Mrs. Potter escrita por LolaPotter22


Capítulo 20
Capítulo 20




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Mrs. Potter

Capítulo 20

Era isso. Eu estava grávida. Tudo bem, Harry e eu já temos três anos de casamento, isso iria acontecer mais cedo ou mais tarde. Mas isso é mais fácil de pensar do que de falar, tinha que contar a Harry.

Mas isso se tornava impossível. Além do medo, Harry sempre chegava feliz em casa e eu não queria estragar isso. Mesmo sabendo se ele gostaria ou não da notícia.

Estávamos andando de mãos dadas, a alguns kilometros d'A Toca.

-Eu estive pensando – comentou Harry, enquanto entrávamos numa clareira – E eu não vi você tomando a pílula que sua mãe te deu.

Me segurei para não rir. Estávamos conversando sobre anticoncepcional e Harry estava a ponto de descobrir, mas...

-Tem que se prevenir. Não podemos deixar que... escape – ele falou divertido. Desviei os olhos para não demonstrar desapontamento. Imagine se eu tivesse falado? – Que foi?

-Hm, nada. Estava tentando lembrar onde os coloquei – murmurei. Agradecendo por viver com Fred e Jorge por vários anos, sabia contar mentiras sem rir ou nada do tipo, e eram bem convincentes.

Ele sorriu e voltamos a andar.

-Aqui está bom – falou. Ajoelhei-me, estendendo a toalha e colocando a cesta de piquenique em cima.

Me sentei ao seu lado, encostando-me em seu peito enquanto nós observávamos o sol sumir pelas árvores que nos cercavam. Harry tirou a varinha do bolso e logo estávamos envoltos por várias velas flutuantes.

-Sabia que hoje faz quatro anos? – perguntei, virando-me para encará-lo.

-De casamento? É, eu me lembrei – ele remexeu no bolso e tirou dois retângulos de papel.

Peguei-os e logo vi que eram entradas para algum baile à fantasia. Ri.

-Você não acha que estamos velhos demais para bailes à fantasia? – perguntei, rindo.

-Você tem 24 anos e eu 25. Não somos velhos! Ainda nem temos filhos.

Fiquei com o olhar vago e ele percebeu.

-Que foi, Gina?

-Hã? É... Nada.

-Você está fazendo de novo.

-Fazendo o quê? – perguntei, disfarçando enquanto mexia na cesta do piquenique.

-Está fugindo do assunto. Toda vez que menciono... filhos – ele me olhou e eu retribui o olhar, sem expressão. – Gina, você não está...?

-Não, pff, claro que não – ri trêmula e peguei os dois pedaços (enormes) de pudim e lhe ofereci, porém, Harry ficou parado, me olhando.

-Está mentindo – concluiu. – Você está grávida!

Suspirei sorrindo e não evitei passar a mão pela minha barriga, olhando-a como se tivesse pintada de ouro.

Harry se levantou e deu um urro feliz, me abraçando e me beijando, em seguida à minha barriga. Não evitei nem tentei evitar as lágrimas.

-Por que não me disse antes? – perguntou ele, sorrindo tanto que era capaz de rasgar as bochechas.

-Porque você disse que não queria filhos e eu fiquei preocupada – falei, sem sorrir.

-Eu não disse isso! – se defendeu, pegando duas taças e uma garrafa de vinho (trouxa).

-Mas deu a entender. E eu não queria que você se aborrecesse...

-Gina! Já fazem quatro anos, você tinha que saber! Qualquer coisa que você faça eu a apoiarei. Eu te amo e nunca deixarei de amar. E com um filho meu em sua barriga? Não tem nenhum presente melhor de casamento! Amo você, e nosso futuro filho.

-Ou filha – retruquei, me aninhando em seus braços.

-Ou filha – concordou. – Mas se for menino...

-Vamos decidir isso depois – falei rindo.

-Certo. Quantas semanas?

