Rancho água Doce escrita por Danimarjorie


Capítulo 29
Tudo que vai, volta


Notas iniciais do capítulo

Pr favor, se atentem as notas finais.

Boa Leitura...



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Uma coisa eu tinha aprendido. O passado nem sempre fica no passado, às vezes ele volta e se torna seu presente e às vezes até seu futuro. No momento o meu passado estava bem sólido em meu presente, e estava bem difícil retorná-lo ao seu devido lugar. Ele parecia querer se tornar meu futuro.

- Amor eu preciso que você mantenha a mente aberta para tudo que vou contar, por favor. – eu disse a Edward, já prevendo reações nada boas.

- Princesa, eu sei que não fiz nada de bom para você pensar o contrário de mim, mas depois da nossa última briga eu estou tentando mudar. Você pode achar que não, mas eu confio muito em você e somente quero que confie em mim também, e acho que agora é o momento de nos provar.

Me impressionou esse discurso dele, mas analisando bem ele tinha toda razão. Nos conhecemos quando crianças e ficamos separados por anos e nos reencontramos agora depois de adultos, então temos que nos conhecer novamente, e está sendo mais difícil devido a todos esses problemas que temos passado desde o começo, mas tínhamos que nos provar, eu tinha certeza que o nosso amor era imenso e íamos vencer a prova.

Foi bem difícil relembrar tudo novamente e contar a Edward, mas foi ótimo ver como ele aceitou a situação sem me julgar em nenhum momento, me dando apoio e consolo em tudo. Isso me mostrou que minha escolha por ele foi mais que exata, nos pertencíamos.

Contei sobre o inesperado encontro com Marcus no estacionamento do shopping e mais uma vez Edward não me decepcionou, foi uma cúmplice perfeito para mim, nem mencionar o beijo que Marcus me deu o fez ter um surto, apesar de ver uma sombra de ciúme e raiva em suas feições, mas ele soube controlar perfeitamente, me dando segurança e confiança em continuar a narração.

- Princesa, você sabe o que houve com o homem que tentou te machucar? Você acha que ele pode ter morrido?

- Eu não faço idéia, como eu disse no dia seguinte fomos para Las Vegas e eu decidi esquecer e não pensar mais sobre o incidente, mas pensando agora não acredito que tenha morrido, acha que a pancada somente o desacordou, pelo menos em minhas roupas não tinha sangue dele, somente sujeira e o fedor impregnado. – senti arrepios me lembrando daquele cheiro, senti ânsia e asco novamente.

- Tem uma coisa que falou e não entendi. Você me disse  que perguntou a Marcus sobre o roubo de gado e sobre querer te matar, algo assim e ele nada respondeu, nada assumiu. – ele parou e me olhou, eu concordei com a cabeça, era realmente verdade, ele ignorou minhas perguntas. – Fico pensando se realmente ele está envolvido com os roubos, ou até se realmente quer te fazer mal, se fosse esse o caso ele poderia ter feito no momento que te encontrou sozinha no estacionamento, mas não, te deixou ir.

- Eu não sei. – realmente era para se pensar sobre isso.

- Eu entendo que vocês tiveram uma história que posso me arriscar a dizer que foi bem legal, mas acho que você deveria contar ao xerife que era ele no retrato falado. Não é porque ele te salvou uma vez, que todos os outros crimes que ele cometeu ou vai cometer estarão automaticamente perdoados.

Fiquei um tempo pensando sobre essa idéia que Edward cogitou, a idéia de não ser Marcus o responsável por todos os roubos, analisei que talvez somente tenha feito aquilo aqui no Rancho para disfarçar o seu real interesse, que era me prejudicar. Eu considerei seu ponto de vista, já que Marcus não respondeu nenhuma das minhas perguntas, e não fez nada mais que trocar algumas palavras comigo, e não foram ameaças, mas mesmo assim ainda achava que ele era o culpado por todos os crimes, inclusive a morte de George.

