Irresistível Presença escrita por M-Duda


Capítulo 7
Capítulo VII - Caixa Vermelha




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Capítulo VII

 

Sexta-feira não foi muito fácil, pois minha mente não se desligou de Edward em momento algum. Não sabia mais o que fazer para evitar as lembranças do dia anterior, afinal, aquilo já estava me deixando maluca.

Estava pronta para dormir, ou pelo menos tentar, quando Alice entrou em meu quarto.

- Bella, quer conversar? - perguntou se sentando em minha cama.

- Se você estiver disposta a ouvir sobre Edward, então sim, porque não sei se eu falaria de outro assunto, hoje! – confessei.

- Justamente. Quero que me fale tudo, até se cansar. Talvez isso a ajude voltar para o planeta Terra. – disse sorrindo.

- Pode ser! Se isso realmente valer minha passagem de retorno ao lar, estou dentro. Para ser sincera já estou farta de ficar na Lua! – sorri desanimada – Sério, Alice, estou preocupada! Nunca fiquei assim antes. Nem quando tive a minha primeira experiência sexual fiquei tão aérea!

- É porque Edward te pegou de jeito! – deu uma piscadinha.

- Bota jeito nisso! – concordei - Olha... – tirei o lençol de cima de mim, descobrindo minhas pernas e levantei a blusa do meu pijama mostrando minha barriga e minhas costas. Eu estava com leves marcas de pressão pelo corpo, nada grave, apenas algumas manchinhas arroxeadas em uma pele super branca, que provavam o quanto eu havia sido desejada. Alice abriu a boca e a tampou com uma mão, prendendo uma gargalhada.

- Caramba, Bella! Tem certeza que não quer denunciá-lo? – brincou.

- Eu não. Provavelmente o deixei da mesma forma, ou até mesmo pior. – ri baixinho, mostrando minhas unhas.

- Perigosa! – Alice deu um tapinha em meu ombro – Acredito que para conseguir esse efeito, você tenha mesmo deixado o homem maluco!

- Espero que sim!

- Falando sério, Bella. O que eu quis dizer com o “te pegou de jeito” é que agora você está apaixonada. Por isso está tão envolvida ao acontecimento de ontem. É normal, acontece com todo mundo. – ela me explicou.

- Eu sei! Mas não concordo que esse tipo de reação seja normal. Estou praticamente vegetando, Alice. Fico pensando em Edward o tempo todo e o desejo, agora, mais do que antes. Lembrar de ontem me faz querer subir pelas paredes – reconheci já quase sem ar.

- Acredito! – apontou uma marca em minha coxa e se abanou com a ponta do meu lençol – Nem quero imaginar o que vocês aprontaram. – rimos.

 

Alice passou o final de semana tentando me convencer de que minha história com Edward estava apenas começando, mas os dias voavam e não acontecia nenhuma novidade.

O que eu esperava, afinal? Que ele mandasse sua secretaria encontrar o número do meu telefone, ou que aparecesse na faculdade me procurando?

No fundo desejava tudo isso sim, mas sabia que era fantasiar demais.

 

Era incrível a maneira como sentia a falta de Edward. Não era apenas sexo, mas sim uma necessidade vital. Meu corpo parecia, agora, precisar dele até para respirar e protestava dolorosamente todas as vezes que o imaginava para sempre longe de mim.

Não entendia como eu podia estar tão dependente de uma pessoa com a qual pouco estive em minha vida.

 

Descobri que pensar em Edward abraçado a mim, acariciando meu rosto, me fazia dormir melhor. Então, adotei esse hábito.

Sabia que era loucura fingir que tinha o carinho de um homem que, provavelmente, nem se lembrava da minha existência - pelo menos não da forma como gostaria - mas não conseguia agir de outro modo. Precisava daquilo para me sentir menos angustiada e suportar os dias.

 

Fomos juntos, os três mosqueteiros, buscar Rosalie no aeroporto na terça-feira à noite. Estávamos ansiosos por sua chegada.

Quando a avistamos no portão de desembarque parecíamos três crianças, pulando e acenando para a linda loira, que fazia o mesmo do outro lado.

- Que saudade! – Rose disse enquanto a abraçávamos.

- Nem me diga! – Jazz a roubou para um abraço a dois – Como foi de viagem?

