Rancho água Doce escrita por Danimarjorie


Capítulo 32
Medo


Notas iniciais do capítulo

Boa leitura...



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Lentamente eu começava a me sentir consciente.

O cheiro era de feno e esterco. Ouvi som de cavalos, então tive quase certeza de estar num estábulo ou algo assim.

Tentei abrir os olhos, mas eles estavam muito pesados, assim como minha cabeça que doía muito. Mentalmente tentei checar o restante do meu corpo e notei que não estava amarrada e nada estava doendo, então provavelmente eu não estava machucada.

Toquei minha mão direita na esquerda se segui meus dedos até chegar a minha aliança, ao senti-la no toque e seu peso em minha mão me senti mais calma, me lembrando o motivo para lutar, para não desistir.

Ouvi ruído de vozes que discutiam e me concentrei para tentar entender o que era dito. Estavam se aproximando e comecei a distinguir a voz de Marcus e uma mulher.

- Você está louco? Não pode fazer isso, eu te ajudei porque pensei que era somente assustar, se vingar, se imaginasse que fosse querer seqüestrar a garota eu jamais teria concordado. – dizia a mulher exasperada.

- Eu a quero comigo, Irina. Eu vou levá-la. Você não pode me impedir. – Marcus falou baixo e de forma ameaçadora.

- Como vai sair daqui com ela sem minha ajuda? Eu quero saber.

- Eu dou um jeito. Acho melhor você ir embora.

- E os outros Marcus? Quando eles souberem que você os mandou para prisão somente para desviar a atenção dos policiais e seqüestrar essa moça no casamento dela, o que acha que eles vão fazer?

- Não me importo, não estarei mais aqui.

- Eu te digo, você será um homem morto. Eles não vão descansar até te encontrar e acabar com você.

- Depois que eu fugir, nunca mais vou ser encontrado.

Eu me apavorei quando Marcus disse isso, se ele conseguisse me levar eu nunca mais seria encontrada? Só de imaginar que jamais veria meu Edward novamente senti meu estômago embrulhar, tive que fazer um tremendo esforço para não vomitar e deixá-los saberem que eu estava acordada. Eu ainda não tinha aberto meus olhos, mas a dor de cabeça estava começando a diminuir.

Lembrei que Marcus disse que eu não veria Edward nunca mais se não ficasse quieta, meus olhos se encheram de lágrimas imaginando o que ele poderia ter feito a ele. Eu preferia morrer a ter que ficar sem ele ou se isso fizesse com que ele ficasse bem, eu trocaria minha vida pela dele. Eu morreria por Edward.

- E nós Marcus? Você vai deixar para trás tudo que temos juntos somente por causa dessa garota idiota? Ela não quer você, ela acabou de se casar com outro. – disse a mulher nervosa, retomando minha atenção.

- Não me importa, ela é minha. E quanto a nós eu não vejo porque terminar, eu não vou deixar você minha linda. Vamos ficar nós três juntos.

- Eu não vou aceitar isso Marcus, ou você vai comigo agora ou  fica com ela me esquece.

Eu fiquei mais que alerta nesse momento, abri um pouco meus olhos e vi que não tinha ninguém em cima de mim então abri o restante e percebi que estava dentro de uma baia de cavalo, a porta dela estava fechada e eu pude ver por debaixo dela os pés de Marcus e da mulher que estava com ele.

Depois da pergunta dela o silêncio caiu sobre o lugar, somente o barulho dos animais nas outras baias podia ser ouvido. Olhei ao redor e reconheci o brasão da família Cullen em uma das paredes de madeira que cercavam o cubículo onde eu estava. Fiquei aliviada em saber que ainda estava na fazenda, tive esperança que ainda iriam me encontrar. Lembrando-me da conversa deles, reparei que Marcus estava falando minha língua perfeitamente, e não da forma que ele falava quando estava comigo.

Achei muito estranho isso. Será que ele falava daquele jeito somente para, sei lá, me assustar, ou tentar me seduzir de alguma forma? Vai saber o que se passa na cabeça desse homem.