Impressionei-me em ver que ele entedia meu dilema em entregar Marcus, dizendo que o reconheci no retrato falado, mas ao mesmo tempo queria que eu conversasse em particular com o xerife, pois achava que talvez ele pudesse pressionar o preso que tinha denunciado o infiltrado e quem sabe descobrir algo mais.

Ficamos a noite toda conversando e apesar de Edward ter dormido em minha cama  eu nem tive a oportunidade de entregar seu presente, muito menos de realizar dança de corpos nus que outrora havia sugerido para ele, mas eu ainda queria fazer algo legal para comemorar seu aniversário então como era sexta-feira, ainda tinha uma ótima oportunidade de fazer uma surpresa intima algo só para nós dois, pois independente do que estava acontecendo, eu não ia deixar de viver minha vida, eu nem sabia se ainda teria uma no dia seguinte, então tinha que aproveitar.

Antes de qualquer coisa primeiro eu tinha que ir até o xerife e contar tudo que sabia, pois Edward achava que era o certo e eu concordava, a essa altura eu não imaginava do que Marcus poderia ser capaz, nem pagaria para ver. Tinha sido ótimo me abrir com ele, duas cabeças pensam melhor que uma. Sempre.

A delegacia estava com bem poucos funcionários, assim que falei com o atendente da recepção fui em direção a sala de espera do xerife e no caminho encontrei como o Oficial James. O cumprimentei normalmente e de forma simples, apenas um bom dia e ele de volta, nada em sua expressão transparecia desconfiança, e eu esperava que na minha também não. Aguardei cerca de quinze minutos até o xerife me atender.

- Senhorita Isabela, entre, por favor. – disse o xerife assim que saiu acompanhando a pessoa que anteriormente estava sendo atendida por ele.

- Bom dia, xerife McCarty, desculpe incomodá-lo há essa hora, mas tenho motivo.

- Não se preocupe, eu também queria falar com a senhorita, consegui a ordem para grampear o telefone do Rancho.

- Acho que não será mais preciso xerife, eu tenho quase certeza que sei quem está por trás disso. Na verdade eu o conheci no retrato falado. – o xerife me olhou surpreso, mas também muito interessado.

- E porque não disse antes? O agente voltou do Rancho aquele dia e nada comentou sobre isso. – me olhou de forma interrogativa, claramente sem entender.

- Eu sei Xerife. Vou explicar.

E contei a ele tudo sobre o encontro com Marcus no shopping e para ele compreender melhor, falei um pouco sobre meu passado também, deixando claro minha sensação de dívida não paga e o instinto de protegê-lo. O Xerife compreendeu meus sentimentos, e até achou melhor que eu tivesse dito a ele pessoalmente. Ele pessoalmente iria investigar Marcus e me deixar informada, nada poderia ser descartado, afinal os roubas continuavam acontecendo.

Após tudo isso o Xerife ainda me agradeceu por ter sido convidado a padrinho de casamento, eu meio que fiquei assustada quando ele disse isso, pois apesar de faltar poucos dias, parecia que tinha tanta coisa que era prioridade antes dele que num primeiro momento as palavras do Xerife para mim eram estranhas, demorei a me situar no assunto. Acho que ele percebeu, mas compreendeu.

Ele me informou também que novamente interrogaria o imigrante preso e levaria o retrato, se realmente Marcus tivesse envolvido com os roubos ele poderia confirmar.

Deixei a delegacia com a sensação de dever cumprido. Voltei para casa rápido, pois tinha muito que fazer antes de me preparar para fazer uma surpresinha para Edward. Assim que cheguei ao curral encontrei Victória, ela já tinha adiantado várias coisas, me poupando muito trabalho. Terminamos os exames e coletas juntas e ela se foi. Apesar de no começo não gostar muito de Victória eu via que ela na verdade era ótima profissional, somente me fazendo ter gostado muito de contratá-la.