- Muito bem...mas agora não quero falar disso... – olhou para Alice com um grande sorriso – É que na verdade estou louca para ver um beijo do mais novo casal! – Jazz riu e depois de dizer que aquilo seria feito com todo o prazer, beijou Alice. Rose ainda não tinha visto o casal juntinho, mas sempre soube que os dois se gostavam.

 

Ela não parou mais de dizer o quanto estava feliz por ter Alice como cunhada e exigiu a história completa do início do romance durante todo o trajeto do aeroporto até o apartamento de Jazz, que agora era seu também.

 

Depois do jantar Rose comentou que não via a hora de conhecer seu futuro local de trabalho.

- Jazz fala tão bem da empresa que me apaixonei só em escutá-lo. – parecia entusiasmada.

- Você vai mesmo amar, aquele lugar é um sonho! – Alice afirmou – Bella e eu estivemos lá esses dias.

- Ah, sim...Jasper me contou que vocês fizeram um trabalho sobre os sócios, não foi? – Rose perguntou e me vi perdida em minhas lembranças.

- Isso mesmo – Alice me olhou maliciosamente – Um trabalho fatídico, que iremos apresentar amanhã!

Rose percebeu a insinuação da cunhada e implorou para que não a deixássemos por fora de nada.

Claro que não faríamos isso com ela e então, a colocamos por dentro do “caso” Edward e Bella, mas antes que aquilo se estendesse muito, mudei de assunto:

- Quando vai conhecer a E2C? - perguntei

- Amanhã mesmo! – Rose respondeu animada – Tenho um horário marcado com Emmett Cullen. E começo na próxima segunda.

- Ah! – Alice parecia se lembrar de alguma coisa - Bella e eu resolvemos comemorar nosso aniversário no dia 26, vai cair em uma sexta-feira, tudo bem para vocês? – Alice perguntou e os dois concordaram.

Tanto Alice quanto eu fazíamos aniversario em Setembro e como de costume, escolhíamos uma data no final do mês para uma celebração entre os amigos da faculdade, no bar do Bill.

- Certo, mas hoje ainda é 2 de setembro e acho que não vou aguentar tudo isso para rever o pub – Rose garantiu sorridente. Ela também gostava daquele bar.

- Podemos ir no final de semana. – sugeriu Jazz.

Não fomos embora muito tarde. Precisávamos dormir bem, pois o dia seguinte seria agitado para todos nós.

 

Alice e eu estávamos tranquilas para apresentar o trabalho, não tínhamos motivos para desespero, o material se encontrava perfeito. Meu único tormento seria encarar novamente a entrevista de Edward Cullen. Vê-lo já era angustiante, escutar sua voz então...me causava alucinações!

- Bella, tenta não fazer cara de boba ao falar do seu namorado, ok? – Alice sussurrou zombeteira enquanto subíamos no palco do anfiteatro da faculdade. Fuzilei-a com os olhos.

Foi prazeroso assistir a surpresa de todos que estavam presentes quando revelamos os dois sócios da E2C como nossos entrevistados. Era possível enxergar um misto de espanto e satisfação no semblante do Sr. Banner.  Terminamos o dia completamente realizadas.

 

Já era 13 de setembro, meu aniversário de 21 anos, e tudo o que eu mais queria era ganhar Edward de presente.

É claro que depois de tanto tempo, dezesseis dias, sem novidade alguma, todas as minhas esperanças em revê-lo já haviam ido para o ralo. Não podia mais criar expectativas, ninguém em sã consciência faria isso, mas infelizmente, dizer que o havia esquecido, eu ainda não podia.

Fiquei feliz com as ligações de Jacob e Mike, mas o telefonema que mais desejava sabia que não receberia.

 

- Bella, pode vir! – Alice gritou do corredor de casa. Ela havia me trancado em meu quarto para que não visse o que estava aprontando com Rose e Jasper.

Quando cheguei na sala quase morri de rir. O ambiente estava decorado com balões coloridos e tinha um pequeno bolo na mesinha de centro cheio de velas cor-de-rosa. Os três estavam usando chapeuzinho da Pequena Sereia _que sempre adorei_ e cantando a musiquinha de aniversário para mim. Abraçaram-me desejando felicidades para o resto da vida e me fizeram apagar as velinhas.

- Tem que fazer um pedido, hein? – Alice pulava batendo palmas – Faz de conta que a gente não sabe qual vai ser! – riu como uma criança levada. Para ela, dezesseis dias não significavam nada. Rolei os olhos.