Ouvi barulhos de pés se arrastando e olhei atenta. Marcus tinha chegado perto da mulher. Ouvi gemidos baixinhos, acho que estavam se beijando não sei bem.

Continuei atenta aos sons e tentei me levantar, ia procurar ali algo que eu pudesse usar para me defender, quem sabe eu conseguisse fugir deles.

- Eu quero você Irina, muito... mas eu preciso levar ela também e se você me ama vai me ajudar e tudo ficará bem entre nós. – disse ele com a voz sedutora.

- Não Marcus, eu não vou aceitar dividir você com ela. – pela voz da mulher eu pude perceber que ela chorava.

De repente escutei um barulhinho, vindo do meu lado direito, olhei por debaixo da baia onde tinha um cavalo e pude ver Blue se arrastando pela baias para chegar a mim. Por um momento fiquei alarmada, não queria que Marcus o visse e fizesse mal a ele, ainda mais que já tinha feito uma vez, mas Blue era esperto e parecia um espião vindo com todo o cuidado, passando por entre os cavalos que pelo jeito nem ligavam para sua presença.

Quando ele chegou a mim não fez aquela festa, ele sabia que não podia chamar atenção. Eu acariciei suas orelhas e com os olhos disse a ele para ficar bem quietinho. Eu ia dar um jeito de tirar nós dois dali. Ele ainda usava as fitas douradas que Alice colocou nele para levar minhas alianças ao altar, tinha sido tão fofo. Lembrar-me da cena fez meu coração se apertar e uma vontade imensa de voltar para Edward brotar em mim.

A discussão continuava em frente à baia, a mulher chorava cada vez mais.

Olhei o feno onde eu estive deitada e tive uma idéia, eu podia mandar Blue levar feno para meu pai, e tentar com isso dizer a eles onde eu estava, acredito que talvez eles entendessem que ainda estava no estábulo, se é que eles já tivessem sentido minha falta, pois eu não fazia idéia de quanto tempo estava ali.

Peguei um pouco de feno tentando fazer o menos barulho possível e amarrei ele fazendo um pacotinho, com gestos e falando bem baixinho mesmo eu pedi a Blue que levasse o embrulho para meu pai, e tentasse mostrar a ele que viesse onde estou. Blue era inteligente demais, pegou o pacotinho de feno com a boca e saiu se arrastando por baixo das baias como veio, meu medo era quando ele tivesse que sair na porta, pois acredito que quando ele entrou o casal lá fora estava se beijando então com olhos fechados não viram Blue, mas agora eles discutiam e poderiam vê-lo.

Só podia torcer para que ele conseguisse sair, então de repente tive uma idéia para causar uma distração e ajudá-lo, resolvi fazer barulho e mostrar que eu estava acordada. Arrastei-me no cubículo fazendo muito barulho para me encostar no fundo da baia. Deu certo, pois na hora a porta foi aberta e pude ver Marcus e uma mulher loira me olhando. Ela era, acredito, que a mesma loira que colocou um bilhete de ameaça no meu bolso no dia que em fui ao show com Edward na cidade vizinha de Douglas, e seu rosto era bem parecido com o retrato falado de meu pai. Os cabelos loiros e a trança eram iguais.

- Agora ela já acordou Marcus. O que vamos fazer com ela?

- Ela não vai dar trabalho não é? – disse ele sorrindo para mim – Ela sabe que só assim o maridinho dela vai ficar bem.

- O que você fez com ele? Deixe Edward em paz, ele não tem nada haver com isso. – eu disse desesperada.

- Eu ainda não fiz nada, mas posso fazer num estalar de dedos. – e para dar ênfase ao que ele estava falando ele estalou os dedos para mim. Eu engoli em seco.

O silêncio pairou por um momento, eles olhavam para mim e eu para eles. Por um lado estava feliz, pois com certeza Blue tinha conseguido escapar sem ser visto.

- Marcus, vamos embora enquanto podemos. Esqueça essa idéia ridícula de levar ela conosco.

- Irina, entenda de uma vez por todas, eu vou levá-la e você vai me ajudar.

