Percy Jackson e o Enigma de Afrodite escrita por Anne Sophie


Capítulo 2
Compro uma briga


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem!



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   Ser envolvido por uma aura cor de rosa não é algo que se vê todo dia, mas também é meio que... constrangedor. Principalmente receber aqueles olhares do tipo “Ui bichinha” do chalé de Ares. É, eles se recuperaram rápido do choque e agora fazem gracinhas ao meu respeito. O chalé de Afrodite me lançava olhares estranhos, como se fosse me atacar, ou até pior, mas eu acho que é no bom sentido. Nos chalés de Dioniso e Hermes já havia piadinhas. Os únicos passivos eram o de Hefesto, Apolo e Atena. Olhei atentamente para a mesa de refeições da deusa da sabedoria, procurando o olhar de Annabeth, acabei achando. Em seus olhos vi muitas coisas: surpresa, felicidade e esperança. Esperança em quem? Sei lá. Voltei meu olhar para a mesa principal e percebi que Quíron me observava.  

 - Percy, precisamos conversar. - Ao que se parece, Quíron achou muito estranha essa benção e decidiu descobrir o que aconteceu. Na casa grande Quíron sentou em sua cadeira de rodas mágica, se transformando em um humano, logo em seguida me pediu para eu sentar no sofá em frente à lareira.  - Meu jovem, percebi que essa benção tem mais alguma coisa, e não foi concebida apenas pelo seu bravo ato de coragem na guerra contra Cronos. – Engoli em seco, pois já sabia o que vinha por aí. – Será que você tem algo a me dizer?    Esconder algo de Quíron é praticamente impossível, então tive que contar a ele tudo, só não descrevi o enigma, acho que não teria coragem de ficar falando por aí que Afrodite está mexendo os pauzinhos no meu futuro amoroso, é vergonhoso. Ele me olhou desconfiado depois que eu acabei de contar, percebendo que ainda tinha uma parte escondida.  - Estranho, nunca ouvi falar de um deus mandar um enigma pessoalmente para um ser. Esse é um caso especial, deve se sentir honrado, Percy. – É, com certeza.

 - Er.. Quíron, espero que não se importe, mas eu gostaria que você não contasse isso pra ninguém. – Eu acho que acabei falando tão rápido que ele não entendeu, pois ele fez uma cara confusa. – Sabe, o negócio do enigma. – Quíron desfez a cara de desentendimento e meneou a cabeça, em um gesto de “sim”.

 - É hora de ir Percy, tem de cumprir suas obrigações. – Assim que ele disse isso eu me levantei e acenei pra Quíron, saindo da casa grande, mas como sorte é uma palavra fora do meu dicionário, o azar esteve comigo. Assim que coloco os pés na praia, sou cercado pela turma de Clarisse, ou seja, o chalé de Ares todo.

 - E aí, bichinha? Vai dar uma passadinha no chalé das suas amiguinhas pra fofocar e pintar as unhas? – Todos à minha volta riram, inclusive a Clarisse. Senti meu rosto esquentar de raiva, mas não demonstrei. – Que houve, tá com medo de enfrentar a gente e quebrar a unha? - Depois dessa eu não me segurei, concentrei todos os meus poderes e fiz um tsunami de três metros de altura, molhando todos os campistas de Ares. Quando eu abri os olhos me deparei com a cena mais engraçada do mundo, todos os filhos de Ares amontoados uns em cima dos outros sujos de alga, Clarrisse estava no topo do monte com um peixe na boca. Aí eu não agüentei, ri tanto e tão alto que todos os campistas deixaram seus afazeres de lado para ver o que aconteceu, acompanhando minha risada. Clarisse percebendo a humilhação que estava sofrendo, desferiu um soco em mim, mas como eu estou com a Maldição de Aquiles, percebi e desviei. Logo em seguida ouço o trotar dos cascos Quíron.

 - O que está acontecendo aqui? – Todos apontaram para mim e para Clarisse. – Clarisse e Percy, pra casa grande, já! 

  Depois de receber um belo sermão de Quíron, o Sr. D. me deu o “glorioso” castigo de lavar a louça de todas as refeições durante uma semana, e disse que não iria diminuir minhas tarefas anuais, isso quer dizer, eu teria que lavar pratos e fazer tudo o que eu faço todos os dias. Mas não fui só eu que recebeu um castigo dos bons, Clarisse vai ter que lipar os estábulos durante 2 semanas, pois foi ela quem começou. Pensei até em trocar de castigo com ela, mas se eu fosse falar com ela agora, acho que ficaria sem dentes, então deixa pra lá. Como fui impedido de relaxar ao som das ondas, voltei para a praia e me sentei na areia, deixando as ondas molharem os meus pés. O pôr-do-sol estava tão bonito que acabei fechando os olhos, mas logo em seguida os abri porque alguém se sentou do meu lado, me surpreendi quando vi os cabelos loiros e os olhos cinzentos de Annabeth. Acho até que dei um pulo, porque ela estava extremamente bonita com o pôr-do-sol atrás dela, fazendo-a ficar com um brilho especial, apesar de ser a mesma Annabeth de sempre, com seus brincos de coruja, camiseta do acampamento e o all star.

 - Oi, Cabeça de Alga. – Disse com os olhos sorrindo. O que me fez prender a respiração.

 - Oi.

 - Eu acabei ligando a benção de Afrodite com o enigma que a própria fez e cheguei à conclusão que... – Quando Annabeth foi terminar de falar, o som da concha soou, avisando que era a hora do jantar. – Vamos, Cabeça de Alga, não podemos nos atrasar. – E assim eu segui ela.


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Notas finais do capítulo

Oi gente!

Desculpem-me pelo atraso!

Mas está aí o capítulo fresquinho!

Ah, eu adorei os reviews! thank you!

bjs

Anne Sophie