Irresistível Presença escrita por M-Duda


Capítulo 9
Capítulo IX - Anjo e Demônio




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Capítulo IX

 

Continuei acompanhando Edward até chegarmos em um Volvo prata estacionado do outro lado da rua do bar do Bill. Ele abriu a porta para que eu entrasse. Estava me sentindo constrangida pelo silêncio entre nós e também por perceber que as pessoas que se encontravam fora do pub nos observavam descaradamente.

Edward sentou em seu assento, fechou a porta e se virou para mim. Engoli em seco. O que eu deveria fazer? O que deveria falar? Estava confusa e perdida, mas ele falou primeiro.

- Por que veio comigo? – perguntou sério, me deixando mais embaraçada do que antes.

Eu não podia dizer que faria qualquer coisa que me pedisse porque, simplesmente, estava morrendo de saudade e completamente apaixonada por ele. Isso certamente o afastaria de mim, já que Edward não era o tipo de homem dado a sentimentalismos. Eu jamais seria um grude, mas talvez ele acreditasse que mulheres apaixonadas podiam ser extremamente inconvenientes. Será que era por isso que queria saber aquilo? Por medo de estar com uma possível pegajosa em seu carro? Ainda tentava encontrar algo que não me entregasse ou que não o espantasse, mas estava difícil. Abri e fechei a boca umas três vezes enquanto Edward aguardava qualquer resposta de minha parte. Mordi os lábios para não falar besteiras.

- Vamos lá, Bella... – disse por fim – Não deve ser tão difícil explicar o motivo por ter abandonado seus amigos na comemoração do seu próprio aniversário para vir comigo. – ele parecia realmente preocupado e isso me deixou intrigada.

- Por que está me perguntando isso?

- Porque quero saber a resposta! – ótimo. Continuou na mesma.

- Edward, isso é meio chato... – me justifiquei olhando para todos os lugares que não fosse em seus olhos ou sua boca perfeita, mas ele segurou meu queixo obrigando-me a encarar seu olhar atento – Mas acho que foi pela surpresa! Não esperava nada do que você fez hoje, e isso me deixou um pouco sem reação! – talvez tenha sido o melhor a dizer. Não era mentira, mas também não revelava meus verdadeiros sentimentos por ele.

- Está dizendo que te deixei sem reação? – perguntou estreitando as sobrancelhas.

Que droga! Ele tinha que se apegar ao detalhe que tanto me entregava? Provavelmente meu rosto estava mais vermelho do que um pimentão. Fiquei irritada. Se ele queria me pressionar então eu iria acabar logo com aquela palhaçada.

- Deixou sim, e daí? – falei com certa rispidez - Vai me dizer que não foi essa a sua intenção? – perguntei incomodada por confessar que tinha caído em seu joguinho de sedução.

- Mais ou menos. – disse com um meio sorriso lindo e sexy.

- Que mentiroso! – o acusei indignada. Ele tinha o dom de me deixar furiosa. – Você me deu uma micro calcinha acompanhada por um cartão bem malicioso e agora quer dar uma de cínico? – fiquei ainda mais sem graça por ter tocado no assunto sexo.

Ele sorriu abertamente e se aproximou de mim, me fazendo tremer. E quando estava com os lábios roçando nos meus, segurou meu rosto com delicadeza e disse:

- Você fica linda quando está brava! – então me beijou sem reservas. Eu não podia acreditar que estava sentindo novamente a boca de Edward na minha. Aquilo só podia ser um sonho. Seu sabor, sua maciez, seu calor, era tudo melhor do que me lembrava. Eu estava completamente entregue à ele, rendida dos pés à cabeça. - Teu gosto é único, Bella! – Edward disse enquanto passeava a boca pela linha do meu maxilar. Único era ele! Perfeitamente único! Eu já estava arfando, aliás, Edward também tinha dificuldades para respirar. Ele parou de me beijar, mas continuou acariciando minha face com a ponta do nariz, apoiando firmemente minha nuca com sua mão. - Vou te sequestrar essa noite! – prometeu com uma voz rouca e descompassada.

