Percy Jackson e o Enigma de Afrodite escrita por Anne Sophie


Capítulo 10
Viro amigo de uma sombra sacana.


Notas iniciais do capítulo

OiOi!
Eu sei, apareci mais cedo, né?
Hihihihi.



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  Acordei um pouco tonto com o barulho das businas. Olhei para o retrovisor e vi Argos olhando pra mim com seus vários olhos e dando um sorriso de canto de boca, no melhor estido de você-baba-enquanto-dorme. Olhei para ele sério e virei a cara para a janela.

   Percebi que estava na minha cidade favorita: Nova York. Atravessávamos com lentidão a Ponte do Brooklyn. Via as lanchas e os barcos de turismo lotados de turistas sem-noção que apontavam e gritavam quando viam algum monumento famoso ou algum arranha-céu interessante.

   Respirei aliviado quando chegamos à Ilha de Manhattan. Finalmente, lar doce lar!

   Até que o trânsito não estava tão parado como eu pensei que estaria, por isso Argos me deixou na frente do prédio da minha me mais rápido do que eu imaginava.

   Aceinei pra ele e entrei no prédio.

   Ao chegar no apartamento senti o cheiro que tanto me fazia falta: a comida da minha mãe. Pelo cheiro e pelo meu estômago roncando descobri que já era a hora do almoço.

   Corri até a cozinha e encontre-a. Sally Jackson ainda estava a mesma, com seus cabelos longos e castanhos presos em um rabo baixo e seus olhos verde-azulados que mudavam de cor.

   - Mãe! - Ela se assustou com a exclamação e me olhou. Quando me reconheceu ela disse abrindo um sorriso:

   - Percy! Que sadades!

   Corri até ela e dei um grande abraço de urso, quase digno de Tyson. Nos afastamos e enracamo-nos sorridentes.

   - Como foi o acampamento? Você voltou cedo, aconteceu alguma coisa lá? - O rosto da minha mãe se tornou sério. Aqui em casa não tínhamos o costume de falar sobre o acampamento e coisas relacionadas à mitologia. Tentávamos levar uma vida normal. Tentávamos.

   - Tenho uma missão. - Ela assentiu, querendo que eu continuasse - Tenho que achar o novo Oráculo.

   Apesar de eu amar a minha mãe e tudo, eu não iria contar de jeito nenhum o problemão que Afrodite deu à mim. É vergonhoso demais falar com minha mãe sobre assuntos amorosos.

   Ela sorriu em compreensão e me deu um outro abraço, como se quisesse transmitir toda a sua preocupação comigo nele.

   - Deve estar com fome, nãe é? - Nem precisei abrir a boca, meu estômago respondeu por mim. Minha mãe riu. - Muito bem, vai para o seu quarto que daqui a pouco o almoço vai estar na mesa. Só estou esperando o Paul.

   Um aviso sobre Paul: ele é meu padrasto e meu professor de inglês. Temos uma relação boa, mas tentamos não pedir coisas emprestadas um do outro, como o carro dele, que foi acidentalmente esmagado por BlackJack no início do verão.

   Entrei no meu quarto e me joguei com tudo na cama, ficando de barriga para cima. Eu estava tao cansado que nem percebi quando o sono me pegou de surpresa.

   "Ouvi o barulho de sapatos de salto alto ecoarem com força no final de um corredor claro e branco. No ínicio não sabia qual era o lugar, mas percebi que era o Olimpo, que estava sendo construído por Annabeth.

   'Não, não não! Ele está fazendo tudo errado! Nossa, nunca vi ninguém tão lerdo durante toda a minha eternidade!' Era uma voz feminina, e percebi que era a dona dos saltos barulhentos, eles vinham em minha direção. Tentei me esconder.

   'Calma, o garoto só está confuso! Daqui a pouco ele vai conseguir sequir com a missão, só dê um tempo a ele.' A voz era calorosa e masculina. Percebi que conhecia as duas de algum lugar. O barulho dos saltos parou de repente e ouvi o farfalhar de roupas, como se alguém estivesse se virando rápido.

   'Tempo? TEMPO? Eu dei mais do que tempo para ele! Por mim e por Zeus, eu dei duas pessoas para ele escolher! E veja só o que ele está fazendo, simplesmente ignorando o meu gesto tão generoso.'

   'Oras, o que você queria que ele fizesse? Saísse por aí beijando cada garota para achar as duas que você escolheu? Me poupe!' O silêncio reinou por um tempo, mas a tensão continuava, decidi avançar umas duas pilastras. 'Eu que deveria ficar preocupado, isso sim! Meu antigo Oráculo não vai aguentar mais, o tempo está passando!'

   Arregalei os olhos. Percebi que era sobre mim que falavam. Tentei recuar um pouco para me distanciar. Annabeth me disse uma vez que nunca é bom saber sobre o seu futuro, e alguma coisa estava me dizendo que essas duas pessoas sabiam muito bem dele. Mas o problema aconteceu: esbarrei em um jarro de porcelana, fazendo-o cair no chão com um barulho enorme.

   'O que foi isso?' A voz feminina perguntou assustada. Ouvi o barulho dos seus saltos vindo apressadamente em minha direção. Corri um pouco até ficar atrás de um armário que eu nem sabia o porquê de estar ali. Os passos pararam. 'Ai! Me solta! Não percebe que havia alguém aqui nos ouvindo! E quase nos ouviu falar sobre o futuro dele... Que perigo!'