- Eu não vou dividir, eu já disse. – os olhos da mulher brilhavam perigosamente olhando para ele.

Marcus fechou as mãos em punho, ele devia estar bem nervoso com ela, e ela com ele também. Ele pegou em seu pescoço e ela arregalou os olhos e eu também.

- É isso então? Você vai me matar para ficar com ela, depois de tudo que eu fiz por você? – ela dizia com a voz ligeiramente embargada, não sei se por causa do pescoço apertado ou por lágrimas mesmo.

Eu olhava a cena apavorada, eu queria poder ajudar a mulher, mas não conseguia me mexer. Eu orava em pensamento, pedindo a Deus que Blue conseguisse trazer meu pai, que eu conseguisse sair daqui e conseguisse salvar Edward do que quer que Marcus tenha feito com ele.

- Eu preciso de você Irina. Prove-me agora que me ama, me ajudando a levar Bella. – Marcus ainda segurava o pescoço dela.

- Eu amo. – ela começou a chorar descontrolada – Eu vou... me perdoe, mas só vou fazer isso porque te amo.

Marcus sorriu para ela e soltou seu pescoço e então foi tudo tão rápido que não sei se consegui realmente entender a logística dos fatos, tudo ficou em câmera lenta.

Irina assim que se viu solta da mão de Marcus, colocou sua mão direita para trás e puxou uma arma com um cano alongado, acho que era um silenciador. Marcus arregalou os olhos para ela, mas não teve tempo de fazer nada, ouvi o barulho abafo causado pelo disparo que ela deu nele, bem no centro de seu peito. Eu me encolhi o máximo possível no fundo do cubículo e coloquei as mãos na boca para não gritar. Meus olhos arregalados de terror e o coração batendo freneticamente.

Nessa hora Blue entrou com tudo pela porta, passando por Marcus que estava caindo, sua camisa ficando vermelha do sangue que escorria, e a mulher que olhava para ele chorando. Quando Marcus caiu no chão com um baque surdo ela desviou o olhar dele e olhou para mim e Blue que estava protetoramente me minha frente, eu com as mãos o abraçando. Ela deu um sorriso triste em meio às lágrimas que escorriam em seu rosto.

- Ele amava a mim e não a você. – ela disse – Eu o ajudei, pois sabia que ele precisava se vingar de você e tinha certeza que depois de matar você ele ficaria feliz ao meu lado, mas ele tinha que querer ter nós duas, ele tinha que querer ser egoísta. – sua voz soava fraca e embargada – Eu jamais ia admitir dividi-lo com alguém, se ele não for só meu não será de mais ninguém, assim como eu não posso ser de mais ninguém. – ela apontou a arma na nossa direção eu abracei Blue com força – Eu só...eu não sei...

Barulhos de gente correndo nos alcançaram e a voz do Xerife gritando a fez desviar os olhos de nós, eu semicerrei meus olhos já esperando pelo disparo que ela faria para mim, quando a vi colocar a arma em sua própria cabeça a apertar o gatilho.

Não consegui conter o grito que saiu pela minha garganta, Blue começou a latir e eu o apertava mais, totalmente desesperada pela cena. Sangue jorrou na porta da baia onde estávamos o corpo dela caiu mole no chão para dentro da baia, o sangue começou a empoçar embaixo da cabeça dela, próximo aos meus pés. Era uma visão que eu jamais esqueceria.

Fiquei petrificada olhando para ela, caída próxima do corpo inerte de Marcus.

Eu ainda olhava para os corpos quando minha visão foi bloqueada pelo rosto preocupado do Xerife.

- Bella, você está bem? –  foquei meus olhos nele o enxergando de verdade naquele momento.

- Edward. Onde ele está? Está tudo bem com ele. – eu grudei na camisa do Xerife perguntando em desespero sobre o paradeiro do meu marido.

O Xerife nem teve tempo de responder, pois escutei a voz dele me chamando aos berros e seus passos corridos se aproximando de onde eu estava até que pude vê-lo irromper dentro do cubículo onde eu continuava protegida por Blue e agarrada a camisa do Xerife.

