Rancho água Doce escrita por Danimarjorie


Capítulo 13
Complicações


Notas iniciais do capítulo

Capitulo dedicado a leitora tlgdmhb que fez a terceira recomendação da nossa fic...
Muito obrigada linda.
Boa Leitura...



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          Acordei sem saber onde estava, olhei para os lados e vi que estava em  meu quarto, minha cama. Estava desorientada, mas de repente como uma flechada tudo voltou pra mim. Meu pai tinha sido baleado e eu não sabia se ele ainda estava vivo. Novamente comecei a chorar convulsivamente acho que devia ter alguém do lado de fora ouvindo, pois logo em seguida a porta se abriu. Era Edward.

 

   - Shiu, calma princesa, calma.

 

   - Como calma Edward, meu pai. Ele... – não consegui completar a frase, os soluços vieram mais fortes me impedindo até de respirar.

 

   - Ele não está morto princesa, ele está muito mal, mas está vivo. Ele é um homem muito forte e vai sair dessa. Você também precisa ser forte, sua mãe precisa de você. – minha mãe. Céus, eu ao invés de consolar ela desmaio, que bela filha que sou.

 

   - Onde ela está?

 

   - Está dormindo agora, minha mãe deu um remédio pra ela. Meu pai e Alice também estão com ela no quarto.

 

   - Precisamos ir pro hospital, preciso saber o real estado dele. O que você sabe?

 

   - Somente que ele foi baleado numa tentativa de assalto aqui no rancho, provavelmente tentaram roubar gado, sua mãe não está em condições de contar muita coisa, temos que esperar ela melhorar pra sabermos o que houve realmente.

 

   - Vamos avisar minha mãe, quero ir agora ao hospital, preciso saber as reais condições do meu pai, se tem alguma coisa que possamos fazer. – levantei da cama e sai em direção ao quarto da minha mãe, me sentia um pouquinho melhor, minha cabeça começa a clarear e eu ficava cada vez mais ciente das coisas que precisava fazer.

 

          Edward me seguia de perto, ao entrar no quarto encontrei Carlisle, Esme e Alice, mamãe estava deitada e totalmente sonolenta, devia ter tomado alguma coisa, senti um aperto no coração de vê-la assim, pois ela sempre era bastante agitada e falante, nunca ficava doente e sempre cuidava de mim. Sentei ao seu lado na cama e falei baixinho com ela.

 

    - Mãe, vou com Edward ao hospital, preciso saber como papai está. – ela apenas acenou com a cabeça e fechou os olhos.

 

   - Os remédios começaram a fazer efeito – disse Carlisle – os policiais estão na sala e querem falar com ela, melhor você avisar que hoje ela não tem condições.

 

   - Eu vou falar com eles. – passei a mão pelos cabelos dela fazendo carinho.

 

   - Nós ficamos com ela querida, pode ir. – disse Esme.

 

   - Alice, você sabe onde são os quartos de hóspedes onde tem cobertores e lençóis, então ajeite as coisas pra vocês dormirem tá?

 

   - Pode deixar, nos viramos por aqui. Ligue de lá pra dar notícias.

 

   - Eu ligo. Obrigada por estarem aqui nos ajudando. – levantei e me juntei a Edward que estava perto da porta.

 

   - Vocês são nossa família também querida. – disse Carlisle – As famílias devem sempre estar unidas. – assenti em concordância e fiquei feliz em saber que podia contar com eles também, além de Edward.

 

   - Vamos Bella, ainda temos que falar com os policiais. – Edward disse e foi me puxando para o corredor indo em direção a sala.

 

          Eu estava cada vez mais fora do transe, mas ainda não conseguia acreditar que há poucas horas atrás estava rindo, feliz com Edward no carro, brincando, fazendo planos. Agora parecia que isso tinha acontecido há muito tempo. Em minutos minha vida tinha virado de pernas pro ar. Eu precisava me esforçar ao máximo e ficar com a cabeça no lugar, minha mãe precisava de mim e eu tinha que resolver muitas coisas, ficar chorando agora não ajudaria em nada, eu tinha que estar concentrada nas decisões que teria que tomar, nos fatos que teria que me responsabilizar até essa confusão toda terminar.

 

          Mal tinha resolvido um problema e outro aparece, parecia

 até que eu estava amaldiçoada ou sei lá.

 

          Ao chegar à sala encontrei dois oficiais, um era alto e louro muito bonito,  ao seu lado o outro era bastante forte e bronzeado, muito bonito também, tinha a estrela de xerife no peito.

 

   - Doutora Swan, sou Jasper Withlock da Patrulha de Fronteira e esse é o Xerife Emmett McCarty. – o nome Jasper não me era estranho, então lembrei que ele era o paquera de Alice, ambos levantaram brevemente o chapéu me cumprimentando.

 

   - Oh sim, vocês que gostariam de falar com minha mãe?

 

   - Sim, precisamos que ela fale no depoimento sobre o que presenciou dos acontecimentos. – disse o oficial da patrulha.

