Mrs. Potter escrita por LolaPotter22


Capítulo 14
Capítulo 14




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Mrs. Potter

Capítulo 14

Acordei às seis e meia e fui para o banho. Saindo de lá, quase vinte minutos depois, e coloquei o uniforme.

Ele era bonitinho até. A blusa era uma baby look, laranja com uma estampa GW em roxo e a calça era capri, roxa com pequeninas listras em laranja.

Fiquei apresentável até. Desci as escadas pulando degrau em degrau ansiosa.

-Bom dia Gina. Você está uma fofa assim – ela disse – Não digo isso pelo fato de ser mãe, você está bonita assim.

-Obrigada.

-Vai se sair bem, querida. – ela disse e eu peguei uma torrada, dando uma pequena mordida – Não vai nem se sentar para comer?

-Estou ansiosa demais, desculpe.

Terminei a torrada, tomei um pequeno como de suco e saí, com um casaco nos ombros.

Aparatei para o Beco Diagonal e rumei para as Gemialidades Weasley, chegando lá dez minutos adiantada.

-Bom dia, Jorge – falei, sorrindo.

-Bom dia, Gina. – ele me observou – Não ficou parecendo uma placa pisca-pisca, se quer saber.

-Obrigada, acho.

-Ansiosa?

-É pouco! – falei, retirando o casaco e pendurando-o no porta-casacos trouxa que papai deu de presente para Jorge.

-Vai se sair bem.

-Posso ficar no caixa?

-Angelina fica no caixa.

-Não sabia que ela trabalhava aqui.

-Mas trabalha. Venha, temos dez minutos para você saber o preço dos produtos.

Não reclamei, apenas segui-o pela loja. Cinco minutos depois, Angelina chegou. Estava com a mesma roupa que eu, tirando o fato de ela estar de calça jeans normal e eu de capri pisca-pisca.

-Bom dia, Jorge! – ela disse melosamente, beijando-o. O chão, nesse momento, pareceu algo apropriado para se encarar.

-Bom dia, Angelina.

Ela finalmente me notou e sorriu.

-Olá Gina.

-Oi Angelina – falei, sorrindo forçadamente.

Eu não gosto muito da Angelina. Bem, não me pergunte por quê.

Ela foi para o balcão do caixa enquanto Jorge terminava de me ajudar com os preços. Terminando isso, um cliente entrou na loja.

-Vai lá, é o seu primeiro cliente. Se vira – disse Jorge, me empurrando para a porta.

Fui até o garoto, parecendo ter a idade de um menino do sexto ano.

-Olá, posso ajuda-lo? – perguntei, sorrindo.

-Aqui tem o Kit Mata-Aula? – ele perguntou.

Hum, danadinho.

-Tem sim, por aqui – falei e segui por entre os corredores até chegar às prateleiras cheias de Kit Mata-Aula.

-Obrigado.

-Se precisar de algo é só chamar – falei, me afastando.

-Espere – ele disse e eu me virei.

-Sim?

-Quanto custa?

-Um desses está por cinco galeões e dois sicles. Se levar três, paga dois – falei, me lembrando do que Jorge disse.

-Vou levar três então.

-Mais alguma coisa? – perguntei, pegando os três Kits.

-Ah, hum... – ele pareceu pensar. – Bombas de bosta...?

-Por aqui – falei, passando pelo caixa e deixando os Kits e rumando o garoto para a próxima prateleira.

No final, ele tinha três Kits Mata-Aula, quatro Bombas de Bosta, duas Vomitilhas e um Snap Explosivo. Um FredJorge Júnior, creio eu.

Depois que ele pagou e saiu da loja, Jorge me lançou um olhar sorridente, o que quer dizer que estou me saindo bem.

Já eram quase onze horas da manhã e poucos clientes haviam entrado e comprado, pff, e Jorge dizendo que era lotado.

-Joooorge – ouvi Angelina falar, com sua voz melosa – Posso sair para almoçar mais cedo?

-Claro que sim.

-Obrigada, fofinho!

Fiz cara de quem ia vomitar, mas escondi, é claro.

Depois que Angelina saiu para o almoço, me juntei a Jorge, que tomou o lugar dela no caixa.

-Hey maninho – falei, apoiando os cotovelos no balcão em que ele se sentava.

-Que foi?

-Posso sair mais cedo?

-Não – ele disse.

Estava sorrindo e ia dizer obrigada quando a ficha caiu.

-Peraí, como assim "não"?

-Não, oras.

-Mas...

-Você começou a trabalhar hoje, não vou dar folga no primeiro dia. Se você for bem até o final da semana, eu te dou a tarde de sexta de folga, o que acha?

-Ahn, ótimo.

Desabei na cadeira ali perto e esperei algum cliente entrar.

Eu pensei que a loja era deserta, certo? Que nunca entrava cliente o suficiente para preencher a sala d'A Toca? Oh céus, eu estava redondamente enganada.

Depois do almoço, a loja lotou tanto que achei que ia faltar espaço para respirar. Atendia todos os clientes possíveis, enquanto Jorge me lançava um olhar mortal como "Trabalhe mais!".

