O Olimpo em Forks escrita por tamycullen


Capítulo 8
Lanchonete do Jony


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem o.O Boa leitura.



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Voei sobre o oceano. O Sol já estava se pondo, logo meu pai iria embora, e minha querida tia apareceria para aninhar os pequeninos com suas belíssimas constelações. Por fim, cansada de pensar no nada, voltamos para casa. De inicio, pensei que estivesse ido parar em outro lugar, mas só depois, percebi que ali era mesmo a residência dos Cullens. O jardim estava lindo, como um dia fora. As plantas foram podadas e regadas. O mato que crescia em volta da casa sumira. Suas janelas estavam limpas, e da onde eu estava eu conseguia ver que dentro dela estava tudo normal. Como que se alguém nunca tivesse deixado de morar ali. A primeira pessoa que vi foi Esme, que me esperava sentada nos degraus da varanda.

- Bella! - correu para me abraçar. - Não sabe o quanto eu fiquei preocupada contigo, apesar de Alice me afirmar que você estava bem.

Seu abraço era de certa forma quente, terno. Me fez sentir-me bem.

- Eu só fui dar uma volta...

- Querida, querida, - ela sorriu - só, por favor, não fuja. Dê-nos uma única chance.

- Mas eu não estava... - tentei lhe explicar que eu só estava dando uma volta, que eu não iria fugir.

- Uma única chance. - Seus olhos brilharam.

- Tudo bem, acho que posso fazer isso. - sorri. Um sorriso falso, sem emoção. Eu só queria que ela se sentisse bem. Deve ser pecado fazer alguém tão bom quanto Esme sofrer.

- Venha, vamos entrar. - ela estava animada. Pelo jeito, eu a convenci. - Alice arrumou seu quarto temporário.

- Temporário? - Como assim? Íamos nos mudar daqui?

Ela andava num passo, que era difícil acompanhar, eu estava quase correndo! A casa era toda branca por dentro, algumas janelas pegavam toda a parede. Havia alguns quadros pendurados ao longo dos corredores, dentre eles, eu reconhecia algumas obras de arte como O Beijo de Gustav Klimt e algumas que me lembro de Carlisle me dizendo que comprou ao longo dos séculos, enquanto viajava, de pintores pouco conhecidos. Ela me levou para o fim do corredor, e me deixou ali sozinha, em frente a uma porta entreaberta.

- Hãn... Alguém? - bati na porta.

- Ah, pode entrar! - a voz vinha de dentro do quarto. Certo. Abri a porta, e parei junto ao batente.

Dentro do quarto, estava um Edward colocando seus inúmeros CDs e discos dentro de algumas caixas. Havia outras espalhadas pelo aposento, em umas tinha "roupas" escrito, noutras "livros" e numa mais distante, "importante".

- Logo já terei terminado de empacotar minhas coisas. - talvez meu olhar confuso tenha o feito deduzir que eu não entendia o rumo da conversa. - Este é o meu quarto, ou melhor dizendo, o seu quarto por enquanto.

-Onde você vai dormir? - não é justo que eu fique com o quarto dele.

 - Ficarei na casa de Esme. - seus olhos se voltaram para os CDs. - Você dirige bem, para uma garota.

- Você não viu nada. - respondi enquanto saia do quarto, batendo a porta atrás de mim.

Andei pelos imensos corredores. Eu me lembrava vagamente de alguns lugares, mas isso não significa que eu não tenha me perdido algumas vezes. Algumas semanas passaram, o verão já estava chegando ao fim. Desde que eu chegara a Forks, eu só havia conseguido falar com meus amigos do Acampamento, apenas uma vez. Meu coração ficava apertado toda vez que eu lembrava deles. Agora, alguns devem estar voltando para suas casas, outros, continuaram em seus chalés. Como eu continuaria. Ninguém sabe a falta que eles me fazem.

Meus irmãos... Sempre foram meu porto seguro. Eu não me separava deles por muito mais que duas semanas à anos. Éramos grudados. Todos. A vontade que eu tinha era de sair correndo. Correr e correr, até que eu avistasse a Colina. Mas, isso meio que seria impossível. Antes mesmo de eu conseguir dar um passo, Alice já teria descoberto meu plano. Papai ficaria furioso comigo, eu não podia decepcioná-lo mais uma vez.

Apesar de sentir saudade da maresia, nunca mais voltei naquela praia. Nenhum deus veio me visitar, pelo menos, não que eu saiba. Alice e Rosalie me arrastaram para um "final de semana das garotas" em Miami. Compramos roupas que tenho certeza que nunca iremos usar. Carlisle me matriculou na escola local, e é claro, ele mexeu os "pauzinhos" para que eu tivesse minhas aulas ou com Edward, ou com Alice, já que eles são os únicos que fingem estar no mesmo ano que eu. Mas, como algum ser misterioso me ama muito, as únicas aulas em que serei livre do clã Cullen são Inglês e Espanhol, o que é um certo alivio. Pelo menos, não terei que ficar grudada com eles o tempo todo.

