O Olimpo em Forks escrita por tamycullen


Capítulo 3
Acabo ficando sem meu lanche!


Notas iniciais do capítulo

Bom, demorei mas postei.
Capitulo um pouquinho grande XD
Espero que gostem O.O Boa leitura.



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Chegamos no luxuoso hotel em frente ao Central Park. Era ali que Nico estava ‘morando’ com o misterioso advogado. Nico tem apenas 12 anos, e não tem nenhum tipo de amizade com ninguém, nem mesmo na escola ou no hotel. Posso dizer que sua única amizade seria eu e Percy, no momento.

Estávamos parados em frente ao prédio, dentro de um carro roubado... Okay, okay, eu sei que é errado e blá blá blá, mas meio-sangues não costumam seguir as leis mortais.

– Okay, terceira janela da direita pra esquerda, 5° andar, é o quarto do Nico. – Percy me passava as instruções.

– Tudo bem... Er, Percy?

– Late. – Por acaso já citei que O D E I O quando falam esses tipo de coisas pra mim? Pois bem, eu realmente odeio!

– É que... E se ele não quiser vir. Eu o deixo desacordado ou algo do tipo? – falei.

– Ta louca?! – Esbravejou – É claro que não! Se ele não quiser vir, você me avisa pelo comunicador que eu deixo ele desacordado. – Quanta diferença! – Agora vai, vai! Eu quero chegar logo no Acampamento.

E me expulsou do carro. Vê se pode! Abusado!

Atravessei a rua, não havia nenhum sinal de carro algum nela, a não ser pelo nosso, claro. Fui ao lado do prédio, onde tinha a tal escada que Percy falara. Subi com muito cuidado para não fazer barulhos, ou até mesmo cair. Achei a janela do quarto do Nico, ele estava sentado numa cadeira, de frente à um notebook. Parecia estar mexendo em algum photoshop ou algo do tipo. Okay, Isabella se prepara que a hora da verdade chegou.Pensei.

Bati no vidro e Nico me olhou, seu rosto tomado pelo espanto, surpresa e curiosidade. Ele correu até a janela, e a abriu sem esforços.

– Mas que diabos...

– Psiu... Não tenho tempo pra lhe explicar – falei quase que sussurrando – Pegue uma mochila e coloque uma muda de roupas nela. Rápido.

– Por que eu faria isso? – seus olhos estavam tão franzidos que era quase impossível eu enxergar suas pupilas e suas iris.

– Só faça isto, confie em mim – falei.

– Eu confio em você. – falou meio que, duvidando do que dizia. Okay, colocar na lista de coisas que as pessoas acham de mim: inconfiável.

– Então vai logo, rápido.

Ele voltou-se para dentro do quarto, abriu seu closet, pegou uma mochila, e dentro, colocava uma muda de roupas, como lhe foi pedido, ou a melhor forma de se falar seria ordenado?

Vê-lo assim... Tão vulnerável e inocente... Fez-me lembrar do quão difícil fora quando eu descobrir que era uma semi-deusa, foi... complicado. Todos meus amigos e minha família deixada para trás, sem nem ao menos um ‘adeus’.

Esta lembrança fez meu coração apertar, e meus olhos ficaram molhados com malditas lagrimas que já deviam ter secado com o passar dos anos. Forcei-me à segurar as lágrimas que estavam prontas para cair, eu não podia deixar Nico me ver chorando... Ele ia ficar assustado.

Já para Nico, acho que pode ser menos doloroso... Quero dizer, ele não tem amigos nem família! Ninguém que realmente vá sentir sua falta, ou até mesmo ele vá sentir falta de algo.

– Isa? – Fui tirada dos meus devaneios.

– Fala bebê.

– Posso levar meu laptop? E hãn... Não me chama de bebê nunca mais! É constrangedor! – Parece que essa não foi a primeira vez que eu ouvi isso...

– Ta ta, tanto faz, é pode sim levar seu laptop. – falei sorrindo.

– Bella, anda rápido com as coisas ai. – Percy falou no comunicador. – As coisas estão ficando feias por aqui.

Era só o que me faltava agora!

– Okay, já estamos indo. – respondi. – Nico, tudo pronto?

– Sim, mas para onde estamos indo? – me perguntou, enquanto pulava a janela.

– Viagem agora, perguntas depois. – respondi o puxando para baixo.

