O Olimpo em Forks escrita por tamycullen


Capítulo 4
Maldito deus bebum!


Notas iniciais do capítulo

Bem, espero que gostem, boa leitura O.O



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- Que porra é aquela que esta acontecendo naquele quarto?! – gritei.

Todos que estavam treinando – inclusive os próprios treinadores - , pararam seus afazeres e se viraram para nos olhar. Ótimo! Agora virei algum tipo de novela mexicana vagabunda! Esse povo não tem mais o que fazer não? Eu hein!

- Bem, sua tia veio aqui e implorou para poder arrumar suas coisas, eu bem... Eu não tive muita escolha senão... – falou enquanto balançava suas mãos. Sinal de nervosismo.

Jimi era alguns anos mais velho que eu, mas em certos momentos, agia como se eu fosse a mais velha.

- Que tia? – perguntei séria.

- Uma tal de, Alicia, Aline...

- Alice. O que aquela sanguessuga fazia no Acampamento?! – esbravejei.

Ótimo, agora eu virei algum tipo de boneca pra uma maníaca-pintadora-de-rodapé! Quem deu o direito pra ela fazer aquilo nas minhas coisas? As coisas são minhas! Os gostos são meus! Jimi não me respondeu. Continuou calado enquanto eu o encarava.

- Jimi Hendrix, quem foi o defunto que deu autorização para que aquelas aberrações entrassem no Acampamento? Quem deixou que eles mexessem nas minhas coisas? – falei em tom ameaçador. Ah mais se eu pego quem permitiu essa barbaridade... Jimi novamente só olhava para seus pés, sem me responder. – QUEM? QUEM FOI QUE DEU A MALDITA AUTORIZAÇÃO?

- Fui eu. – uma voz falou atrás de mim. – E você vai fazer o que? Se queixar com seu papaizinho?

Senhor D. estava como sempre com aquela sua roupa desprezível. Argh! Olhava-me de um jeito divertido, como se ele estivesse gostando dessa intriga toda. Imbecil.

- Não, ao contrário de alguns por aqui, eu não sou uma garotinha mimada pelo papai.

- Esta sugerindo alguma coisa senhorita Suana? – Ai que ódio desse maldito deus! Ainda por cima, se finge de burro. Quer aparecer? Coloca uma salada de fruta na cabeça e sai dançando igual a Carmen Miranda!

- Pra inicio de conversa, meu nome não é merda de Suana nenhuma! Suana é o nome que você deu a esta sua camisa horrível, que já deve ter vida própria, você não tira ela por nada! Daqui a pouco ela vai sair correndo atrás de umas ninfas proibidas também! É Swan! S-W-A-N! – soletrei. – Meu nome é Swan! E se a carapuça serviu, faça bom proveito dela.

Deusinho filho da puta! Quem ele pensa que é? O rei do mundo? Sinto muito falar, mas ELE NÃO É! Ele só é um pouco de massa – e cachaça - que ocupa espaço demais nesta dimensão. A este ponto, metade dos campistas, juntamente com algumas ninfas, dríades, sátiros e centauros assistiam ao nosso pequeno ‘espetáculo’.

- Olha o jeito como você fala comigo garotinha idiota. – olhava-me intensamente. – Eu não tenho a paciência que meus parentes têm. Você sabia que eu posso ter dar uma bela punição só por você me ofender, hein?

- Foda-se! – ouvir um coro de ‘Oh!’ vindo na minha amada platéia. – Você não pode me punir se eu não estiver no Acampamento. – joguei na tua cara.

- Mas você não pode sair sem minha autorização. – jogou de volta.

- E você vai fazer o que? Mandar esses aqui atrás prender-me. – apontei com a mão para a platéia, sem desviar meu olhar do dele. – Ou vai você mesmo fazer isso? Seu bebum dos infer... – fui cortada.

- BASTA! – gritou. – GAROTINHA ALDACIOSA! PARA A CASA GRANDE, AGORA!

- E quem me obrigará? – questionei-o.

