- PROTEJAM-SE LÁ VEM OUTRA ONDA!!!! – gritou o jounin da rocha.

 

O jounin imediatamente ergueu uma muralha de rocha para proteger a si e seus camaradas da enorme onda que varreu o campo de batalha, alguns não tiveram sorte e foram levados pelo turbilhão devastador.

Aquele jounin amaldiçôo o momento que ele e seu time foram destacados pra dar apoio a um destacamento de 50 soldados, soldados estes que foram os primeiros a sucumbir diante do poder avassalador que encontraram no caminho, agora só restara ele e 3 chuunins.

 

- Se não saírem daí eu vou atacar de novo! – gritou Mayuri do alto de uma pedra.

 

Atrás dela mais 20 soldados do país do vento e 3 chuunins da areia, já fazia meia hora que eles lutavam com tudo e sem duvida estavam ganhando, ninguém podia contra o demônio da folha.

 

- Capitão, não podemos lutar com ela – disse o chuunin da rocha – vamos nos render!!

- E como fica nosso orgulho? – gritou ele agarrando o subordinado pelo colete – se fugimos aqui seremos motivo de piada em Iwagakure!!

 

Ele não teve tempo de argumentar com o chuunin por que um relâmpago partiu a muralha de rocha ao meio, enquanto os destroços da ultima proteção caiam os chuunins fugiam.

 

- Prefiro viver pra ser motivo de piada do que ser motivo de choro pra minha família estando morto!! – gritou um deles – nós nos rendemos!!!

 

Os 3 chuunins saíram de trás do que sobrou do muro e se ajoelharam diante de Mayuri que ria como um verdadeiro demônio triunfante, eles ficaram totalmente aterrorizados com a supremacia e onipotência dela no campo de batalha.

 

- Claro que aceitamos sua rendição!! – disse Mayuri rindo com a mão sobre o queixo – é mais divertido assim!

- Definitivamente ela é um demônio! – sussurrou um deles pro outro.

- Disso algo? – perguntou ela sorrindo.

- Nada não senhorita! – respondeu ele abaixando a cabeça até tocar o chão.

 

Os soldados que acompanhavam Mayuri logo trataram de amarrar firmemente os chuunins capturados, mas Mayuri ainda não estava satisfeita.

 

- Só falta você, vai ser render também ou prefere continuar a lutar? – ela perguntou pro jounin que apareceu diante dela.

- Eu juro pela honra e orgulho de Iwagakure que vou derrotá-la! – ameaçou ele.

 

O jounin avaliou Mayuri, de fato ela era uma chuunin poderosa com um chakra absurdo e jutsus devastadores, mas a fraqueza de usuários de ninjutsus era o combate direto, se ele conseguisse se aproximar e lutar bem de perto teria a vantagem instantaneamente, então elaborou uma estratégia para conseguir isso.

 

- Doton! Dochuu Engyou no Jutsu (desaparecimento subterrâneo) – uma nuvem de fumaça cobriu o jounin da rocha e ele desapareceu deixando apenas um buraco no chão pra trás.

- Tome cuidado Mayuri-taichou! Ele vai atacá-la de surpresa! – gritou um dos chuunins que a acompanhava.

- Eu sei, demorou pra ele tentar isso! – respondeu ela se colocando em posição de luta.

 

Mayuri ficou atenta a qualquer movimento, um passo em falso e seria o fim dela, mantendo sua guarda ao Maximo ela ficou esperando qualquer sinal de ataque que propositalmente demorava a vim para que a tensão desviasse a atenção dela, subitamente o jounin da rocha emergiu atrás dela atacando pelas costas com uma espada, ele estava certo de que sua estratégia inibiria qualquer reação por parte dela já que o ataque vinha pelas costas, mas ele não sabia que Mayuri já é acostumada a esse tipo de estratégia.

 

- Raiton! Seidenki Reiki no Jutsu (aura de eletricidade estática) – o corpo de Mayuri brilhou com uma leve energia azul e no momento que a lamina da espada tocou essa aura uma descarga elétrica violenta atingiu o jounin, o choque foi tão grande que a terra ao redor dele explodiu.

- c-co-como diabos fez isso? – perguntou ele em estado de choque e atordoado.