De qualquer forma, Alice estava errada, eu não pediria para ter Edward, mas sim, forças para suportar tudo o que a vida reservava para mim. 

Abri os presentes que meus pais mandaram e que Alice não me permitira ver antes do dia, um álbum de fotografias e uma máquina fotográfica, provavelmente combinaram antes de comprar, e também, o presente que os três me deram em conjunto, uma linda pulseira de ouro branco com um pingentinho em formato de estrela.

- Queremos que sua estrela brilhe muito! – Jasper disse a abotoando em meu braço.

- Ah! Nem sei o que dizer! – me emocionei com aquele presente, talvez porque eu estivesse sentindo a sinceridade dos sentimentos pendurados em meu braço. - Adorei! – abracei-os – Amo tanto vocês!

- E nós amamos você! – Alice tinha os olhos cheios de lágrimas. Sabia que ela estava comovida por este ser o meu último aniversário naquela casa, mas combinamos de nunca falar sobre minha partida, para não ficarmos tristes antes da hora.

Foi uma noite muito divertida.

 

Os dias seguintes passaram me castigando e eles não me serviram para esquecer Edward. Também não tinha perdido o costume de dormir imaginando-o me acariciando, muito pelo contrário, agora me permitia sentir, sem problema algum, os seus toques mais ousados. Já havia deixado meu corpo explodir de prazer, pensando nele, durante umas quatro noites consecutivas e aquilo se tornara meu vício.

 

Dia vinte de setembro _véspera do aniversário de Alice_ ela nos pediu para irmos à uma balada, pois, queria dar as boas vindas à sua nova idade dançando. Acatamos, até porque era sábado e no domingo ninguém teria que acordar cedo.

O lugar era lindo e estava lotado. Ficamos em um espaço reservado que Jazz havia bancado.

- Que horas ele chegará, Rose? – Alice perguntou.

- Não sei, também não tenho certeza se ele realmente virá. – respondeu constrangida.

Essa era uma boa novidade, Rosalie estava interessada em Emmett e parecia que o sentimento era recíproco. Pelo menos Jasper dizia que os olhos dele brilhavam quando Rose estava por perto.  

- Claro que virá! Ele não é louco de te deixar sozinha por aí, dando sopa! – brinquei e Rose riu.

- Tomara que ele pense assim – suspirou – Ah, gente...Emmett é tão incrível!

- Então acho bom se conter, porque o senhor incrível está vindo aí! – Jasper disse apontando Emmett que se aproximava todo sorridente.

- E aí...cheguei tarde? – perguntou enquanto nos cumprimentava, sem formalidades.

- Tarde será a hora em que iremos embora...está preparado? – Alice o desafiou divertidamente.

- Preparadíssimo! – garantiu – Rose já me conscientizou do pique de vocês.

Ver Emmett foi estranho. Meu coração disparou só pelo fato de ter à minha frente uma pessoa super íntima de Edward. Queria poder perguntar mil coisas sobre seu primo. Eu ficaria horas escutando as mais “bobas” histórias sobre o homem por quem estava apaixonada. Mas não podia fazer aquilo, por dois motivos: não queria passar por idiota, nem melar a noite de Rose.

Pronto. Só então me toquei que mais tarde eu sobraria naquele meio.

 

Pedimos algumas bebidas e quando deu meia-noite fizemos um brinde à Alice.

 

Depois de algum tempo Rosalie e Emmett foram dar uma “volta” e Jazz rapidamente nos contou:

- Emmett me perguntou se eu teria alguma coisa contra ele pedir Rose em namoro!

A música abafou os gritos de alegria, meus e os de Alice. Quem nos visse de longe pensaria que estávamos dançando, mas na verdade estávamos pulando.

- Que maravilha Jazz! – falei.

- O que você disse? – Alice perguntou.

- Disse que não! Sei que Emmett é um cara sincero e não acho que queira sacanear minha irmã. Eles tem meu total apoio.

Não demorou muito e o casal estava de volta e, ao que tudo indicava, a união havia sido selada, porque Rose tinha um sorriso de orelha a orelha.

- Tenho algo para contar! – Rose informou. Alice e eu nos controlávamos para não gritar na frente de Emmett. Rose pegou em sua mão e disse – Estamos namorando! – então explodimos e abraçamos nossa amiga.

E após muitas felicitações falei dando risada:

- Acho que vou dar uma circulada, quem sabe assim eu também não encontre o meu príncipe encantado?