- Eu.

Apolo tinha sua aparência de sempre, com exceção de sua cara, que estava carrancuda. Nunca o vi com essa expressão. Mas quer saber, to na chuva então vou me molhar de vês! Seu conversível vermelho estava parado logo atrás dele. Agora, tenho certeza de que a fofoca corre solta pelo Acampamento, todos os habitantes estavam ali presentes. Muitos dos semideuses, nunca eram reclamados por seus pais imortais, ou quando eram, nunca realmente os conheciam. Portanto, todos estavam ali boquiabertos com a aparição repentina do deus do sol.

- Isabela Swan, você irá obedecer a seu tio. Isto é uma ordem direta do seu pai. – falou sério. – Alias Jimi, obrigado por tentar cuidar dela.

- Disponha papai. – Aquele traidor respondeu.

- Eu sou grandinha o suficiente para cuidar de mim mesma, não tenho mais que agüentar nenhum destes traidores, na verdade, não tenho que agüentar ninguém que eu não queria, inclusive você. – falei.

- E o que você planeja fazer sobrinha? – Dionísio perguntou, sem nem ao menos se importar em esconder seu sorriso. Hey, quem tava falando com o bebum?

- Como eu disse, eu não devo agüentar nenhum de vocês, então com - licença. – Virei-me e segui em direção aos chalés. Mas não antes de virar para Jimi e dizer um simples: - Traidor.

Ainda tive tempo de ouvir várias pessoas gritando por mim, mas não me importei com nenhuma das vozes. Corri para o chalé 7, lagrimas corriam desesperadamente por minha face. Eu não acredito que depois de tudo, todos ficassem contra mim. Meu pai, que eu achava que me entendia, não passa de mais um deus que acha que manda em tudo e em todos! Ele não tem sentimentos, somente fingem telos. Provavelmente, sai por ai fazendo um bilhão de filhos, mas deixa a maioria morrer, assume pouquíssimos. Talvez Cronos tivesse razão quando falou que os deuses só se importavam com eles mesmos, e usassem seus ‘filhos’ para fazer seus deveres que não queria fazer por si mesmo. Urgh! Esses malditos deuses! Que morram todos!

Entrei no chalé, e para meu total e completo espanto, alguns dos Cullens estavam ali presente. Ótimo, era só do que eu precisava agora!

- O que vocês estão fazendo aqui? – Perguntei, e sem deixar tempo para eles responder já completei. – Gostaram do show que vocês organizaram? Foi do agrado de vocês ou queriam que tivessem alguém disposto a oferecer a veia pro adversário?

Limpei as lagrimas que manchavam minha bochecha.

- Isabela, nós não somos deste jeito que pensa e tu sabes disto. – Jasper falou.

- Eu acho que eu não sei disso. – Falava enquanto caminhava ao meu guarda-roupa. – Na verdade, eu acho que não sei de mais nada.

Peguei uma bolsa um pouco maior a que eu utilizara anteriormente. Busquei uma muda de roupas limpas e coloquei encima da cama mais próxima. Aproveitei e fui até a escrivaninha, peguei meu I-pad, o carregador do meu celular, meu Ipod e seus devidos fones, e claro, seu carregador.

- Onde você vai? – Alice me perguntou.

- Para qualquer lugar longe daqui. – respondi enquanto andava de um lado para o outro no quarto. – Alias, veja você mesma.

- Minhas visões podem mudar e você sabe disso... – Alice começou

- Onde? – Rosalie questionou-me.

- Isso não interessa a nenhum de vocês. – respondi. – Alice me passa...

Antes que eu terminasse de falar, ela já estava jogando meu exemplar surrado de ‘A revolução dos bichos’ de George Orwell.

- Valeu. – agradeci.

- Pelo menos ainda possui boas maneiras... – Rosalie começou.

Okay, segundo rund de Isabela. Lá vamos nós.