- você não é o primeiro “gênio” que usa uma tática dessas – respondeu ela altiva – antes de vir para essa guerra eu estudei os jutsus mais usados pelos ninjas da rocha e os meios de contra atacá-lo.

- Então acabe logo comigo – disse ele humilhado.

- Ninjas de Konoha não matam desnecessariamente – respondeu ela – mas se voltar a me dar trabalho acabo com você sem hesitar.

- Mas que palavras frias vindas do meu anjinho – disse Mizura que aparecia no campo de batalha.

 

A piada fazia alusão ao apelido dela no campo de batalha, Mizura achava um exagero chamá-la de demônio da folha, mas considerando o estrago que ela fizera aqui talvez não fosse tão exagerado assim.

Mayuri ao ouvir a voz de Mizura teve vontade de pular no pescoço dele e enforcá-lo ao mesmo tempo que lhe cobria de beijos, mas devido as circunstâncias ela teve que se conter.

 

- Viemos buscar você e seu pessoal pra ma missão – completou Saggi

.

Mayuri olhou atrás deles e viu um grande esquadrão de soldados e alguns ninjas, ficou surpresa com a quantidade.

 

- Que tipo de missão precisa de tanta gente pra ser cumprida? – perguntou ela.

- Escoltar o príncipe do país do vento pelo território inimigo e levá-lo em segurança por dentro do país da terra – quem respondeu foi Mizura.

 

Mayuri ficou calada por alguns segundos, depois começou a gargalhar sem controle como se tivesse escutado a piada mais engraçada do mundo.

 

- Quem foi o idiota que planejou isso? – perguntou ela rindo ainda.

- O idiota em questão seria eu! – disse o príncipe arrogante.

 

Mayuri o encarou sem se deixar intimidar pela posição dele ou seu ego inflamado, já tinha ouvido falar do quanto ele era imprudente e metido por que tinha as habilidades básicas de um gennin, mas não imaginava que ele fosse tão idiota a ponto de elaborar um plano ridículo como esse.

 

- O senhor tem noção que seria impossível atravessar a fronteira dos dois países sem chamar atenção com um batalhão tão grande? – perguntou ela.

- Estou ciente disso – respondeu ele como se quisesse parecer mais sábio.

- E você tem noção que se deixamos pra trás esse enorme batalhão apenas um punhado de ninjas não poderiam protegê-lo dentro do território inimigo? – ela voltou a perguntar.

- Os excelentes ninjas de Konoha devem ser capazes de lidar com qualquer situação – disse ele se achando superior – se a missão de vocês é me proteger devem estar preparados pra darem suas vidas por esse objetivo.

- Que tal se eu te matar agora e poupar o trabalho do inimigo? – perguntou ela sacando uma kunai.

 

O príncipe só pode notar dois vultos passando por ele e arrastando Mayuri pra longe, apenas a kunai dela ficou como se sua dona tivesse desaparecido misteriosamente, ele ficou sem entender absolutamente nada.

No meio do mato Mizura e Saggi seguravam Mayuri que se debatia em fúria, se eles não tivessem interferido provavelmente ela teria explodido o príncipe.

 

- Me larguem!!! Eu vou matar aquele infeliz!!! – rosnava ela furiosa.

- Você ta doida? Não pode matar o príncipe do país do vento!! – gritou Saggi segurando o braço dela.

- E daí? Esse idiota vai morrer de qualquer jeito lá, só estou poupando nosso pessoal!

- Se for pra ele morrer que morra, mas não podemos desobedecer as ordens que recebemos! – argumentava Mizura.

 

Mayuri sem alternativa deu um grito abafado de ódio e em seguida se desvencilhou deles, cruzou os braços inconformada e batia o pé no chão.

 

- Que seja, mas eu juro que se esse idiota nos colocar em perigo em largo ele pra trás e não quero saber de reclamações!

 

Pisando fundo ela voltou pra onde os outros aguardavam por eles, os soldados reunidos em volta do príncipe apenas por precaução caso ela não tivesse desistido da idéia de matar seu senhor, Mayuri encarou seus subordinado como se tivesse anos de experiência em comandar exércitos.

