Irresistível Presença escrita por M-Duda


Capítulo 18
Capítulo XVIII - O Jardim




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Capítulo XVIII

 

Não estava mais suportando o silêncio e o olhar penetrante de Edward. Ele me estudava de maneira impassível, o que era assustador para mim. Varria seus olhos indagadores por todo o meu rosto, procurando por respostas para suas próprias reflexões. Sentia-me mal, como se estivesse sendo condenada sem direito a defesa.

- Por que está chorando? – perguntou sério, franzindo a testa. Assustei-me com o tom de voz firme.

- Porque...porque... – não conseguia revelar minhas angústias, pois ainda soluçava, mas precisava me controlar. Tinha que fazer Edward entender que eu jamais usaria uma gravidez para obrigá-lo a se casar comigo. – E-u não que-ria... – meu murmúrio era trêmulo.

- Não queria ter um filho comigo? – ele completou, revelando uma questão impaciente.

- Não! – respondi imediatamente arregalando os olhos. Ele estava me interpretando mal. – Quero dizer... – tentei me corrigir assim que percebi como o meu “não” podia ter soado – Sim! – eu estava desesperada - Gostaria muito de ter um filho com você, mas não acho que isso esteja dentro dos seus planos e...

- O que disse? – Edward pestanejou, mas antes que eu pudesse reformular meus argumentos ele colocou uma mão em minha boca, impedindo-me de falar – Não! Por Deus, não diga mais nada! – ele me encarou como se fitasse uma bomba prestes a explodir. Edward tinha medo nos olhos – Por favor, se por algum momento passou pela tua cabeça que no mundo possa existir algo mais importante, pra mim, do que você e a família que construiremos juntos, então não me diga.

- Não... – sussurrei hesitante contra seus dedos. – Não foi isso... - na verdade tinha pensado algo um pouco pior, mas... – Então não está bravo? – soltei sem tempo de engolir a pergunta que mais era um suspiro de alívio. Ele contorceu o lindo rosto frustrado.

- Como poderia estar bravo? Não ouviu o que acabei de dizer? Por favor, Bella, não me veja como um monstro!

- Monstro? – repeti incrédula – Jamais te vi assim. - ele meneou a cabeça, desconsolado.

- Sei que me comportei mal, que fiz grosserias e que tive problemas em aceitar meus sentimentos por você, Bella. Mas isso foi antes... – segurou meu rosto entre as mãos – Antes de você me fazer enxergar que o amor não destrói... – sorriu de leve por repetir minhas palavras – Lembra? – sorri de volta, sentindo uma emoção que só ele podia fazer nascer em mim. Edward suspirou – Bella, pode parecer ridículo, pois é exatamente assim como me sinto...

- Você não é ridículo – precisei cortá-lo. Ele sorriu com carinho e afagou minhas bochechas com os polegares.

- Sinceramente, meu lado egoísta adora essa tua capacidade de ignorar os meus defeitos. Se não fosse por isso você já teria me dado um chute há muito tempo.

- Só se eu fosse louca – retruquei e ele revirou os olhos.

- Não importa. Como ia dizendo...antes de lhe contar sobre os meus pais, nunca tinha dito em voz alta sobre o assunto com qualquer pessoa. Ás vezes meus tios e Emmett tentavam, mas eu sempre os deixava falando sozinhos, sendo assim, sem perceber nutri uma mágoa infantil que me fez acreditar que meu destino era ser solitário. Acho que pelo fato de não ter sido “filho o bastante” para preencher o vazio que era a vida do casal que me trouxe ao mundo. Mas quando me forcei a lhe explicar tudo, me vi encarando os fatos com a visão de um adulto e não mais com a de uma criança. E foi nessa hora me senti patético, pois foi aí que entendi quais eram os meus problemas.

- Trauma de infância! – falei o que ele parecia se envergonhar em dizer. Edward fez uma careta e bufou.

- Não sei se o nome seria esse – achei graciosa sua vulnerabilidade, mas logo ele se recompôs. – Na verdade, eu só queria te explicar que não acredito mais nessa história que inventei para mim mesmo, de que nasci para ser uma pessoa solitária, pois tenho você. – escorregou as mãos para os meus ombros - Mas se não acreditar nisso, vou continuar me sentindo um monstro, pois vejo que tem medo de confiar mim.

