Hermiones Letter escrita por BitingNargles


Capítulo 8
Capítulo 6


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem!
Bem na hora que eu ia postar o Nyah! ficou desativado...



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Levantei com um salto, hoje iríamos a Hogsmade. 

 Fui até o banheiro. Lavei o rosto, escovei o cabelo e os dentes. 

 Voltei ao dormitório, me vestindo. Sentei-me na cama, tomando coragem para sair do quarto. 

 Abri a porta, me preparando para sair correndo pela sala comunal.

 Quando dei de cara com um loiro que olhou para mim estranho. Só que era estranho, por que ele não me olhava com nojo. Pelo contrário. Me olhava com alguma coisa que eu não consegui decifrar. Meu coração deu um pulo. Fiquei roxa de vergonha, abaixei a cabeça e saí pelo retrato da mulher loira de nariz empinado que me lembrava alguém. 

 Havia uma carruagem esperando os alunos que iriam a Hogsmade, era enfeitiçada, haviam umas 30 pessoas dentro dela, e cada uma tinha um assento. Entrei cabisbaixa, me sentando ao lado de Mary. Tomei coragem e contei tudo o que tinha acontecido, ela me olhava com uma cara de espanto com a mão sobre a boca com os olhos arregalados. Estava quase chorando quando terminei o relato. 

 Passamos a viagem toda em silêncio, ela ainda estava absorvendo tudo que eu havia contado a ela. Eu estava pensando como iria olhar para a cara de Draco de novo. Sem pensar, comecei a chorar. Mary olhava com pena para mim. A carruagem parou. Me levantei e me preparei para sair. Pisei no chão gelado coberto por neve e escorreguei. Mas não caí. Braços fortes me seguraram. Olhei para Draco sem entender. Ele olhou para mim com nojo e limpou as mãos no casaco, como se eu tivesse suja. Isso me machucou, abrindo cortes invisíveis, mas profundos em meu coração. Meus olhos marejaram, turvando minha visão. Lágrimas arranhavam meu rosto, traçando a fogo todo o meu amor não correspondido. 

 Corri o mais rápido que minhas pernas permitiam. Cheguei em um parque, onde me sentei em um banco e limpei as lágrimas que lutava para reprimir. Desisti e fechei meus olhos sentindo um gosto salgando em minha boca. Um braço me envolveu. Olhei para o que me fez chorar, me odiando por deixar aquela maldita carta. 

 - Me odeia, Granger? 

 Ele realmente parecia querer saber da resposta. Assenti. Ele olhou sem me entender. Me controlei um pouco, o suficiente para poder falar.

 - Te odeio por te amar, Malfoy

 Doeu-me ele me chamar pelo sobrenome. E foi difícil para mim pronunciar o seu sobrenome sujo de sangue.

 Ele olhou para mim de um modo estranho. Não tinha nem um pingo do nojo que ele sempre dizia sentir por mim. Olhei para ele, seus cabelos loiros, seus olhos ora azuis ora cinza, seus lábios carnudos, sua pele pálida, ele era lindo, mas nunca iria ser meu. Nunca poderia tocar sua pele, nunca sentir sua mão na minha e seus lábios nos meus... Nunca.

 Chorei mais soluçando, como se cada lágrima derramada fosse tirar a minha dor, mas eu sabia que isso não acontecia. Sabia que elas só deixavam-na mais aparente. 

 - Você me odeia? - Perguntei, temendo a resposta.

 Para minha surpresa ele respondeu:

 - Não te odeio, Hermione. Não sei o que sinto, estou confuso. Quando te vi pela primeira vez, na estação de trem, me senti estranho, assim como me sinto agora. Todos esses anos que debochei de você me senti assim. Cada lágrima que chora, cada vez que via uma cara de sofrimento, de dor, no seu rosto, doía em mim. Doía como se estivessem me torturando com a maldição cruciatus, acredite, conheço a sensação. Mas eu não conseguia parar, minha família me dizia que os sangue-ruins eram inferiores e eu sempre quis agradar meus pais, mostrar que eu era motivo de orgulho. Quando me aliei a Voldemort, eu acreditava que meus pais ficariam orgulhosos, mas meu pai sempre dizia que era somente minha obrigação. Foi quando você partiu, logo após a guerra, que eu percebi que não valia a pena tentar orgulha-los. Foi quando comecei a me arrepender de tentar seguir o caminho de meu pai. Foi quando parei de implicar tanto com seus amigos.

 Fiquei tão chocada que parei de chorar.

 - V-você não me odeia? - Perguntei de novo, pensando que talvez tenha ouvido errado ou ele estivesse brincando com meus sentimentos.

 Ele sorriu para mim, um sorriso lindo, sem um pingo de desprezo.

 - Não... - Eu sorri de alívio.

 Ele segurou meu rosto entre as mãos, e levou seus lábios aos meus. 

 Me sentia como se milhares de correntes elétricas estivessem passando por mim, provocando uma felicidade imensa. Que nunca senti antes

 - Te amo - Ele falou, me dando o poder de voar mais alto, metaforicamente, claro.

Sorri, estava feliz, finalmente.

Ele me beijou novamente, com mais intensidade, me fazendo ver estrelas...

 

 


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Notas finais do capítulo

bjOs
Espero que tenham gostado!
Mas não se preocupem, ainda não acabou, ainda vou postar mais uns dois capítulos



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