 

- Atenção todos vocês! – gritou ela chamando todos – será muito mais difícil se formos todos juntos, os soldados partirão na frente como batedores, uma hora depois nós ninjas escoltaremos o príncipe, se algo acontecer um de vocês deve voltar e nos avisar para que mudemos a rota imediatamente, entenderam?

- SIM MAYURI-TAICHOU!! – gritaram todos os soldados juntos.

Os soldados começaram a organizar seu equipamento e separar as provisões, Mayuri cruzou os braços observando a movimentação deles e ficou irritada quando o príncipe veio até ela.

 

- O que pensa que está fazendo? Devemos usar todos eles como escolta para mim! – reclamou o príncipe.

- Levar mais de 30 soldados além de atrair todos os inimigos em nossa direção só será um estorvo – respondeu ela tentando se controlar – se formos atacados não poderemos nos defender adequadamente e muita gente só vai atrapalhar na hora do contra ataque, o melhor a fazer é que eles cumpram a função de batedores abrindo caminho.

- Escute aqui sua garota arrogante de Konoha! Quem manda aqui sou eu! Você vai seguir a estratégia que eu elaborei assim como todo mundo!

 

Mayuri o agarrou pelo colarinho da roupa, antes que Mizura ou Saggi fizessem algo ela os fitou com um olhar mortal que deixava claro que se eles dessem um passo sequer seria o ultimo.

 

- Escute aqui você seu projeto de príncipe metido a shinobi! – gritou ela levantando-o do chão – você pode ser o maioral lá no castelo, mas aqui no campo de batalha quem manda sou eu! Sou a responsável por esse esquadrão e enquanto você estiver aqui vai fazer o que eu mandar ou eu juro que lhe viro do avesso!

- Ela ta falando sério alteza, o general deu voz de comando pra ela – disse um ninja da areia que a seguia – então até aparecer alguém com uma patente maior que a dela estamos sobre o comando incondicional dela.

 

Mayuri largou o príncipe que caiu de bunda no chão, ele ficou se tremendo todo e alguns suspeitavam que mais um pouco e ele se mijaria de medo, se voltando para os soldados ela continuou as instruções.

 

- Todos vocês tomem cuidado, se encontrarem resistência no caminho façam o que puderem mas não exagerem, se algum ninja forte aparecer recuem e se protejam, não precisamos que percam a vida inutilmente.

 

Os soldados ficaram comovidos com a preocupação e consideração dela dando valor a suas vidas, só por isso eles estavam determinados a cumprir a missão mesmo com o sacrifício de suas vidas, quando eles partiram só sobraram os ninjas e o príncipe, um soldado ficou pra trás e lhe for ordenado que voltasse pra base pra avisar o general e deixar um esquadrão de apoio preparado pro caso de uma emergência.

 

- Partiremos daqui a uma hora –a avisou ela – e que seja o que deus quiser nessa missão suicida.

 

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Em sua casa Naruto terminava de se arrumar com todo o seu material de trabalho, vestia o colete jounin, arrumava sua mochila e separava seu equipamento, quando ele voltara correndo do prédio Hokage Hinata percebeu se tratar de uma emergência.

 

- O que aconteceu pra te fazer correr tanto? – perguntou ela.

- Um boato estranho – respondeu ele enquanto se arrumava – alguns informantes disseram que uma organização misteriosa está apoiando a vila da rocha, estou indo verificar.

 

Yukie apareceu carregando seu pequeno irmão Hajime nos braços, ela o tratava como um bonequinho especial, Naruto se aproximou e beijou a bochecha dela e depois a testa do pequeno filho, o amor que ele sentia pelos dois era incomensurável.

 

- Cuide bem do seu irmão e não de trabalho a sua mãe – pediu ele.

- Papai vai para onde o onii-chan está? – perguntou ela.

- Vou sim querida.

- Então diga que eu quero que ele volte logo! – pediu ela.

- Pode deixar – respondeu Naruto rindo.

 

Naruto pegou sua mochila e deu um beijo demorado em Hinata, ele nunca partia em missão sem antes beijá-la dessa forma, quando já estava quase saindo viu Doji na porta com segurando um obento pra viajem.

 

- Caso sinta fome no caminho – disse ela entregando o embrulho.

- Tem algum recado para seu filho? – perguntou ele sorrindo.

- Diga quando o encontrar que eu ainda estou esperando uma resposta dele.