- Não tenho medo de confiar em você! – garanti encarando-o com serenidade. Ele não estava muito confiante – Confesso que várias vezes tive medo de te perder por não saber como agir com você... – molhei os lábios e desviei meus olhos, fitando a parede para relembrar os meus tormentos de um passado não muito distante – Aquele nosso relacionamento “sem pressão” me deixou maluca! – voltei a encará-lo - Fiquei completamente perdida, sem saber o que podia ou não fazer! – revelei vendo a expressão contrariada de Edward. Eu sorri e afaguei seu rosto tentando suavizá-lo – Mas acredite, nunca tive medo de confiar em você.

- Então nunca duvide... – encostou a testa na minha – Que você tem total poder sobre mim. Diga, ou faça, sempre o que quiser sem medo de me perder, porque isso jamais irá acontecer. – assenti com a cabeça – Promete que não terá qualquer tipo de receio comigo?

- Prometo.

- Tudo mudou pra mim, Bella. Acredite!

- Eu acredito, Edward! – sorrindo peguei suas mãos, chacoalhando-as para que ele não se martirizasse mais com aquele assunto – Superamos muitos problemas juntos, meu amor! – afirmei – Problemas reais! Por isso nosso relacionamento, que é tão novo ainda, consegue ser mais sólido do que muitos outros de longa data. Nos tornamos, desde o início, muito mais do que simples amantes. Nos tornamos companheiros.  

Edward me abraçou e sussurrou:

- Se você conseguir me amar só um pouquinho do muito que eu te amo, pra mim já está ótimo.

- Até parece! – rolei os olhos mas ele não pode ver, pois ainda estávamos abraçados. Mesmo assim senti que Edward estava feliz, sorrindo enquanto beijava meus cabelos. Depois seus lábios procuraram minha testa e por fim chegaram a minha boca.

Nosso beijo foi terno, macio, sem pressa. Edward segurou meu rosto e quando afastou alguns centímetros nossos rostos seus olhos denunciavam uma nova emoção.

- Acha mesmo que está grávida?

Meu coração acelerou. Tinha até me esquecido daquele assunto. Corei envergonhada por não ter antecipado aquela reação de Edward. Ele parecia feliz apenas com a idéia de ter um bebezinho.

- Não sei. – arrastei as palavras – Acho que sim, ao que tudo indica. Mas não posso ter certeza.

- Acho que está – declarou sem hesitar – Teus peitos estão um pouco maiores.

- Que mentira! – gargalhei.

- Verdade. – retrucou com veemência – Veja... – levou a mão direita até meu peito esquerdo, envolvendo-o sobre o tecido da minha roupa, sem malicia nenhuma – Viu? – apontou, como se aquele gesto fosse prova cabal para o que dizia. Arqueei as sobrancelhas – Não me olhe como se eu fosse um louco. – pediu sorrindo torto – Mas o teu corpo eu conheço bem.

- Se você diz... – dei de ombros sorrindo. Suspirei desejando muito que a gravidez fosse verdade. Sem ter como explicar, eu já amava alguém que nem mesmo sabia ser real.

Edward continuou com os olhos fixos onde me segurava, e o gesto que antes parecia inocente passou a despertar algum sentido mais erótico no homem que me tocava, pois logo sua mão que serviu apenas como material de medição, passou a ser estimulante perfeito para os meus desejos voluptuosos. Não resisti à provocação e um gemido escapou por entre meus lábios. Edward se aproximou, segurando minha nuca com a outra mão, enquanto me abocanhava num beijo cálido.

Vagarosamente ele me deitou na cama, vindo por cima de mim, sem desgrudar nossas bocas.

Sentia-me em chamas, capaz de acender quantos fogos de artifício o mundo desejasse para o Reveillon. Porém, ainda faltava mais de um mês para festejar o novo ano então, para variar um pouco, o nosso momento sublime foi interrompido. Não por tonturas ou enjôos como das últimas vezes, mas sim pelo barulho do interfone. Edward urrou de frustração.

- Bem-feito! – falei contrariada cruzando os braços e ele não compreendeu – Aposto que é o médico amigo do seu tio.

- Nossa! – num salto ele se pôs em pé e correu para fora do quarto ajeitando os cabelos enquanto me instruía em voz alta – Vou mandá-lo subir. Se arrume, Bella.

E tinha algo além para se fazer? Não que eu quisesse fugir do médico, pelo contrário, era a primeira vez que desejava um por perto para esclarecer minhas dúvidas. O problema foi o horário. Não podia ter demorado mais uma horinha, pelo menos?

 

O médico me examinou, mas não confirmou suspeitas. Disse apenas que a possibilidade era mesmo que estivesse grávida, mas que seria necessário um exame de sangue para afirmar com total garantia o meu quadro.  

