Rancho água Doce escrita por Danimarjorie


Capítulo 15
Ameaças


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoas lindas...

Quero dedicar esse capítulo as leitoras sica e erikabongiorno, que fizeram respectivamente a quarta e quinta recomendação da nossa fanfic.

Muito Obrigada minhas lindas, as palvras de vcs me deixaram sorrindo como boba... rsrs

Avisos no final. Boa Leitura



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          Reli diversas vezes o que estava escrito na folha, eram letras grandes recortadas erraticamente de jornais e revistas e coladas numa folha sulfite branca, não conseguia acreditar numa coisa dessas, parecia caso de filme, somente lá que eu via isso. Minha família estava sendo ameaçada e eu não fazia idéia do porquê. Eu tinha retornado há pouco tempo, mas eu sempre soube o que estava acontecendo por aqui e não havia nada de sinistro que minha família pudesse ter feito pra estar passando por isso agora.

 

          Podia ser somente medo que os assaltantes tinham de serem descobertos, pois com certeza meu pai viu alguém, por isso atiraram nele. Eu pensava em tantas possibilidades, mas não eu não conseguia pensar em uma que trouxesse menos problemas a nós. Eu sinceramente não gostaria de tirar a policia do caso, seria ridículo fazer isso, ficaríamos vulneráveis demais, mas também se eu não cedesse ao pedido eles poderiam fazer algo mais que ameaçar.  

 

          Decidi ligar para Edward, precisava contar a ele o que estava acontecendo, seu celular deu caixa postal, então liguei na casa dele e no terceiro toque foi atendido.

 

   - Rancho Água Doce, boa noite.

 

   - Boa Noite, aqui é Isabella Swan, eu quero falar com o Edward, ele está? – acho que era a secretária de Carlisle que atendeu ao telefone, pois não era voz de nenhum membro da família.

  

   - Sim ele está só um momento que vou avisá-lo.

 

   - Obrigada. – fiquei aguardando por uns minutos até que Edward veio atender.

 

   - Alô meu amor, aconteceu alguma coisa? – sua voz demonstrava preocupação. Típico.

 

   - Mais ou menos, é que preciso saber se você vai vir mesmo aqui, preciso falar uma coisa importante com você, mas não pode ser por telefone, se quiser posso ir até ai, é urgente. – disse tudo de uma vez, eu estava um pouco aflita.

 

   - Eu entrei agora em casa, tive que resolver umas coisas lá fora, tomarei banho rapidinho e vou te ver ok?

 

   - Certo fico esperando, te amo cowboy, beijos.

  

   - Também te amo princesa, até logo. Beijos.

 

          Desliguei o telefone e subi ao meu quarto pra tomar um banho também, a idéia da soneca tinha desaparecido completamente, eu não poderia estar mais desperta. Ao término do banho me troquei colocando um vestido longo com um bolero por cima e chinelos então desci para esperar meu cowboy.

 

          Fui até o quarto onde estava Blue, ele estava mais alegrinho, dei remédio a ele e desci até a sala de TV, ele me seguiu e se deitou no meu pé quando sentei em um dos sofás pra assistir algo, queria me distrair enquanto Edward não chegava.

 

          Estava compenetrada numa reportagem do Dicovery Channel sobre uma epidemia de ratos que aconteceu em uma fazenda no Texas há alguns anos atrás, eles devoravam os porcos vivos, comiam as plantações e tudo que podiam e quando a comida acabou começaram a comer uns aos outros, estava tendo arrepios involuntários, pois se tem algo na vida que tenho pânico são ratos, na faculdade eu detestava ter que mexer com eles.

 

TRIMMMMM TRIMMMMM

 

         Tocou o telefone me fazendo pular de espanto, fui até o aparelho trêmula tanto pelo susto quanto por medo de atender e se fosse do hospital com más noticias?... era uma possibilidade remota, mas ainda era uma possibilidade, poderia também ser qualquer pessoa, muitos sabiam do acontecido com meu pai e queriam oferecer ajuda ou ter noticias do seu estado, e ainda eram oito horas da noite, não tinha sentido ficar com medo, mas independente do susto eu tinha uma sensação estranha.

