Uma Nova Bella, Uma Nova Vida ! escrita por MaVolturiCullen


Capítulo 13
O Julgamento




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Bella’s POV

Travei, simplesmente fiquei olhando pra os Cullens sem esboçar nenhuma reação. Não poderia ser, ou poderia? Como isso pode acontecer?

Justo agora que tudo estava em seu devido lugar, quando eu finalmente consegui ser feliz novamente, quando eu reencontrei uma nova esperança de felicidade. E principalmente quando eu encontrei Alec, eles voltaram para confundir ainda mais minha cabeça.

Fui tirada de meus devaneios quando senti a mão de Alec em minha cintura.

– Está tudo bem? – pediu ele em meu ouvido, apenas para que eu escutasse, fazendo com que eu ficasse arrepiada.

Não respondi, apenas mostrei todas as imagens de quando Edward me deixou. Logo ele reconheceu ele e um rosnado saiu de seu peito.

– Pare – falei baixinho.

Ele me olhou confuso.

Se ele não tivesse me deixado, eu não teria vindo até os Volturi e nunca conheceria você – disse em sua mente e depois o mostrei todos os momentos que compartilhamos, desde o primeiro beijo até os dias de hoje.

O quão piegas minhas palavras soavam, me pergunto se toda pessoa apaixonada fica assim, desde que conheci Alec isso se tornou extremamente comum tanto para mim quanto para ele.

Ele relaxou um pouco, mas era perceptível seu desconforto. Mas deveria tratá-los como vampiros normais.

Tratá-los como vampiros normais. Tratá-los como vampiros normais. Tratá-los como vampiros normais. Tratá-los como vampiros normais. Tratá-los como vampiros normais. Tratá-los como vampiros normais.

Ficava repetindo como um mantra. Meu pai me confiou pela primeira vez um julgamento, não iria decepcioná-lo.

– Bella? – disse Alice vindo até mim, mas antes vários Volturis se postaram a minha frente me protegendo.

Respirei fundo, tentando me acalmar. Antes que eu pronunciasse qualquer coisa Aro chegou com seu costumeiro sorriso, quase cínico.

– Cullens – disse ele com aquela felicidade forçada – à quanto tempo não?

– Olá, Aro – disse Carlisle. Os outros continuavam estáticos.

– Bem, gostaria de lhes apresentar minha filha – fez uma pausa enquanto se encaminhava até mim, pegando minha mão – Isabella Volturi.

– Sua filha? – pediu Jasper.

– Não, tecnicamente – respondeu – eu a adotei. E é ela que irá julgá-los hoje.

– Mas Bella, nós temos que conversar... – começou Edward.

– Não. Não tenho nada a falar com vocês. – respondi me dirigindo a todos – vamos começar.

Me sentei no trono de Aro, com ele ao meu lado. Será que eu conseguiria fazer isso?

– Eles são acusados de se exporem para humanos, não? – pediu Lindsay – isso é algo imperdoável.

– Sim – disse Ashley – mas quais foram as circunstâncias? Deve haver algum motivo.

– Nós íamos salvar meu irmão. Ele ia se revelar para os humanos para morrer – disse Rosalie.

– Viu? – exclamou Jane – esse era o objetivo deles. Se revelar para os humanos, percebe o quanto isso iria causar problemas? Não só para nós e os Cullens, mas todos os vampiros do mundo.

– Mas foi por um bom motivo – Athenodora rebateu.

– Não estamos aqui para sentir pena de ninguém. – disse Caius quase furioso – estamos aqui para julgar devidamente. Não podemos nos dar ao luxo de pensar nos sentimentos. Devemos apenas analisar os fatos.

Parei para pensar no que Caius dizia, era verdade. Não podia os proteger simplesmente por que... Por que mesmo eu quero protegê-los?

Eu acabei nem percebendo mas, por que eu me importo tanto com a idéia dos Cullens morrerem? Eu já os esqueci, não? Mas se eu já os esqueci por que eu estou pensando em várias formas de salva-los? Só havia uma resposta que aparecia em minha mente. Eu ainda os amo.

Sempre os vi como minha família, mas não poderia protegê-los agora.

– Então, Isabella – questionou-me Marcus – qual é o veredicto?

Me levantei lentamente caminhando em direção aos Cullen. Andei calmamente até Jasper.

– Posso? – pedi indicando sua mão. Ele assentiu assustado. Peguei sua mão e copiei seu poder. Depois o de Alice e em seguida o de Edward. Via a esperança em seu olhar mas, ainda assim não demonstrei reação alguma, apenas fui até o centro do salão.