Descemos rapidamente as escadas, sem fazer um ruído sequer.

Percy já havia ligado o carro, só estava nos esperando.

– Nico, entra no carro! – gritei enquanto corria para o lado do passageiro, e Nico dirigia-se para o banco de trás.

– Eu não posso...

– ENTRA LOGO MULEQUE! – Percy gritou de dentro.

Nico entrou rapidamente no carro, seguido por mim.

– Quais são as aberrações? – perguntei.

– Frios. – respondeu.

– Eu não mereço! – falei, jogando os braços pro alto. – Jesus, Maria e José, o que eu fiz de tão ruim? Colei chiclete na cruz é?

– O que é frios? – Nico perguntou do banco de trás.

– Vampiros, sanguessugas, corpos sem alma, vamps, criaturas do inferno, chame do que quiser. – Percy respondeu.

– Ha... Saquei. – respondeu pensativo.

– Sacou o que? – perguntei.

– Eu to em um daqueles programas que pregam peças nas pessoas...

Eu não podia falar que sim, porque eu estaria mentindo, e não podia falar que não, porque se não, ele saberia demais, por enquanto... Ai meu São Longuinho, se você me tirar dessa eu dou três pulinhos.

– Er... É isto mesmo. Mas você tem que fingir de que não sabe e fazer uma bela cara de surpreso no final, se não vamos perder audiência. – falei.

– Okay Isa. – ele respondeu animado.

Olhei pelo canto do olho para o Percy, ele não sabia se ria pela minha resposta, ou se ficava preocupado, por ter vários vampiros por perto.

O ronco do meu estomago, fez-me lembrar que eu não comia nada há horas, e estava morrendo de fome. Mais um ronco, dessa vez os garotos escutaram.

– Hmm, acho que to com fome... – falei, com o meu melhor sorriso amarelo.

– Sabia que nem deu pra perceber?! – O Percy é muito irônico às vezes sabe?

– Engraçadinho... – falei. – Ainda faltam horas pra chegarmos ao Acampamento, e é capaz de eu comer este carro se não pararmos numa lanchonete.

– Ok, há uns cinco kilometros, tem um Mcdonalds. Serve?

– Ai, Percy, eu te amo! – gritei batendo palmas.

Cara, to andando muito com a Annabeth!

Jackson acelerou, e não sentíamos mais os vampiros, acho que os despistamos. Fomos o caminho todo cantando, Nico não fez mais nenhuma pergunta. O que era uma coisa boa. Eu nem vi o tempo passar, quando dei por mim, já estávamos no estacionamento da lanchonete.

Desci do carro, o cheiro de hambúrgueres é uma das coisas que mais sinto falta, da época de que eu era ‘mortal-normal’. Tive vontade de sair correndo igual uma louca até a loja, mas me controlei.

Percy e Nico, cada um ficou de um lado meu. Entramos na lanchonete, e caminhamos até a mesa mais afastada. Sentamos. Um olhava para o outro, sem saber o que fazer.

– Okay, eu vou querer um Mc’cheese com batatinhas, um suco de uva, e um Milk shake de morango. – falei. - E vocês?

– Hmm, eu quero um Big Tasty sem batatinhas, uma coca, e um Milk shake de chocolate. – Percy escolheu.

– Er... Eu quero um Big Mac sem batata, uma coca, e um Milk shake de coco. – disse o Nico.

– Tá, quem vai lá fazer os pedidos? – perguntei na inocência.

– Você! – falaram os dois em uníssono. Mereço!

– Credo gente... – resmunguei enquanto levantava da mesa e ia até a fila, que, diga-se de passagem, pra uma madrugada estava enorme. Tinha cerca de umas 15 pessoas.

Pensei em me passar por grávida, mas ai eles iam achar que o Percy era o pai, e falariam que o Nico também é meu filho. É melhor não. Pensei também em me fingir de deficiente, mas ai eles veriam pelas câmeras que era mentira. Então fiquei ali mesmo, na enorme fila para os normais. Como se eu fosse normal! HELLLO! É quase 03hda manha e tem um monte de gente no Mc!