 

   - Rancho Toretto. – atendi como todos aqui costumavam atender.

 

   - Olá Isabella, estou ligando somente pra reforçar a solicitação anterior, tire a policia das investigações na fazenda, e nada de pior acontecerá com sua família. – disse a voz pausadamente para que eu pudesse entender totalmente o que era falado, e depois desligou.

 

          Continuei por um tempo com o telefone na mão olhando o nada e um pensamento me surgiu, como sabiam meu nome?

 

          Não que isso fosse uma coisa impossível de acontecer, pois eu sou daqui, e agora que voltei e exerço a profissão de veterinária fiquei mais conhecida, sem contar que Vila Sierra não é um bairro muito grande e com certeza muitos sabiam da minha volta, mas ainda sim eu não achava que meros ladrões de gado desconhecidos se dariam ao trabalho de descobrir o nome de cada membro dessa família pra ameaçar, e mais, como eles sabiam que era eu e não minha mãe que tinha atendido ao telefone, pois tínhamos o timbre parecido e pouco sotaque. Quem falou comigo tinha certeza que era eu na linha.

 

          Outra coisa que me intrigou muito foi a voz ao telefone, esta me era vagamente familiar, o que tornava tudo muito mais insano, as pessoas que eu conhecia por aqui eram poucas, e a maioria eram da minha infância e eu provavelmente não reconheceria suas vozes pelo telefone, eu nem reconheci a voz da secretária de Carlisle e talvez eu a conheça. Isso estava muito estranho.

 

          Escutei o interfone tocar, e novamente pulei de susto, isso estava ficando cada vez pior, eu precisava me controlar, corri até a porta e espiei pela janela pra ver quem era, vi meu cowboy, lindo como sempre com seu chapéu fazendo sombra em seu rosto, jeans justo e camisa com a manga dobrada e um pouquinho aberta mostrando o início dos cabelos de seu peito. Simplesmente tentador, quase me fazendo esquecer tudo que tinha para falar a ele.

 

   - Entra. – disse assim que abri a porta, ele passou deixando um rastro de perfume delicioso, eu inspirei fundo deixando o aroma penetrar e me acalmar, fechei a porta.

 

   - O que houve amor, fiquei tão preocupado que vim o mais rápido que pude. – me deu um beijo, e me abraçou.

  

   - Recebi uma carta alarmante, vou mostrar a você vem comigo. – me soltei do seu abraço peguei sua mão e fui em direção ao meu quarto, chegando lá peguei a carta e dei para ele. Ele leu e me olhou de olhos arregalados.

 

   - Quando isso chegou? Você sabe à hora, se foi o carteiro ou se simplesmente apareceu? – perguntou tudo de uma vez.

 

   - Não faço idéia, eu ia tirar um cochilo antes de você chegar e resolvi antes pegar a correspondência para saber se tinha algo urgente, algo que tivesse que receber maior atenção, então essa carta estava no meio, como achei estranha abri e tive essa surpresa desagradável. – sentei na poltrona perto da janela.

 

   - Não consigo entender o porquê disso. Porque eles teriam algo contra sua família? Tem alguma coisa que você não está me falando? – entreabriu os olhos, parecia que ele tentava ler minha mente.

 

   - Eu não sei, mas sabe da novidade? Tem mais. Recebi um telefonema agora pouco dizendo a mesma coisa, achei a voz familiar, mas pode ser coisa da minha cabeça, o intuito é que eu tire a policia do caso de qualquer jeito. Não farei isso. Sem contar que me chamaram pelo meu nome. – Edward ficou me olhando, pensando no que eu tinha dito depois começou a andar pelo quarto.

 

   - Você achou a voz familiar? Te chamaram pelo nome? – ele disse como se estivesse fazendo essas perguntas a si mesmo, e acredito eu tentando respondê-las. Sentou em minha cama e depois me olhou como se uma lâmpada tivesse sido acesa dentro da sua cabeça – Você parou para pensar que a ameaça poderia ser exclusiva a uma única pessoa, e ao citarem “família” seria a forma de despistar das verdadeiras intenções, ou seja, te prejudicar?