 

Naruto não entendeu o recado mas o daria mesmo assim, na saída de casa encontrou Kuni esperando por ele, ela estava meio sem jeito e com as mãos unidas igual ao que Hinata fazia quando criança.

 

- Será que poderia me incluir na equipe Naruto-sama? – perguntou ela meio acanhada.

- Se quer tanto ver o Saggi-kun não precisa ficar constrangida Kuni-chan, eu te levo comigo.

 

A menina vibrou de alegria com a permissão recebida, ficar afastada do seu namorado estava mexendo seus nervos.

 

- Então sem mais demoras estou indo – despediu-se ele acenando.

 

 

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Como mayuri havia planejado uma hora se passou desde que os 30 soldados foram enviados na frente, segundo seu raciocínio se houvesse alguma ameaça eles seriam a primeira linha de defesa, se não fosse possível combater a ameaça alguns deles deveriam retornar e informar a situação pro grupo de escolta, assim eles estariam prevenidos, confiante de que essa estratégia funcionaria ,Mayuri junto com outros 15 ninjas seguiram em frente pelo caminho traçado escoltando o príncipe, aparentemente a única técnica que ele sabia fazer bem era usar o chakra pra aumentar sua velocidade, mas como ele não tinha um bom controle sobre o chakra o grupo fazia uma parada de 5 minutos a cada 20 minutos.

 

- Desse jeito vamos levar uma eternidade pra chegar ao destino! – reclamou Mayuri depois da quinta parada.

- Que príncipe inútil! – continuou Saggi – se acha fodão mas na verdade é mais inútil que um gennin!!

- Já fomos gennins caso tenha esquecido – repreendeu Mizura – mas concordo que com esse nível ele não devia nem pensar em sair de casa.

 

Enquanto os três discutiam um dos chuunin da areia aproximou-se deles, era um dos que tinham habilidades próprias de investigação.

 

- Mayuri-taichou, já fizemos a varredura como pediu, não há sinais de nenhum inimigo nos seguindo e nem no nosso caminho – informou ele.

- Obrigado, mas se qualquer inimigo ver essa trilha nos seguirá inevitavelmente.

- Já que não podemos ser discreto o jeito é avançar com tudo – sugeriu Mizura.

 

Depois do fim dessa parada o grupo se reuniu para partir com o príncipe no meio, o ritmo de viajem era mais devagar que o normal para evitarem cair em armadilhas, seguindo os rastros dos seus próprios soldados eles sabiam perfeitamente a situação do caminho e o que deveriam evitar.

- Tem alguma coisa me incomodando muito – comentou um chuunin para Saggi – não sei dizer se é bom ou ruim mas não sinto os chakras dos nossos companheiros que foram na frente.

- Seria por que eles estão uma hora na nossa frente? – perguntou Saggi se interessando no assunto.

- De forma alguma! Mesmo com uma hora de vantagem sobre nós estamos nos movendo a uma velocidade duas vezes maior que a deles, mesmo que ainda estejam longe eu já deveria ter captado o chakra de alguém no nosso caminho.

 

Saggi pediu pro chuunin se adiantar e avisar sobre isso para Mayuri, ela ouviu atentamente as suspeitas dele e também focou toda sua atenção para frente, ela nada sentiu.

 

- Alguma coisa aconteceu com os soldados – informou ela para todos – não é possível que nenhum de nós sinta o chakra de 30 pessoas em movimento!

- Ou eles estão ocultando o chakra ou simplesmente.... – Mizura tinha medo da segunda possibilidade.

 

O mistério foi revelado 10 minutos depois quando o grupo chegou a uma área que parecia ter sido palco de uma guerra, arvores destruídas, chão esburacado e corpos espalhados pra todo lado, o que mais assustava era o estado dos corpos, um dos ninjas vomitou seu almoço e o príncipe ficou azul de medo com aquela cena.

 

- Parece até que eles foram atacados por alguma fera! – espantou-se um deles.

 

Os corpos estavam destroçados como se alguma fera ou um exercito delas tivessem se banqueteado com os soldados, mesmo naquele estado lastimável Mayuri ordenou que procurassem sobreviventes, apenas um foi achado em estado terminal.

 

- Mayuri-taichou! Encontrei um! – gritou um dos ninjas.