Ele se endireitou no banco, ligou o carro e nos tirou dali.

- Para onde estamos indo? – perguntei por fim, não contendo a curiosidade. Edward franziu o cenho e puxou uma linha no canto de sua boca demonstrando reprovação. – O que foi? Não vai me dizer? – ele deu um suspiro tenso e agarrou as mãos ao volante, com uma força evidente. Qual era o seu problema? Será que tinha se arrependido por ter me procurado? Talvez ele tenha me achado boba demais e fácil demais. Será que estava me achando sem graça?

Desesperei-me com a idéia de Edward me achar insignificante. Precisava reverter aquela situação, urgentemente. Respirei fundo, me acalmando, buscando por alguma idéia brilhante. E eis que se fez a luz! Sorri satisfeita comigo mesma.

Abri minha bolsa, peguei meu presente de renda preta, e joguei a bolsa no banco traseiro do carro. Percebi, de soslaio, Edward virando sutilmente a cabeça, para olhar o que eu estava fazendo. Fiquei brincando com a calcinha em minhas mãos, como se estivesse analisando cada detalhe da peça. Ele deixou escapar um som baixinho por sua garganta, mas pude ouvir. O efeito me estimulou a continuar. Enfiei minhas mãos por baixo do vestido puxando a calcinha que estava usando. Edward arfou agarrando-se ao volante. Certamente não ignorava mais minha presença dentro daquele carro. Coloquei em seu colo a peça vermelha que havia retirado e vesti em minhas pernas, a preta que já estava em minhas mãos. Comecei a subi-la, e quando cheguei à barra do vestido não tentei segura-lo para que não subisse junto com minhas mãos, e assim Edward viu, de relance, meu sexo desnudo antes de ser coberto pela pequena lingerie que havia me dado. Ele gemeu e assumiu uma expressão de fúria. Fui com minha delicada mãozinha buscar a calcinha vermelha que estava em seu colo, e gostei do que vi. Edward já estava bem volumoso e “sem querer, querendo” toquei na sensível região enquanto tentava pegar minha peça íntima. Edward estava louco, tentando se controlar e dirigir ao mesmo tempo. De repente, ele parou o carro em uma rua escura. Fiquei com medo do lugar. Ele me fitou com olhos negros de cobiça e falou ofegante:

- Eu tentei, Isabella...juro que tentei! – debruçou em cima de mim, afastando meu banco para trás e deitando o encosto do mesmo - Mas você não ajuda! Você é um demônio! – abriu o porta-luvas e pegou um pacote de preservativos. Meu corpo esquentou e meu sangue explodiu em minha cabeça.

Eu já estava arfando quando ele desabotoou o botão de sua calça e pegou em suas mãos a potência que estava guardada e que pedia para me invadir. Encapou-se e impacientemente pulou sobre mim.

– Você vai aprender agora a não me provocar desse jeito! – levantou a saia do meu vestido e puxou minha calcinha para o lado. E olhando em meus olhos, me penetrou com sofreguidão. Gemi e Edward abafou meus ruídos com um beijo quente. Enlacei sua cintura com minha perna esquerda, facilitando nosso ato. Ele se movimentava com firmeza, num vai e vem enlouquecedor. - Você gosta disso, não é, sua diaba? – perguntava com dificuldade, devido à excitação, beijando meu pescoço – Gosta de me ver descontrolado... – me encarou furiosamente – Então...toma...o...meu...descontrole! – falou entre fortes investidas, que me fizeram delirar de prazer.

Eu já não aguentava mais, e sem avisar atingi meu clímax, vibrando-me violentamente sob Edward.

- Você quer me matar, só pode ser! – se agarrou à mim, atingindo também seu ponto máximo do prazer, para depois relaxar seu corpo sobre o meu.

Estávamos tentando nos controlar. Edward franziu o cenho e ainda com dificuldade, comentou:

- Você é endiabrada, Bella! – afagou meus cabelos – Não vê que desse jeito não consigo ser gentil e acabo te machucando?

- Me machucando? – perguntei sem entender.