Eu estava contando quantos minutos as atendentes (mas lerdas que um jabuti, diga-se de passagem!) gastavam só para escrever o pedido do cliente, foi quando eu os vi. Eles eram lindos e elegantes. Andavam... Não, desfilavam pela lanchonete. Parecia aquelas cenas de cinema sabe? Onde o cabelo até voam, tudo parece ficar em câmera lenta, e por onde eles passam todos param de fazer o que estavam fazendo somente para admirá-los.

Eles eram quatro lindos vampiros. Estavam andando em pares, uma loira, que poderia ter tudo e todos aos seus pés, andava acompanhada de um vamp que parecia um urso, tamanho eram seus músculos. Atrás deles, vinha outros dois, uma baixinha de cabelos negros, que parecia uma fadinha, junto com um loiro, que parecia estar sendo queimando vivo, tamanha era a sua cara de dor.

Eu nunca vira nenhum frio tão elegante. Eles estavam vindo em minha direção, foi quando eu se toquei... Há algumas horas, eu havia matado um vampiro... Eles devem ter nos seguidos e agora querem nos matar!

Sai da fila e corri até onde Percy estava sentado junto com Nico, esbarrando em varias pessoas no caminho, as fazendo ficar cheias de pedaços de lanches, refrigerante e batatinhas. Os garotos faziam um replica exata do templo de Atena com canudinhos na mesa, como? Nem me pergunte!

– Meninos! Acabei de ver quatro vampiros aqui dentro, temos que sair daqui agora! – falei.

– Venha! – Percy falou e puxou Nico da mesa.

Passamos direto pelos sanguessugas, eles nos olharam de uma forma diferente... Como se esperassem outra reação nossa, sei lá como descrever. Eu não tento entender a mente destas aberrações! Eu andava na frente, abrindo caminho para os dois atrás de mim. Abri a porta e sai pra fora... BUM! Ai! Minha cabeça latejou enquanto eu tentava me levantar do chão. Mas como? Eu abri a porta! Abri os olhos, e me deparei com um homem maravilhosamente lindo. Lindo como eu nunca vira antes, lindo como nenhum outro, mas lindo que o Brad Pitt!

– Desculpe-me, eu devia ter sido mais cuidadoso... – falou me estendendo a mão.

Peguei-a, e rapidamente a soltei, caindo novamente no chão. A mão dele era fria, igual à de um frio. Ele era um frio.

– Isabella cuidado! – Percy falou atrás me mim, me ajudando a levantar.

Isto é uma quadrinha de vampiros! Nunca conseguiremos mandá-los todos para o Tártaro sem nenhum humano ferido. E como lutaremos com cinco e protegeremos Nico ao mesmo tempo?!

Este é nosso fim! Devíamos ter ouvido Annabeth e ter pedido reforços ao Acampamento. Levantei meu olhar, e olhei diretamente nos olhos do frio que me jogara no chão. Mas como? Ele não tinha os olhos vermelhos iguais aos dos vampiros comuns. Ele tinha os olhos amarelos.

Senti Percy virando-se atrás de mim... PERFEITO! Agora estávamos cercados!

– É o seguinte: se vocês nos matarem, serão caçados até a morte por nossos pais, e irão diretamente para o Tártaro. – falei em tom de ameaça. Acho que não funcionou como eu esperava, já que minha voz tremeu no final.

– Mas Isabella, nós não queremos machucar vocês! – falou a baixinha.

– Como sabe meu nome? – Perguntei me virando para onde vinha a voz.

– Ai que ótimo! Eu avisei que ela não se lembraria de nós! – falou a loira.

– Lembrar de vocês? Eu NUNCA vi vocês! – Esbravejei.

– Tem certeza Bellita? – falou o que acompanha a loira, o que parecia um Urso.

Bellita? Eu me lembro disto. Somente minha mãe, e sua família me chamavam assim, mas ela morrera e a família me abandonara...

As lembranças começaram a invadir minha mente, sem ao menos pedir permissão...

Eu sendo jogada ao ar, por um homem grande de os mesmos olhos amarelos... Uma ‘‘fadinha’’ me fazendo de ‘Barbie’... Um homem com cabelos extremamente loiros cuidando dos meus machucados... Um cara com os cabelos loiro-escuro, me ensinando a falar e andar de bicicleta... Uma loira me tirando dos braços do que me jogara no ar... E claro, uma mulher de cabelos castanhos, fazendo comida para mim... Uma outra, com cabelos mais escuros me colocando pra dormir... E um homem de cabelos acobreados, que brincava de boneca comigo...

