Irresistível Presença escrita por M-Duda


Capítulo 6
Capítulo VI - Não Tão Lerda




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/91019/chapter/6

Capítulo VI

 

Abri os olhos embasbacada, e Edward sem delicadeza alguma me girou de modo que ficássemos frente a frente, me chocando contra a mesa. Suas mãos ainda prendiam firmemente as laterais do meu corpo e as minhas foram, instintivamente, para seu peito, que me serviu de apoio devido minha falta de equilíbrio provocada pelo movimento brusco e pelo impacto contra o móvel. Respirei com dificuldade.

Vi fúria nos olhos que me encaravam com uma selvagem luxúria, e ali pude compreender perfeitamente o que Edward dizia. Sim! Ele me desejava, e muito!

Não sabia explicar como isso podia ter acontecido, mas aconteceu! E eu estava pronta para provar o meu tormento, até então, imaginário.

Não queria pensar em mais nada além de suas mãos me pressionando voluptuosamente. A sensação era mil vezes melhor do que aquela que os meus mais criativos sonhos foram capazes de inventar.

Meu coração não respeitava mais meu corpo e me espancava descompassadamente. Sentia ondas de frio sendo derretidas por outras de calor dentro de mim a todo o momento, me castigando em um verdadeiro choque térmico. Um tremor me percorria ciclicamente dos pés à cabeça, minha respiração estava pesada e sabia que Edward podia ver em meus olhos o desejo que também sentia por ele.

Edward estava perto demais, sentia seu entorpecente hálito em minha face, que naquele momento ardia intensamente, era como se me lançasse fogo. Mas o fogo não ficava apenas em meu rosto, ele se alastrava por todo o meu corpo. Não conseguia ver mais nada, eu era uma bomba prestes a explodir.

Edward se aproximou, ainda com os olhos cravados nos meus, me apertando como se quisesse mostrar que eu não tinha como fugir. Eu não queria fugir!

Ele desviou seu olhar apenas para fitar minha boca, fechei meus olhos apreciando melhor o que estava por vir. Encostou seus lábios nos meus, roçando suavemente, me provocando calafrios.

Edward parecia não ter pressa, mas eu tinha! Precisava sentir mais do que aquilo com urgência, então entreabri meus lábios mostrando o quão bem-vinda seria sua língua dentro de minha boca e ao mesmo tempo permiti que um som de desejo escapasse por eles.

Edward paralisou com suas mãos fincadas fortemente em meu corpo, encostou sua testa na minha, e ainda com os olhos fechados, esfregou o nariz em minha pele e afastou seus lábios dos meus apenas para dizer, com muita dificuldade:

- Não faça isso Bella...seja boazinha e se comporte, caso contrário não poderei ser muito gentil!

Eu não o queria gentil! Queria Edward completamente entregue aos seus instintos, sem controle, exatamente como eu havia estado por todos esses dias.

Saber que era capaz de provocar tal reação naquele homem me causou uma satisfação interna e assim, sem mais demora, invadi eu mesma sua boca com minha língua sedenta. Não tinha muito o que fazer com minhas mãos, pois meus braços estavam presos pelos de Edward, então onde elas estavam eu o agarrei, fechando-as sobre a camisa, arranhando seu peitoral.

Edward tinha razão, ele não foi gentil, como eu também não fui.

O modo como explorávamos a boca um do outro, como sentíamos nossas línguas uma na outra, era de um beijo cálido, lascivo. Sua boca era quente, macia e terrivelmente saborosa.

Edward gemia em sua fúria, me desejava desesperadamente e certa disso, pela primeira vez, me senti sexy. Eu tinha aquele homem perfeito e descontrolado entregue a mim. Era tudo por mim.

Edward me sentou na mesa de frente à ele, ainda me beijando, e se posicionou entre minhas pernas, meu vestido subiu mas não a ponto de revelar minha peça íntima. Meus braços se livraram do seu aperto por um momento e então pude explorar outras partes do seu corpo. Queria tatear e apertar seus braços, seus ombros, suas costas. Explorar os músculos de Edward estava me deixando mais insana. Ele também movimentava prazerosamente suas mãos por minhas costas, braços, rosto e pescoço. Subitamente, agarrou meus cabelos com uma mão enquanto levava a outra ao meu seio esquerdo, arqueei com seu apertão provocativo sobre o meu vestido, desceu seus dedos em um trajeto enlouquecedor, friccionando minha barriga antes de chegar à minha perna esquerda, enfiou sua mão por baixo do meu vestido massageando minha coxa de modo que, às vezes, podia se ver minha calcinha de renda branca. Edward interrompeu o beijo para fitar o local onde sua mão trabalhava, e estremeceu ao ver que a peça rendada se revelava devido aos seus movimentos. Ele ia explodir, eu sentia isso. Encarou-me com os olhos negros pela excitação.