Edward acompanhou Dr. Kurter até a porta da sala depois de quase quarenta minutos de sua chegada, me deixando pensativa no quarto.

Meditei sobre as mudanças nos planos que essa gravidez provocaria, caso ela se confirmasse. Não queria nem pensar no sermão que escutaria de minha mãe, muito menos na reação de meu pai, esta última pra mim ainda era uma incógnita.

- Dr. Kurter me entregou o pedido do exame que terá que fazer e o nome de um excelente obstetra. – Edward comentou entrando no quarto, trazendo-me de volta ao planeta Terra – Infelizmente não posso fazer isso no teu lugar, Bella. – mostrou o papel em sua mão, sentando-se ao meu lado na cama - Amanhã terá que ir ao laboratório e enfrentar alguns jalecos brancos. Mas não se desespere, eu irei com você e prometo que será rápido. – sorri diante sua preocupação.

- Tudo bem. – garanti tranquila demais para ser verdade. Edward mesmo estranhando minha aceitação, aprovou o fato.

- Muito bem. – sorriu de forma criminosa.

Ele, a cada minuto parecia ficar mais estonteante, deslumbrante, irresistível. E como eu não era imune àquela tentação, logo senti o gelo que surgiu no estômago, causado pela combinação “cheiro-visão” de Edward, ser substituído por um fogo avassalador, que subiu até atingir com toda a força meu rosto.

Na mesma hora ele estreitou os olhos, e mordeu as bochechas – típico gesto de quando captava meus pensamentos – para então, no maior fingimento perguntar:

- Algum problema?

- Você está muito longe. – devolvi sem rodeios, puxando-o pelos braços para mais perto de mim.

Edward tirou os sapatos com os próprios pés, rapidamente, enquanto se acomodava ao meu lado, nos travesseiros, e me estreitava entre seu abraço.

- Problema resolvido! – sussurrou, fazendo os pêlos de todo o meu corpo se eriçarem por tê-lo tão provocante ao meu ouvido. – Existe mais alguma coisa que posso fazer por você?

Estremeci e sem tentar formular qualquer resposta sensualmente inteligente, beijei-o, mostrando bem o que mais ele poderia fazer por mim.

Agarrei-o pelo pescoço, e sem desespero, fiz com que o meu desejo ficasse claro através de como minha língua buscava a dele. Edward correspondeu imediatamente, deixando muito evidente que a sua necessidade, há muito tempo, era a mesma que a minha.

- Bella...Bella... – ofegando, ele interrompeu o beijo para se preocupar comigo – Será que você está bem pra isso? – fechei com mais força meus dedos em sua pele.

- Por Deus, Edward... – encarei-o com olhos encolerizados – Eu sou capaz de explodir se você se afastar! – bastou para que ele gemesse e voltasse a me beijar.

Eu me sentia ótima, e sabia que nada mais interromperia a ação que nos levaria à satisfação sexual. Não me enganei.

Depois de me despir, Edward me contemplou como seu eu fosse alguma divindade. O amor e a devoção que eu enxergava em seus olhos eram, simplesmente, o reflexo dos meus sentimentos por ele. Sabia que ali, ambos tínhamos plena consciência do que um representava para o outro.

Suas mãos percorreram meu corpo, excitando minhas regiões de maior sensibilidade e sua boca não deixou de dar atenção aos meus seios arrepiados. Ele arrancava de mim gemidos atrás de gemidos, e isso parecia bastar para deixa-lo ainda mais preparado.

- Você é o meu vício, Bella! – murmurou em meus lábios, enquanto se posicionava sobre meu corpo e forçava a abertura de minhas pernas com as suas próprias. 

Delirei sentindo sua dureza quente contra a minha entrada e quando Edward me penetrou, fui arremessada para uma outra dimensão. O melhor lugar para se estar.

 

- Grávida? – meu pai repetiu sentado na sala, após almoçarmos juntos, assim que Edward e eu demos a notícia que havia sido confirmada no começo da semana.

Logo após pegar o resultado laboratorial na segunda-feira, decidimos visitar meus pais no final da semana para contar, pessoalmente, sobre a chegada do mais novo membro da família, assim como marcar a data do nosso casamento. Já era domingo, e como Renée viajaria com o marido, deixamos o meu pai por último. Embora eu preferisse o contrário. Charlie, nitidamente, se simpatizara muito com Edward, mas obviamente, aquela notícia o pegara totalmente desprevenido.

