Mrs. Potter

Capítulo 5

As férias n'A Toca foram normais. Teddy esteve por lá, junto com Harry muitos dias, principalmente quando Fleur levava Victorie.

Rony e Hermione tinham se acertado, mas nada os impedia de brigarem. Quando Harry e eu tínhamos, de fato, algum tempo – o que era quase raro – Rony aparecia dizendo que tinha brigado com Hermione. Até perdi a conta de quantas vezes o mandei ir pastar...

Harry, depois da segunda semana morando n'A Toca, se mudou para um apartamento em Londres.

E finalmente chegou o dia que ele me levaria para conhecer seu apartamento. Eu estava em meu quarto, arrumando meus cabelos num rabo de cavalo quando escuto uma batida na porta da frente.

Já sabendo quem seria, arrumei meu cabelo e desci. Abri a porta e lá estava ele.

-Olá Gin – ele deu um passo a dentro e me beijou.

-Olá Harry.

-Pronta?

-Claro – murmurei e entrei em casa – Mamãe, vou visitar o apartamento de Harry.

-Volte para o jantar, querida. – ela berrou do quinto andar.

-Pode deixar – gritei de volta. – Vamos.

Harry deu seu braço, que eu aceitei, e aparatamos. Quando achei que o ar de meus pulmões iria acabar, meus pés tocaram ao chão e eu vi um apartamento trouxa.

-Vamos subir – ele falou, me arrastando para a entrada do prédio.

Subimos num negócio parecido com o que tem lá no Ministério da Magia. Elevator, algo do tipo. Sexto andar e o etevador parou. Caminhamos pelo corredor e chegamos no apartamento.

-Aqui. Apartamento 221 – ele revirou os bolsos e tirou uma chave. Abriu a porta e eu entrei.

Entrava direto na sala de estar, que era pintada num tom de verde claro com branco. Um sofá, uma TV trouxa e algumas outras coisas que eu não sei o nome. A cozinha era menor que a sala, mas não chegava a ser pequena, tinha uma mesa com dois lugares e mais coisas trouxas. Tinha um banheiro e um quarto.

-Não é muito, mas é o que tenho.

-É lindinho, Harry – falei, espiando o quarto dele.

Harry riu.

-Pode entrar no quarto, se quiser.

Abri a porta, me deparando com uma cama no centro, uma mesa de cabeceira, um armário e um banheiro.

-É uma suíte bem legal – comentei, sentando na ponta da cama recém-arrumada. – E organizado.

Ele se sentou ao meu lado.

-Não é organizado – ele sussurrou em meu ouvido – Só arrumei porque você viria.

Senti-me arrepiada e o beijei delicadamente.

Passamos a tarde conversando e vendo TV trouxa.

-Harry, vou ter que voltar. Mamãe me mata se eu não chegar para o jantar – falei, me levantando do sofá.

-Mas já? – ele fez cara de cachorro abandonado.

-Já. Vai jantar lá em casa?

-Não vai dar. Amanhã tenho que sair cedo para o Ministério, sabe como é, meu cargo para auror.

-Mas amanhã é 1 de Setembro! – exclamei, tristonha.

Ele arregalou um pouco os olhos.

-Desculpe Gi, mesmo! Vou tentar ir...

Ele suplicou, mas eu sabia que ele não poderia ir.

-Tudo bem – minha voz saiu forte– Você precisa fazer a entrevista. É mais importante!

-Gin...

Sentei ao seu lado e beijei-lhe levemente.

-Tudo bem, Harry. Eu entendo. Mas promete que irá me buscar na estação?

-Prometo.

Sorri e me levantei.

-Bem, até o Natal.

Ele se levantou e me abraçou.

-Será difícil ficar sem você – ele sussurrou.

Senti uma lágrima quente descer pelo rosto.

-Sim, será – concordei.

Ele me beijou com intensidade.

-Consegue aparatar?

Assenti, me lembrando de que tinha 17 anos e de como estava ficando velha.

-Bem, tchau Harry.

-Tchau Gina.

Com uma volta, aparatei. Já tinha escurecido, eu estava parada em frente à Toca. Não queria entrar. Sentia que aquele era o começo de mais um ano de tortura.

Não sei quanto tempo fiquei parada em frente à minha casa irregular, mas vi Hermione aparecer na janela de meu quarto. Ela sumiu e apareceu à porta.

-O que houve Gina? – ela me perguntou, depois de um abraço.

-Nada.

-Não me engana, tá? Sei que aconteceu alguma coisa. Harry te fez algo?

-Não – suspirei e encarei o chão – Ele não vai amanhã na estação...

-Oh Gi.

Hermione me abraçou.

-Gina, Hermione, venham jantar – ouvi minha mãe falando de dentro da casa.

Mal toquei no meu jantar. Subi, terminei de arrumar minhas coisas com os livros que mamãe comprara há alguns dias.

De manhã, Hermione tinha aparatado para cá – já que agora ela estava morando na casa de seus pais. Rony, Jorge, Mione e meus pais estavam à mesa quando desci.

-Bom dia, querida.

-Bom dia.

Terminamos o café e nós seis (Jorge, Mione, Rony, pai, mãe e eu) fomos para a estação King Cross.

E o meu ano começou. Sem a minha vontade, fui uma aluna boa e calada. Luna tentava me animar. Funcionava, apenas nas aulas. Pois quando chegava no meu dormitório, deitava em minha cama, segurando o colar de coração que ele me dera de Natal e chorava a noite toda.

POV Harry Potter

Os dias sem Gina eram como se alguém me lançasse Crucio. Mas a dor era interna, algo que não se consegue ser curada com facilidade. Não a vira partir, e isso era o pior de tudo. Meu coração clamava por Gina Weasley, meus lábios chamavam por ela de noite e meu "eu" suplicava por sua presença novamente.

When you're gone the pieces of my heart are missing you

(Quando você vai embora, os pedaços de meu coração sentem saudades de você)

When you're gone the face I came to know is missing too

(Quando você parte, o rosto que eu cheguei a conhecer se perde também)

When you're gone the words I need to hear

(Quando você parte, as palavras que preciso ouvir)

to always get me through the day

(Para sempre me fazer superar o dia)

And make it ok

(E fazê-lo ficar bom)

I miss you

(Eu sinto sua falta)