-Três – respondi suspirando alegremente.

-E por que não me contou antes? – perguntou ele de novo, indignado.

-Fiquei com medo de sua reação. Mas foi estúpido de minha parte.

Harry sorriu e beijou o topo de minha cabeça e me estendeu uma taça de vinho.

-Não posso – falei, recusando a taça sorrindo.

-Um pouquinho só, para brindarmos.

Aceitei a taça revirando os olhos.

-A nós? – perguntei.

-A nós, e ao James Sirius – falou.

-James Sirius?

-O nosso filho. – respondeu Harry – Sabe, em homenagem...

-Certo. Ao James Sirius!

Brindamos e eu beberiquei a taça levemente, depois a deixei de lado.

-Quem sabe? – perguntou ele depois de um tempo.

-Do quê? De James? – apontei para a barriga.

-É.

-Mione e minha mãe. Provavelmente o Rony sabe.

Harry se levantou.

-Que foi? – perguntei.

-Temos que contar a todos! É meu filho! – ele falou, igualzinho a um pai babão.

Me levantei rindo enquanto Harry guardava as coisas e pegava a cesta. Voltamos para A Toca de mãos dadas e conversando sobre nosso filho.

Chegamos quando a lua já brilhava no céu.

-Mãe? Pai? Família! – chamei quando chegamos.

Minha mãe estava cozinhando, com Mione, meu pai conversando com Rony, Jorge estava com Angelina no sofá, Teddy estava correndo pela casa com o carrinho que Harry lhe dera, agora o garoto tinha 7 anos. Fleur e Gui também estavam lá e tinham deixado Victorie correr atrás de Teddy, brincando.

Todos foram para a sala. Minha mãe e Mione sorriram para nós.

-Temos algo a declarar – falei e apertei a mão de Harry.

Eles olharam apreensivos para nós, Teddy correu em nossa direção e Harry o pegou no colo.

-Estou grávida – anunciei.

A reação deles foi bem a que eu imaginei. Falando ao mesmo tempo, sorrindo e dando parabéns a nós dois.

-Tia Gina está grávida? – perguntou Teddy.

-Estou, querido – respondi.

-Por que a tia Gina ficou grávida?

Harry e eu nos entreolhamos.

-Hã... Aconteceu – falei, lançando um olhar para Harry, que assentiu.

-Quando adultos se amam... er... – meu marido se calou, e Teddy franziu a testa. – Por que você não vai mostrar para Vickie o quanto seu carrinho é legal?

-Boa ideia!

Harry o colocou no chão, que correu para a garotinha loira.

-Crianças – falei, apoiando a cabeça no ombro dele.

-Crianças... – concordou – Pronta para ter uma? Cuidar de uma? Acordar de noite para vê-la e fazê-la parar de chorar?

Fechei a cara.

-Você está me aborrecendo em questão ao nosso filho.

Harry riu.

-Mas você não desistirá.

-Não, é claro que não – falei e nós sorrimos e nos beijamos.

Depois de um jantar, aparatamos para casa.

Subi as escadas, com Harry logo atrás. Mas ao em vez de ir para o nosso quarto, fui para o quarto ao lado e parei à soleira da porta, suspirando.

Senti duas mãos enlaçarem minha cintura e me abraçar por trás.

-Esse quarto vai ficar lindo quando o arrumarmos. – comentou Harry, apoiando a cabeça na minha.

-Vai sim.

Ficamos em silêncio por algum tempo.

-Hum, Gina? – chamou.

-Sim?

-E o seu emprego? Sabe, não vai conseguir cuidar de James Sirius depois que receber alta se estiver no Harpias...

-Não tinha pensado nisso – me virei, apoiando a cabeça em seu peito. – Vou achar alguma coisa.

-Vamos – corrigiu – Eu irei te ajudar.

-Você é um ótimo marido. Eu não mereço tanto – comentei, sorrindo.