 

   - Sei que é importante, mas ela não tem condições de responder nada agora está sob efeito de sedativos, mas amanhã eu a acompanharei até a delegacia, agora eu preciso sair pois vou ao hospital pra saber o estado de saúde do meu pai, os senhores fiquem a vontade pra andar pelo rancho, se precisarem de algo falem com algum dos funcionários ou com o senhor Carlisle Cullen, ele está responsável até eu voltar.

 

   - Certo doutora, desculpe-nos tomar seu tempo. Aguardaremos a senhora sua mãe e a senhorita amanhã na delegacia. – disse o xerife McCarty.

 

   - Estaremos lá xerife, agora com licença. – eles levantaram o chapéu novamente eu acenei com a cabeça e saí indo em direção ao carro de Edward.

 

   - Amor preciso te falar, Blue também foi atingido, mas foi de raspão, eu já fiz um curativo nele e ele vai ficar bom, só precisa descansar.

 

   - Meu Deus, mais isso ainda. Onde ele está? – quase tive outra síncope ao saber que meu cachorro também estava ferido. Céus, isso estava ficando cada vez pior.

 

   - Alice o colocou num dos quartos de hóspede assim ela pode dormir vigiando ele, e dar os remédios, fica tranqüila que ele ta fora de perigo.

 

   - Certo, quando eu voltar dou uma olhada nele, agora vamos logo. Estou preocupada demais.

 

          Edward dirigiu rápido até o hospital de Tucson, em menos de meia hora estávamos lá. Assim que chegamos pedimos informações sobre onde meu pai estava e fomos informados que no momento ele estava passando por uma cirurgia para retirada do projétil. Ficamos na sala de espera por horas até que o médico que realizou a cirurgia de papai viesse nos dar noticias.

 

          Chorei muito nos braços de Edward, sentia o desespero querendo tomar conta de mim, mas eu lutava contra isso, eu precisava continuar inteira. Meu pai era um homem tão bom, descente e não merecia passar por nada disso, eu precisava descobrir porque tinham feito isso com ele, e não ia descansar enquanto não conseguisse.

 

   - Senhorita Swan? – estava cochilando no ombro de Edward quando o médico me chamou, levantei de um pulo e fui em sua direção.

 

   - Sim doutor, como está meu pai? – Edward parou ao meu lado e me abraçou, tentando me passar um pouco de sua força, demonstrando que estava ali por mim.

 

   - Bom, ele agora está na UTI. Retiramos o projétil, mas houve muitos danos. Uma das balas entrou de frente perfurou o pulmão e saiu, a outra entrou na lateral e perfurou o fígado, o intestino e se alojou na bexiga, nós a retiramos, mas ela causou várias lesões como a senhorita pôde perceber. Conseguimos conter a hemorragia e suturamos os órgãos atingidos, agora temos que aguardar um período de quarenta e oito horas pra tirá-lo do coma induzido e ver como vai reagir o organismo dele.

 

   - Ele tem chances de sobreviver doutor? – Edward perguntou e meus olhos se encheram de lágrimas, senti muito medo de ouvir a resposta.

 

   - A cirurgia foi um sucesso, agora é somente com o organismo de seu pai. Vamos ver se ele vai começar a se curar, mas ainda há o risco dele desenvolver uma infecção. Somente podemos aguardar agora. Se a senhorita quiser pode visitá-lo na UTI, mas somente pelo vidro, ainda não poderá entrar no quarto.

 

   - Eu quero, mas por favor doutor meu namorado pode ir comigo? – eu precisava dele comigo.

 

   - Claro podem ir juntos, só mantenham o silêncio. Uma enfermeira vai acompanhá-los até lá. – ele acenou pra uma enfermeira que veio em nossa direção e deu instruções a ela pra nos levar até meu pai.

 

   - Obrigada doutor – eu e Edward dissemos juntos, e seguimos a enfermeira que nos levaria até a UTI pra ver meu Pai.

 

          Chegando lá senti minhas pernas amolecerem, se não fosse Edward sustentando meu corpo eu na certa cairia de joelhos no chão, pois foi difícil demais acreditar na imagem que estava vendo. Meu pai cheio de tubos, pálido e com aparência frágil, não aparentava nenhum pouco aquele homem forte que administrava o Rancho, que estava  dias atrás querendo cuidar de mim, desempenhando papel de pai preocupado por sua filha maior de idade viajar sozinha com um rapaz. Senti uma dor imensa em meu peito, e desabei a chorar novamente. Edward me abraçava mais forte, e dizias palavras pra me acalmar.

 

          Tinha apenas pouco mais de uma semana que eu tinha voltado, mal tinha aproveitado a companhia dos meus pais, matado a saudade deles e agora acontecia isso. Eu simplesmente queria poder voltar no tempo, queria nunca ter ido embora, queria poder demonstrar meu amor, ficar perto daqueles quem me amam.  Mas talvez tivesse que ser assim, talvez tivesse que passar por isso, acredito que tudo na vida tem um propósito.

 

          Eu só não sabia quanto mais ainda teria que chorar.

 

 

 

 

 

 

Continua...


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Notas finais do capítulo

Reviews, recomendações, estrelinhas e popularidades são sempre muito bem vindas.

Obrigada a quem sempre comenta, por vcs eu procuro caprichar cada vez mais...rs

Bjos e até o próximo.