- Sim! – replicou – Aquelas marcas vermelhas devem ter ficado horríveis! – passou uma mão carinhosamente em meu braço, como se ainda visse as manchas passadas. Se ele estava se repreendendo por ter visto meu corpo vermelho, imagino o que pensaria se tivesse me visto depois, quando as marcas ficaram roxas.

- Que bobagem! – falei enquanto Edward se endireitava em seu assento e arrumava a roupa. Abaixei meu vestido.

- Não é bobagem! – garantiu com reprovação – Não sou um animal e minha intenção era te mostrar isso esta noite, mas você novamente me tirou do sério! – me analisou preocupado – Você é perigosa! – tive que rir, afinal, foi exatamente isso que Alice disse!

- Perigoso é esse lugar! – falei me dando conta de que ali era mesmo bem sombrio. Edward olhou, parece que pela primeira vez ao seu redor, e pela expressão também não achou bom continuarmos naquele beco escuro.

- Estou dizendo! – afirmou mais para si mesmo, sacudindo a cabeça incrédulo, já colocando o carro em movimento.

Continuamos o nosso trajeto e logo percebi que nos aproximávamos do Lago Michigan.

- Esse lugar a noite é ainda mais bonito – sussurrei. Gostava de ver o céu dali, assim como as luzes dos veleiros e das lanchas refletindo nas águas.

- Você gosta? – perguntou parando o carro, me tirando dos meus devaneios. Sorri tímida assentindo e Edward me retribui com um sorriso encantador. – Espere um momento! – desceu do carro e fiquei quietinha observando o que ele fazia. Andou até a porta do meu lado e a abriu, oferecendo-me a mão para que eu descesse. Sem dúvida alguma ele sabia ser gentil.

- Por que estamos aqui? – olhei curiosa em direção aos veleiros e lanchas. Ele deu um sorriso divertido e rolou os olhos.

- Não percebeu ainda? - me abraçou por trás, como um casal de namorados apaixonados, incentivando-me a caminhar na direção em que apontava. Estagnei. Nós não éramos um casal de namorados e Edward não estava apaixonado por mim, não podia me iludir com tal fantasia. Mas era tão fácil me deixar levar por aquela sensação. Durante todos os meus anos em Chicago sempre disse que não namoraria porque retornaria a Phoenix quando concluísse meu curso universitário, e agora, descobria que na verdade não se pode ir contra a vontade do coração. Se Edward quisesse, eu namoraria com ele por toda a minha vida.

Ele enxergou minha hesitação.

- O que foi? Está com medo? – indagou me fazendo rir do seu modo divertido de falar.

- Confesso que nunca entrei em um...em uma... – não sabia o que dizer - Afinal, o que você tem?

- Uma lancha. – fomos até ela. Edward me envolvia pela cintura, com um de seus braços. Olhando para o seu luxuoso patrimônio me entristeci, pois constatei que além de lindo, Edward tinha dinheiro suficiente para deixá-lo ainda mais distante de mim. Ainda bem que ele não viu minha expressão. Precisava mudar a direção dos meus pensamentos, antes que ficasse deprimida, e o melhor seria conversar.

- E então...o que mais gosta daqui? – indaguei e ele me olhou, não entendendo minhas palavras – Quero dizer: o Lago é uma desculpa para ter a lancha, ou a lancha é uma desculpa para ficar no Lago? – expliquei rindo da sua cara perdida. Ele sorriu.

- Os dois são desculpas para ter a tua companhia! – soltou sem pensar. Aquele homem devia ser uma raposa e eu não me deixaria cair naquele galanteio adulto. Edward era bom de lábia e eu já sabia disso, mas se ele queria brincar eu entraria no jogo.

- Você costuma ser mais criativo nas campanhas da sua empresa! – gargalhei. Não sabia o que acontecia comigo. Ora eu ficava triste, por me sentir insignificante e ora me sentia ótima, por me sentir completamente preenchida. A presença de Edward me fazia sentir completa, mesmo que ela também, às vezes, me fizesse sentir pequena.

Ele me encarou indignado, mas sorrindo.