   'É ele. Ele está aqui.' Apos a voz masculina ter dito, a outra voz soltou uma exclamação. 'Veio pelos sonhos. Droga! Esse garoto tem poder demais e não sabe controlar direito!'

   'Mande-o de volta! Rápido, rápido.'

   Acordei num salto. Olhei para o meu reflexo no espelho que havia no meu quarto e vi que estava pálido e suava frio. Inspirei fundo. As duas pessoas, que aliás, nem eram pessoas, mas sim deuses, eram simplesmente Apolo e Afrodite.

   Olhei para a janela do meu quarto, e nela estava novamente a sombra sem dono. Ela estava virada para mim. Levantei rapidamente já com Contracorrente na minha mão e falei:

   - Quem é você? Diga!

   Asombra tremeluziu e sumiu das minhas vistas. Suspirei cansado. De novo essa história de sombras sem dono. Será que era Annabeth? Não, não poderia ser ela, já que estava muito ocupada com seu namorado, com a reforma do Olimpo e estava sem falar comigo.

   Abri a janela e sentei na escada de incêndio. Lá embaixo, na rua, a sombra sem dono me observava. Ela, com as mãos abertas, apoiou os polegares nas bochechas e fez um ato infantiu mexendo-as para frente e para trás, como se dissesse nhé-nhé-nhé-não-me-pegou.

   Rolei os olhos e fiz um sinal do tipo espera-que-depois-você-vai-ver. A sombra deu de ombros e tremeluziu, sumindo novamente.

   É, Percy, você realmente está mal. Fazendo amigos imaginários...

   -Percy, o almoço está na mesa! - Minha mãe gritou da sala. Segui até ela.

   Paul estava sendado na ponta, minha mãe no lado esquerdo e eu no lado direito. Ah, como eu sentia falta da comida da minha mãe!

   - E aí Percy! Como vão indo as férias? - Paul me perguntou depois de tomar um gole de sua Coca-Cola.

   - Bem. A contrução dos novos chalés já estão começando e todo mundo está querendo ajudar.

   - Hum, isso é bom. - Paul era fascinado pela mitologia grega, ainda mais depois que descobriu que ela existia. O único deus que ele não ía muito com a cara era Poseidon, e eu nem preciso explicar os motivos, certo? - Como está Annabeth?

   Minha mãe e eu trocamos um olhar significativo e depois olhamos para Paul.

   - Está bem. Ela está super feliz por ser a arquiteta do Olimpo. Eu mesmo já fui lá ver as obras, está bonito mesmo. - Limpei a garganta, meio desconfortável. Paul percebeu que eu e Annabeth não estávamos em uma situação muito boa e decidiu mudar de assunto.

    - Pois bem, vai continuar na escola ou no acampamento?

   Olhei novamente para a minha mãe, ela tinha o olhar preocupado. Suspirei alto.

   - Eu não sei, vou conversar com Quíron depois dessa missão que estou tendo que resolver aqui. Acabei descobrindo que tenho poderes demais que não consigo controlar.

   Os dois acenaram e continuaram a comer. Depois de um tempo minha mãe levou os pratos até a cozinha e trouxe a sobremesa: Bolo azul. Ri internamente. Minha mãe era única.

   - Ah, a Rachel ligou para cá, querido. - Minha mãe falou sorrindo significativamente para mim. Corei um pouco.

   - Hã. Depois eu ligo pra ela... Acho. - Comi o bolo o mais rápido que podia, sentia que o sangue não iria abandonar meu rosto tão cedo e corri até o meu quarto.

    Peguei o telefone de casa, já que não tenho um celular, e disquei os números já conhecidos, mas com certa lerdeza, prque a dislexia não ajudava.

    O telefone tocou uma, duas, três vezes. A quarta vez foi interrompida por uma voz bem viva e conhecida.

    - Alô?

    - Hey, Rachel! - Falei animado. Rachel é uma grande amiga minha e me fazia muita falta. Ela foi de extrema importância para a batalha contra Cronos e ganhou meu respeito após acertar uma escova de cabelo no rosto dele.

    - Percy? Percy! Ah! Você está em Manhattan! - Ela basicamente gritou no meu ouvido. Ri um pouco. - Eu estou com saudades! E preciso falar uma coisa com você, é sério.

   Fiquei assustado. Rachel podia ver através da Névoa e tinha visões do futuro. Meu coração falhou uma batida.

   - Quando que eu posso te encontrar? - Falei, mudando o telefone de orelha, meio nervoso.

   - Hoje. E de preferência agora. Estou no Central Park.

   - Hã, mas como eu vou te achar?

   - Ah, é claro que você vai me achar, vai ser fácil. Até mais tarde! - E depois disso ela desligou na minha cara. Continuei com o telefone pendurado na orelha por alguns minutos, escutando o barulho que o telefone fazia, meio embasbacado.

   Realmente, só conhecia uma pessoa mais imprevisível que Rachel: Annabeth. E eu ficava surpreendido com a semelhança entre as duas.

   Pena que elas têm um ódio mútuo.

x_____________________________________

Yo, minna-san! (sim, sim! Amo o Japão *-*)

Agora que a cobra vai querer fumar na fic :B

Ok, ok, nem vou mais perguntar quem é a sombra. O Percy é muito burro. x.x'''

Geeente, esse sonho do Percy, hein! Dio Santo...

Ele tá todo confuso... Fica comparando a Rachel com a Annabeth...

Ok.

Quem tá vendo Rock in Rio agora? Eu to *-*

Adoro a Rihanna e a Katy :D

Até os reviews! *indiretaaaas*

Ou até o próximo capítulo!


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