- Olha aqui sua loira de farmácia, quem você é pra falar de boas maneiras? – hora de jogar seus podres na tua cara lacraia! – Até onde eu saiba, não é nem um pouco ético matar pessoas a sangue frio, principalmente se forem próximos a ti.

Rosalie me olhou, seu rosto ficou vermelho de raiva, mas ela não retrucou. Aposto que ela pensava nas formas mais dolorosas para me matar também. Ignorei. Coloquei o livro, juntamente com minhas outras coisas na bolsa. Busquei uma calça jeans meio rasgada, uma blusa preta, lingeries pretas, minhas botas favoritas e algumas bijus no guarda-roupa. Peguei uma toalha limpa e fui até o banheiro.

Despi-me rapidamente. Abri o chuveiro e deixei a água quente cair sobre os meus tensos músculos. Aquilo me relaxou, como sempre me relaxava. Enquanto me ensaboava, a espuma do sabão ardeu em meu pescoço. Droga! Somente agora, depois de todo aquele caos, me lembrei que tinha um corte feito pelo o vampiro que Percy matara outra noite. Terminei meu banho. Enrolei-me numa toalha e peguei um bandaid na caixinha de primeiros socorros que mentíamos no banheiro. Limpei o corte e coloquei o curativo sobre o mesmo. Já seca, sai do banheiro enrolada na toalha.

Os Cullens continuavam no quarto. Alice olhava com cara feia minhas roupas. Emmett se divertia com Rosalie no Nitendo Wii, Jasper olhava nossos livros e Edward... Bem, Edward parecia que estava mexendo no meu celular, mas no momento me encarava, assim como os outros.

Andei calmamente até onde deixara minhas roupas, eles continuavam me encarando. Ai minha Santa das Botas! Eu não tenho ninguém normal a minha volta?!

- Um pouco de privacidade é bom, sabiam? – continuaram a me encarar. – Okay, vocês podem se virar? Isso é constrangedor!

- Não tem nada ai que eu já não tenha visto. – Jasper falou e voltou-se para os livros. Tudo bem, eu sei que ele já me viu nua, mas isso era quando eu era criança. Hello, terra chamando! Eu cresci, meu corpo mudou!

Todos voltaram a fazer o que faziam antes de eu sair do banheiro. Troquei-me o mais rápido que meu corpo me permitia. Enquanto colocava as botas, senti um olhar nas minhas costas que só faltavam me atravessar.

- O que foi Alice? – falei.

- Eu não acredito que você anda igual uma mendiga com essas calças rasgadas! – sua cara estava realmente me dando medo. – Eu comprei todas essas roupas lindas para depois você usar uma calça rasgada?

Okay, momento de esclarecer as coisas por aqui.

- O negocio é o seguinte, - me levantei da cama, com as botas, eu ficava ainda mais alta que a baixinha da minha tia. Isso soa só estranho para mim? – essas são minhas roupas, meu estilo. E você nem em outra encarnação vai conseguir me fazer vestir isto. – apontei para um vestido branco cheio de corações rosa e vermelhos.

- Magoou.  – falou fazendo carinha de cachorro que caiu da mudança.

- Tente com outro, depois de conviver com Juníper e Annabeth eu sou imune a isto. – falei sorrindo. Um sorriso cínico que não fazia parte do meu cotidiano, pelo menos não no acampamento.

- Então Bellita, já decidiu pra onde vai? – Emmett perguntou. – Droga Rosalie! Eu sou do seu time! – retrucou quando Rosalie matou seu personagem no Wii.

- Continuo não sabendo. – falei.

E só agora me dei conta, eu não podia sair do Acampamento porque eu não tinha nenhum outro lugar para ir. Claro que, eu poderia ir para a casa da Senhora Jackson, ou a casa do Senhor Chase, sei que eles me receberiam de braços abertos, mas... Eu nunca iria me sentir bem em nenhum dos lugares. Talvez Perséfone convencesse Hades a me deixar passar uma temporada no Mundo Inferior...