-Não mesmo, merece mais.

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Eu, Gina Potter, estava sentada no sofá de casa, mudando os canais da TV bruxa, completamente entediada. Hora ou outra eu mudava desconfortavelmente de lugar no sofá. Cara, como é um saco ficar sem trabalhar!

Mas, é claro, tinha um motivo. Sorri, olhando para a minha barriguinha (que mais parecia um melão) de quase nove meses.

Com bastante força, me levantei do sofá e fui andando lentamente até a cozinha, pegando algo para comer.

-Bom dia, Gina.

Acenei com a cabeça para Hermione, que vinha me ajudar todos os dias depois do trabalho, enquanto Harry era obrigado a fazer plantão.

-Como vai meu afilhado?

-Me deixa enjoada, não para quieto, e me deixa louca por eu ter que ficar de molho em casa. Ou seja, normal – sorri.

Não sei se era normal de qualquer bebê ficar se mexendo e remexendo 24 horas por dia ou se James tinha realmente algum problema de ficar parado. Rezei para que fosse a primeira opção.

-Ah Gi, por que reclama tanto? Eu tenho certeza de que você vai retirar as palavras quando este pequenino nascer.

Mione deu um tapinha leve em minha barriga.

-Agora, acho bom você descansar. Harry disse que chegará tarde.

-Mas ainda são – olhei no relógio de pulso que peguei de Harry – Oito horas! Não vou me deitar às oito horas!

Hermione revirou os olhos para disfarçar o medo. É meu bem, humor de grávida é assim mesmo, como o de mulher em TPM.

-Você vai tomar um banho e vai se deitar. – ordenou ela, com um olhar severo estranhamente conhecido dos tempos de escola, Profa. McGonagall.

-Tá bom – resmunguei.

Juntas, Mione me ajudou a subir as escadas. Malditas escadas que eu tinha que subir todo santo dia!

Finalmente, chegando ao segundo andar, fomos até o meu quarto e de Harry, onde tomei banho e fui para cama, adormecendo logo em seguida.

Os dias de grávida com toda certeza não eram os melhores. Eu acordava de noite, pois James Sirius estava se remexendo e me deixando enjoada, que me levava ao banheiro.

Uma noite de trovoada, e este pestinha acorda de novo. Suspirei enquanto movia os pés para fora da cama e os enfiava aos meus chinelinhos confortáveis.

Me arrastei para o banheiro, segurando a barriga que estava mais pesada que o normal. Observei-me no espelho. Enormes bolsas pretas se encontravam embaixo de meus olhos e eu aparentava bem mais que 24 anos.

Então senti algo diferente dentro de mim. Algo estranhamente dolorido, o que me fez soltar um berro que acordou a todos.

-Gina? – chamou Harry, sonolento e preocupado, correndo para o banheiro.

-Harry, eu... – outra contração. Gritei novamente, me apoiando na bancada da pia. – A bolsa estourou, Harry! A bolsa estourou!

Ele arregalou os olhos.

-Pegue a minha mala do hospital! Rápi... – outra contração. A vista embaçava.

O vi fazer movimentos com a varinha e pegar o velho espelho quebrado na mesinha de cabeceira.

-Rony! Mione! Acordem! É Gina! – berrava ele. – Vou leva-la ao St. Mungus! Rony, avise a todos n'A Toca. Mione, apareça aqui...

Não deram alguns segundos e Hermione tinha aparatado no meio do quarto, de camisola e um hobby por cima.

-Harry, leve-a para o carro e eu pego a mala. Rápido! – exclamou ela, ao me ver gritar e contorcer novamente.

Senti braços me envolvendo e me levantando do chão. E logo Harry estava correndo comigo para o carro dele.

Mione vinha correndo atrás, abriu a porta do carro, me deixaram ali no banco de trás. Colocaram a bagagem no porta-malas. Harry e Mione entraram no carro e correram comigo ao St. Mungus.