- Isso mesmo Charlie... – meu pai tinha insistido para que Edward não o tratasse por chefe Swan. – Espero que o senhor não veja isso como um motivo de decepção, porque sinceramente, essa foi a notícia mais linda que Bella e eu recebemos na vida.

- Decepção? – a serenidade sempre fora uma característica virtude presente no semblante de meu pai – Jamais me decepcionaria com uma notícia dessas. Sei que Bella sabe o que faz; ela sempre foi sensata e ajuizada, e se ela confia em você, Edward, também confiarei. – levantou-se aproximando de mim e me puxou para um abraço – Então eu serei vovô? Ah, minha filha...você a cada dia me faz mais feliz!

Por incrível que pareça, minha mãe não tinha reagido diferente. Mas no caso de Renée, tudo se devia à presença de Edward e suas promessas, um homem bem sucedido, que afirmava nunca atrapalhar meus planos profissionais e até garantir mil contatos para que eu começasse a trabalhar antes mesmo de sair da faculdade. Minha mãe adorou. E com o futuro neto ela se emocionou.

Por fim, tudo saiu melhor do que eu imaginava e nosso casamento foi marcado para dali três semanas: vinte e nove de novembro. Uma ótima data para quem desejava apenas a presença dos amigos mais próximos e dos poucos familiares que, tanto eu quanto Edward, possuíamos.

Graças aos fretes aéreos de Edward, na noite daquele mesmo domingo estávamos novamente em Chicago, no apartamento que em breve também chamaria de meu – embora Edward já o chamasse de nosso – fazendo mil planos para o futuro.

Só naquela semana, Alice e Rosalie, tinham garantido roupinhas e sapatinhos para, no mínimo, os dois primeiros meses de vida do meu bebezinho. Minhas amigas estavam tão malucas com a notícia, que pareciam não pensar em mais nada além daquilo.

Alice não se controlava nem mesmo na faculdade, e por lá todos já estavam mais do que por dentro do assunto: Bella-Cullen-casamento-bebê. Estava sendo tão paparicada que não sabia mais o que pensar. Na maior parte do tempo eu gostava daquela empolgação, mas em algumas horas não, pois também queria ficar quietinha no meu canto. Mas isso só era possível quando dava a hora de voltar pra casa.

Minha casa ainda era com Alice. Até enquanto, Edward e eu, não assinássemos os papéis oficializando o nosso compromisso, lá continuaria sendo o meu lar. Mas só porque queria curtir mais um tempinho a casa onde dividi com minha amiga, fases e momentos tão importantes de nossas vidas. Queria me despedir com calma.  

- Agora só falta você conhecer os meus tios. – Edward me trouxe a realidade.

- Ah sim, claro. Quando eles chegam de viagem?

- Quarta-feira.  

Esse era o único motivo pelo qual não tínhamos dado a notícia, sobre o nosso filho, pessoalmente aos tios de Edward. Eles haviam partido para um viagem pela Europa há duas semanas.

- Emmett não segurou a língua. – comentou – Contou assim que atendeu uma ligação de meu tio. – ri imaginando a cena. Emmett estava parecendo criança com essa novidade. Parecia até, que nunca tinha visto uma grávida antes.

 

A semana seguinte passou rapidamente. Além de não matar nenhuma aula na faculdade, ainda arrumei tempo para organizar alguns detalhes, que cabiam a mim, do casamento – embora Edward tivesse contratado uma equipe profissional para que não nos preocupássemos com nada referente à pequena comemoração do nosso enlace matrimonial, ainda assim, algumas dores de cabeça sobravam para mim, como lista de convidados e vestido de noiva. 

Contratamos, também, os serviços de Tanya Denali para preparar o quarto do nosso bebê. Como queria uma cor que coubesse para qualquer sexo, poderia começar a arrumação antes mesmo de saber se era menino ou menina que se formava em meu ventre.

Graças às minhas preces, não tive mais problemas de desmaios, porém, os enjôos ainda eram freqüentes. Mas já era um grande alivio não sentir as tonturas que me tiravam a consciência.

Como o esperado, conhecer os tios de Edward foi maravilhoso. Esme não podia ser mais doce e encantadora e Carlisle era a gentileza em pessoa. Edward me surpreendeu, pois mesmo sabendo do enorme afeto que os ligava, não imaginei presenciar de meu futuro marido tamanha demonstração de amor filial para com o casal que também dispensava à ele, amor de pai e mãe.

- Ah, Bella, estamos tão felizes pelo nosso menino! – Esme me abraçou sem disfarçar a emoção que sentia pelo “netinho” que chegava e pelo casamento do sobrinho-filho.