Não... Não pode ser... Estes eram Rosalie, Emmett, Jasper, Alice e Edward.

Não, não pode ser possível! Eles permitiram que papai me levasse de Forks, eles permitiram que minha vida virasse do avesso, eles permitiram que eu ficasse longe de minha mãe...

Uma dor aguda invadiu meu coração. Eu não sabia o que fazer... Tudo que eu fizera na minha vida até hoje, pareceu ser... Nada! Absolutamente nada!

Sai correndo, sem rumo, sem destino. Somente com a vontade de que o tempo parasse, e tudo voltasse a ser o que era há dez minutos atrás.

– Isabella! – ouvi Percy gritar, mas eu já estava muito longe.

Isso não podia estar acontecendo! Por quê? Por quê? Eu tinha uma família e tive de deixá-los. Corri, corri. Não parei de correr nem para respirar. Todas as lembranças que eu lutei por tanto tempo para esquecer voltaram à tona. Meu cérebro trabalhava a mil, minha mãe era vampira e meu pai um deus olimpiano, o que significava... não, NÃO!

Por que essas coisas só acontecem comigo? Agora tudo estava claro, por isso que os deuses me tratavam de forma diferente... É pelo simples motivo de que eu não sou uma semideusa ‘normal’, eu sou semi-deusa e meio-sangue vampira.

Minha mãe era de Forks, e era vampira. Já meu pai, era o deus Apolo, do Olimpo.

Eu... Eu tinha uma família perfeita... Mas Zeus tinha que destruí-la! Não é minha culpa o pai dele ser um idiota completo que tentou matar ele e seus irmãos! Ele não tinha o direito de me tirar daquela família. Da minha família!

Por que, justo agora que as coisas realmente estão entrando nos seus devidos eixos,elestinham que reaparecer? Parei no meio da estrada, eu estava perdida! Desabei a chorar, eu não merecia aquilo tudo. A estrada estava um breu, vazia, sem nenhum carro a vista. Chorei pela morte de minha mãe, chorei pelos meus amigos que eu tinha deixado em Forks, chorei pela minha família que me abandonara, chorei pelo meu pai, chorei pelo inferno que minha vida sempre fora.

Peguei meu celular, eu tinha que falar com o Percy, afinal, ele devia estar preocupado. Disquei o numero de seu celular, tocou duas vezes e ele já atendeu.

– Alô! Isabella? – esbravejou.

– Oi Percy...

– Onde você esta? – Cortou-me.

– Estrada S12, umas 1,25 milhas ao norte da lanchonete, no máximo.

– Okay, estamos indo até ai. – e desligou.

Não se passou 10 minutos, e vi uns quatro faróis de carros, vindo da direção que eu vinha, juntos. O carro da frente percebi, ser o que eu e Percy, havíamos roubado, e os detrás nem me dei ao trabalho de reparar.

Percy pulou do carro, e correu para me abraçar. Chorei novamente em seus braços, molhando toda sua camisa. Se ele tivesse são, ele estaria me matando...

– Xiiu, calma, está tudo bem agora... – falava enquanto passava as mãos pelo meu cabelo.

– Percy... Eu... Minha mãe... Minha família... Papai... – choraminguei.

– Calma Bella, tudo passou, está tudo bem agora...

Senti mãos frias me puxando dos braços do meu melhor amigo, me aconchegando em um colo conhecido. O colo do Jasper.

– Me solta... – vociferei

– Bella, não... – sussurrou.

– ME SOLTA! – livrei-me de seus braços – O QUE VOCÊS QUEREM COM ISSO TUDO? Vocês... Vocês me abandonaram da pior maneira que eu posso imaginar... Vocês deixaram minha mãe morrer... Vocês deixaram Apolome levar de Forks... VOCÊS ACABARAM COM A MINHA VIDA!

– Isabella Swan, trate de se acalmar. – Rosalie falou com seu tom autoritário. – Com quem você pensa que esta falando? Nós não somos nenhum desses seus amiguinhos do Acampamento que você fala como bem quer. Nós somos sua família e você nos deve respeito!

– Pronto. Uma sanguessuga que além de cometer assassinatos a sangue-frio e transformar minha vida um inferno, quer me dar lição de moral! Uma família de verdade não faz o que vocês fizeram...

