Irresistível Presença escrita por M-Duda


Capítulo 11
Capítulo XI - Terreno Desconhecido




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Capítulo XI

 

Edward estava em pé, no meio da sala, com o cenho franzido e o maxilar travado, em uma postura furiosa. Fiquei em choque. Presa na tensão dos olhos que não se desgrudavam dos meus. Ele se aproximou diminuindo os dois metros que nos separavam para centímetros de distância. Era possível sentir o calor de seu corpo e naquele momento desejei que Edward me abraçasse dizendo que tudo não passava de um terrível mal entendido; mas o que ele fez foi bem diferente.

Tirou de dentro do bolso de sua calça minha calcinha preta, entregando-a para mim. Tremi enquanto ele aguardava que eu pegasse a peça, com um evidente desprezo no olhar.

            - Na sua pressa, você deixou isso para trás, Isabella. – levantou a calcinha - Saiba que não costumo guardar “lembrancinhas” das mulheres com as quais eu fico. – informou irônico. Não consegui me mover, então ele puxou a minha mão direita e depositou nela a calcinha. Fiquei encarando, sem ver, o meu presente, tentando compreender como tudo podia ter terminado daquela maneira tão desprezível; Edward estava me jogando o último balde de água fria.

Não discutiria os motivos que me levaram a ir embora daquela lancha mais cedo, na verdade eu estava cansada demais e a última coisa que precisava era de um confronto com Edward. Não queria correr o risco de ouvir palavras capazes de estraçalhar ainda mais meu coração, então continuei inerte, me controlando para não derramar novamente as lágrimas que pensei terem cessado.

Vi os pés de Edward se afastando, rumo à porta da sala. Ele estava indo embora. Minha estupidez era tão grande que aquele ato me machucou mais do que tudo no mundo. Não queria que ele se afastasse, não queria que partisse. Mordi o lábio para não gritar e fechei os olhos me negando a assistir aquela cena, enquanto ouvia apenas o barulho da maçaneta e a porta se abrindo. Meu peito doía, queria impedi-lo, mas antes que pudesse cometer qualquer loucura impensada, de uma mulher apaixonada, ouvi o baque da porta que havia se fechado. Estava acabado, ele se fora de vez. Suspirei derrotada apertando ainda mais os olhos que já estavam cerrados.

            - Faz idéia do quanto me odeio? – me sobressaltei com a voz de Edward. Olhei em direção ao som e pestanejei, sem acreditar. Ele estava com a testa e as mãos apoiadas na porta fechada. Não consegui evitar que duas lágrimas escorressem por meu rosto. Sabia que estava sendo idiota, mas só o fato de ainda poder vê-lo me alegrava. Suas palavras não faziam sentido em minha cabeça. Ele então se virou e me encarou com uma expressão mortificada. – Essa foi a desculpa mais fraca que podia inventar para vir atrás de você! – mirou a calcinha me fazendo compreender em partes a história. Por que Edward precisaria de um pretexto para me procurar se claramente quis se ver livre de mim na lancha?

            - Mas eu...eu pensei que me quisesse longe! – consegui articular em um fio de voz, olhando para os lados. Edward franziu o cenho e suspirou vindo em minha direção. Meu coração acelerou ante a expectativa de senti-lo mais uma vez tão perto.

            - E quero! – garantiu com segurança, aprisionando meus olhos. Eu já não conseguia respirar e tive vontade de chorar por ouvir tal confirmação. Minha cabeça estava rodando tamanha confusão. Eu não compreendia o motivo de Edward estar ainda em meu apartamento se ele mesmo confessara me querer distante.  

            - Mas...  

            - Mas nada. – me interrompeu para logo invadir minha boca em um beijo desesperado.

Automaticamente enlacei seu pescoço entre meus braços, tentando acorrentá-lo para que nunca se afastasse de mim. Edward também me abraçava firmemente enquanto nossas línguas dançavam uma na outra. Por mais que não compreendesse os últimos acontecimentos do dia, aquilo eu entendia perfeitamente: Edward ainda me desejava tanto quanto eu o desejava. Só consegui pensar na minha necessidade de tê-lo junto a mim.

            - Eu a quero longe! – tornou a dizer enquanto mordiscava meu pescoço.

            - Edward? – eu precisava de uma explicação, o que estava acontecendo afinal? Estava quase chegando ao desespero quando fui novamente silenciada por sua boca cálida. Ele me encostou na parede, pressionando o meu corpo contra o seu.

            - Eu amo você, Bella! – sussurrou em meus lábios – Eu amo você! - aquilo bastou para me fazer calar de vez. Eu não precisava ouvir mais nada.