- Bella. Eu quero você. Agora!

Mordi os lábios sensualmente, mirando-o, sabia que meu cinto seria demais para sua capacidade masculina, tirei minhas mãos de seu corpo e não compreendendo minha atitude, Edward prendeu-me mais forte pelas costas com seu outro braço, voltando a me beijar arrebatadoramente, indicando que eu não iria a lugar algum. Ele já não tinha percebido que eu não queria sair dali?

- Será que sou a única lerda aqui? – Edward sorriu maliciosamente quando entendeu minhas palavras, mas continuou segurando-me firmemente. - Só acho que precisa de ajuda! – olhei para meu cinto fazendo-o compreender que eu também o desejava naquele momento.

Soltou-me, permitindo que me livrasse do meu acessório, enquanto ele mesmo tirava minhas sandálias.

Subiu suas mãos até o primeiro botão do meu vestido e iniciou a abertura. Quando a tira central do meu sutiã de renda branco foi descoberta, Edward tremeu e rosnou, notava-se que aquilo era torturante para ele tanto quanto era para mim, eu o queria me tocando logo. Quando terminou com todos os botões, olhou em meus olhos e abriu meu vestido, deixando-o pendurado sobre meus ombros.

Edward abaixou seu olhar e seu desejo era evidente, ele me admirava atordoado, percorrendo seus olhos por todo o meu corpo. Respirava com muita dificuldade e antes que eu pudesse ver estava novamente sendo beijada.

Senti-o apertando com vontade meu seio direito, me fazendo soltar mais um gemido em sua boca.

Isso atiçou mais a necessidade de Edward, que puxou violentamente para baixo a renda que cobria meu seio que estava em sua mão, deixando-o exposto. Levou sua boca até ele, saboreando-o como se fosse o mais irresistível de todos os doces. O som produzido por aquele ato estava me torturando. Arqueei minhas costas descabelando Edward com minhas mãos, tamanho era o prazer.

Edward se deliciando em mim era excitante. Nunca experimentara uma sensação com tamanha intensidade antes. E sem desgrudar a boca do seu mais novo atrativo, ele puxou meu vestido por meus braços, terminando de tirá-lo, ergui os quadris e lancei-o em algum lugar da sala. Edward subiu a boca e beijando meus lábios e meu pescoço desabotoou o fecho do meu sutiã, livrando-se também daquela peça.

Mirou admirando meus dois lados desnudos e os cobriu com suas mãos, mordendo os lábios.

Eu não queria mais ver Edward com tanta roupa, e sem pensar duas vezes, comecei a desabotoar sua camisa. Há tempos precisava fazer aquilo, sentia que enlouqueceria se demorasse mais.

Arranquei sua camisa e então pude admirar abobalhada, aquele tronco tão perfeito, completamente despido. Edward colou novamente nossos corpos e arfamos juntos por termos nossas peles nuas encostadas uma na outra. E mesmo entre beijos selvagens e mordias no pescoço, ombros e orelhas, desabotoei sua calça e abaixei seu zíper denunciando sua boxer azul-marinho.

E sem aviso prévio, atormentei com minha mão seu sexo, que já se mostrava fora da cueca devido seu grau de excitação. Edward gemia absurdamente, e saber que eu era o motivo “daquilo tudo” me fez delirar. Mas ele fez pior, enfiou sua mão com a maior agilidade para dentro de minha calcinha, estimulando também o meu centro do prazer, sentindo o quão pronta eu estava para recebê-lo.

Gemíamos e nos movimentávamos juntos e então, com a voz mortificada, Edward confessou:

- Você é tortura demais para mim, Bella! – tortura era esperar para tê-lo dentro de mim.

- Então me faça pagar por isso! – percebi no pulo de Edward uma mistura de excitação e surpresa, este último talvez, pelo fato da “lerda” não ser tão lerda quanto ele acreditava.

Nesse momento seu descontrole atingiu o ápice e Edward destruiu minha calcinha em uma puxada só. Praticamente arrancou sua calça, levando junto sua cueca, ele já estava sem sapatos e eu nem notara.

