir para o espaço - ou Zeus sabe para onde - e me olhou sorrindo. Engoli em seco.

           - Ah, Percy! Estou tão feliz por você! - Ela bateu palmas. - Finalmente fez sua escolha certa!

          Quis perguntar o que ela queria dizer com "finalmente fez a sua escolha certa", mas como eu disse antes, o perfume dela me deixava hipnotizado. Deixei passar.

          - Hã, eu fiz? - Perguntei meio lerdo. Fiquei uns segundos pensando até que eu entendi. - Ah, fiz sim!

          Ela me olhou engraçado e começou a rir, me fazendo corar. Eu tinha que dar uma de idiota! Tinha!

          - A Annabeth é perfeita para você! Assim como eu sou para o Ares. - Ela deu um suspiro apaixonado. Torci meu nariz com a comparação. Como ela poderia gostar de um cara como aquele? 

          - Sim, isso a senhora já me falou! - Falei tentando conectar tudo ao óbvio. Não deu certo.

          - Por favor, não me chame de senhora, isso me ofende! Ah, na verdade eu vim te desejar boa sorte no Submundo! - Ela falou aquilo como se eu fosse à Disneylândia. - Você vai passar uns apertos danados lá! Por isso vim te dar uns conselhos.

          A olhei como se estivesse vendo o Senhor D. de pijama roxo com pantufas com formato de pata de tigre de novo. Conselhos? De Afrodite? Não, obrigado, já tenho um estoque de conselhos inúteis dados por deuses.

          - Quem é você? Por acaso minha guia espiritual? - Soltei sem perceber. Mas logo depois já estava de olhos arregalados encarando uma Afrodite sem expressão. Sentia meu sangue gelar.

          - Ué, podemos me considerar assim, não acha? Sou sua guru! Que legal! - Ela falou animada do nada. Fiquei encarando a “minha guru” e pensando nas experiências de vida que ela poderia me repassar. Liquidações relâmpago em lojas famosas, talvez?

          Fiquei a olhando falar sozinha sobre esse assunto de guia espiritual até que ela se tocou que não tinha falado nada com nada sobre o que veio fazer aqui. Elasossegou e apoiou as mãos no colo, adquirindo uma pose séria e me olhou.

          - Quero que tome muito cuidado nas terras de Hades. Nessa época do ano ele fica muito instável por não ter Perséfone ao seu lado. - Perséfone sempre volta à superfície nos períodos de primavera e verão. - Acho que você já sabe disso, não?

          Assenti. Ela ajeitou a saia do vestido.

          - O que você não sabe é que Perséfone está grávida e Hades não queria de jeito nenhum que ela abandonasse o Mundo Inferior, com medo de que ela se machuque. Cuidado, ele está uma fera por ela ter o desobedecido, acho bom o seu amigo Nico ir com você. Ele de um jeito só dele sabe acalmá-lo.

          Suspirei e concordei com ela. Até que foi um conselho útil, não? Acho que vou perguntar à minha guru se vai ter  liquidação em alguma joalheria. Que foi? Eu quero comprar um anel para Annabeth, posso?

          - Ah, mas voltando ao assunto anterior, eu estou tão feliz que você escolheu a Annabeth! - Seus olhos brilhavam de felicidade, aposto que os meus também estavam só por vê-la daquele jeito. - Bom, a Rachel é uma ótima garota, mas seu coração bate "Annabeth", "Annabeth", "Annabeth"! Isso é tão lindo! - Ela exclamou enquanto tirava um lencinho branco rendado da carteira para enxugar as lágrimas.

          Eu não tinha o que discordar dela, apesar do que ela ter falado fosse gay, era aquilo mesmo que eu sentia. Era como se meu corpo e minha mente estivessem conectados 24 horas em Annabeth e não quisesse mais desconectar.

          - Oh, que droga, vou borrar minha maquiagem! - Ela lamentou, mas seu rosto continuava perfeito. - Bom, não tem problema, eu estou chorando de felicidade!

          Então ela jogou o lencinho para trás, que infelizmente acerto a cabeça de um sátiro. O coitado pegou o lenço da cabeça e o cheirou, parecia extasiado. Coitado, mas um que caiu no vício do amor e eu não pude nem avisar.

          Decidi ignorar o pobre sátiro e voltei a minha atenção para a belíssima deusa, barra, minha guru, barra, guia espiritual que estava chorando desesperadamente de felicidade. Tentei de tudo, tudo mesmo. Até que eu falei que a sua maquiagem estava borrando, o que era uma mentira, porque aquilo não borrava nunca.

          Ela deu um mini surto e quando vi já estava segurando o espelho veneziano tamanho médio, enquanto ela tentava recuperar a maquiagem. Sem contar os xingamentos que ela soltava para si mesma, falando que estava horrorosa, que devia ter aceitado a maquiagem anti-borrões que Hécate a tinha oferecido e coisas assim. Para mim ela ainda continuava deslumbrante.

          - Agora sim! - Ela disse quando terminou de guarda naquele sótão, quero dizer, bolsa minúscula e mágica. - Vamos, estão esperando por nós. Ares deve estar impaciente.

          Ela levantou e ajeitou o seu vestido multicolor. Lembrei-me do que ela havia me dito, que Annabeth era perfeita para mim assim como ela era para Ares. Eu ainda não entendia o porquê dela gostar tanto daquele ser ignorante.

          - Afrodite. - Ela se virou. - Por que gosta do Ares?

          Ela me olhou e eu fiquei com medo de sua reação. Esqueci o quão sensível ela é. Mas seu comportamento é diferente do que eu esperava, ela sorri para mim.

          - Lembre-se sempre disso, Percy. Os opostos se atraem. - Então ela me deu as costas e saiu andando. Sorri, finalmente entendendo o que ela sentia. Era exatamente a mesma coisa que eu sentia por Annabeth. Corri até parar ao seu lado e assim seguimos até o jardim onde estavam Ares e Annabeth.

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Oooookay, eu tenho uma(S) descupa(s) para o meu atraso!

 1º - Fiquei duas semanas fora de casa, não tive nem tempo pra sentar a bunda na frente do computador!

 2º - Eu estava escrevendo antes de ontem, o cap. ia ficar P-E-R-F-E-I-T-O! O problema? Bom, eu simplesmente apertei sem-querer o ctrl+v ou invés do crtl+c, então apagou tudo. Fiquei dois dias com raiva berrando furiosamente e ameaçando jogar o computador pela janela. Sério, iria ficar lindooooo!!! T.T

Então sobrou essa bosta aí que eu escrevi. Um dia tooooooodinho pra escrever isso. Bloqueio criativo feat raiva é S-O-D-A!

Mas então, quem gostou dos altos papos com Afrodite diva??? ASHSAUHSHSSUAHSUAHS muito bom!

AAAH, EU PINTEI MEU CABELOOO! De azul, mas tá ficando verde e cinza às vezes. Tinta mixuruca!

Ah, não fiquem assustados, não! Foram só as pontas/metade do cabelo! Ficou liiiiind! *-*

ASUSHAUSHAUSHAUSHAUS

OOOOOOOOOkay, não vou prender vocês aqui!

Até os reviews então!!

Bjs

P.S.: Se essa bosta de nyah ficar colocando um bando de espaços do tamanho do Everest eu vou me jogar da janela junto com o computador, sério! E ainda vou deixar os espaços de propósito!

P.S.2: ODEIO O NOVO EDITOR DO NYAAAH!!! AAAAAAAAAARGGH, CAVALO!


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