 

          Nossa, eu realmente não tinha pensado dessa forma, Edward podia estar certo, o alvo poderia ser somente eu e minha família poderia estar sendo atingida por minha culpa. Mas por quê? Eu não tinha inimigos, não declarados a mim, aqui em Tucson a única pessoa que tive uma indisposição foi Tânya, mas ela estava tão longe, não poderia ter dedos dela nessa situação. Poderia?

 

   - É uma teoria a se pensar cowboy. Pode ser que tenha razão.

 

   - Alguma idéia de quem possa te querer mal? – perguntou com a voz aflita.

 

   - Não faço idéia amor, mas eu vou descobrir. – disse pensativa.

 

   - Não me diga que está pensando em investigar você mesma? – seu tom deixava claro que desaprovava qualquer idéia do tipo “justiça com as próprias mãos”, mas parada eu não ia ficar. – O xerife McCarty está mais que apto a fazer isso por você amor. – agora seu tom era carinhoso e ao mesmo tempo autoritário, tentava me fazer mudar de idéia.

 

   - Estou pensando sim, eu tenho quase certeza que conheço a voz de quem me ligou, e o xerife vai se ater a investigar o acontecido num todo, ou seja, ele vai investigar a ligação do que houve aqui com o que está acontecendo nas outras fazendas, e a tentativa de assassinato do meu pai vai estar incluída nisso, mas eu tenho a sensação que há algo por trás que tem haver somente comigo e preciso saber o que é.

 

   - Bella, por favor, não faça besteiras eu acho que o ideal é você deixar tudo na mão das autoridades, será melhor assim, você tem muita coisa pra resolver nesse momento, sem seu pai aqui o Rancho está em suas mãos, sua mãe não tem condições de tomar conta de tudo sozinha. – se aproximou e ajoelhou-se na minha frente, beijou minhas mãos e fez os olhinhos do gato de botas. Posso com isso???

 

   - É você tem razão sobre isso, tenho que priorizar o Rancho. Amanhã mesmo vou falar com o xerife, de qualquer forma ele precisa saber mesmo. – dei de ombros, mas eu ainda iria fazer a minha investigação, ele não precisava se preocupar a toa, eu tomaria cuidado.

 

   - Eu gostaria de ir com você, mas tenho várias coisas pra fazer lá na fazenda, alguns bezerros podem nascer amanhã eu preciso estar lá para controlar.

 

   - Sem problemas meu amor, eu te ligo depois disso, tenho várias coisas pra fazer aqui também, acho que vou ficar uns dias sem te ver. – fiz biquinho.

 

   - Nada disso mocinha vamos dar um jeito nisso, não posso ficar muito tempo longe. – segurou meu rosto e me beijou com paixão – Enquanto isso prometa que vai se comportar, essas ameaças podem ser sérias, você precisa ter muito cuidado então prometa que não vai fazer nenhuma bobagem. – passou os braços por minha cintura. – Eu não quero nem imaginar algo ruim acontecendo com você minha princesa, me deixa apavorado.

 

   - Eu prometo amor. – disse cruzando os dedos em minhas costas e o beijei apaixonadamente.

 

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          Acordei cedo e fui fazer minhas obrigações no Rancho, depois falei com mamãe e conseguimos fazer a parte administrativa que meu pai fazia. Ligamos para fornecedores, atualizamos as contas a pagar e as pagas, rodamos pela fazenda verificando os serviços e os funcionários, todos queriam informações sobre a saúde de papai, e ficavam contentes em saber que ele estava se recuperando. Passei para verificar os bezerros Milttrer, eles precisavam ser vacinados e pesados, e fiquei satisfeita em constatar que estavam muito saudáveis, eu resolvi fazer um escala de serviços em que eles eram minha prioridade. Consertamos a porta da baia onde eles estavam e instrui George e Sam sobre os cuidados que eles deveriam receber se eram uma preciosidade seriam tratados como tal.