– Isabella, olha como você fala com a Rosalie, - Dessa vez quem falou foi Emmett - não me obrigue...

– Não te obrigar a que? Bater-me? Talvez me morder? Pois bem, vá enfrente sanguessuga dos infernos, morda-me! – tirei o cabelo da minha clavícula, deixando-a totalmente exposta. – Vocês todos deviam ir para o fundo do Tártaro até chegar ao ponto de terem que matar uns aos outros para sobreviverem sanguessugas nojentos!

– Isa... O que esta acontecendo aqui...? – Nico saiu detrás de Percy.

– Simples esses malditos sanguessugas, acham que são minha família, depois de terem me feito sofrer o tanto que eu sofri. Eles acham que têm o direito de se quer falar comigo... – Olhei com desprezo cada frio ali presente. Eles me davam nojo! Cuspi no chão. – Percy, vamos embora antes que eu vomite aqui mesmo.

– Ta, claro. Só me da um minutinho... – falou empurrando Nico para dentro do carro. O segui.

Dentro do carro estava mais quente. Nico sentara no banco de trás e usava seu casaco como cobertor. Percy ficou falando com os Cullens por um momento, estava começando a achar essa conversa muito estranha, quando finalmente ele retorna ao carro. Do banco de trás, com a ajuda do controle remoto, Nico liça o rádio, colocando numa estação qualquer que não fiz questão de reparar.

– Pode me dizer o que significou aquela baixaria toda lá fora?

– Cala a boca Percy. Você não sabe nada... – sussurrei.

– É claro que eu não sei nada, você não fala sobre isso. Alias, me parece que todo mundo sabe da historia, menos eu.

Os segundos começaram a passar, até se tornarem minutos. Percy provavelmente já achava que eu não ia responder, alias até mesmo eu achava que eu não ia responder. Quando finalmente falo:

– É... Complicado.

– Acho que eu posso entender. – Vira-se para olhar-me nos olhos rapidamente, depois volta sua atenção novamente para a estrada.

– Outra hora, tudo bem?

– Você que manda.

Aconcheguei-me melhor no banco, a posição anterior que eu estava fazia minhas costas doerem. A paisagem passava rápida e borrada pela minha janela, arvores viravam apenas borrões escuros na madrugada. Ao fundo, o horizonte começava a clarear sinal de que meu pai já estava trabalhando.

– Bom dia papai... – sussurrei.

Nico acabou dormindo no banco de trás, Percy estava quase.

– Percy, para o carro, deixe que eu dirija. – despertei.

– Não, esta tudo sob *bocejo* controle. – sorriu amarelo.

– Ta bom machão, agora deixa que eu continue.

Percy parou a BMW m5 no acostamento e saiu do carro. Sai também. Enquanto trocávamos de lugar, um Volvo prata passa devagar por nos e continua seu caminho.

Entramos no carro e continuamos nosso caminho. Percy dormiu em menos de 2 minutos. A estrada estava vazia, e eu não sou nenhuma burra no volante. Acelerei. O ponteiro foi de 80 kh para 120 kr, 130 kh, 140 kr, mantive a velocidade.

Passei pelo Volvo, e em menos de 1hr estávamos no começo da Colina Meio-Sangue.

– Percy, Percy acorda! – o chacoalhei, virei para trás – Nico, baby acorda! – o chacoalhei também.

Nenhum sinal de eles estarem despertando. Bom, eu tentei do melhor jeito...

– ACORDA INFERNO! – Falei gentilmente.

– Cadê? Cadê? – Percy pulou a ponto de quase bater a cabeça no teto – Cadê o monstro?

– Cala a boca, eu só estava acordando vocês! – olharam-me como se eu fosse louca.

Saímos do carro, tirei meu sapato e minhas meias, os coloquei na minha bolsa, os garotos fizeram o mesmo. Corremos colina acima, em meio a tantas brincadeiras. A grama verde e macia embaixo do meu pé, dava-me uma estranha sensação de paz, juntamente com o sol escaldante acima de nossas cabeças e a leve brisa fria em nossos rostos.

No topo da colina juntamente com Peleu, estava Matt, um garoto de uns 13 anos, do chalé de Afrodite.

– Olá Percy, Bella – nos cumprimentou sem parar de acariciar Peleu. – E você é?

– Olá Matt. – Eu e Percy falamos em uníssono.

