Mrs. Potter escrita por LolaPotter22


Capítulo 21
Capítulo 21




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Mrs. Potter

Capítulo 21

Ter um filho em casa não foi muito fácil nas primeiras semanas, principalmente porque ele é James Sirius. O garotinho, mesmo pequenino, já fazia arte!

Ele subia no berço, destruía os brinquedos, não parava quieto, e sempre chorava de noite. Não dava descanso.

James fez com que eu me demitisse do Harpias de Holyhead e arranjasse um emprego no Profeta Diário, como Correspondente Sênior de Quadribol.

E lá estava eu, acordando às cinco da manhã para ver meu filho.

-Harry, é sua vez – murmurei quando escutei o choro.

-Ah, vai lá você Gi – respondeu sonolento.

-Mas eu já fui ontem. Vai logo – falei, dando um empurrãozinho nele.

Harry se levantou e se arrastou para o quarto ao lado. O choro continuou por algum tempo, então e decidi ajudá-lo. Me levantei e fui até o quarto de James.

Meu marido estava deitado na poltrona, roncando, com James chorando em seu colo.

-Harry! – exclamei, irritada e rindo.

Ele acordou.

-Ahn? Ah, desculpe, Gi. – falou ao se dar conta.

-Tudo bem, me dá ele aqui – estendi os braços para receber o pequenino. – Shiii, está tudo bem, Jay.

Dei um beijo em sua testa.

-Pode ir deitar, Harry.

Ele não respondeu. Levantei a cabeça e o vi, dormindo de novo na poltrona. Revirei os olhos.

Fiz meu filho dormir, deixei-o no berço e enfeiticei Harry para ir flutuando até o quarto ao lado, deixando-o na cama com um baque surdo. Deitei-me ao seu lado e adormeci quase instantaneamente.

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Cuidar de James Sirius foi a coisa mais difícil que eu já fiz. Tudo bem, ele só tem quatro meses, mas parece que veio com bateria inacabável!

-Harry, pode cuidar de James um segundo? Vou preparar o almoço – falei, meu marido assentiu e o passei para o colo do pai, que assistia TV.

Quando o almoço estava quase pronto, voltei para a sala para ver se estava tudo bem. Vi Harry de pé, com uma cara assombrosa no rosto, e levantava as almofadas do sofá e olhava para lá e para cá.

-Perdeu algo, Harry? – perguntei, rindo.

Ele me olhou desesperado.

-Ahn... Não...

-Pare de brincadeira – revirei os olhos – Cadê James?

Harry engoliu em seco e eu arregalei os olhos.

-PERAÍ, QUER DIZER QUE VOCÊ PERDEU O FILHO MAIS BAGUNCEIRO DO MUNDO?! Tô frita! – berrei, irritada e inconformada.

Ele me olhou como quem pede desculpas.

-Gina...

-Não! Ajude-me a acha-lo!

Reviramos a sala enquanto o almoço queimava. E nada desse menino!

-Será que... Um feitiço... Convocatório? – sugeriu Harry e eu fuzilei.

-Quer trazer nosso filho aqui com um feitiço convocatório?!

-Tem outra ideia?

Suspirei, sentindo lágrimas virem.

-N-não.

Harry me abraçou.

-Vamos acha-lo. – ele sussurrou por trás das minhas costas - Accio James Sirius.

Nada.

-Ah Harry, não funciona!

-Calma, ainda tenho ideias! Expecto patronum – um cervo prateado surgiu da ponta da varinha. – Ache James Sirius, por favor.

O Patrono balançou a cabeça galhada e saiu galopando. Olhei para Harry, sentindo o medo invadir. Levantei e continuei procurando.

Tenho certeza de que mais de dez minutos passaram nessa apreensão. Eu já estava no andar de cima, duvidando muito que James Sirius, com quatro meses, tivesse subido as escadas. Primeiro, ele nem sabe engatinhar!

-Gina! Gina! – chamou Harry e eu desci as escadas correndo. Lá estava James Sirius.

-Aonde ele estava?! – perguntei, tomando-o nos braços.

-Na cozinha.

-Como na cozinha? Eu estava lá quando ele sumiu!