- Está chamando minha declaração de cantada barata? – bem que eu queria que aquilo fosse mesmo uma declaração, mas no momento até mesmo Edward ria, reconhecendo ter sido pego em flagrante. Ele sacudiu a cabeça de um lado para o outro – Vamos entrar? Aposto que já está sentindo frio aqui fora!

Realmente o ventinho estava bem gelado. Edward cumprimentou um segurança que estava ali no deck, e entrou em sua lancha, se virando depois para me puxar pela cintura para dentro da mesma. Ele me tratava de uma forma tão terna que senti medo do que aquilo poderia fazer com o meu coração. Estava sendo muito fácil ficar à vontade com Edward, era como se já nos conhecêssemos há anos.

Descemos uma escada que nos levou para o interior da lancha; e se ela era linda por fora, por dentro era magnífica. Caímos direto em uma espaçosa sala com um mini bar mais ao fundo. Observei uma porta entreaberta, percebendo que ali tinha uma cozinha. Era incrível.

- E então? – Edward esperava que eu dissesse algo.

- É inacreditável! – devia estar de boca aberta – Acho que tua lancha é maior do que meu apartamento – brinquei fazendo Edward revirar os olhos. Mas não tinha certeza se estava tão fora da verdade assim. Ele me estudava, como se minha opinião fosse de extrema importância. Sorri para ele, me dando conta do absurdo que acabara de pensar. Edward queria apenas ser gentil. Era normal que quisesse me agradar com o ambiente, só por isso minha opinião devia ser importante.

- Não é tão grande, mas é aconchegante! – declarou e me peguei imaginando quantas mulheres ele já havia levado para aquele lugar. Uma pontada de ciúme ferrou dentro de mim. Ergui as sobrancelhas.

- Hum...entendi... – falei tentando soar natural, forçando um tom brincalhão. Edward hesitou – Então aqui funciona, mais ou menos, como um motel particular? – ele franziu o cenho.

- Claro que não! – me reprovou imediatamente – Você é a primeira pessoa que trago aqui! – mordi o lábio, corando por ter dito aquilo. Ele pegou minha mão e me puxou até a cozinha, que não era nada pequena para uma lancha. – Aqui é a cozinha, sinta-se à vontade para pegar o que quiser... – continuou me puxando para o final de um corredor – E aqui, é o meu lugar favorito! – riu, abrindo a porta que revelava uma suíte. Era linda, com uma cama bem convidativa, coberta por uma colcha dourada e os travesseiros, também, com suas fronhas douradas. Tinha uma poltrona no canto próximo ao banheiro e uma mesa com dois lugares do outro lado. Tudo era muito bem decorado e moderno. Edward tinha bom gosto para ambientes. Ele se virou para mim e me estudou por um longo tempo, com um olhar meigo, e zeloso. Fiquei constrangida, sentindo minhas bochechas esquentarem.

- Vai ficar me encarando até que horas? – perguntei sem graça, tentando quebrar o silêncio. Ele sorriu e levou suas mãos ao meu rosto. Aproximou-se e tocou meus lábios com os seus. Edward estava sendo tão cuidadoso, como se fosse possível me quebrar com o menor movimento impensado.

- Agora, Bella – falou, acariciando meu rosto com a boca – Você vai ficar quietinha, entendeu? – assenti já sentindo meu desejo por ele invadir meu corpo. Enlacei-o pelo pescoço e ele se afastou me censurando com os olhos – Não, não...você vai se comportar e me deixar fazer as coisas do meu jeito! – mordi os lábios, incrédula. Era realmente inacreditável que Edward pudesse me achar um demônio do sexo. Vi um sorriso lindo estampar seu rosto perfeito. – Não deve ser tão difícil atender ao meu pedido... – beijou minha boca, me deixando chocada. Edward normalmente não pedia. Mandava. Tinha sido assim o tempo todo entre nós, no entanto ele estava ali, assumindo pedir alguma coisa para mim.

- E você “pede”? – torci o nariz me lembrando do quanto eu era obediente às suas ordens.