Meu Deus, aquele homem seria capaz de me matar!

Edward era a fúria no corpo de gente, seus olhos me devoravam prometendo que eu não sairia viva dali.

Jogou-me deitada sobre a grande mesa de mogno e veio para cima de mim. Aproximou-se parecendo um leão, mas eu sinceramente não me sentia a sua presa, me sentia a sua leoa, pronta para lhe oferecer o mais selvagem de todos os prazeres.

Já não suportávamos mais prolongar a espera, era visível em nossos rostos o tamanho da necessidade que sentíamos um pelo outro.

Edward se posicionou sobre meu corpo, entre minhas pernas já dobradas. Senti seu sexo excitado em minha entrada, totalmente lubrificada, pronto para iniciar suas investidas. Como era bom senti-lo ali! Mas com uma rápida lembrança precisei interromper:

- Preservativo! – alertei. Edward me encarou, piscou algumas vezes tentando entender minha fala e minha alteração de humor. E então sua ficha caiu.

- Ah, não! – esbravejou sem sair de cima de mim, mal conseguindo respirar – Droga!

- Calma, Edward, é só o tempo de colocar...

- Não tenho, DROGA! Justo hoje, tinha que esquecer a carteira no carro? – ele se amaldiçoava ainda me prendendo sob seu corpo. Movimentei-me dando sinal de que sairia daquela posição, mas Edward apertou mais seus braços roçando nossos sexos e ainda tremendo disse em meus lábios:

- Calma, eu vou dar um jeito! – não imaginava como.

- Só ia pegar minha bolsa! – expliquei entre gemidos - Está atrás de você!

Ele franziu o cenho.

- Para que? – perguntou já sabendo a resposta. Rolei os olhos pelo seu tom de reprovação.

- Edward...sou uma mulher prevenida! – ele continuou me encarando com a mesma expressão – Anda logo, antes que eu decida ir embora! – ameacei e fiquei com medo do feitiço virar contra o feiticeiro, eu não estava mesmo querendo abandonar o barco.

Para meu alívio, Edward em um pulo pegou minha bolsa, entregando-a para mim. Ele estreitou mais os olhos e torceu o nariz quando viu que já faltava um preservativo no pacote de cinco unidades. Tive vontade de rir da sua cara.

Provavelmente me julgou ser uma universitária bem ativa, o que não era verdade. Eu raramente ficava com James, e há muito isso não acontecia.

Ele continuou me encarando sério e não pegou o preservativo que lhe ofereci. Não por falta de educação, mas sim porque não prestava atenção, estava pensativo. Ele estava bravo comigo, podia ver em seus olhos.

Qual era seu problema afinal? “Será que não gostou da marca?”, tentava encontrar sentido em seu mau-humor.   

Eu que não ia deixar esse “detalhezinho” atrapalhar meu momento sublime, então fiz a única coisa que podia. Dei um sorriso sensual, mas ele continuou com a mesma expressão. Rasguei o papel do preservativo e Edward arqueou a sobrancelha se remexendo no lugar, levei-o já desembrulhado em direção ao seu destino que estava mais do que preparado para usá-lo.

Edward gemeu enquanto eu o vestia e então, fitou-me reassumindo sua expressão de desejo.

Fui arremessada novamente contra a mesa e Edward me beijou com posse. Apertava todo meu corpo como se quisesse me mostrar que tudo aquilo era dele, e eu sentia que meu corpo queria ser de Edward, sempre, somente dele.

Então, para saciar nossas vontades, Edward me penetrou com voracidade. Gememos juntos enquanto ele me explorava, e quando fui completamente preenchida, senti que aquele era meu encaixe perfeito. Fiquei com medo desse pensamento.

Olhávamos-nos intensamente sentindo nossa união. Edward parecia surpreso, excitado e preocupado. Permaneceu parado, por um momento, fitando-me com brilho no olhar.

Comecei a me mexer incentivando-o a continuar. Edward estremeceu, prendeu meus punhos com suas mãos acima da minha cabeça, mostrando-me o quão mais forte ele era e iniciou suas investidas dentro de mim. Encarava-me como se fosse meu dono, como se nunca mais fosse me libertar de sua prisão.

Edward me chicoteava, arrancando de mim gemidos abafados por seus beijos. Ele estava me matando e sabia disso. Soltou minhas mãos e apertou novamente todo o meu corpo. Eu também o pressionava, queria senti-lo totalmente em mim, precisa que todos os pontos de nossa pele estivessem em contato.