Logo, arranjaram uma cadeira de rodas e estávamos em alta velocidade ao patamar do hospital. Respirei e inspirei milhões de vezes, enquanto as dores se tornaram mais fortes.

Nem prestei atenção na conversa de Harry e Mione com a curandeira.

-Trabalho de parto! Trabalho de parto!

Fui colocada em uma maca e levada a uma sala. Vários curandeiros entraram e começaram a trabalhar. E não vi mais nada, pois desmaiei.

Quando acordei, estava tudo claro lá fora, o sol entrava pela janela e dava um ar de verão. Pisquei algumas vezes e olhei em volta. Harry estava cochilando (com os óculos) na cadeira ao lado da minha cama, Mione em outra cadeira, apoiada nele e os dois dormiam pesadamente.

Cutuquei Harry na cabeça levemente. Ele abriu os olhos.

-Gina! – exclamou e se levantou, fazendo Mione quase cair, e esta acordou também.

-Oh, Gina! – ela sorriu e me abraçou – Vou deixa-los sozinhos. A família toda está no corredor – ela apontou para a porta, sorrindo – Vou avisá-los que você acordou.

Mione saiu e Harry sorriu para mim.

-Você é mãe – sussurrou em meu ouvido, fazendo um sorriso aparecer.

-Aonde ele está? – exclamei, me sentando abruptamente.

-Gina! Deite-se de novo – ordenou e eu obedeci – Disseram que o trariam quando você acordasse.

Nesse minuto, uma curandeira entrou na sala, com um embrulhinho nos braços, sorrindo.

-Ele é uma gracinha – falou ela, me passando James Sirius. Meu filho dormia levemente em mus braços. Tinha cabelinhos espetadinhos iguaizinhos ao de Harry.

-Olhe! Ele é igual a você – sussurrei sorrindo, para Harry.

Limpei as lágrimas que desciam por nossos rostos e sorri, beijando-o.

-Você é pai – falei.

Harry passou os braços por nossa volta, como um abraço em família. Ficamos observando James dormir gostosamente, envolto em sua mantinha branca com azul (que eu havia comprado).

Abriram a porta devagarzinho. Era minha mãe e meu pai.

-Gina, querida! – exclamou ela, vindo até nós. – Ah, que coisa linda de netinho!

Conversamos alguns minutos e eles foram, deixando Rony e Mione entrarem. Rony parecia que estivera tentando arrancar os próprios cabelos durante a noite.

-Gina! Que bom que você acordou!

Levei o dedo aos lábios, indicando James (agora no colo de Harry) com a cabeça.

Eles se aproximaram e nós ficamos conversando por algum tempo.

Depois de todos da família terem entrado e visto James Sirius, a curandeira os expulsou, dizendo que era para mim descansar. Apenas Harry ficou, James foi mandado para a maternidade, para receber os cuidados de um bebê recém-nascido.

-Ele é lindo – comentei, dando espaço para Harry se sentar na cama do hospital.

-É sim.

-Agora tudo vai mudar, não vai? – perguntei.

-Vai sim – sorriu e beijou minha testa.

Ficamos em silêncio por um momento, sorrindo.

-Se você quiser, pode ir para casa. Sei que está cansado...

-Eu vou ficar, Gi.

-Não vai ter muito que fazer. Deram-me um feitiço para dormir e eu... – bocejei – estou ficando com sono.

-Durma. Bons sonhos – falou, dando um beijo doce em minha bochecha, enquanto meus olhos ficaram pesados e eu adormeci.


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Notas finais do capítulo

N/A: Ooooooi!

Quanto tempo, né?

Bem, desculpem. De novo.

Queria agradecer à minha liiiiiiinda ßeta Lys Weasley! Amo-te! Boa sorte com teu pézinho HSAHSAUH. Obrigada por ßetar e por existir!

Aí está! Como prometido.

Reviews?

Beeijos!



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