-Sei lá, mas eu o encontrei embaixo da mesa da cozinha, mexendo nisso aqui... – e me mostrou minha varinha.

-Mas ela estava comigo... – franzi o cenho, tentando me lembrar – Só saí de perto dela para...

-... Ir até a sala, é. Pestinha, não?

Ergui as sobrancelhas para meu filho.

-Seu danado! – falei, aliviada e temerosa ao mesmo tempo – Vamos, iremos tomar banho a almoçar na minha mãe, já que queimou tudo mesmo.

Levei James ao andar de cima e lhe dei um banho, colocando uma roupinha e aparatamos para A Toca.

-James! – gritou minha mãe, e veio pegá-lo no colo.

-Oi para você também, mãe – resmunguei.

-Olá querida – mas quando disse, já estava longe, levando James Sirius consigo. – Entrem, entrem.

Harry e eu a seguimos, indo para a cozinha. Meu pai era o único que estava à mesa, na companhia de minha mãe. Ele se levantou, nos cumprimentando.

-É – falou minha mãe, percebendo meu olhar – Meus filhos queridos, SETE para ser exata, já foram embora.

-Oras mãe, você esperava o quê? Que eu morasse aqui para sempre?

-Não, mas...

-Porque, se fosse, Harry iria vir para cá também – sorri ao ver a cara de minha mãe.

-Ah, e como vai o meu netinho? – mudou drasticamente de assunto, fazendo-me rir.

-Vai bem – falamos Harry e eu juntos, sorrindo nervosamente. Se minha mãe soubesse que tínhamos perdido James Sirius, ela teria um ataque.

Mais tarde naquele dia, lá pelas nove da noite, Harry estava vendo TV, James brincando no tapete e eu sentada ao lado da criança, observando-a brincar.

Levei James para o andar de cima, pois ele estava com cara de sono. Fiz o máximo para ele dormir e o deixei no berço, e fui tomar meu banho relaxante.

Ao sair do banheiro, Harry me enlaçou pela cintura, trazendo-me mais perto e beijando meu pescoço.

-Harry... – alertei.

-James está dormindo – respondeu, sorrindo maliciosamente e me beijou.

Já estava entrando no clima dele, quando a campainha toca. Nos afastamos, ofegando.

-Quem pode ser a essa hora? – perguntou ele, irritado, enquanto colocava a camisa do pijama e descia para ver quem era.

POV Harry

Poxa vida, agora são quase dez da noite. Quem é o retardado que está tocando a campainha?! Abri a porta e me deparei com uma mulher, de cabelos castanhos e enrolados com uma pequena mala ao lado. Mione.

-O quê...? – comecei, mas ela interrompeu, jogando seus braços no meu pescoço como um abraço apertado e chorando em meu ombro – Shii, vai ficar tudo ok.

Consolei-a sem saber do quê.

-Ei, o que aconteceu? – perguntei, trazendo-a para dentro de casa e fechando a porta. Hermione se desprendeu de mim e disse tudo de uma vez e rapidamente:

-Rony é tão retardado! Eu só comentei sobre a possibilidade se, sabe, tentarmos ter um filho. Mas ele já vem falando que dá trabalho e blá-blá-blá. Olha, vocês estão conseguindo cuidar de um, e eu não acho que possa ser tão impossível. Aí nós começamos a discutir e jogar tudo em cima do outro, sabe, coisas que estão nos irritando desde o casamento. E aqui estou eu.

-Mas Mione, essa é a primeira briga, não pode fugir assim – falei.

Ela só balançou a cabeça, negativamente.

-Ele foi muito grosso comigo!

-Bem, é uma característica de Rony, não é?

Mione fez de tudo para não sorrir.

-Eu sei que é pedir demais – falou ela – Mas só preciso de um lugar para ficar, por favor! Serão poucos dias, eu prometo! E posso cuidar de James Sirius, e...

-Ei – silenciei-a – Tudo bem, você pode ficar. Lembra? Para o que der e vier.

Ela sorriu.

-Você é um ótimo amigo.

-Faço o possível – dei de ombros, rindo.

Gina apareceu nas escadas, penteando os cabelos com os dedos.

-Mione! – ela exclamou, abraçando a amiga – O que faz aqui?