- Também amo você, Edward! – consegui dizer em meio ao nosso beijo apaixonado, quente e furioso.

- Eu quero você para mim. – disse com voz rouca, apertando meu quadril.

            - Você já me tem. – assegurei. Edward me fitou com olhos negros e começou a levantar minha saia.

            - Onde estão Rosalie e Alice? – perguntei como um último gesto de sensatez.

            - Saíram. – garantiu, erguendo meu corpo para que eu o abraçasse pela cintura com minhas pernas. Ele nos levou até o sofá e se sentou me posicionando em seu colo, ajoelhada de frente à ele. Rapidamente retirei minha blusa revelando meus seios. Edward os acariciou antes de levá-los a boca. Levantei-me um pouco sobre os joelhos para abrir a calça de Edward, que me ajudou sem hesitar a liberar sua excitação. Ele afastou minha calcinha e me puxou para baixo, me preenchendo por completo. Gememos juntos pelo ato e iniciamos os movimentos maravilhosos de vai e vem, entre beijos, carícias e sussurros estimulantes. Estávamos suados, chegando à nossa explosão, quando Edward me conduziu até o chão, se encaixando sobre o meu corpo, para atingirmos naquela posição a nossa pequena morte provocada por todo aquele prazer.

            - Precisamos de um banho – falei enquanto ele beijava a ponta do meu nariz. Precisava na verdade de algumas explicações, mas aquela não era a melhor hora para pedi-las, talvez mais tarde.

 

Era engraçado pensar que um pouco mais cedo eu estava naquele mesmo banheiro me “derramando” em lágrimas por acreditar nunca mais ver o homem que estava às minhas costas, ensaboando minha barriga e meus seios em um abraço sensual. Tombei minha cabeça para trás, encostando-a no peito másculo de Edward que mordeu suavemente o lóbulo de minha orelha. Repreendi um gemido.

            - Adoro tudo em você, Bella! – declarou e eu não consegui mais conter minha curiosidade.

            - Ainda assim me quer distante! – mesmo sendo uma pergunta soou com uma afirmação. Edward cessou seus movimentos em meu corpo e eu fechei os olhos me amaldiçoando por não ter permanecido de boca calada. Ele suspirou e me girou para que ficássemos frente a frente. Pronto, aquela seria a hora da verdade.

            - Eu a amo, mas não gosto do que esse sentimento faz comigo. – beijou minha testa quando percebeu o meu espanto pelo o que havia dito - Nunca senti nada parecido por alguém e sinceramente nunca desejei sentir. Amar é perigoso e eu nunca quis me deixar levar por algo tão forte assim. – Edward estava confessando ter medo de amar e mesmo não sendo algo que pudesse me deixar feliz, pelo menos explicava seu comportamento. Precisava fazê-lo compreender que estava enganado, pois não havia nada de errado em amar, principalmente quando esse sentimento era correspondido.

            - Mas eu já disse que também te amo. Que perigo pode haver nisso? – ele me estudou pensativo por algum tempo, ergueu as sobrancelhas e falou:

            - Não me reconheço mais. Não sou o mesmo Edward de antes e agora sei que isso se deve ao sentimento que tenho por você. – deu um riso sem vontade – Não vejo nada saudável nisso.

            - E o que significa isso, então? – fiquei aflita com a possibilidade – Que você veio me dizer adeus? – estremeci. Ele me olhou com certo terror e então voltou a me abraçar possessivamente.

            - Eu não sou capaz de lhe dizer adeus! – beijou todo o meu rosto antes de unir novamente nossos lábios. Inegavelmente aquilo me soou muito bem.

 

Estávamos deitados na minha cama, nus, embaixo dos lençóis. Era surreal vê-lo apoiado em meu travesseiro, companheiro de todas as noites. Se eu contasse que o usava fingindo ser ele, para conseguir dormir, certamente me internaria em um hospício.

Edward brincava com os meus dedos perdido em pensamentos, enquanto eu o admirava abobada.

            - Quer saber? – perguntou passando a ponta do seu indicador no contorno do meu nariz. Assenti curiosa e ele sorriu vendo minha expectativa – Talvez não seja o fim do mundo experimentar algo diferente, não é mesmo? – arregalei os olhos, corando.

            - Depende...o que quer experimentar? – ele riu vendo o meu receio.

            - Não seja desconfiada, Bella...do que acha que estou falando? – quis saber se divertindo com a minha cara.

            - Não pensei em nada específico...é sobre sexo? – ele gargalhou.