No banho comecei a pensar sobre tudo que estava acontecendo, como nesses últimos tempos minha vida estava uma bagunça. Sério, eu nunca imaginei que uma pessoa só pudesse passar por tantas coisas ao mesmo, tempo e ainda conseguir respirar.

Eu tinha que lidar com o ciúme de Edward, planejar meu casamento, cuidar da reforma da fazenda, do meu trabalho, do treinamento da Victória, da papelada para o casamento, da viagem, da mobília e entre outras e ainda assim ter que me preocupar com os roubos de gado e se meu ex-namorado que voltou das cinzas quer realmente me fazer mal ou não.

Nossa, é muita coisa para uma pessoa só. Me afundei na água da banheira e fiquei por um tempo segurando a respiração, eu pensava se fazendo isso, quando eu emergisse talvez metade dos problemas que me assolam pudessem desaparecer como mágica. Quem me dera fosse assim. Assim que voltei para respirar, tudo estava lá na mesma proporção de antes, mas eu seria sucumbida por eles.

Me troquei colocando uma lingerie bem sexy e um vestido soltinho de um ombro só, depois desci. Encontrei meus pais no escritório, beijei cada um e avisei que estava indo a casa de Edward e que dormiria por lá. Peguei as chaves do meu carro e fui. Ainda bem que mesmo com minha cabeça meio avoada eu me lembrei de comprar uma caixa do chocolate preferido dele hoje de manhã quando fui a delegacia, eu daria junto com o violão.

Assim que cheguei fui recebida por meus sogros e minha querida cunhada.

- Bella, meu bem, que saudade de você. – disse minha sogrinha.

- Eu também Esme, tem sido muita correria para mim com a proximidade do casamento.

- Ai meu primeiro casamento. – disse Alice toda saltitante.

- Eu pensei que quem se casaria seria eu Alice. – disse para provocá-la.

- Meu primeiro casamento organizado, eu quis dizer. – respondeu ela contrariada. Esme e Carlisle começaram a ri e eu os acompanhei.

- Qual o motivo de tantas risadas? – Edward perguntou descendo as escadas.

- Alice, filho. – respondeu meu sogro.

Edward veio em minha direção como que atraído por um imã. Deu-me um singelo beijo e me abraçou.

- Como você está princesa? Resolveu aquela coisa? – disse baixinho próximo ao meu ouvido.

- Cochichar é falta de educação. – disse Alice fazendo cara emburrada.

- Você quer mesmo saber Lice o que estou falando no ouvido de minha futura esposa. – disse Edward dando um risinho malicioso.  Alice fez cara de ultraje e eu e meus sogros começamos a rir.

- Vamos logo sair daqui antes que minha mente seja poluída. – disse ela pegando sua bolsa em cima do sofá.

- Tchau querida, fique a vontade a casa é sua. – disse minha sogra depois me beijou o rosto, em seguida Carlisle fez o mesmo.

- Não faça nada que eu não faria. – disse Alice maliciosa, me dando um tapa no bumbum, depois saiu sorridente e saltitando. Eu apenas rolei os olhos.

- O que ela disse?

- Nada relevante amor. Onde seus pais foram com a florzinha?

- Jantar num restaurante com Jasper.

- Então quer dizer que temos algumas horas sozinhos?. – comei a alisar o tórax perfeito do meu noivo.

- Muitas. – disse ele já com os olhos brilhando – O que a senhorita pervertida tem em mente. – perguntou todo alegrinho.

- Muitas coisas, mas primeiro vamos buscar seu presente em meu carro. – Edward rolou os olhos.

- Eu disse que não queria nada. Te falei para não comprar nada. – resmungou enquanto ia comigo ao carro.

- E desde quando você manda algo nessa relação? – falei com a voz manhosa e sensual, ele parou e me olhou com os olhos semicerrados. Eu sorri marota para ele e mordi os lábios de forma sensual.