- Só quando eu quero. – respondeu me fazendo rir.

Claro que ele não se mostraria vulnerável por muito tempo. Até mesmo em um pedido Edward era autoritário. Ele deu uma risada curta, e me abraçou com mais força, voltando a me beijar. Abaixou o zíper lateral do meu vestido e começou a me despir. Eu estava sem sutiã, então logo fiquei apenas de calcinha. Ele me olhou com um apetite evidente, cerrando os dentes. Jogou-me na cama e veio para cima de mim.

- Não tem jeito, não é mesmo? – me dirigiu um sorriso duro – Mesmo quieta você me atormenta... – e invadiu minha boca, com sua língua, em um beijo extremamente desesperado. Desceu até meu seio esquerdo e o sugou enquanto massageava o outro com a mão. Ele estava quente, cego pela luxuria. Pensei que me invadiria naquele momento, mas me enganei. Edward interrompeu o beijo bruscamente e fechou os olhos. Respirou profundamente, parecia estar recuperando seu autocontrole. Não acreditei! Como ele podia parar um beijo tão bom daqueles?

- Edward? – o chamei com sofrimento. Ele me lançou um sorriso vitorioso e ainda de olhos fechados falou:

- Não, não, minha endiabrada! Agora é a sua vez de perder o juízo! – ele estava louco? Eu já havia perdido o meu juízo há muito tempo. Desde o momento em que o conheci, para ser mais exata. Até mesmo quando Edward era apenas fruto da minha imaginação eu me descontrolava. O que mais ele queria? Acabar com a minha auto preservação? Só podia ser! Porque me chamando de “minha” como estava fazendo, destruía por completo qualquer vestígio de resistência em meu ser.

O bandido abriu os olhos e me fitou, seguramente mais controlado do que eu. Escorregou para baixo, até chegar com a cabeça na altura da minha barriga. Arfei só em sentir sua respiração ali, tão embaixo. Ele alargou ainda mais seu sorriso e, sem desgrudar os olhos dos meus, mordiscou minha barriga, passeando a língua no cós da minha calcinha. Eu já estava ensopada e muito além de insana. Sentia minhas órbitas queimarem. Meus olhos deviam estar vermelhos.

- Você quer mais, não é diaba? – perguntou já sabendo a resposta, roçando os lábios em meu centro do prazer, que estava coberto pela calcinha que ele havia me dado. Não conseguia pensar, nem respirar e muito menos falar, então apenas murmurei com dificuldade:

- Hã, hã. – mordi o lábio, quase chorando. Ele estava gostando de me tentar, era evidente sua satisfação – Por...favor... – implorei aos gemidos. Edward franziu a testa e puxou a boca em um linha unilateral, fingindo estar pensativo. Então me questionou com tom reprovador:

- “Por favor”, é sinal de muito controle, não é? – arqueou uma sobrancelha.

- Não – respondi sem demora.

- Claro que sim! – retrucou – Ninguém consegue ser tão educado quando perde os sentidos! Acho que preciso caprichar mais... – umedeceu os lábios com a língua e depois friccionou a ponta da mesma em meu sexo, por cima do tecido que me cobria. Meu estomago estava borbulhando e meu ventre era inundado por ondas de prazer. Eu não estava preparada para tanto tormento. O que eu precisava fazer pra ele parar de brincar comigo daquele jeito? Se sua intenção era me ver implorando por mais, então eu imploraria por mais.

- Edwa...arrd...por...favor... – implorei entre gemidos e ele me encarou descrente.

- Ainda "por favor"? - me olhou como se eu estivesse indo para a forca - Não acredito...vou ter que apelar, então! Desculpe-me, mas foi você quem pediu... - remexi meu quadril, mas ele me segurou com força, impedindo meus movimentos. Edward, com a ponta do seu indicador, puxou minha calcinha para o lado e iniciou, ali, uma torturante sessão com a ponta de sua língua molhada e quente. Ele a colocava e a retirava, sequencialmente, de minha entrada gotejante. Gritei descontrolada e então, morri.

