Mrs. Potter escrita por LolaPotter22


Capítulo 27
Capítulo 27




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Mrs. Potter

Capítulo 26

Sem dúvida nenhuma, esses meses foram tristes e solitários. Hermione e Rosa passavam bastante tempo em casa como nós três na casa dela.

Harry e Rony mandavam mensagens por coruja uma vez por semana, dizendo que estava muito corrido para mandarem mais cartas. Disseram que lutavam com pessoas tipo Comensais da Morte e que a barra estava pesada, mas davam conta.

-Eu gostaria de saber quando eles voltam – Mione suspirou – Rony faz falta.

-É, Harry também.

Observamos James, Alvo e Rosa brincarem no tapete em nossa frente, enquanto assistíamos TV bruxa.

Hermione foi embora algum tempo depois, já de noite. Coloquei os meninos na cama e fui para o meu quarto enorme e solitário (o que era sem Harry).

Fui até a cômoda, peguei um pergaminho e uma pena e comecei a escrever uma carta.

Caro Harry,

Oi, querido. Está tudo bem aí? Aqui está tudo ótimo. James e Alvo andam discutindo menos, graças a você, obrigada.

Bem, só mandei essa carta para saber como vocês estão. Estamos com saudades. Se souberem quando, mais ou menos, irão voltar, mandem uma carta, por favor.

Hermione e Rosa também estão sentindo falta de Rony. A casa deles é muito grande para uma pessoa e meia.

Bem, agora eu vou dormir. Estou sentindo sua falta, mais do que nunca. Mandem uma carta logo.

Com amor,

Gina, Alvo e James

Li e reli a carta algumas vezes, achando-a muito pequena, mas dava para o gasto.

Peguei a coruja e enviei a carta, me deitando na cama logo depois, pensando nele.

Suspirei para a noite. Como Harry Potter faz falta em minha vida, foi o que pensei antes de adormecer.

O natal. Ah, uma época linda. A não ser quando você está sem o seu marido. Aí é uma questão diferente.

Arrumei os meninos e fomos para A Toca. Hermione chegou logo depois com Rosa. E, pelo nariz e olhos vermelhos, estava claro que havia acabado de chorar.

Deixamos as crianças por aí e nos largamos nas poltronas, entediadas.

-Rony me mandou um presente – falou ela, com a voz rouca.

-Sério?

-É – ela mostrou um colar em forma de coração – Ele abre.

Abri e dentro tinha uma carta:

Hermione,

Feliz Natal, querida. Para você e Rosinha. Estou com saudades das duas.

As coisas estão meio complicadas por aqui, mas tive tempo de comprar isto para você. Quero que saiba o quanto eu te amo e o quanto lamento não poder passar o natal com vocês.

Harry manda lembranças para você e Rosa. (Diz que vai mandar algo para Gina também).

Bem, é isso.

Tenho que ir, o trabalho chama.

Amo vocês.

Com amor,

Rony

Abaixei a carta, sorrindo por entre lágrimas.

-Não sabia que Rony era romântico assim.

-E não é – Mione concordou – Por isso deve ter um problema.

Rimos baixinho e ficamos observando o fogo.

Toda a família chegou e tivemos um almoço bem agitado. Hermione estava muito distante, conversando um pouco e ajudando Rosa a comer.

Quando Rosa saiu do colo da mãe, foi para junto de James e Alvo, que brincavam por aí.

Fiquei observando-os, sorrindo e imaginando o que Harry diria. Com certeza iria me assustar, falando baixinho perto do meu ouvido, causando um arrepio. Suspirei e voltei-me para meu prato.

Rony dissera na carta que Harry iria mandar alguma coisa, mas nem uma carta eu tinha recebido.

Sei que isso pode ser infantilidade minha, mas, poxa, ele é meu marido. E hoje é natal. Eu queria receber algo, nem que seja um bilhete de duas linhas dizendo que estava bem e que me amava.

Que me amava. Era tudo que eu queria ouvir (ou ler) hoje.

-Gina – Hermione chamou, baixinho, mas com uma ansiedade na voz.

Levantei os olhos para onde ela apontava e vi uma coruja parda, parada no peitoril do lado de fora da janela.

Me levantei num salto e corri para apanhá-la. Abri a janela, ela me estendeu a pata e eu percebi que era uma caixa de madeira entalhada com alguns pequenos desenhos de pomos de ouro.

Quando retirei a caixa de sua pata, ela voou para a neve, sumindo em poucos minutos.

Olhei para Mione, que sorriu e nós duas fomos para a sala, onde tinha menos gente. Abri a caixa com cuidado e lá encontrei uma flor. Um lírio branco, mais especificamente. Um pergaminho enrolado em perfeito estado com uma fita vermelha e embaixo uma foto.

A foto era de Harry e Rony. Ambos sorrindo e dava para ver que Harry dizia "Amo você" silenciosamente com os lábios.

Lágrimas vieram aos meus olhos e eu peguei o lírio, cheirando-o.

Incrível, pensei, o lírio tem o cheiro dele.

Deixei o lírio e a foto de lado e peguei a carta.