- Realmente eu não mando nada, só obedeço. Virei um escravo dessa mulher. – disse ele voltando a caminhar. Eu fui atrás dele rindo deliciada com sua confissão. E com várias idéias passando em minha mente sobre ele ser meu escravo.

Voltamos rapidinho para dentro e subimos para o seu quarto. Ele abriu o presente e adorou, me deu vários beijinhos por todo o rosto e alternava falando obrigado. Não queria presente mas adorou receber.

Ficou por um tempo dedilhando algumas canções no violão novo e depois voltou a me dar atenção. Eu durante o tempo que ele tocou fiquei maravilhada com a perfeição que ele era, e em como seu timbre ficava sensual quando ele cantava. Eu já estava pra lá de excitada.

Cadê meu problemas e preocupações? Ah, que se danem, hoje eu só iria curtir meu cowboy gostosão.

- Tenho outros presentinhos para você cowboy. – falei alegre.

- Não precisava Bella.

Tirei de minha bolsa a caixinha do chocolate, seus olhos brilharam ao notar o que era.

- Eu estava mesmo querendo comprar esse chocolate, estava com muita vontade de comer.

- Só o chocolate que você está com muita vontade de comer? – perguntei sensualmente enquanto puxava o laço do vestido em meu ombro, fazendo com que assim ele caísse do meu corpo e mostrasse a ele a linda lingerie que eu estava usando para ele.

Edward ficou paralisado me olhando de boca aberta. Depois recuperou seus sentidos e veio ajoelhado em minha direção. Quando chegou parou em minha frente e ficou me olhando e ao mesmo tempo tocando minha pele da barriga levemente com a ponta dos dedos, mandando descargas elétricas que depois de percorrerem todo o meu corpo paravam exatamente em meu sexo, que a cada minuto se tornava mais úmido.

Muito rápido ele levantou e me pegou no colo, me colocando em cima de sua cama, e então percebi que nunca tínhamos feito nada em seu quarto, nem sequer um amasso. Sorri perversa com a idéia. Hoje era a noite de estréia. Edward começou a se livrar de suas roupas rapidamente.

- Te deu vontade de comer outra coisa amor?

- Me deu uma loucura agora. E para ficar mais gostoso, decidi comer meu chocolate preferido, no corpo da única melhor que desejo. – ele já estava nu e nem preciso dizer que muito excitado. Pegou a caixinha do chocolate e veio para cama, ficando de joelhos.

- Tira sua lingerie para mim amor. – sua voz já rouca.

Eu lentamente tirei o sutiã tomara que caia e depois minha calcinha, ficando de joelhos em sua frente.

- Deita e abra bem a pernas gostosa. – ele pediu, sua voz mais carregada ainda de desejo. Fiz o que ele pediu e vi seus olhos escurecerem. Ele me chamar de gostosa me deixava tão poderosa.

Ele começou a colocar os bombonzinhos em lugares estratégicos do meu corpo. Eu suspirava em contentamento, e me arrepiava de excitação.

Quanto ele começou a pegar o chocolate com a boca, passando a língua e os lábios por minha pele, eu enlouqueci, principalmente quanto ele degustou o chocolatinho que ele tinha colocado em minha entrada úmida.

- Bella com chocolate é uma delícia. – eu gemi ao ouvir essas palavras.

Definitivamente essa seria a noite das estréias.

Continua...


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Notas finais do capítulo

Últimos capitulos da nossa novelinha pessoal...

Portanto quero convidá-los a ler a nova fic que postei e vai ficar no lugar dessa, se chama A DANÇARINA DO VENTRE... é um pouco mais adulta que essa.

http://fanfiction.nyah.com.br/historia/117702/A_Dancarina_Do_Ventre

Fico aguardando os comentários de vcs lá dizendo o que acharam...

Galerinha, ajudem a fic a chegar a 30 indicações antes de acabar, temos 26... Conto com vcs...

Desejo um Feliz Ano Novo cheio de prosperidade e paz...

Bjs e até a próxima