- Pelo o que eu vi, aqui só tem sapo! - às vezes parecia que meu amigo-irmão tinha mais ciúme de mim do que da própria irmã. Rolei os olhos, ignorando-o, e fui para a pista de dança.

Era exatamente o que precisava fazer naquele momento, fechar os olhos e me deixar levar pelas batidas das músicas. Queria dançar até esquecer meu próprio nome.

Alguns rapazes até tentaram se aproximar, mas como eu não estava a fim de papo, educadamente dispensei um por um.

 

Já estava cansada e com sede, então voltei para junto dos meus amigos. Sentei em um pufe e pedi uma bebida.

- Bella... – Alice falou baixinho toda sorridente – Tenho uma ótima notícia!

- Qual? – arqueei uma sobrancelha.

- Enquanto você estava lá embaixo, dançando, Emmett ficou te observando de longe e meditando. Logo em seguida ele pegou o celular e digitou uma mensagem. Rose que não é boba, percebeu e ficou de olho, fingindo não estar vendo, mas conseguiu ler. E adivinha? – arregalou os olhos animadamente – Ele escreveu: “Aonde você está?” e enviou, passou um tempinho e a resposta chegou, Rose espiou: “Ainda em Las Vegas. Atraso de documentos. Algo importante?”, Emmett bufou e balançou a cabeça frustrado e respondeu: “Bella”. – nesse momento meu queixo caiu, e toda a conversa de Alice, que para mim parecia confusa, ficou clara. Emmett estava falando com Edward sobre mim.

- Era Edward! – sussurrei, sem saber se ria ou se chorava de alegria. Alice fez cara de espanto.

- Pegou rápido essa, hein? E olha que você está cansada e alcoolizada. – brincou e continuou – Mas o melhor vem agora. – melhor? Eu só podia estar sonhando. 

- O que? Rose conseguiu ver mais alguma mensagem? Fala logo, pelo amor de Deus! - implorei.

- Não. Emmett não recebeu mais mensagem, e sim uma ligação. – meu coração parou por um instante e quando voltou parecia querer pular para fora do meu peito. Edward queria falar sobre mim?

- E o que eles falaram? – me controlei para não perguntar em voz alta.

- Não sabemos, porque Emmett pediu licença e se afastou para atender o celular. Rose perguntou se havia acontecido algo de errado e ele disse não, que era apenas Edward perguntando sobre uns documentos importantes da empresa.

- Não estou acreditando, Alice! Não estou acreditando! O que será que Emmett sabe sobre mim?

- Não sei. Posso perguntar para ele? - entrei em pânico e ela riu da minha cara - Brincadeirinha, bobinha! Hoje vou ficar só na vontade!

 

A semana passou voando e não tive mais nenhuma informação sobre Edward. Rose tentou sondar, mas nada conseguiu.

- Alice? Será que não bebemos demais no seu aniversario e acabamos entendendo tudo errado? Refiro-me àquela troca de mensagens entre Emmett e Edward. - estava novamente perdendo as esperanças.

- Claro que não! - respondeu passando seu batom – Está pronta? – assenti.

Era sexta-feira, dia da nossa festa de aniversário no pub do Bill, o pessoal da faculdade não precisava saber que já havíamos comemorado nas datas oficiais. Na verdade, sempre fazíamos assim. 

 

Nossos amigos que já se encontravam no bar, quando chegamos, nos receberam com palmas, abraços e parabéns.

 

- Bella! Já falei para não beber cerveja, porque dá barriga! – Alice me repreendia tirando o copo de weissbier da minha mão – Vou pedir uma Ice para você! – revirei os olhos.

- Não Senhora Alice! Hoje estamos comemorando o meu aniversário também, e como aniversariante tenho o direito de beber o que gosto.

- É mesmo, coitada! Depois você a coloca para dar umas corridinhas que tudo se resolve. – Angela sugeriu e Alice aprovou a idéia. Executei Angela com o olhar.

- Cara. Olha quem está chegando ali! – Ben, um amigo, apontou a entrada e vimos Rose se aproximando com Emmett.

- Ah, sim – Jazz falou – Minha irmã está namorando Emmett Cullen.

Eu sinceramente não esperava ver Emmett no bar do Bill, e pelo jeito, Alice também foi pega de surpresa.