Querida Gin,

Amor, peço-lhe mil desculpas. Esse é o natal mais solitário sem a sua companhia. Espero que estejam todos bem.

As coisas aqui não estão muito boas, não sabemos quando iremos voltar.

E espero que tenha gostado da foto. Rony e eu tiramos esta manhã. Seria ótimo ver você, Hermione, Rosa, James e Alvo também.

Desculpe a indireta, mas estamos com saudades. Demais.

Espero que a minha partida não a tenha prejudicado tanto.

Agora, eu tenho de ir. Mas, uma dica, olhe atentamente a caixa.

Amo muito você, James e Alvo.

Com amor,

Harry

Sorri, imersa em lágrimas. Ao mesmo tempo tive vontade de esganá-lo. "Espero que a minha partida não a tenha prejudicado tanto". Não, é claro que não! Eu só estou sofrendo, só isso!

Mas tudo que eu queria, ele me dera. Disse que me amava e me dera o melhor presente que eu pude desejar. Ele se lembrara de nós.

Dei à Hermione a carta e examinou a caixa.

Não havia nada dentro a não sei a foto, a flor e a carta. Olhei os pomos de ouro com atenção e percebi algo que não vira antes.

Nos pomos de ouro tinha gravado H&G, como no presente que eu dera para ele há muito tempo. Hermione ofegou ao meu lado.

-Ah, que amor! – falou.

-Olhe isso – exclamei, mostrando para ela os pomos de ouro.

-Que lindo, Gin! – Mione disse, fascinada. – Com certeza o Harry é mais romântico que Rony.

Sorri, guardando as coisas cuidadosamente dentro da caixa.

-É, um pouquinho.

Abracei a caixa junto ao peito, feliz.

-Mas ainda quero saber quando eles vão voltar – Hermione falou e eu murchei.

-É, eu também.

Uma coisa veio à minha cabeça: eu fora muito estúpida por pensar que Harry não iria mandar nada.

Agora faziam três meses desde a partida de Harry pela lareira. Três longos meses. Eu recebia uma carta por semana e havia pouco conteúdo nelas. O que me deixava frustrada.

Hermione recebia quase a mesma coisa que eu, e, a única coisa que eles mais falavam, era sobre estar com saudades e que nos amava.

James, Alvo e Rosa estavam se divertindo, ficando juntos mais do que nunca.

Bem, eu não podia culpa-los, alguém tinha de se divertir por nós.

E ainda por cima havia o casamento de Percy e Audrey. Não me pergunte quem é Audrey, quando a vi eles tinham anunciado que iriam casar. Ou ela é muito chata, ou vai sofrer muito para aguentar o Percy.

O convite era em pergaminho roxo, com letras redondas e bonitas escrito:

Cara Gina e família:

Venha para o nosso casamento no próximo sábado (14/02). De início às oito da noite.

A residência é o grande salão Palace, em Londres.

Esperando que possam vir,

Percy e Audrey

E envolto com algumas flores esquisitas. Percy deve ter lido e relido para ver se ficou tão pomposo quanto desejava. Isso me fez revirar os olhos e rir.

Mas havia um problema. Harry ainda não voltara e não dera notícia se voltaria tão cedo.

Hermione apareceu e nós fomos ao parque.

-Você vai no casamento? – perguntou.

-Não sei. Sem Harry é ruim...

-Eu pensei o mesmo. – ela suspirou.

-Mas acho que devemos ir. Só para... comparecer. Beber um pouco.

-E as crianças? – perguntou, olhando para Rosa, que ainda andava meio torta.

-Vão junto – falei. – Não vamos exagerar, só estava brincando.

Hermione sorriu.

-Vamos então.

Deixamos as crianças n'A Toca e fomos comprar os vestidos. Nada muito decotado, nem que chame atenção. Um vestido discreto e maduro, para representar as mulheres casadas com filhos que viramos.

Entramos em algumas lojas até eu achar um vestido perfeito.

-O que acha? – perguntei, dando uma rodadinha.

Mione arregalou os olhos.

-Que vestido perfeito! Só achei isto – e pontou para um vestido bege com uns detalhes esquisitos.

-Vamos achar um para você. Eu vou levar esse.

Fomos por mais algumas lojas até achar um que Hermione tenha se apaixonado.

Voltamos para casa, depois de pegar as crianças (que já tinham as roupas). O casamento seria no dia seguinte e Harry ainda não havia voltado.

Quando amanheceu as minhas esperanças eram 0,000. Levantei, tomei um banho e fui preparar o café da manhã.

Subi novamente e bati na porta do quarto de James, entrando em seguida.

-James, querido, vamos acordar.

Abri a cortina, deixando a luz do sol bater em seu rosto e ele resmungar, mas levantou. Ajudei-o a se vestir e fui para o quarto de Alvo.

-Al? Está acordado?

Vi dois olhos verdes olharem para mim na penumbra do quarto.

-Bom dia, filho – falei, abrindo sua cortina também.

-Mamãe – ele disse e eu arrumei-o, descendo logo depois para dar café aos dois.

Estava preparando o cereal de James e o leite de Alvo quando uma coruja chegou. Nós três ficamos ansiosos, pensando que era de Harry, mas era só um exemplar do Profeta Diário.