 

Mayuri correu para onde ele estava, o soldado sobrevivente estava com o estomago dilacerado e marcas de garras cobriam todo o seu corpo, ele não iria sobreviver mesmo com ajuda.

 

- Quem fez isso? Quantos eram? – perguntou ela apressadamente.

- Mayuri-taichou, temos que tratá-lo logo! – implorou um dos ninjas.

- Já é tarde demais pra isso! – gritou ela segurando as lagrimas – só o que resta para ele é nos dar alguma informação!

- de-de-demonios – disse ele tossindo sangue – mu-muitos deles, de toda parte!

 

Com a ultima palavra pronunciada ele tombou morto, Mayuri socou o chão com tanta força que sua mão sangrou.

 

- O que diabos aconteceu aqui??!! – perguntou um dos ninjas entrando em pânico – os ninjas da rocha são cruéis mas não esquartejam seus inimigos!!!!

- Controle-se cara!! – gritou outro.

 

Mayuri tocou no ombro daquele que estava perdendo o controle, a situação não estava boa pra ninguém mas ela estava acostumada a permanecer fria durante as missões, ela tinha que se manter assim para que não perdessem a confiança nela.

 

- Mizura-kun, pode assumir o comando da missão? – pediu ela – você é melhor pra elabora uma estratégia segura.

 

O rapaz acenou positivamente com a cabeça e começou a pensar na situação, ele observava tudo ao redor tentando não deixar passar nenhum detalhe e assim elaborar um plano que fosse seguro.

 

- O que vocês tanto estão pensando?? Temos que voltar pro acampamento agora!! – ordenou o príncipe.

- Por acaso você mencionou a palavra “voltar”? – questionou Saggi encarando-o com um olhar mortal.

- Não sabemos o que acontecerá se seguimos em frente! Se aparecerem as coisas que mataram eles seremos mortos também!!

 

Mayuri apertou o punho para socar o príncipe, mas Saggi se adiantou e o socou na cara jogando-o longe, depois o agarrou pelo colarinho e o prensou contra uma arvore.

 

- Como você ousa pensar em voltar depois que essas pessoas perderam suas vidas por causa do seu desejo egoísta de parecer um herói? – perguntou ele com uma voz fria – desde o inicio sabíamos que isso podia acontecer numa missão suicida como essa, você ignorou nossos avisos e agora 30 pessoas morreram!!

 

Todos os ninjas apenas observavam, o sentimento que Saggi colocava pra fora era compartilhado por todos e o desejo de dar uma lição nesse príncipe também era presente em todos.

 

- Nossa obrigação agora é seguir em frente e concluir a missão em nome deles! – continuou ele – se recuarmos agora estaremos jogando fora o sacrifício deles, aja como homem e assuma a responsabilidade!!

 

Saggi largou o príncipe que não teve coragem de ergue a cabeça, se sentia um lixo tanto por ter colocado todos nessa situação como por ser inútil e não ter o respeito de ninguém, depois disso Saggi encostou-se em uma arvore como se estivesse relaxando.

 

- Você queria mesmo dar uma dura nele ou apenas o salvou de mim? – perguntou Mayuri sorrindo.

- Ele precisava aprender uma lição, você o deixaria em coma – respondeu ele rindo.

 

Pouco tempo depois mizura que seria o novo líder da equipe chamou a todos pra uma reunião e prontamente todos se reuniram em volta dele, a confiança que tinham pelos ninjas de Konoha era incrível.

 

- Tudo indica que foi uma emboscada, eram vários e atacaram de todas as direções – informou Mizura.

- Como você pode saber disso? – perguntou o ninja de Suna curioso.

- As marcas no terreno indicam que os ataques vieram de todas as direções, a posição dos soldados indica que eles fizeram um circulo pra se protegerem.

 

A maioria deles ficaram impressionados com a capacidade analítica de Mizura, não era normal ver tanto potencial num chuunin, mas considerando que eles estavam ali pra tentarem ser promovidos com certeza esse potencial era maior que o normal.

 

- Pode parecer que estamos repetindo a mesma estratégia mas me escutem – pediu ele – vamos enviar alguns de nós na frente, depois de percorrer 20 km devem aguardar e nós iremos em seguida.