– Já tomei minha decisão – disse alto o suficiente para que todos ouvissem – apesar das circunstancias que vocês se encontram, acredito que não há outra alternativa a não ser pena de morte.

Os Cullens me olharam chocados. Mas, ainda assim era o certo a ser feito. Aro veio até mim entregando me a mão para que eu lesse sua mente.

Eu sei que não deveria influenciar em sua escolha mas, pergunto a você, minha filha, você os quer mortos? Será que não há uma outra forma? – disse ele em minha mente.

Por que está os defendendo? – rebati confusa.

Só não faça isso, por favor – Claramente não entendi o que ele quis dizer mas, não poderia contrariá-lo. Ele pedia a mim com tanta tristeza.

– Mas – proclamei chamando a atenção de todos – seus poderes serão muito úteis para nós. Pedimos que permaneçam no castelo pelos próximos dias, até acharmos uma punição adequada.

Eles assentiram, mas tão logo estavam se encaminhando a minha frente.

– Bem, já que acabamos, estou indo, tenho compromissos – respondi rapidamente saindo imediatamente daquela sala.

Corri a toda velocidade para um lago que havia na floresta, me protegi como escudo e gritei, gritei como nunca, por toda a dor que senti todos esses anos, por toda a falta que os Cullens faziam, por tudo o que sofri todo esse tempo sem eles.

Depois da raiva repentina, chorei. Pensei que tinha superado isso há anos, mas a antiga dor que tanto havia guardado para mim, agora era desperta. Escondi de todos meu sofrimento, sofria sozinha. Mas com o tempo a dor foi diminuindo, não havia sido apagada e sim esquecida. Nunca deixei de sofrer por isso.

Só que agora eles estão aqui, será que aguentarei encará-los sem sentir a dor do abandono? Ou sem querer abraçá-los e dizer o quanto senti a falta deles?

Podia simplesmente ignorá-los, mas será que isso adiantaria? Só o tempo poderá me dizer.

Me levantei, com meu corpo ainda tomado pelos soluços e andei calmamente até o castelo. Quando cheguei estava mais controlada, me abriguei a colocar um sorriso de canto e andei pelos corredores. Rastreei Aro e o encontrei em um dos imensos jardins.

– Pai! – o chamei, fazendo-o virar automaticamente.

La mia dolcissima bambina! – exclamou ele.

Papà, por que defendeu os Cullens? – direta? Eu? Nem um pouco!

– Bem, poderia dizer muitas coisas, muitos motivos mas, nem um seria recíproco. A única explicação real e convincente é eu ainda gosto dos Cullens. É como se Carlisle ainda fosse um Volturi. Não sei explicar muito bem.

– Nunca me disse que você e Carlisle eram tão... unidos. – falei pensativa.

– Bem, nunca parecemos isso mas, Carlisle era como um irmão para mim, como Marcus e Caius. Mas, o que mais nos separava era sua aversão a meu estilo de vida.

– Então a “amizade” entre vocês acabou por causa disso?

– Bem, sim. Vamos dizer que eu não era uma pessoa muito amável, acabei sendo iludido pelo poder. Naquela época era realmente diferente, eu era cruel... insensível, mas só então percebi o que meu poder me custou. Mas, passado é passado. Vamos la mia principessa.

– Claro, papà – respondi o abraçando e caminhamos pelos extensos e impecavelmente decorados jardins.

– Vou procurar Alec – disse dando um beijo na bochecha de meu pai e andando em velocidade vampiresca à procura de meu namorado.

Ele geralmente estava em meu quarto ou no dele, mas, estranhamente hoje ele não estava em nenhum dos dois. Procurei por todas as salas, jardins, campos, piscinas, e absolutamente nada dele. Quando o vi em dos corredores.

– Alec! – chamei – Alec! – mais uma vez e nenhuma resposta, ele apenas continuou andando – ALEC! – gritei. Ele parou por um instante, mas não se virou, voltando a caminhar.

Cansada desses joguinhos o empurrei contra a parede

– O que aconteceu? – pedi – por que me ignora?

Ele nada respondeu, Desviou seu olhar com seu rosto tomado por dor, angustia. Alec nunca escondera nada de mim. Por que agora simplesmente me ignora assim, de uma hora para outra? Respirei fundo e fechei os olhos tentando me acalmar daquela sensação ruim, ele sempre fora meu porto seguro e vê-lo assim me deixava péssima.