Angelina voltou lá pelas duas e meia da tarde! Nem horário de almoço eu tive direito! Ah, como eu fiquei furiosa. Mas eu iria ter uma conversinha com Jorge. Ah, se ia.

O dia ia escurecendo e virando noite. E o meu primeiro dia de trabalho nas Gemialidades Weasley chegou ao fim, o que eu achei impossível.

-Tchau, Jorginho, até amanhã – disse Angelina e eu evitei uma revirada de olhos para salvar meu emprego.

Ela saiu e eu me coloquei na frente de Jorge.

-Hey, qual é o seu problema? – perguntei, e vendo que ele não ia responder, continuei: - Angelina pede pra sair mais cedo para o almoço. Ok, você deixou. Ela saí as onze e volta às duas e meia! E eu nem posso sair dez minutos antes!

-Eu mando aqui, tá? – ele disse, mas não pareceu realmente feliz.

-Que foi? – perguntei.

Ele suspirou.

-Angelina está... estranha ultimamente. Mas acho que é o jeito dela...

-O que quer dizer?

-Ela chega atrasada para a maioria das coisas e... – ele se interrompeu – Deixa para lá, você não entenderia.

Coloquei a mão em seu peito, impedindo-o de ir embora.

-Como assim eu não entenderia? Estou noiva, Jorge! Não sou mais a criancinha que você se lembra, entendo muito bem de relacionamentos – falei, cruzando os braços no peito e lhe lançando um olhar igualzinho ao de mamãe quando está brava.

-Acho que Angelina está me traindo – ele desabafou e meu queixo caiu.

-Uh, isso eu não esperava. Mas por que pensa assim?

-Ela anda saindo mais cedo e pedindo mais tempo para tudo aqui e... anda estranha – ele repetiu.

-Ah, mas você não tem certeza. Pode ser qualquer coisa... de mulher.

Ele deu de ombros.

-Eu não sei mais nada. Bem, vamos embora, antes que fique muito tarde.

Apagamos tudo, saímos da loja e aparatamos.

No outro dia, estava saindo de casa com Jorge para ir trabalhar. Jorge entrou na loja e foi abrindo-a, enquanto eu disse que esperaria Angelina. Assim que esta chegou, pedi para que me acompanhasse até o outro lado da rua.

-Por que está fazendo isso com Jorge? – perguntei e seu sorriso foi diminuindo até chegar a nada.

-Olha...

-Me conta. Preocupo-me com meu irmão, quero saber qual o problema.

Ela demorou alguns minutos até responder, e quando o fez, tinha lágrimas nos olhos:

-Minha mãe está com uma doença perigosa, conhecida pelos trouxas de câncer.

Cobri a boca com a mão.

-Ah Mérlin! Eu sinto muito.

-Tudo bem, não foi você.

-Mas por que sempre está sorrindo e feliz?

-Eu não sou feliz abobalhada que nem do jeito que você viu ontem. Era uma máscara. Não queria deixar Jorge preocupado e com mais problemas do que já tem.

Assenti, compreensiva e a abracei.

-Vai contar para Jorge? – perguntei.

-Vou. Agora mesmo.

Sorri, encorajando-a e entramos. Acompanhei-os com o olhar até a sala dos fundos, onde fica o estoque.

Suspirei e me virei, indo atender a pessoa que passou pela porta.

E minha semana se foi. Angelina foi para casa, com uns dias de recesso para ajudar a mãe, deixando só a Jorge e a mim na loja.

Quando acordei, na segunda feira, não era por ser a hora de ter que ir trabalhar. Era pela batida de uma coruja na janela. Cambaleei até ela e a deixei entrar. Era marrom, parecia uma coruja mensageira.

Tirei a carta de sua pata e ela voou feliz para fora da janela. Abri, reprimindo um bocejo de sono e a li:

HARPIAS DE HOLYHEAD

Cara Srta. Weasley,

É com muitíssimo prazer que mandamos esta carta lhe oferecendo uma vaga para entrar para este time de Quadribol.

Se a Srta. aceitar, mande uma coruja e lhe mandaremos tudo sobre uniforme, vassoura, locais de treinos e muito mais.

Aguardamos a coruja até dia 30 de Julho, no mais tardar. Esperamos que aceite.

Atenciosamente

Johnny Jeans

Técnico do time

Quase caí no chão ao terminar de ler. Fiquei pasma por um momento. Desci as escadas, pulando os degraus e corri para minha mãe.

-MÃE! – berrei e ela se assutou.

-Ah, que foi Ginevra? Por que está de pijama?

Olhei para mim mesma e percebi que ainda estava de pijama.

-Hum... bem... não sei. Mas olhe isso! – falei, lhe entregando a carta.

Ela leu e sorriu.

-E então? – perguntou.

-E então o quê? Quero saber o que você acha.

-Ah, eu acho que você deveria aceitar. Sabe, mas até a Angelina voltar, você tinha que ajudar Jorge na loja.