 

Os próximos dias passaram com a mesma velocidade. Quando não estava na faculdade, estava ou resolvendo questões sobre o casamento com a ajuda das madrinhas Alice e Rosalie, ou sobre o quarto infantil no meu futuro lar, com a presença de Tanya – que se tornou uma amiga em pouco tempo:

- Deixe-me fazer a decoração com essa cor como base, Bella... – apontou um tom muito suave de alaranjado no mostruário de cores que segurava – Você não se arrependerá. Pode confiar em minha palavra! Você não imagina as maravilhas que já imagino para compor esse ambiente. 

A convicção de Tanya era tão grande que não tinha como contestar.

- Tudo bem. Gostei dar cor. E não duvido da sua capacidade de criar. – claro que não. Eu simplesmente tinha aprovado todos os trabalhos que ela havia feito para Edward: na empresa, na lancha e até mesmo no apartamento onde estávamos. Sabia que ela não me decepcionaria.

- Ótimo – agitou-se satisfeita – Sendo assim...trabalho, aí vou eu!

 

- Bella, você está linda minha filha! – Renée não aguentou e deixou lágrimas escaparem por seu rosto assim que me viu no quarto de visitas da casa de Emmett, onde as próprias madrinhas, Alice e Rosalie, estavam me arrumando.

- Mãe, você vai estragar sua maquiagem...não chore! – sentia um carinho tão grande por minha mãe. Se ela continuasse, talvez eu choraria também.

- Nem pense em chorar, Bella! – Alice pressentiu minha vontade – Eu te mato se você estragar minha obra-prima!

- Nossa obra-prima, você quer dizer, não é mesmo cunhadinha? – Rose a corrigiu dando-lhe um tapinha no braço.

- É, pode ser! – Alice revirou os olhos – Apesar de que você foi mais figurante do que assistente, Rose! – a baixinha provocou, ganhando outro tapa como consequência. Gargalhamos, esquecendo completamente qualquer vontade de choro.

- Venha Renée – Rose puxou minha mãe para uma cadeira – Vou arrumar sua maquiagem.

- Obrigada querida! Não consegui evitar as lágrimas quando vi minha menina. Ela está tão linda!

- Sim. Está deslumbrante. – Rose concordou.

Na verdade eu estava simples. Mas não podia negar que o vestido de cetim branco caia perfeitamente bem sobre o corpo - as oito semanas de gestação ainda não haviam salientado minha barriga, talvez porque eu mal estivesse conseguindo me alimentar ultimamente, devido aos enjôos - ele era longo, liso e reto, com um bonito decote que favorecia meu busto sem deixá-lo vulgar, seu único diferencial eram as alças: duas sequências bem feitas com pedras de zircônia. Meus cabelos estavam puxados para trás, mas alguns fios caiam em meu rosto, dando uma aparência de arrumado natural. Estava tudo muito delicado e nada exagerado, inclusive minha maquiagem, que destacava mais meus olhos e era suave nos lábios; exatamente como queria.

- A idéia de realizar a cerimônia no jardim desta casa foi maravilhosa! O lugar é magnífico! Nunca vi nada mais perfeito. Parece conto de fadas! Ele é único... é simplesmente: o jardim! – minha mãe elogiou enaltecendo ainda mais o ego de Alice.

- A idéia foi minha! – sorriu batendo no próprio peito. – Bella me chamou de cara-de-pau no começo, por ter sugerido a casa de Emmett, mas eu sabia que ele ia adorar a idéia. – virou-se para Rose – Emmett não adorou, Rose?

- Adorou! Foi mesmo uma excelente idéia! – Rose estava cada vez mais parecida com Alice. Será que eu também adquirira alguma coisa da minha amiga vidente durante esses anos em que moramos juntas e não sabia, ou eu sempre fui imune aos seus exageros?

Alice começou a bater palminhas, num gesto de agitação e falou:

- Agora precisamos chamar teu pai, Bella! Está na hora!

Meu coração disparou, e pela primeira vez no dia, senti a tensão de uma noiva prestes a subir no altar.


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Notas finais do capítulo

Oi, amores...gostaram do Ed. neste capítulo? ;)
Ele ficou lindo assumindo que está completamente nas mãos da Bella, não concordam? ai ai rsss
Enfim...obrigada por todos os comentários!! Por favor, continuem mandando-os, ok? Preciso muito saber o que estão achando da fic!!

Beijãooo e até amanhã!!
Duda ;)