 

          Depois do almoço fui ao centro com minha mãe, deixei-a no hospital eu fui falar com o xerife McCarty, ela não sabia das ameaças ainda, achei melhor não preocupá-la mais, então lhe disse que apenas queria conversar com o xerife para saber se ele tinha alguma novidade. Levei a carta e mostrei a ele, contei também sobre a ligação que recebi, ele disse que mandaria a carta para analisar, procurariam digitais ou qualquer outra evidência, ficou também de pedir judicialmente que o telefone de casa fosse grampeado por eles, assim poderiam tentar rastrear caso ligassem novamente.

 

          Saí de lá e fui ao hospital, tive ótimas noticias, meu pai estava melhorando muito e provavelmente tirariam ele do coma antes das quarenta e oito horas completas, eu e minha mãe ficamos eufóricas com isso. O médico disse que talvez na manhã seguinte meu pai acordasse, então dependendo de como fosse ele poderia receber visitas e conversar.

 

          Voltamos para casa exultantes, a noticia de que meu pai estava melhor era excelente. Liguei para Edward e contei as novidades, disse também sobre minha visita ao xerife, ele ficou satisfeito em saber que eu estava cumprindo minha promessa, como nosso dia tinha sido cheio não nos encontraríamos, mas disse que talvez amanhã ele fosse ao hospital comigo visitar meu pai.

 

          Jantei com minha mãe, e depois conversamos por um longo tempo, enquanto arrumamos a cozinha com Blue o tempo todo por perto, ele estava muito melhor. Falamos de diversas coisas ligadas ao tempo em que estive fora, ela queria de todo jeito saber sobre os namorados que tive na faculdade, já que eu quase nunca falava sobre eles em nossas conversas ou nas visitas que ela me fazia. Meus pais nunca conheceram nenhum deles.

 

           Na verdade não foram muitos, mas contei pra ela minha experiência no assunto, se é que podia chamar uma dúzia de encontros e meia dúzia de namoros que não duraram mais que dois meses de experiência. Lógico que tiveram uns que foram mais longe comigo, digo em termos de carícias, mas nenhum deles jamais chegou ao meu coração, este sempre foi de Edward, mesmo eu não tendo a plena consciência disso.

 

            O telefone tocou me livrando de continuar contando as histórias para ela e eu mais que depressa corri para atender, acreditava ser Alice, Edward disse que ela me ligaria, queria falar algo relacionado a Jasper, seu paquera que era o Oficial da Patrulha de Fronteira que conheci recentemente e de forma nada agradável devido aos acontecimentos no Rancho, tenho certeza que os planos dela eram me apresentar a ele pessoalmente, provavelmente numa festa, ou em alguma atividade para casais que ela adorava criar.

 

   - Rancho Toretto boa noite. – estava um pouco sem fôlego por causa da pequena corrida da cozinha a sala.

 

   - Espero que sua visita ao xerife tenha sido pra cumprir minhas instruções querida Isabella. – me senti gelar por dentro no momento que ouvi aquela voz novamente. Mais uma vez a sensação que a conhecia, de forma distante, mas ainda sim familiar.

 

   - Quem é você, e o que quer da minha família. – gritei ao telefone, estava irritada e assustada, minha mãe veio correndo pra saber o que estava acontecendo e Blue latindo atrás dela.

 

   - Você poderia perguntar o que eu quero de você, Bella.

 

 

 

 

 

 

Continua...


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Notas finais do capítulo

Quero agradecer as reviews no último capitulo, sinceramente foram demais, vcs comentaram a valer e eu fiquei mais que feliz e empolgada, portanto vou me esforçar ao máximo para postar na sexta-feira da semana que vem, pois minhas provas começam na segunda e duram por duas semanas inteiras, então ao invés de deixá-las esperando por 15 dias ou mais, vou me esforçar para que esperem somente 7 para lerem o próximo capitulo. Apenas peço que comentem bastante, me ajudem, assim verei que valeu a pena o esforço que fiz.
Minha recompensa são os comentários de vcs.

Lembrando que estrelinhas, recomendações, reviews e adicionar pontos positivos a popularidade da autora são ótimas práticas. rs

Continuo adicionando popularidade positiva a quem comenta.
Muitos beijos e até sexta.