Emmett foi super simpático com todos os nossos amigos. Nem parecia um grande e famoso empresário, e do jeito que se portava, demonstrava estar bem à vontade naquele pub repleto de estudantes boquiabertos por sua presença.

- Bella? – Emmett me chamou e vi Rosalie, mais atrás, me olhando maliciosamente enquanto puxava Alice para assistir a cena. O que será que ele queria? – Isso é para você! – me entregou uma caixa vermelha, pouco maior do que minha mão, envolvida por uma linda fita branca. Um presente.

- Obrigada Emmett! – agradeci já tentando retirar o laço, mas ele me impediu de continuar.

- Não! – segurou minha mão – Quem mandou, pediu para que não abrisse na frente de todos. – me analisou. No momento eu devia estar com cara de paisagem. Não podia acreditar que estava acontecendo o que eu pensava estar. Aquilo era um presente de Edward. Só podia ser! Quem mais me enviaria algo através de Emmett? Mordi o lábio inferior. Queria abrir aquela caixinha imediatamente.

Fitei novamente minhas amigas e elas estavam eufóricas. Emmett enxergou minha compreensão e então com um sorrisinho falou:

- Eu não sei o que isso significa, mas ele pediu para você não ser tão lerda! – MEU DEUS! Eu precisava fugir dalí para ver o que tinha em minhas mãos, mas não daria uma de descontrolada na frente de Emmett e não permitiria que Edward soubesse que era capaz de acabar com minha sanidade mesmo à distância.

- Tudo bem, obrigada! – dei um leve sorriso, depois de engolir em seco, tentando fingir naturalidade.

 Ele foi se sentar ao lado de Jazz e os dois começaram a conversar animadamente. Na mesma hora, Alice e Rose me puxaram para o banheiro.

- O que tem aí, Bella? – Alice queria saber.

- Não sei – falei em um tom estranho, entre o desespero e a curiosidade.

 - O que Emmett te disse sobre isso, Rose? - levantei a mão mostrando o pacote.
- Que Edward pediu para lhe entregar - respondeu simplesmente.
- E você se contentou com essa resposta? - eu estava incrédula - Não quis saber o motivo por ele ter me mandado um presente? Por favor, preciso saber de tudo!
- O que você precisa é ficar quieta e abrir logo esse embrulho - Alice roia as unhas - Quer me matar de curiosidade? Depois Rose te conta o que sabe! Pelo amor de Deus, não está doida para saber o que tem aí?
- É. Até porque não tenho muito o que contar! - Rose se justificou - Abra logo!

- Ele pediu para que eu fizesse isso sozinha. – expliquei gaguejando.

- Então entra ali e acaba, de uma vez por todas, com essa nossa aflição – Alice apontou para uma das cabines de dentro do banheiro, ela estava quase arrancando o presente das minhas mãos – Vai logo, Bella! – nessa hora me lembrei do pedido de Edward, para que eu não fosse muito lerda. Será que já imaginava que ficaria atônita?

Entrei na cabine, mas não a tranquei, e tremendo desembrulhei o presente. Suspirei e olhei para o que estava dentro da caixa vermelha.

Era uma calcinha de renda preta da Victoria’s Secret. Arregalei os olhos. O que ele queria dizer com aquilo?

Já não conseguia mais respirar direito e com o coração para lá de acelerado, abri, cautelosamente, o pequeno cartão que estava embaixo da delicada e minúscula peça rendada, prevendo que ali poderia conter a causa da minha morte.

Fechei os olhos, inspirei e expirei profundamente, tentando controlar meus batimentos cardíacos. Estava sentindo que enfartaria a qualquer momento.

Tomei coragem e por fim, para acabar com aquela tortura, decidi ler o papel: 

“Sei que destruí uma branca, mas imagino que essa cor possa lhe deixar ainda mais deliciosa! Vista-a para mim.”

Caí sentada na privada. Aquilo não era um pedido, era uma ordem.

 


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Notas finais do capítulo

Então, amores...o que acharam?
Esse presente está prometendo!!!!! ai ai [suspirando]O Ed. ainda me mata! hahahaha
Bom...muito obrigada, de coração, pelos comentários enviados no capítulo anterior...
E por favor, continuem comentando...preciso muito da opinião de vocês.
Ahh...estou saindo para uma viagem e só volto na próxima quarta-feira, portanto, não será possível postar novo capítulo antes dessa data.
Mas prometo, depois, compensar o tempo perdido, combinado?
Beijos e até mais.
Duda