Não me incomodei por estar sobre uma mesa dura, na verdade eu estava anestesiada demais pelas sensações indescritíveis que Edward me proporcionava, apenas me lembrava do nosso suporte devido aos barulhos que produzíamos sobre ele.

Nossos corpos estavam molhados e eu podia sentir minha explosão chegando.

- Edward...– supliquei entre gemidos, me agarrando mais a ele.

- Vai Bella... preciso sentir você! – gemeu em minha boca intensificando o ritmo de suas investidas. Edward também não podia mais segurar.

E assim, colada a ele, senti nossos corpos atingirem, juntos, o ponto máximo do prazer. Vibramos violentamente um no outro, completamente entregues a mais pura satisfação.

 

Ficamos ali durante um bom tempo, tentando recuperar nossas respirações, rendidos ao cansaço, encarando um ao outro. Edward tinha seus olhos brilhantes vidrados em mim, sabia que os meus o fitavam da mesma forma, mas o motivo era outro. Eu não via nele apenas um ótimo sexo, via também a minha paixão.

Não podia negar a mim mesma que estava apaixonada por aquele homem. Fechei meus olhos sentindo mais uma vez seu cheiro e a pressão de seu corpo sobre o meu, aproveitando daquilo que seria o fim da minha primeira e grande paixão. 

Abri os olhos quando Edward acariciou meu rosto, parecia estar memorizando meus traços com seus dedos. Por que ele tinha que tornar tudo ainda mais difícil?

Aquele tipo de gesto só fazia com que meu coração se aquecesse mais e não podia ser assim, visto que não o teria novamente. Mas eu estava hipnotizada, e como seu rosto era a única coisa que me importava, também o afaguei, estudando todas as suas linhas.

Edward piorou um pouco mais a minha condição ao encostar ternamente seus lábios nos meus em um beijo calmo e suave, fazendo-me sentir especial. O que não era verdade, pois eu era apenas mais uma, entre tantas mulheres que ele tivera.

Meus devaneios foram interrompidos pelo toque insistente do telefone que se encontrava em algum canto daquela sala. Edward gemeu frustrado mas não cortou nosso beijo.

Fiquei preocupada. Se Edward ignorasse o telefone não corríamos o risco de que sua secretária entrasse na sala para dar pessoalmente o recado?   

- Edward... – tentei falar enquanto ele mordiscava meus lábios. Mas ao perceber que interrompia o beijo, ele enfiou sua língua dentro da minha boca novamente me impedindo de continuar.

O telefone seguia gritando e eu não queria ser flagrada naquela situação. E se algum homem entrasse ali, como Emmett, por exemplo?

Remexi-me incomodada pelo pensamento e virei meu rosto para o lado tentando escapar de sua boca, Edward segurou meu queixo me abocanhando com mais urgência.

- Edward... – consegui dizer com dificuldade – Alguém pode entrar!

- Quem? – me olhou surpreso. Será que ele não se lembrava que estávamos em uma sala do seu escritório? Vi a razão chegar a seus olhos quando Edward os arregalou preocupado. Sacudiu a cabeça incrédulo. – Isso foi errado!

Ele achava errado ter ficado comigo? Mordi os lábios nervosa e ele percebeu minha reação.

- O que nós fizemos foi incrível! – garantiu-me passando uma mão por meus cabelos, me dando um beijo rápido – Mas o que eufiz foi errado! Não agi direito... não podia te expor tanto assim...as portas nem estão trancadas! – se condenava – É que você... – estreitou os olhos – Me deixou louco!

Fiquei aliviada e um tanto satisfeita por sua explicação.

- Vista-se, antes que minha secretária resolva arriscar seu emprego entrando aqui.

Levantei-me mais que depressa e coloquei meu vestido. Até que não estava tão amassado quanto pensei que pudesse estar. Edward terminou de se vestir e falou com a tal da Jessica pelo telefone.

- Jessica?... – escutei sua conversa – Remarque, então! – exigiu autoritário - Não me questione, apenas remarque! – a paciência não parecia ser uma de suas virtudes naquele momento.

Achei os restos de minha peça intima rendada e guardei na bolsa. Edward ergueu uma sobrancelha assistindo a cena enquanto desligava o telefone.

- Vai ficar sem calcinha? – me perguntou estreitando os olhos. Dei de ombros e ele rosnou. Aquilo me excitou, mas não podia mais continuar ali.