Não tinha nada muito interessante. Falava num pedacinho do jornal sobre os aurores transferidos para a América.

Tomamos café e fomos passar do dia na casa de minha mãe, esperando até a hora do casamento.

Quando deu 4 e meia, fomos para casa. Hermione e Rosa vieram alguns minutos depois. Arrumamos primeiro os pequenos e os deixamos brincando no quarto de James.

Hermione alisou os cabelos e eu só prendi metade para trás, enrolando as pontas. Passamos maquiagem, colocamos os vestidos e às 19:30 estávamos todos prontos.

Aparatamos para perto do grande salão Palace, no movimentado centro Londres. Mas, como era um casamento bruxo, lançaram vários feitiços de Desilusão.

Por fora, era um barraco velho, mas por dentro era lindo. As mesas redondas bem distribuídas pelo grande salão, em vez de luzes, velas flutuavam como em Hogwarts, havia um arranjo floral onde os noivos ficariam parados para uma jura de amor eterna e lírios brancos nas mesas. As toalhas roxas destacavam a decoração branca e lilás, com um azul clarinho.

-Uau – James exclamou. Rosa e Alvo tentaram imitar, mas falaram mais ou menos um "lau".

Hermione sorriu e apontou com o queixo para onde estavam nossa família. Meus pais, Gui, Fleur, Victorie, Carlinhos, Jorge, Angelina e Teddy estavam sentados em uma das milhares mesas redondas, conversando.

-Olá – cumprimentamos e nos sentamos.

Conjurei cadeiras para Alvo, James e Rosa se sentaram, que os coubessem.

-Eu fui dar um alô para o Percy e ele quase me matou com um discurso de tirar o ânimo – Jorge falou, revirando os olhos. – Está prestes a botar um ovo.

Todos na mesa riram, menos mamãe, que ficou com dó.

-Ah, tadinho, ele está nervoso.

-Mãe, ele sempre está nervoso – disse eu – Ultimamente, ele quer matar qualquer um que mencione algo relacionado a casamento. Ele quase gritou com Teddy por falar sobre o terno que eu havia comprado para ele.

Teddy concordou com a cabeça e estremeceu.

-Eu hein, depois disso nem tive coragem de falar que ia chover – murmurou e nós rimos.

Percy entrou pelo arco da entrada, sorrindo como se estivesse prestes a vomitar.

Tomara que eu não tenha feito uma cara assim no dia do meu casamento, pensei sem me dar conta.

Meu irmão esquisito se dirigiu à nós, respirando de um jeito engraçado.

-Olá Percy – cumprimentou Jorge – Casamento legal.

Percy congelou e Jorge riu às gargalhadas, mas parou com o olhar severo de mamãe.

-É normal se sentir nervoso no dia, Percy – minha mãe consolou.

-Se ela demorar mais – começou ele, com uma voz fininha. Pigarreou e continuou – Se ela demorar mais eu juro que vou subir pelas paredes.

-A noiva – ouvimos a irmã de Audrey, Lindsay falar em alto e bom som.

-Vai logo – empurrei Percy com a mão – Ou ela vai se casar com o padre. Anda, anda!

Ele correu, cambaleando para o centro, onde deveria estar. Nos levantamos e olhamos para a porta. Audrey entrou, com seu pai.

Ela era uma mulher bonita. Cabelos negros e lisos até a cintura presos num coque, o vestido branco caindo-lhe perfeitamente com alguns detalhes. Percy pareceu estatelar quando a viu, seus olhos a encarava, com um sorriso sonhador.

Ele deu seu braço a ela e os dois foram até o homem.

-Estamos aqui para celebrar a união desse jovens: Percy Ignatius Weasley e Audrey Jaqueline Johnson.

Audrey e Percy se entreolharam, sorrindo.

-Percy Ignatius, aceita Audrey Jaqueline, na saúde e na doença, na alegria e na tristeza?

-Aceito.

-Audrey Jaqueline, aceita Percy Ignatius, na saúde e na doença, na alegria e na tristeza?

-Aceito.

O bruxo ergueu a varinha e choveram estrelas. Todos aplaudiram enquanto Percy e Audrey se beijavam.

Logo eles se retiraram para conversar com todos e teve a valsa. A mesa inteira, menos Teddy, Hermione, eu, Rosa, James e Alvo, foram dançar. Olhei, tristonha, para Hermione e ela fez o mesmo para mim.

-Mãe – chamou Rosa.

-Oi, querida?

-Nheiro.

Hermione se levantou e levou Rosa ao banheiro. James, Alvo e Teddy conversavam animados. Bem, Alvo tentava falar, mas só sabia o básico. Já eu estava...

-Sentindo minha falta?

Pulei na cadeira quando a voz doce e amada sussurrou ao pé do meu ouvido.

Virei-me rapidamente na cadeira.

-Harry!


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Notas finais do capítulo

N/A: Oooooooi!

Desculpe não ter postado na hora que eu geralmente posto, não deu tempo

E se tiver erros de português, me desculpem, não deu tempo da ßeta ler. Sorry, Lys.

Bem, espero revieews *-*