Deixei meu tronco, que estava apoiado sobre meus cotovelos, cair para trás - na cama - e sinceramente, não sei que ser foi aquele que se apoderou do meu corpo desfalecido; só sei que ele era tudo o que eu precisava para alcançar os meus objetivos. Pulei na cama, sem saber como consegui me livrar da pegada firme de Edward e o encarei furiosa.

- Já chega! – explodi e ele me fitou mordendo os lábios – Tire a roupa, agora! – ele levantou as sobrancelhas e sorriu libidinosamente.

- Cadê o “por favor”? – questionou se aproximando de mim. Arregalei os olhos diante sua gracinha. Ele também estava arfando de desejo, como podia ainda brincar comigo?

- Eu disse A G O R A! – ordenei seriamente.

Edward desabotoou a calça e eu o ajudei, impacientemente, a abrir sua camisa. E quando ele estava apenas de cueca o joguei na cama. Ele se assustou com minha atitude, mas estava adorando me ver descontrolada. Arranquei sua cueca em uma puxada rápida para baixo, e a joguei longe, já indo para cima dele. Tirei minha calcinha e sentei-me com uma perna em cada lado de seu corpo deitado na cama, e rocei nossos sexos. Ele levantou o tronco e me abraçou, sussurrando algo em meu ouvido, num tom zombeteiro. Algo que não entendi a princípio, mas que foi fazendo sentindo lentamente em minha cabeça: “está se esquecendo do preservativo, diabinha!”.

- Droga! – exclamei fazendo-o rir. Eu não tinha tempo para perguntar seus motivos bestas de tortura. O pior é que eu nem sabia onde estava a minha bolsa. Fiquei feito barata tonta procurando-a, sem sair de cima de Edward.

- Tem aqui nessa gaveta... – falou adivinhando os meus pensamentos, tentando se virar para o tal móvel. Bufei o prendendo mais entre minhas pernas, mostrando que ele não sairia dali, e me estiquei para abrir o baú da minha alegria.

Tinha muitos preservativos naquela gaveta, o que me fez duvidar daquele papo de que ele nunca tinha levado outra mulher ali.

Rasguei um pacote e vesti Edward com a camisinha. Ele também estava possuído por outro ser naquele momento, pude ver em seu olhar voluptuoso. Posicionei-me sobre o seu sexo e quando abaixei meu quadril, preenchendo-me com ele, Edward rugiu de prazer. Aquilo foi música para os meus ouvidos. Fiquei paradinha, sentindo a incrível sensação de ter Edward, tão quente e tão duro, dentro de mim. Ele segurou minha cintura, e incitou-me a iniciar os movimentos de sobe e desce. Estalei minha língua duas vezes no palato, produzindo um som de reprovação, enquanto balançava a cabeça negativamente, o advertindo: - Não, não, meu anjo! – o provoquei com um apelidinho inocente - Agora você vai dançar a minha música! – prometi como um verdadeiro demônio. Então comecei a me mexer, ora lentamente, ora rapidamente.

Claro que Edward não ficou quieto e por fim, somente ele se movimentava, já que eu convulsionava sobre seu corpo. Estávamos totalmente fora de transe e quando atingimos o nosso ápice, gritamos entregues àquela sensação indescritível. Caí no peito de Edward e ele me abraçou, beijando minha cabeça. Estávamos arfantes e molhados de suor.

- Bella...você é surpreendente! – falou entre respirações pesadas.

Na verdade até eu estava surpresa comigo mesma, porém, se lhe contasse que não era a Bella em cima dele durante o nosso ato, mas sim um ser de outro mundo - que havia se apoderado de mim - ele daria muita risada; então preferi ficar calada.

- A propósito... – puxou meu queixo para que eu olhasse seu sorriso malicioso, enquanto falava – Adorei quando vestiu a calcinha...mas gostei muito mais quando a tirou. – sorri e ganhei um beijo doce. - Está com fome? – ele quis saber, assim que separou nossos lábios.

- Hum...estou! E você? – perguntei já sentada na cama.

- Também. – respondeu sentando-se e acariciando meu rosto – Mas o que acha de tomarmos um banho primeiro? – concordei.