- Bem, você sabe que seria mais do que bem vinda na nossa casa né? – Edward levantou-se da cama, e caminhou até ficar do lado da Alice, que era a que estava mais próxima a mim. – Na nossa casa. – enfatizou bem a palavra ‘nossa’.

- Deixou de ser minha no momento em que fui trazida ao Acampamento... – sussurrei meio que para mim mesma, mas duvido muito que eles não tenham escutado.

- Ora, pare de birra Isabela. – Jasper se pronunciou. – Não tem se quer um dia em que, não falamos de você naquela bendita casa.

- De qualquer forma, Apolo nunca me deixaria ir morar com vocês. – apressei-me em arranjar uma desculpa. – E meus amigos? Eles nunca poderiam ir me visitar!

- Quem falou essa mentira? – Emmett falou – Esme e Carlisle adorariam ter semideuses de novo naquela casa...

- Como assim, de novo? – questionei-o.

- Eu acho que já falei demais, eu vou hãn... visitar os estábulos! – e saiu em velocidade sobre-humana.

- Alguém poderia me responder?

- Não. – falaram em uníssono.

Terminei de me arrumar, amarrei meu cabelo num rabo de cavalo, simples e bonito. Coloquei minha bolsa sobre meus ombros e tomei meu celular das mãos do Edward – sim, eu sei ser ignorante quando quero. Sai do chalé sem falar uma palavra. Andei pesadamente e com a cabeça levantada em meio a tantos campistas – dentre outras ‘aberrações’ – que me olhavam e logo viravam para o lado para cochichar algo. Bando de fofoqueiros! Cheguei ao Estábulo. Piquenique - uma pégaso branca com a crina preta, que me adotara como sua dona – estava toda feliz em me ver.

- Hey garota, eles cuidaram bem de você enquanto eu estava fora? – acariciei sua orelha.

Em resposta, Piquenique deu um relincho. BlackJack que estava do outro lado, também deu um relincho quando reconheceu minha voz.

- Bom te ver BlackJack, e como andaram tratando você? – acariciei seu pelo. – Foi escovado hoje, hein?

- Tem certeza do que esta fazendo? – Percy saiu de trás do cavalo alado.

- E por que eu não teria? – perguntei. – Ficar neste lugar com essas criaturas imbecis eu não vou. Recuso-me.

- E vai pra onde? – questionou-me.

Bem, chegamos ao ‘X’ da questão.

- Não sei bem ainda... – confessei. – Talvez pra debaixo de uma ponte ou até mesmo pedir abrigo na casa de seu tio no Mundo Inferior... – fui cortada. O meu Cristo, ta virando moda isso né?

- VOCÊ O QUE? – Emmett e Percy gritaram.

- Emmett, o que você... – Percy começou a perguntar mais foi cortado.

- O que fizeram com vocês estes anos todos Isabela?! – Emmett surtou. – Colocaram um E.T. ai dentro de você, porque essa é a única explicação pra tamanha burrice!

- Tenho que concordar com o grandão. – Percy se pronunciou. – Isso é loucura Bella! Até o BlackJack e a Piquenique estão surtando!

- Eu já decidi, e não tem nada que vocês possam fazer quanto a isto. – falei e cruzei meus braços.

- Ah tem sim... – Emmett sussurrou.

- Ta pensando o mesmo que eu? – Percy falou com ele.

- Provavelmente. – Emmett respondeu enquanto passava uma mão na outra.

Depois disto eu não me lembro de mais nada.

(Continua...)

Autora aqui!!

Antes que me peçam uma imagem que descreva melhor a roupa dela – que, diga-se de passagem, eu amei – aqui tem uma imagem que descreve-a perfeitamente. Afinal, uma imagem vale mais que mil palavras:


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Notas finais do capítulo

Então, gostaram?
Fiz o capitulo um pouco menor'
Não sei vocês, mas eu estou gostando mt de ter a Bella revoltada com a vida.
Comentem, dê ideias, dicas, toques, criticas!

Reviwes são o combustivel para um bom autor!



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