- Então... – não sabia o que dizer, mas já estava pronta para ir embora, precisava me despedir e ignorar o magnetismo que me puxava para Edward – Adeus! – foi a única palavra verdadeira que encontrei.

- Espere! – aproximou-se mais de mim e meu coração falhou.

Prendeu-me contra a parede e enfiou sua mão por baixo do meu vestido, levando seus dedos diretamente à minha intimidade. Gemi em seu ouvido e ele espremeu seu corpo contra o meu.

– Já é tentador saber que está descoberta... - gemeu - Molhada, então... – invadiu-me com um dedo - Chega a ser crime!

- Ah...Edward... – soltei em um murmúrio pela surpresa.

Ele mordeu a boca esfregando sua dura excitação em mim.

- Vai Bella...me dê logo mais um dos seus preservativos. – ordenou já desabotoando sua calça e tirando para fora o motivo do seu pedido.

Entreguei-lhe rapidamente deixando minha bolsa cair no chão e ele não hesitou em pegar. Embrulhou-se e então, mas uma vez, tive Edward dentro de mim.

A sensação foi ainda melhor, a segunda vez parecia me levar a pontos mais altos, mais surpreendentes comparados à primeira. Contorcia-me desesperadamente entre a parede e seu corpo.

Explodi em Edward, que novamente me acompanhou gemendo em meu ouvido.

Ele se afastou para retirar o preservativo e se arrumar. Tentei alisar meu vestido, que estava bem pior do que antes e peguei minha bolsa.

Senti a mão de Edward envolver minha nuca, olhei em seus olhos vendo que tinha algo para me dizer. Será que inventaria algum novo reencontro como acreditava Alice?

- Boa sorte com o trabalho! - disse encostando levemente nossos lábios em um beijo de despedida. Percebi que aquele era realmente o nosso adeus!

Não consegui falar, apenas assenti e abri a porta para sair dali.

Não olhei para a secretaria quando fechei a sala atrás de mim, não via mais nada a não ser minha necessidade de ficar sozinha. Precisava pensar.

Como o acontecimento mais lindo e mágico da minha vida, podia também ser o motivo para minha maior tristeza?

Ter a certeza de que nunca mais estaria nos braços de Edward era motivo, sim, para muita tristeza. Mas eu sempre soube que seria assim, e não podia me lamentar por ter vivido a melhor experiência da minha existência.

 

Cheguei em casa um pouco tarde, entrei em silêncio, queria tomar um banho antes de enfrentar uma Alice cheia de perguntas, mas quando fechei a porta vi que não estava sozinha.

Jasper e Alice me analisavam de cima até embaixo boquiabertos. Minha amiga soltou um grito cheio de alegria.

- Bellaaaaa, não acredito! – tampava a boca, abafando o grito, encarando minha situação.

- Você foi atropelada? – zombou Jasper. Ele tentava brincar mas sabia que, no fundo, estava preocupado com os meus sentimentos.

Continuei quieta fitando os dois.

- Vamos lá Bellinha – Alice era pura alegria – Estávamos te aguardando ansiosos pelas novidades, que não devem ser poucas! – apontava minha roupa.

 Sorri para os dois curiosos e perguntei:

- Será que posso tomar um banho antes?

- Nãooo! – responderam em coro. Ergui uma sobrancelha percebendo que não teria escapatória.

- Tudo bem! Como podem ver... – apontei para mim mesma sorrindo – Aconteceu!

- Ahhh! Não estou acreditandoooo! – Alice pulava festejando. – Conte-nos tudo, Bella!

Revirei os olhos.

- Vamos pedir as pizzas primeiro? – perguntei

- Claro – respondeu Jazz – Mas acho que hoje teremos que pedir três, porque pelo jeito você deve estar faminta! – riu com Alice me fazendo entrar na dança. Ele viu que não adiantava mais se preocupar, a “coisa” já estava feita.

- Quais serão hoje? – Alice me perguntou com o telefone na mão.

- Calabresa e banana com chocolate – respondi e meus amigos me olharam com malicia.

- Calabresa? Banana? Sei! – Jasper piscou para a namorada e mais uma vez rimos.

Depois de pedir as pizzas, sentados na sala, Alice implorou:

- T U D O!

Contei toda a história, obviamente pulando os detalhes íntimos, e Alice adorou saber que Edward havia me chamado de “lerda”.

- Bella, foi melhor do que eu imaginava, só não entendo porque não está TÃO feliz quanto deveria. Você por acaso não gostou muito? – perguntou curiosa.

- Amei!– disse rápido demais.