Quando vislumbrei sua silhueta parar atrás do Xerife e se agachar para chegar a mim explodi em lágrimas. Ao sentir seus braços me puxando para o aconchego de seu peito me senti no céu. Seu cheiro imediatamente começou a me acalmar bem como a segurança e quentura que seu abraço me proporcionava.

- Eu tive tanto medo. – ele falava com a voz embargada – Obrigada meu Deus, por trazê-la de volta para mim. Eu não poderia continuar sem ela.

- Me desculpe amor, eu não consegui fugir, ele me drogou, ele...

- Shiu, não fala nada princesa. Vou te levar para a ambulância eles vão tratar de você.

Edward me pegou no colo e saiu da baia comigo, passando rente aos corpos caídos no chão, seguiu o corredor rumo à saída do estábulo. Eu pude ver que estava de noite, mas as luzes dos postes, dos carros e das lanternas quase me cegaram. Ele continuou caminhando comigo no colo e às vezes me beijava o alto da cabeça, me passando conforto e segurança.

Ao chegarmos à ambulância meus pais e meus sogros vieram em nossa direção, seus rostos deixando claro o quanto estavam abalados por tudo que tinha acontecido, mas também aliviados de terem me encontrado sã e salva. Tinham muitas pessoas lá, convidados, policiais, mas eu não consegui identificar todos.

- Ai filha, como você está? – disse mamãe me apalpando o braço e chorando. – Eu fique tão preocupada, ai Deus cheguei a pensar que... que... ai, ainda bem que tudo acabou agora. – papai me olhava com os olhos marejados, mas dava para perceber que ele já tinha chorado muito.

- Estou bem Mãe, Pai, fiquem calmos. – dei um sorrisinho para eles, mostrando que eu falava a verdade. Eu estava com Edward então tudo estava bem.

Edward me colocou na maca e Blue se ergueu sobre as patas traseiras e apoiou as dianteiras na beirada da maca, aninhando seu rosto sobre elas, me olhando de forma carinhosa. Sorri para ele e estiquei minha mão até sua cabeça para fazer carinho nele.

- Esse cachorro merece um prêmio. – disse meu pai.

- É verdade, mas Edward também, que acreditou nele e convenceu todos a segui-lo até aqui. – disse mamãe.

- Eu pedi a ele que avisasse. Não é garoto lindo? – eu disse numa voz afável, Blue lambeu minha mão em concordância, Edward também o acariciava, e quando o olhei ele me olhava de volta com os olhos transbordando de lágrimas. Eu sorri para ele e ele retribuiu.

- Eu achei que tivessem feito algo com você. – eu disse tocando sua mão sobre a cabeça de Blue – Ele disse que se eu não colaborasse ele faria mal a você, eu só queria te salvar. – minha voz já estava embargada pelas lágrimas – Então Blue apareceu e eu tive a idéia de colocar o pacotinho de feno nele e pedir para ele chamar meu pai, eu queria sair de lá para te encontrar. Eu não poderia suportar se Marcus fizesse mal a você.

- Eu estive seguro o tempo todo. – ele disse chorando.

- Precisamos levar essa moça ao hospital, examinar melhor e ver se algo ainda pode prejudica sua saúde. – disse um paramédico que se aproximou.

- Eu vou com ela. – disse meu marido.

- Tudo bem, vamos colocá-la no veículo e levá-la ao hospital, os outros familiares podem acompanhar em seus carros se quiserem, mas ela precisa ir agora.

Outros enfermeiros chegaram e içaram minha maca para colocá-la dentro da ambulância, Edward entrou logo após e sentou próximo a minha cabeça e começou a acariciar meus cabelos. Outros dois enfermeiros entraram e as portas se fecharam, então senti o veiculo começar a andar.

Durante todo o trajeto até o hospital os enfermeiros controlavam meus sinais vitais. Edward em silêncio acariciando meu cabelo, a cada pouco eu olhava para ele e via que seus olhos estavam sempre em mim. Assim que chegamos fui levada a enfermaria, e não deixaram Edward nem ninguém entrar enquanto estivessem realizando os exames em mim.