E então eu me desanimei. Tinha esquecido das Gemialidades Weasley.

-Ah é – falei e comecei a subir as escadas – Vou falar com Harry antes de ir para a loja. Avisa Jorge por mim?

-Aviso sim, querida.

Troquei de roupa, colocando um casaco por cima e enfiando a carta no bolso e saindo, aparatando em seguida.

Subi para o apartamento de Harry, meio incerta de que ele estaria lá. Bati no 221 e esperei. Um Harry pronto para o trabalho apareceu na porta.

-Gina? – ele perguntou confuso – Gina!

-Oi Harry.

-Algo ruim aconteceu?

Entrei e me sentei no sofá.

-Não. O contrário. Recebi uma carta – disse, jogando a carta para ele.

Ele abriu-a e leu.

-Parabéns Gina! Quando você começa? – ele perguntou, depois de me beijar.

-Ahn, bem, eu não aceitei ainda.

-Como não?

-Estava esperando sua reação.

Ele sorriu.

-Aceite.

-Ótimo. Agora preciso contar para Jorge.

Harry assentiu.

-Ele vai entender.

-Espero que sim. Bem, eu vou indo – falei, beijando-o e saindo pela porta.

-Boa sorte.

-Obrigada.

Apareci na loja já era oito e meia.

-Aonde esteve? – ele perguntou quando cheguei.

-Recebi uma carta importante – falei e suspirei. – Leia.

Lhe entreguei e depois que leu, falou:

-E você aceitou?

-Vou aceitar.

-Certo. E o seu uniforme? – perguntou-me.

-Ele disse que vai mandar uma carta.

-Não do Harpias, da loja.

-Oh – exclamei, me dando conta de que não estava com ele – Bem... esqueci.

-Tudo bem. Tem um ou outro lá atrás – ele disse, apontando para a salinha de estoque.

-Obrigada – falei, e fui trocar de roupa.

Depois de fazer isso, fui atender.

No meu horário de almoço, fui comer qualquer coisa no Beco Diagonal e mandei uma coruja dizendo que aceitava para o JJ (Johnny Jeans).

No final do dia, fui atender o cliente que chegou no meio da multidão.

-Olá como posso ajuda-lo? – perguntei e então vi que era Harry – Ah, oi Harry!

-Pode me ajudar sim. Como eu roubo minha noiva?

Cruzei os braços.

-Não permitimos furtos nas Gemialidades Weasley – falei, tentando manter a aparência séria.

-Tecnicamente não vou roubar nada, já que minha noiva é minha.

-Uau – falei com emoção – Agora me senti uma mulher com uma placa "Propriedade de Harry Potter".

Rimos por alguns minutos e depois ele disse:

-Quando sai do trabalho?

-Seis e meia.

-Não posso levar você pelo resto do dia?

Consultei o relógio.

-Ainda são cinco e quarenta. Jorge está sozinho ainda... Por que não vai dar uma volta no Beco Diagonal? Depois nós vamos.

-Certo então. Ah, e aceitou a carta?

-Aceitei.

Ele sorriu e me beijou.

-Parabéns de novo. E agora eu tenho que ir, pois o olhar do seu irmão é de quem quer me estrangular – ele disse e eu ri. – Até logo.

-Até – murmurei e voltei para os clientes.

Passaram os minutos. E finalmente a loja fechou. Estava saindo da loja, esperando Jorge fechar tudo com feitiços e avistei Harry.

-Hey – falei, juntando-me a ele.

-Oi. Vai comigo lá em casa? Preciso deixar uma coisa – ele disse, enquanto eu entrelaçava seu braço com o meu.

-Vou sim.

Aparatamos e subimos. Harry tirou as chaves do bolço e abriu a porta, revelando um imenso embrulho em cima do sofá.

-Harry, o Papai Noel passou mais cedo aqui? – perguntei e ele riu.

-É para você, bobinha.

-Para mim? Papai Noel sabe da minha existência? – fingi choque e ele revirou os olhos, rindo.

Ele me puxou pela mão até o sofá e entregou-me o embrulho gigante, fazendo-me perder o equilíbrio e quase cair de costas.

-Sério que era para mim? – perguntei, séria.

-É, sério. Comprei para você.

Sentei-me na poltrona e desembrulhei-o. Era uma vassoura. Mais especificamente a mais nova vassoura que lançaram, uma Firebolt 2000.

-Oh céus! – exclamei – Mas deve ter sido uma fortuna!

-Gina, é um presente – ele disse, rindo de mim – Para os Harpias.

Sorri, deixei a vassoura ao lado e beijei-o.

-Obrigada. Você é o melhor noivo "barra" futuro marido do mundo.

-E você é a melhor noiva "barra" futura esposa do mundo – riu-se ele.

Ri também e apreciamos a vassoura.

-Te amo – ele disse.

-Você diz isso todo dia.

-Para não perder o costume – ele falou e nós rimos.


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Notas finais do capítulo

N/A: O que acharam?

Quero review, certo? Usem o botãozinho ali embaixo! :D

Beeijos!



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