Ouvi atentamente à história de Hermione pela segunda vez, só que agora com detalhes.

-E ela vai ficar aqui, por enquanto – terminei.

-Ah, tudo bem. Venha, vou te levar ao quarto de hóspede. – disse Gina, pegando sua mão e arrastando para o andar de cima.

Peguei a pequena mala de Hermione e subi atrás das garotas.

(BARRINHA DO FF)

Digamos que ter Mione em casa não foi o que eu chamaria de divertido. Nada contra, eu amo Hermione, mas estava começando a encher.

Ela saia para trabalhar cedo e voltava à noite. Cuidava de James Sirius e tudo mais. Nos agradecia todos os dias e tal.

Você deve estar se perguntando então por que é ruim? Bem, sempre quando ela chagava, eu e Gina estávamos num momento crítico.

-Gina, temos que conversar – falei, fechando a porta.

A ruiva ergueu os olhos da criança em seus braços.

-Fale.

-É Hermione! Temos que fazê-la voltar com Rony.

Ela assentiu.

-É, verdade. Não aguento mais ela vim chorar comigo todos os dias.

Gi fez uma careta e estremeceu.

-Certo, como?

-Eu pensei em ir falar com Rony, e convencê-lo a ir tomar algo. Daí você leva Hermione e eles se encontram. PIMBA! Fechado.

Ela riu. Uma risada contagiosa e adorável.

-Farei o possível.

-Não aguento mais! – desabafei – É desde o primeiro ano que esses dois vivem brigando por tudo! Já chega para mim!

Gina deu de ombros.

-Foi você que disse para ela “para o que der e vier”. Agora aguente. Se eles brigavam antes mesmo de começarem a sair, acha que não vão brigar no casamento? Pff, iih Harry, essa é a primeira de muitas.

Arregalei os olhos ao imaginar essa vida como um cotidiano.

-Ah, droga.

-Quando vai ser? – perguntou ela, deixando James no berço.

-Quanto antes melhor. Hoje à noite, que tal?

-Por mim tudo bem – Gina disse e se debruçou, dando um beijinho na testa de nosso filho.

POV Gina

Bati algumas vezes na porta do quarto no fim do corredor.

-Mione? Posso entrar?

-Pode.

Abri a porta e enfiei a cabeça para dentro do quarto. Hermione estava escrevendo uma carta. Entrei e me sentei à cama.

-E aí? O que vai fazer hoje? – perguntei, tentando parecer entusiasmada.

-Terminar o relatório – ela apontou para o pergaminho.

-Ah, que chato! O que acha de sairmos? Só eu e você. Uma coisa de mulher, sabe, para bebermos – sorri marotamente, e Mione fez o mesmo.

-É uma ótima ideia. Mas ainda não terminei, e é para amanhã.

Rolei os olhos para o teto.

-Hermione, vê se larga desse troço! Está aqui nesse quarto o dia todo!

A morena tirou o pergaminho da mesa e ele chegava ao chão de tão grande.

-Tá vendo! Enorme. Está ótimo.

-Não está, não. Ainda não estou no fim.

-Vamos Mione – implorei.

Ela mordeu o lábio, olhou para o pergaminho e em seguida para o relógio na mesa de cabeceira. Eram seis e meia, combinei com Harry às oito.

-Me dá meia hora, fechado? – perguntou.

-Tudo bem. Preciso levar James Sirius para minha mãe mesmo.

-Harry não vai ficar aqui? – perguntou Mione novamente, com o cenho franzido.

-Não, ele foi ver o Ron. Sabe, ele também está mal e tudo mais...

Ela assentiu, desviando o olhar.

-Certo então, as sete eu venho aqui para nos arrumarmos, ok?

-Ok.

Fechei a porta e fui ao quarto ao lado. James dormia tranquilamente no berço. Uma coisa rara, pois até no sono ele se mexe e remexe.

Fui até a cômoda, abrindo a bolsa que eu sempre carregava comigo. Escolhi algumas roupas e tudo necessário para cuidar do garotinho.

Peguei James Sirius no colo e aparatei para A Toca, batendo algumas vezes.