Me distrai por um segundo e de repente Alec desapareceu. Sentei no chão mesmo tentando entender o por que daquilo.

Mas o que eu estava fazendo? Sentando-me derrotada? Isabella Volturi derrotada? Eu não era assim. O que reforça ainda mais a teoria de que eu, por dentro, continua aquela Bella sem sal. E a volta dos Cullens me mostravam exatamente isso.

Levantei-me lentamente quando, em um súbito, o nome veio a minha mente.

Ashley.

Ela sempre soube o que falar na hora certa. Fui até o quarto dela e lá estava ela, lendo um livro calmamente, deitada em sua cama. Quando me viu, se levantou sorrindo abertamente.

– Bella! – exclamou.

– Oi, Ash – disse, minha voz saiu um pouco melancólica demais.

– O que foi? – pediu carinhosa como sempre. Nunca entendi como ela poderia se manter tão calma sempre, nada nunca a abala.

– O Alec – disse levantando meus braços, exasperada – do nada ele começou a simplesmente me ignorar. Não me olha nos olhos e não me dirigi uma palavra. Por que ele está fazendo isso?

– Vamos dizer que Alec não ficou muito confortável com o fato de você defender os Cullens.

– Eu não defendi eles – rebati.

– É o que todo mundo acha.

Será que esse é o motivo de tudo isso? Bom, eu vou resolver isso agora mesmo. Mas como? De repente tive um idéia brilhante.

– Ash, me faz um favor? – ela assentiu – chama todo mundo, a Ath, Fêlix, Demetri, Lindsay... Alec, todo mundo e os leve para a sala, o mais rápido possível, ta?

– Por que?

– Você já, já vai entender.

Logo que ela saiu fiquei pensando no que iria falar e como iria reagir, deveria falar a verdade sobre Aro? Ele não me disse que isso era um segredo. Decidi enfrentar logo essa situação. Fui para a sala rapidamente. Quando vi os Cullens a minha frente.

– Bella, nós podemos... – começou Alice.

– Desculpe – respondi rapidamente – mas eu estou com um problema para resolver. Nos vemos depois.

O que me faltava agora era conversar com os Cullens. Logo que cheguei na sala vi que todos estavam lá. Assim que me viram seus rostos demonstraram uma careta de desgosto.

– Eu chamei todos aqui para esclarecer umas coisas – disse para todos.

– Ou para dizer como prefere os Cullens a nós? – disse Lindsay com desdém.

– Como? – pedi incrédula.

– Se você ama tanto eles por que não vai morar com eles? – falou Athenodora com o mesmo tom de Lindsay.

– Vocês estão loucas? – minha voz saiu desesperada – eu não salvei os Cullens, muito menos prefiro eles a vocês. Eu só salvei eles a pedido de Aro, ele que me pediu! Eu não tenho nada a ver, eu já havia decido por pena de morte!

– Foi Aro que pediu isso? – perguntou Felix.

– Sim – respondi rapidamente.

– Bells, me desculpa – disse Lindsay me abraçando – nós pensamos que você iria querer voltar para eles, e que iria nos esquecer.

– Nunca. Eu nunca iria deixar vocês. Minha família é vocês.

Depois de muitos abraços e pedidos de desculpas senti uma mão conhecida tocar minhas costas.

– Bella... – disse Alec – eu sinto muito, eu achei que você ainda gostava dele, eu fui tolo, fiquei com ciúmes. Me perdoa, meu amor?

Percebi que todos se foram para eu e Alec conversarmos a sós. Não respondi apenas o beijei. Enlacei seu pescoço com meus braços, puxando seus cabelos, seus braços foram para minha cintura colando ainda mias nossos corpos, logo sua língua pediu passagem, e eu cedi prontamente, tentei, com esse beijo, passar todo o amor que matinha por ele.

– Isso significa que estou perdoado? – pediu ele sorrindo.

– Com todas as letras.

Logo ele uniu nossos lábios novamente, apesar de anos ainda não havia me acostumado com seus beijos, sempre me deixando zonza e arfante.

– Bella?

Me virei, deparando-me com todos os Cullens nos olhando assustados.

– Eu! – eu disse os encarando.

– Podemos conversar com você agora? – perguntou Alice. Suspirei.

–Claro – respondi.

– Vou para a nossa casa – disse Alec fazendo questão de destacar a palavra "nossa" – nos vemos depois.

Pelo seu olhar a noite prometia, me beijou novamente, apenas um selinho e logo se foi. Mas, agora teria que resolver um problema maior.

Continua..


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Notas finais do capítulo

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