            - Gostaria de saber o que poderia deixá-la tão constrangida em relação a esse assunto...logo a você, que é tão abusada na cama.

            - Não sou abusada – como ele ainda podia pensar aquilo depois de ter transado tantas vezes comigo? Edward rolou os olhos – É que...certas coisas eu ainda não... – fiz uma careta quando vi o risinho que ele prendia – Argh – grunhi - Fale logo, Edward, não mude de assunto. O que o senhor quis dizer com experimentar algo diferente? – exigi impaciente e ele me lançou um sorriso prometendo ainda voltar ao assunto.

             - Tudo bem...eu estava pensando... – retornou sua atenção à minha mão – Que se você aceitar, poderíamos tentar um relacionamento diferente! – parei de respirar.

            - Que tipo de relacionamento?

            - Algum tipo, livre de pressões! – explicou - Estou pisando em um terreno desconhecido, Bella...não quero me sentir forçado a dar um passo além desse que estou tentando agora. – entendi perfeitamente à que ele se referia. Edward não pretendia se casar e nem assumir qualquer compromisso sério. Não desejava uma companheira para a vida, mas sim para alguns momentos.

- Não se preocupe Edward – assumi também uma expressão mais cautelosa - Não falta muito para o meu curso terminar, sendo assim, logo terei que partir. – precisava acalmá-lo mesmo sentindo um aperto em meu peito provocado por minhas próprias palavras. Não sabia se conseguiria viver longe dele – Provavelmente depois nunca mais nos veremos. – acreditei ter visto uma sombra de tristeza em seus olhos, mas foi apenas fruto da minha imaginação, pois Edward assentiu dizendo:

- Talvez seja melhor assim. – eu não me entristeceria com aquilo, afinal, teria meses para desfrutar ao seu lado e quem sabe até mesmo, fazê-lo desejar uma vida inteira ao meu lado?

- Tudo bem, eu topo! – afirmei já pensando na luta que enfrentaria dali para frente. Edward puxou meu rosto e me beijou selando nosso acordo: um relacionamento sem pressões; só não fazia a menor idéia de como isso funcionaria.

Edward estava com um sorriso zombeteiro no rosto quando separamos nossos lábios, franzi o cenho voltando a me deitar em seu peito, certa de que não seria boa idéia perguntar o que se passava em sua mente poluída.  

- Vai me contar o que a deixou tão constrangida? – bingo, exatamente o que imaginava. Sabia que ele voltaria ao assunto.

- Ah! – foi a única coisa que murmurei.

- Ah? Não vai me dizer? – escutei seu risinho. Ele estava adorando me ver embaraçada. Mas analisando melhor a situação, tocar no assunto poderia ser uma ótima idéia.

- É que existem algumas coisas que eu nunca fiz. – Edward ficou quieto por um momento, e eu sorri para mim mesma, percebendo que inverteria o jogo.

- Mesmo? – perguntou e eu assenti, roçando meu rosto em seu peito. Estava gostando de provocar a sua curiosidade, aquilo estava sendo mais estimulante. – O que por exemplo? – bem o que eu precisava. Olhei para ele e sorri libidinosamente, mordendo o lábio. Edward ficou excitado apenas com o meu olhar.

- Prefere que eu diga...ou que eu faça? – perguntei umedecendo os lábios com a língua e senti os músculos de Edward se contraírem ao mesmo tempo em que arregalava os olhos. Dei uma baixa risada sensual e o provoquei – Não fique tenso, meu anjo... – brinquei o conscientizando de que agora o demônio entraria em ação - Sei que vai gostar! – Edward se sobressaltou e respirou pesadamente quando percebeu minhas intenções ao sentir que meus beijos e mordidas em seu peito desciam para sua barriga. Ele gemeu e mexeu muito dentro de minha boca, enquanto eu dava total atenção ao meu mais novo atrativo, e quando já estava a ponto de explodir me puxou e me penetrou, atingindo em meu corpo as convulsões do seu prazer. Senti-me poderosa vendo o quão descontrolado ele havia ficado.

- Nunca tinha feito isso antes? – perguntou incrédulo e radiante.

- Nunca. – ele não escondeu seu contentamento diante minha confissão e voltou a me beijar com amor.

Edward demorou ainda para ir embora, mas precisou se despedir, afinal o outro dia seria de muita correria e trabalho.

 

Encontrei Alice apenas na manhã seguinte, ela já havia preparado o nosso café da manhã e me aguardava com um semblante preocupado.

- Está brava comigo? – quis saber assim que me viu.

- Por que estaria? – não entendi. Ela parou vendo minha expressão iluminada e ficou pensativa.