Emmett me deu um carro. Um Aston Martin. Aquela máquina é realmente linda. Ele ficou todo feliz quando eu disse que havia gostado. Uma das poucas vezes que não precisei mentir para deixar algum deles feliz. Pouco tempo depois, descobri que o Edward tinha um carro igual o meu, somente uns tons mais escuro. Quase bati no Emmett. Quase.

Esme ajudou Alice a decorar meu quarto. Eu lembrava dele. Antes, ele era um tom lilás com algumas listras brancas. Minha mãe que o havia decorado. Agora ele era de um roxo escuro, com uma das paredes negras, enquanto outra era só vidro. O teto foi pintado de forma idêntica ao céu. Com todas as constelações, e até mesmo um eclipse. Lindo, realmente lindo. Às vezes eu me perguntava se era mesmo uma pintura, se não era o céu, de tão realista que era. Emmett me disse que Alice e Edward que haviam pintado.

Hoje já havia chovido bem fraco, agora a pouco o sol havia "brilhado", entenda que, quando o sol brilha em Forks, isso quer dizer que não esta chovendo, mas, o tempo continua nublado. Com exceção de mim e de Emmett, todos os outros foram caçar. O dia estava tediante. Nada que passava na TV conseguia me distrair. Eu já havia enjoado de escudar musica. Na internet não tem nada que eu poderia fazer. E todos os livros que a biblioteca dos Cullens possui, sim, eles tem uma biblioteca, eu já havia lido e relido. Tentei jogar xadrez com Emmett, mas a burrice dele me irrita.

Cansada de ficar sentada no sofá, olhando pro nada enquanto imagino diálogos e cenas que sei que nunca acontecerão, levantei-me.

- Emmett, me empresta seu carro? Ele me olhou estranho, desconfiado.

- Jura solenemente que não irá fazer nada de errado nele, e que irá trazer o meu xodó são e salvo?

- Juro. - Às vezes esse jeito infantil dele é engraçado, em outras, chega a dar nos nervos. Sério.

Peguei as chaves de sua mão, e caminhei até a garagem. Pulei dentro de seu jipe, e dirigi pelas estradas até chegar em Forks, numa lanchonete que eu lembrava vir sempre com a minha mãe, apesar de ela quase nunca comer.

A lanchonete do Jony continuava a mesma. Pouca coisa mudara, e duvido muito que tenha sido feita uma reforma na mesma.

Numa mesa mais afastada, havia um grupo de jovens que conversavam alto. Argh. Numa outra, alguns idosos jogavam cartas. Sentei-me no balcão, onde, além de mim, havia também uma mulher de meia idade, que digitava algo em seu computador. O atendente, que não devia ter mais que uns 15 anos, se aproximou de mim e me entregou o cardápio.

- Ah, não. Obrigado, eu já sei o que eu vou pedir. - falei. - Um X-Bacon e uma Coca.

O garoto levou meu pedido rabiscado numa folhinha até onde deveria ser a cozinha, e logo voltou com o meu prato. - Obrigada. Foi só o que eu disse.

Antes mesmo que eu desse uma mordida no meu lanche, alguém disse atrás de mim. - Com ketchup fica bem melhor.

Virei-me para o dono da voz. - Bom dia Isabella. - sorriu.

- Bom dia Jacob. - sorri de volta. Dessa vez, um sorriso verdadeiro. Jacob sentou-se ao meu lado.

- Eu não sabia que você frequentava lanchonetes como estas. Você tem mais cara de quem vai a Subway.

Como da ultima vez que o vi, seu cabelo estava desarrumado. Ele usava uma calça jeans e uma camisa com mangas. Não parecia o cara com o qual eu encontrei na praia.

- Quem me dera ter um nesse fim de mundo. - ele riu.

- Seth, me traz um milk shake de morango, por favor. - o garoto, quer dizer, Seth voltou para a cozinha e logo trouxe o pedido de Jacob. - Então, como vai Piquenique? - puxou assunto. - Vocês nunca mais apareceram pela reserva. - observou.

- Pique vai bem.

Seth voltou com o milk shake de Jacob. - Aqui está Jacob.

- Seth, esta é Isabela, uma amiga, - Jacob começou as apresentações. - e Isabela, este é Seth, digamos que ele é quase que meu irmão. (risos)

- Ah, então você que é a tal de Isabela? - perguntou-me. - Jacob fala muito de você.

Olhei para o cara sentado ao meu lado. Como assim ele havia falado de mim?


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Notas finais do capítulo

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