-Ah, oi Gina – cumprimentou meu pai, abraçando-me e beijando levemente a testa do neto, que dormia. – Entre.

Obedeci e nós dois (e James) fomos para a sala, onde minha mãe ouvia RRB (Rede Radiofônica dos Bruxos).

-Oi Gina, querida – ela se levantou da poltrona e me cumprimentou, pegando James Sirius de meus braços. – Aonde está Harry?

Contei a eles nosso plano de fazer Rony e Mione se acertarem e falei que deixaria James Sirius ali, com eles, até tudo se resolver.

-É claro que ficamos com ele, não é Arthur? – perguntou minha mãe, sorrindo.

-Claro, sem problemas.

Sorri, agradecendo e logo aparatei para minha casa, em cima da hora.

-Mione? – chamei, correndo para o segundo andar.

-Terminei! – berrou ela, do quarto.

Abri a porta, rindo.

-Vem, vamos nos arrumar.

Depois de meia hora, estávamos prontas. Mione estava com uma calça jeans escura e uma blusinha simples branca. Já eu, estava com uma verde (Harry também gosta de mim com blusas verdes).

-Você está linda – falei, depois de bagunçar meus cabelos, para ficar mais bonitinho.

-Você também – ela disse, sorrindo nervosa.

-Que foi? – perguntei e ela abriu a boca para perguntar “o quê?”, então eu a cortei – Sei que está nervosa, se é isso que quer saber.

Mione suspirou.

-É que eu não me sinto bem saindo sem Rony.

Revirei os olhos.

-Você acha que vamos sair para ficar com alguém? Hermione, eu tenho um filho! – exclamei – Não é como nos velhos tempos. Só vamos... beber.

Segurei o riso. Era bem mais que beber.

-Está bem, então.

Alguns minutos depois, aparatamos para o Três Vassouras.

-Ah não! Gina! Você armou tudo isso! – Hermione falou, quando chegamos na mesa onde Harry e Rony estavam sentados.

-Se me der licença... – Rony se levantou para ir embora, mas eu o forcei a sentar de novo.

-Ah não, vocês vão ficar! – falei, olhando-os enfurecida.

Relutantes, eles aceitaram. Sorri para Harry como um cumprimento, já que ele tinha passado o dia com Rony e eu só o vira de manhã. Ele sorriu de volta, me dando confiança.

-Já pediram as bebidas? – perguntei, quebrando o clima tenso.

-Não sabia que vocês viriam – murmurou Rony, encarando a mesa.

-Agora sabe. Oi! Madame Rosmerta? Pode nos trazer quatro cervejas amanteigadas? – pedi.

-Claro que sim, querida – disse a bruxa e saiu, batendo seus sapatos de saltos finos.

Não deu alguns minutos e ela nos trouxe as cervejas. Nem Rony, nem Hermione falavam nada.

-Escutem – falei, irritada por quase quinze minutos num silêncio anormal – Vocês dois – peguei as mãos dos dois – Foram feitos um para o outro. E nenhuma briguinha vai separar o amor que sentem um pelo outro. Tenho certeza que vocês mais que sentiram falta um do outro nesse meio tempo, não?

Os olhares de Rony e Hermione se encontraram, ambos corados.

-E vocês nasceram um pelo outro – continuei, puxando as mãos dos dois cada vez mais perto – A briga de vocês acontece com todo mundo. Os casais costumam a passar por isso, mas não podem fugir dos problemas. Como disse, não é uma briga que irá separá-los – finalmente, juntei as mãos dos dois.

Os dedos deles se entrelaçaram e eu sorri para Harry. Rony e Mione se levantaram ao mesmo tempo, se abraçando.

-Rony, me desculpe! – repetia Hermione sem parar.

-Não, a culpa foi inteiramente minha! Não deveria ter falado tudo aquilo! Ah, como fui estúpido! – Rony murmurava.

E então, os dois se beijaram, arrancando aplausos de todos. Rindo, Harry disse:

-Já não era sem tempo.


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Notas finais do capítulo

N/A: Oooooi!

Tudo bom?

Desculpem mesmo ter demorado. Sabe como é, fim de ano, provas, e MUITA coisa na cabeça.

Bem, espero que gostem!

Reviews?
Beijos



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