Seria interessante tomar banho com Edward. Entramos juntos no chuveiro, e é claro que aquilo não seria muito rápido.

- Tenho um jeito mais gostoso de tomar banho! – Edward sussurrou, mordendo minha orelha, juntando nossos corpos molhados pela ducha. Arqueei minha sobrancelha e ele explicou – Banho de gato!

Então, mordiscou meu pescoço e iniciou um trajeto com sua língua, enlouquecedor, por meu colo, meus seios, minha barriga...Edward estava literalmente me dando um banho de gato e aquilo estava me matando. Quando ele agachou, me encostando na parede úmida, arfei em antecipação; sabendo perfeitamente quais eram suas intenções. Não foi fácil sobreviver àquele prazer. Edward mais uma vez, me mostrou as maravilhas que era capaz de fazer com sua boca em minha intimidade. Agarrei-o pelos cabelos, incentivando-o a continuar. Dancei em sua língua e gritei quando meu corpo entrou em erupção. Meus lábios deviam estar inchados, tanto que os mordi.

- Você é uma tentação, Bella! – Edward falou se levantando e beijando minha boca. – Meu desejo por você não acaba...é incontrolável! – me prendeu contra a parede. – Sinta o que você faz comigo! – roçou nossos sexos. “Ele” estava potente.

Eu também não sabia o que acontecia comigo, minha fome por ele também não acabava. Nunca tinha me sentido assim, tão tarada, antes! O enlacei pelo pescoço, mostrando que o sentimento era recíproco, e Edward me apertou fortemente. Arfamos. Precisávamos nos unir novamente, mas estávamos longe da gaveta “pote de ouro”.

- Com você por aqui, vou ter que espalhar preservativos por todos os cantos da lancha, até mesmo nos armários da cozinha! – brincou e saiu correndo, voltando logo em seguida, já vestindo a camisinha. Agarrou-me, e então, nos tornamos um.

Saímos do banho e Edward vestiu um roupão branco, me entregando outro da mesma cor. Ele estava tão lindo, e todo brincalhão.

- Agora... – me envolveu pela cintura em um abraço – Vou preparar alguma coisa para comermos.

- E você sabe se virar na cozinha? – fingi espanto.

- Claro! – garantiu – Eu poderia, até mesmo, abrir o meu próprio restaurante. – riu da piada.

- Então...fique sabendo que não serei gentil em minha nota. – pisquei

- Você vai dar nota? – arregalou os olhos em uma falsa preocupação.

- Certamente! Está com medo? Se quiser eu posso assumir a função. – o desafiei.

- Hum...você cozinhando? – ficou pensativo – Acho que essa idéia me dá mais medo. – disse gargalhando e eu o acompanhei, depois de ter lhe dado um soco no braço e o chamado de estúpido. Edward, claramente estava se divertindo e eu estava no céu.

Ele abriu uma garrafa de vinho e nos serviu, e depois foi preparar o nosso lanche.

- Já quer me levar embora? – perguntei depois que terminamos de comer. – Preciso me vestir! – nós ainda estávamos de roupão.

Levantei-me da mesa para ir me trocar no quarto.

- Está maluca? – perguntou segurando meu braço. Torci o nariz – Você não vai a lugar algum. – o encarei confusa e ele substituiu a linha tensa de sua boca por um sorriso devasso. – Pode ser que você não tenha prestado atenção quando eu disse, mas isto é um sequestro... – afirmou categoricamente me deixando boquiaberta. – E até domingo, você será a minha refém! – me beijou antes que eu pudesse ter qualquer reação.

 


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Notas finais do capítulo

Bom, amores...como prometi postar mais um capítulo após receber alguns comentários pelo anterior...aqui estou eu, pagando minha dívida. ;)
Espero que tenham gostado!
Muuuito, muito obrigada a todos que acompanham a fic e a todos que me incentivam com comentários e indicações...

E para quem quiser, torno a deixar meu msn:
m-duda-fic@hotmail.com

Beijos e até o próximo...
Duda ;)