Colheram meu sangue, me levaram ao raio-x e me fizeram tantas perguntas que eu já nem lembrava mais quais foram. Depois do que pareciam horas, me levaram a um quarto onde eu deveria aguardar o médico que me daria alta. Assim que cheguei lá pude ver meus familiares, juntamente com meu marido já me esperando.

- Logo vamos embora princesa. – disse Edward enquanto me colocavam na cama, eu sorri para ele.

- Charlie, acho melhor irmos para casa. Edward pode levar a Bella.

- É uma boa idéia. Tudo na sua mão agora rapaz. – Edward acenou em concordância para ele – Vamos indo então. – papai veio e me deu um beijo na testa e logo em seguida mamãe.

- Nos vemos logo mais em casa meu bem. – disse papai e saiu de mãos dadas com minha mãe.

Meus sogros e Alice também me beijaram e saíram me dando votos de melhora, dizendo que logo mais nos encontraríamos.

Olhei até eles desaparecerem e  depois olhei para meu marido. Seu semblante demonstrava o quanto estava cansado. Ele vestia uma roupa casual, afinal quando nos vimos pela última vez íamos nos trocar para nossa viagem de lua de mel.

Ai Deus, a viagem.

- Acabei de me lembrar que perdemos a nossa viagem não e? – ele me olhou espantado e me deu um sorriso muito fofo.

- Não acredito que depois de tudo você está preocupada com a viagem que perdemos? – ele ainda sorria.

- Eu sei amor, é que eu esperei tanto pra ter minha lua mel com você.

- Assim que tudo estiver resolvido remarcamos e vamos ter nossa merecida lua de mel. – ele pegou minha mão e se abaixou até tocar meus lábios com os seus. Eu juro que meu corpo todo se arrepiou na hora, tudo que eu tinha passado e presenciado já nem me lembrava, era só a sensação dos lábios macios do meu marido se movendo sobre os meus. Assim que senti ele terminar o beijo e se afastar abri os olhos e encontrei os seus já em lagrimas, comecei a chorar também

- Eu achei que nunca mais ia te ver, que tinha te perdido para sempre. Sabe qual é a sensação de perder aquilo que mais ama na sua vida? – disse ele com a voz totalmente embargada.

- Eu sei amor, eu tive a mesma sensação, mas na minha mente eu só queria salvar você, então tudo ficaria bem. Tem o fato também daquela cena horrível que presenciei, e sei que é errado, mas me senti aliviada em saber que eles estão mortos. Eles estão não é?

- Sim estão. E o restante da  quadrilha está presa. – ele encostou sua testa com a minha  e ficamos em silêncio somente escutando a respiração um do outro.

- Eu quero saber tudo o que aconteceu.

- Quando voltarmos para casa  te conto tudo, também quero saber o que aconteceu com você princesa. Por enquanto vamos só ficar quietinhos sentindo a presença um do outro, ok? – seu cheiro e sua respiração em meu rosto enquanto ele falava me deixou embriagada.

- Tudo que você quiser amor.

Ele novamente me tomou a boca e me beijou delicadamente e cheio de amor.

Fomos interrompidos de nossa bolha pela entrada do médico. Ele era um senhor de uns cinqüenta anos, muito bondoso. Examinou-me e depois examinou os meus dados e resultados de exames que constavam em uma prancheta em seguida deu a mim e a Edward várias instruções sobre como proceder para minha recuperação psicológica, já que fisicamente eu não tinha sofrido nada, pois o calmante que Marcus havia injetado em mim era muito fraco, por isso acordei logo e a substância não me causou danos. Então o médico me liberou e eu e Edward fomos para o estacionamento.

- Se você veio comigo na ambulância como vamos voltar?

- Alice veio no meu carro e voltou com meus pais.

Ele abriu a porta do carro para mim e depois entrou. Tirou o carro de sua vaga e saímos para a estrada, indo rumo a nossa casa.

Tudo estava voltando aos eixos novamente.

Continua...


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Notas finais do capítulo

Desculpem a demora....

Se puderem comentem...

Bjs e até a próxima.