- Você e Edward não brigaram ontem?

- Não. – assegurei com um tom de suspense – Nem pensamos em brigar. – apesar de que isso não era bem verdade.

- Vocês se entenderam? – assenti e Alice gritou – Não acredito! E eu que fiquei toda preocupada imaginando que estaria uma fera comigo por ter saído sem avisar.

- E imagino que seja por esse mesmo motivo que não me acordou quando chegou em casa ontem, estou certa?

- Certíssima! – afirmou dando risada.

- Como você é covarde, Alice! – gargalhamos – Sendo assim, perdeu as novidades.

- Não, não...pode me contar tudo agora mesmo! – exigiu.

- Estamos tendo um “relacionamento”. – entreguei sem rodeios.

- Como assim? Vocês estão namorando? Ai meu Deus! – ela já estava prestes a pular da cadeira.

- Não! Na verdade nem sei te explicar como funciona esse relacionamento. Só sei que ficaremos juntos sem pressões, entende? – Alice negou com a cabeça e então expliquei todos os receios de Edward em relação ao amor, assim como sua opção em não querer um compromisso sério.

- Ah, mas isso vai mudar com o tempo! – ela garantiu depois de meditar sobre o assunto.

- Estou contando com essa idéia.

- Claro que sim...mas por que será que ele tem tanto receio? Será que já foi traído?

- Acredito que não...ele confessou nunca ter amado antes.

- Tudo bem, daqui a pouco você descobre! – Alice era sempre tão confiante. – Nem acredito que estejam namorando, sinceramente pensei que vocês fossem demorar um pouco mais para se acertarem... – ela não parava de tagarelar.

- Alice, já disse que não estamos namorando! – a adverti e ela deu de ombros fazendo pouco caso.

- Que seja...não importa o nome que estejam dando ao tal relacionamento, o que importa é que vocês se amam e que não conseguirão mais viver um longe do outro! – sorri. Minha amiga tinha razão e certamente Edward ainda se convenceria do mesmo.

- O que fizeram ontem depois que saíram daqui? – perguntei mudando de assunto.

- Rosalie e eu fomos a todos os templos religiosos implorar aos deuses para que Edward não lhe matasse. – ri da besteira dita e ela me acompanhou e depois voltou a dizer – Verdade, Bella! Ele estava com uma cara assassina quando chegou aqui... – fez uma careta sugerindo “perigo”. - Rose queria ficar atrás da porta, esperando para te salvar, mas eu a arrastei pelos cabelos para bem longe daqui.

- Fale logo, Alice, o que fizeram ontem? – minha impaciência estava disfarçada por minha risada.

- Fomos até a casa de Emmett! Esqueceu que Jasper já estava lá? Depois ficamos bebendo vinho e falando besteiras até altas horas. Quis voltar mais cedo, mas Emmett não deixou... – interrompeu o que dizia e cruzou os braços no peito. – Sabe que agora, pensando melhor, acho que Emmett estava ajudando Edward nos segurando por mais tempo em sua casa?

- Falando nisso... – pensei em voz alta – Como será que Edward soube onde eu morava?

- Não sei...mas agora você pode perguntar, já que ele é o seu namorado! – ela sorriu esperando minha reação por sua gracinha. Apenas bufei.

- Não vou discutir com você, amiga da onça, mas espero que não fale nada parecido perto de Edward. – ela beijou os dedos indicadores cruzados em um gesto de promessa. Queria só ver.

- Bella? – me chamou interessada a desvendar algum mistério, fiquei hesitante – Quer dizer então que você não vai mais embora de Chicago? – suspirei.

- Calma Alice, não coloque a carroça na frente dos bois, vamos com muita calma. – talvez nem precisasse me preocupar com isso algum dia, tudo dependia do que Edward me reservava para o futuro.

 

O meu dia foi agitado, correria na faculdade e especulações vindas de todos os lados, quanto à minha suposta amizade com Edward Cullen, o famoso publicitário da E2C. Eu dizia apenas que éramos amigos, me esquivando de qualquer pergunta mais indiscreta. Até mesmo pessoas que mal me cumprimentavam agora me tratavam como se fossem meus melhores amigos. Fiquei enciumada e um tanto irritada com as garotas que se derreteram ao falar da beleza de Edward.

- Ele é tão maravilhoso pessoalmente que quando o vi no pub pensei que fosse desmaiar! – Natalie, minha mais nova ex-amiga de faculdade, se abanava. Várias outras também entraram para minha lista negra depois de concordarem com o comentário de Natie.