- Então porque não está tão empolgada? – ela perguntava e Jasper apenas assistia.

- Não sei. Estou oscilando, sabe? Ora fico feliz, ora fico desanimada, porque... – olhei para Jazz – Certamente, nunca mais verei o Cullen. – meu amigo ergueu as sobrancelhas.

- Quem disse? – Alice perguntou curiosa.

- Alice, em que mundo você vive? Jasper mesmo disse que seria assim! Que Edward me jogaria de escanteio depois que conseguisse o que queria.

- Não mesmo! – meu amigo se defendeu e fiquei confusa. – Eu disse que ele faria isso quando você não o interessasse mais. Não tem como eu saber o que se passa na cabeça do Cullen.

- Duvido que você não o interesse mais! – Alice parecia convicta.

- Ah, sim! Porque ele te ligou e contou tudo o que estava sentindo, não foi? – debochei.

- Bella! – me olhou séria – Como pode pensar que um homem que fica louco com a sua presença não te queira mais?

- Alice, ele nem pediu meu telefone! – informei – Nem sabe como me achar! E se a senhorita espera que eu corra atrás dele pode tirar o seu cavalinho da chuva.

- Nem deve! – Jazz se manifestou.

- Mas não será preciso. As coisas se ajeitarão, sinto que sim! – Alice falava parecendo prever o futuro, queria tanto acreditar em suas palavras, mas não via sentido em nada do que dizia.

- O que você acha Jazz? – perguntei.

- Eu acho que como está apaixonada vai ficar sonhando com ele, mesmo acordada. Sinceramente gostaria que o Cullen se apaixonasse por você, porque não a quero sofrendo, mas não creio realmente que isso vá acontecer, portanto, não dê asas a essa ilusão.

- Será que ninguém mais me dá créditos nessa casa? – Alice perguntava chateada – Eu estava lá! – apontava para a porta como se fosse a E2C – Só eu sei o que se passa entre esses dois, tenho certeza de que o Cullen não conseguirá ficar longe de Bella por muito tempo! – fitou furiosa o namorado para depois se dirigir a mim com mais calma – Eu sou sua amiga Bella, jamais faria isso com o seu coração a troco de nada, pode apostar que não é apenas ilusão como Jasper diz!

Não sabia mais o que pensar, eu realmente queria acreditar em Alice, mas os meus argumentos eram tão verdadeiros_ não pediu o número do meu telefone e nem endereço, como poderíamos nos encontrar novamente?_  justamente por isso precisava escutar Jasper e parar de sonhar com o Cullen. Só não sabia como.

 

- Mudando de assunto... – Jazz sugeriu – Estava comentando com Alice antes de você chegar, Rosalie já acertou sua vinda para a E2C! – disse todo animado.

- Jura? – quase gritei toda empolgada – Que maravilha! Isso é ótimo, Jazz! Quando ela chega?

- Na terça-feira, mas iniciará na empresa daqui duas semanas. - ele explicou.

- E o curso que ela estava fazendo? – perguntei.

- Termina nesse sábado. – afirmou contente.

Fiquei feliz pela notícia, mas assunto nenhum ocupava minha mente por muito tempo, porque a todo o momento me via ausente pensando na tarde que tivera com Edward. Será que ele esqueceria tão rápido tudo aquilo que compartilhamos em seu escritório?

- Preciso tomar um banho agora, antes que as pizzas cheguem! - informei.

Não queria tirar o cheiro masculino que estava impregnado em meu corpo, mas era inevitável. Enquanto a água caia, a presença física de Edward ia sendo levada para longe de mim, porém, sentia que nada conseguiria arrancá-lo de minha mente e muito menos do meu coração. Sabia que minha vida não seria igual depois desse dia, mas precisava seguir em frente, independente do que estivesse por vir.

 

 


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Gostaram?
Vocês viram que a Bella pode até ser lerda, mas boba NÃO!! hahaha
Então...a música que me inspirou a fazer este capítulo foi "Girl you’ll be a woman soon - Urge Overkill"
Eu a acho linda e excitante!!

E quem gostou e quiser mais capítulos de IP, mande um recadinho, ok? Fico muito feliz em recebê-los.

Ahhh...quero também agradecer a todos que indicaram a fic:
Bie_Cullen, b-cullen08, GrazzyMoraiis, lunasblack, Joicinhah e alice_07
Fiquei super feliz em ter IP tão recomendada por vocês.
Obrigada amores!

Bjs
Duda