– Nico di Ânge... isso é mesmo um dragão? – deu um passo mais a frente.

Peleu que estava deitado se levantou, assustando Nico que recuou rapidamente.

– Oh, sim. Este é Peleu, ele guarda a entrada do Acampamento. – Respondeu animadamente Matt. – Acho melhor vocês irem, Annabeth não deu sossego a ninguém aqui desde que vocês partiram.

– Obrigado. – agradeci enquanto passava por eles.

Descemos a colina, ao longe, podíamos ver o acampamento inteiro: os chalés, a casa grande, o lago... Tantos lugares, onde passei momentos inesquecíveis. Antes que chegássemos à metade da descida rumo à Casa Grande, Jimi, meu irmão mais velho, juntamente com Grover e Annabeth corriam desesperadamente ao nosso encontro, parecendo um bando de loucos.

– Bells! – Jimi gritou quando nos alcançou.

Pulei em seus braços. Aquele abraço era muito reconfortante, fazia-me sentir em casa. Finalmente em casa.

– Estava preocupado com você, pequena! – sussurrou.

– Eu também estava meu pé-grande! – falei. – Okay, eu não consigo respirar!

Ele me soltou, e quase cai de costas, minha sorte é que Jimi tem ótimos reflexos.

– Então, este é o famoso Nico di Ângelo? – Grover perguntou.

– Famoso talvez não, mas sim, eu sou Nico di Ângelo. – cumprimento todos com um aceno de cabeça.

– Isabela, da próxima vez que você fizer uma chantagem comigo, pode ter certeza que eu arranjarei uma forma de fazer você pagar, e vai sair caro, muito, muito caro. – Annabeth disse ao se aproximar de mim. – Ai amiga, senti tanto sua falta! – desabou sobre meus braços que, com a surpresa não a sustentei e caímos as duas rindo.

– Garotas... – Percy começou.

–... Nunca as entenderei. – Grover completou.

Descemos o resto da colina abraçados. Caminhamos diretos para a Casa Grande, onde éramos esperados por Quíron e o Sir. D, que estava com sua típica roupa que eu odeio (já tentei o fazer mudar um pouco o estilo dele, mas isso só me rendeu uma bronca por questioná-lo e um belo de um castigo lavando a louça do jantar durante uma semana), eles, como sempre, estavam jogando algum jogo que eu nunca fiz questão de entender, muito menos aprender.

Falamos com eles durante um tempo, e em seguida, Percy pediu para ter um ‘particular’ com o senhor D. e com o Quíron. Sendo, expulsa da varanda, andei devagar até o chalé o Chalé 7. O chalé de Apolo é feito de ouro sólido, e brilha tão fortemente durante o dia que chega a doer os olhos. As paredes foram talhadas com milhares de notas musicais, sobressaindo-se a clave do sol. Dentro, tínhamos 12 camas, o banheiro, uma escrivaninha no canto com um computador, em outra extremidade uma TV com um Nitendo Wii, e uma mesa no centro, onde deixávamos alguns livros, instrumentos musicais e papéis dos mais variados tipos.

Sentei exausta na minha cama que... Estava com uma concha de florzinha? Eu nem tenho conchas assim, e muito menos gosto! Minhas conchas são na maioria de caveiras ou desenhos góticos. Abri meu guarda-roupa, minhas roupas estavam todas ‘esmagadas’ num canto, enquanto outras roupas cheias de flores e corações e muito ‘fru-fru’ ocupavam o restante do espaço. Certamente, essas roupas não eram minhas nem em outra encarnação! Agora a pergunta chave: de quem eram essas roupas? E onde estava minha cama?

Corri até a Arena, onde meu chalé tinha aulas de arco e flecha agora. Jimi era o primeiro da fila.

– Que porra é aquela que esta naquele quarto?! – gritei.


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Notas finais do capítulo

Qualquer duvida que vocês tiverem sobre a fic, ficaria feliz em responder (:
Fiz os capitulos maiores, o que acharam? Escrevo eles assim grandes ou diminuo um pouco eles? Oh duvida cruel!
NOVIDADE:
Amores, agora estou betando a fic http://fanfiction.nyah.com.br/historia/124160/As_The_Sunset da minha best'
Gostaria muito que vocês dessem uma passadinha por lá.
Bjs bjs :*



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