 

- Não aguentava mais aquelas assanhadas falando de Edward! – revelei ríspida no carro de Alice, indo embora para casa. Ela riu.

- Por que não conta logo que estão namorando? Assim elas sossegam os ânimos. – suspirei irritada. Com Alice não teria jeito mesmo. - Ai, Bella...estou adorando conhecer esse teu lado ciumento!

 

- Então é isso...Bella e Edward Cullen estão namorando! – afirmou, Alice, categoricamente para Rosalie e Jasper, depois de me arrastar para um jantar no apartamento dos dois.

- Não estamos, não! – expliquei para os meus amigos a situação real entre mim e Edward.

- Poxa...por essa eu não esperava! – Jazz parecia incrédulo. – Tem certeza de que quer mesmo entrar nesse relacionamento? – perguntou já sabendo qual seria minha resposta, mas na verdade ele estava mesmo era tentando me alertar sobre as possíveis consequências de um relacionamento estranho desses.

- Não se preocupe, Jazz! – falei – Para mim seria bem pior ficar sem ele, pode apostar! – me recordava muito bem de como tinha sido difícil ficar longe de Edward por todos aqueles dias depois do nosso primeiro envolvimento, e tinha plena consciência de que agora, depois de tudo o que compartilhamos no curto final de semana, incluindo às declarações, seria impossível sobreviver sem ele.   

- Bella! – Rose exclamou satisfeita – Agora além de sermos irmãs... – ela também compartilhava com Jasper o carinho de irmã por mim – Seremos primas.

- Rose, por favor, já basta uma Alice em minha vida! – gostava de pensar em um futuro com Edward, mas não me agravada falar daquilo como se já fosse algo acertado.

- Nossos filhos serão primos duas vezes! – falou ignorando meu comentário, pulando com Alice. Eu bem que gostaria de ter um filho com Edward algum dia, mas obviamente aquele era um assunto proibido em nosso relacionamento sem pressão.

- Meu Deus! Edward correria mais do que o Forest Gump se ouvisse e visse vocês duas agora. – Jasper brincou mirando a cena chocante protagonizada por sua namorada e por sua irmã; e em um sorriso direcionado à mim pude ver que ele não queria me deixar criar tantas expectativas. Ele ficou um pouco mais sério – Talvez isso dê certo, Bella, mas talvez não dê em nada. Só acho que você precisa estar preparada para as duas alternativas. – Alice e Rose fecharam a cara encarando-o.

- Já percebeu que até agora você só deu bola fora, meu amor? – Alice perguntou divertida – E que a mamãe aqui acertou tudo? Acho bom parar de apostar suas fichas contra mim.

- Pode ter certeza, minha bruxinha, que em Las Vegas eu jamais apostaria minhas fichas contra você. – Jasper brincou puxando Alice para o seu colo, depositando um beijo em seu pescoço. Rimos do seu comentário.

 

Na mesma semana Edward me ligou dizendo que, sexta-feira, precisaria ir a Nova Iorque visitar um cliente e que só voltaria no domingo. Fiquei triste a princípio, pois acreditei que passaríamos o final de semana juntos novamente, pois esse era o combinado, mas quando ele quis saber se eu poderia acompanhá-lo em sua viagem pulei mais do que Alice e Rose quando ficaram sabendo da novidade.  

 

Na sexta-feira Edward me pegou na porta do meu prédio, para irmos juntos ao aeroporto, com um abraço e um beijo apaixonado.

            - Pronta para decolar? – perguntou brincando ainda me prendendo em seus braços.

            - Prontíssima! – afirmei.

 Às vezes, no meu dia-a-dia, eu sentia vontade de tomar iniciativas em relação a Edward, como por exemplo, a de enviar uma ou outra mensagem de carinho para o seu celular, mas tinha medo que ele enxergasse aquilo como algum tipo de pressão. Não sabia ainda quais eram os limites daquele nosso relacionamento e por isso estava deixando-o conduzir a situação. Já entendera que ligações eram apenas noturnas e rápidas, para desejarmos bons sonhos um ao outro, e que nossos encontros seriam apenas nos finais de semana.

Para mim aquilo era melhor do que nada, mas sentia falta de algo muito importante: a liberdade de poder amar!

Não queria restrições, mas precisava ter paciência com Edward. A única questão era: será que no final de tudo ele mudaria de idéia?

 


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Notas finais do capítulo

Amores, estou postando mais um capítulo antes de responder aos comentários porque no momento estou um pouco sem tempo...
Mas prometo responder depois, ok? ;)

Gostaram do capítulo?
Aguardo comentários!! rs

Beijos e até logo!
Duda