- E como faremos se os inimigos aparecerem? – perguntou um deles.

- Estando sozinho fica mais fácil de se mover e se esconder, em caso de inimigo deve evitar o combate e se possível fugir de volta pra cá.

 

Mizura explicou ainda como o avanço deveria ser feito, os 4 ninjas que seriam enviados tomariam uma distancia de 1 km entre eles e seguiriam em frente, depois de alcançar a distancia determinada procurariam um local seguro pra esperar e se reuniriam esperando que os outros os alcançassem, caso encontrassem um inimigo e houvesse uma batalha inevitável deveriam disparar um sinalizador avisando e pedindo ajuda.

 

- É um bom plano Mizura-kun – elogiou Saggi.

- De agora em diante a discrição tem que ser mantida absoluta – avisou ele – prosseguiremos com cautela máxima e devagar, vamos levar mais tempo mas dessa forma é mais seguro, está de acordo príncipe?

- Acho que você está certo....

- Então vamos prosseguir em 10 minutos, se for possível 2 de nós devem voltar pro acampamento pra informar a situação e pedir reforços.

 

Os dois chuunins que tinham a menor capacidade de combate ou habilidades foram ordenados a voltar, nesse momento eles só precisavam daqueles que tivessem poder de luta e habilidades úteis, outros dois também ficariam nesse ponto reunindo os corpos dos soldados mortos e serviriam de alerta caso um grupo de inimigos viesse por trás, agora restavam 12 ninjas que foram divididos em 4 equipes, duas equipes ficariam  responsável por proteger o príncipe o tempo inteiro, outra equipe seria responsável por avançar e investigar o terreno e a ultima que era o trio de Konoha ficaria um pouco a frente pra dar ordens e organizar tudo.

Conforme planejado a primeira equipe foi em frente, eles eram os que tinham a melhor capacidade de rastreamento e sabiam lidar com armadilhas, calculando a distancia Mizura determinou que meia hora depois os outros avançariam e quando esse tempo passou seguiram em frente.

 

- Odeio essa sensação – comentou Mayuri enquanto seguia seus companheiros – parece até que ta tudo dando errado.

- Isso nunca começou certo pra começo de conversa – respondeu Saggi – mas concordo com você.

 

O trio estava a frente do resto do grupo por 1 km de vantagem, se algo acontecesse com eles o resto da equipe tinha ordens de desviar a rota, quando o trio chegou ao local que seria o ponto de encontro tiveram mais uma surpresa desagradável e assustadora: os ninjas mandado na frente estavam mortos, seus corpos empilhados como se tivesse sido largados ali.

 

- Estamos bem ferrados não é? – perguntou Mayuri.

- Completamente ferrados – respondeu Mizura olhando ao redor.

 

Dessa vez a presença do inimigo foi sentida, no alto da maior arvore da área 3 ninjas da rocha olhava-os como se fossem predadores encarando sua presa, cada um portava uma arma diferente e depois de saltarem de lá se apresentaram.

 

- Somos os guardiões da rocha – se apresentou aquele que parecia o líder – e não gostamos de inimigos em nosso território.

- Foram vocês que esquartejaram nossos soldados? – perguntou Mayuri furiosa – mesmo numa guerra há coisas que são imperdoáveis e desumanas!!

- Estávamos procurando por quem fez isso – respondeu a mulher do grupo – ontem 22 dos nossos foram mortos, imaginávamos que vocês eram os responsáveis.

- Independentemente disso também temos a missão de capturar o príncipe que vocês estão escoltando – disse o outro – então façam o favor de morrerem logo!

- Não vá achando que vai acabar conosco assim facilmente! – gritou Saggi.

 

De repente Mayuri sentiu o uso de chakra atrás deles, o grupo de escolta estava lutando com alguém ou alguma coisa, quando o trio de Konoha pensou em recuar os ninjas da rocha apareceram na frente deles.

 

- Nosso pessoal já está cuidando do príncipe – avisou o líder – se quiserem passar vai ter que ser por cima de nós.

 

O trio de Konoha se preparou pro combate, estavam na pior situação possível, sem ajuda, dentro do território inimigo e enfrentando oponentes desconhecidos, mas sendo ninjas de Konoha desistir não estava nos planos deles.

 

 

Continua.