Contos de Fadas São apenas Histórias escrita por BeLiza


Capítulo 9
Noite quase perfeita


Notas iniciais do capítulo

Oi povo do meu coração... 1000 desculpas pela demora. Acho que nem tenho cara de me desculpar... mas estive realmente enrolada, e ainda estou. Porém precisei postar esse cap. Só vi o quanto estava demorando quando li o review do Rubens, que não tem o costume de postar, me cobrando o próximo cap. Aí eu pensei: cara, eu devo tá demorando mesmo. rsrsrs
Então... Desculpem pessoal.



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– Boa noite a todos. – Paul disse levando a minha Bella com ele.

Fechei minhas mãos em punho, me segurando para não socar aquele sorriso idiota que estava estampado nele. Senti o braço de Seth ao redor do meu ombro.

– Vai deixá-la ir de novo? – Ele sussurrou.

*~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*~

Jacob


Não respondi, não consegui, apenas continuei vendo Bella, ir novamente. Ela me olhou antes de entrar no carro. Bella, não vá. Sabia que era isso que precisava falar, mas não fiz, apenas pensei, deixando ela ir. Seth soltou meu ombro quando vimos Paul seguiu com o carro.

– Perceberam como eles ficam bem juntos? – Sarah comentou, quebrando o doloroso silêncio. – Eles combinam. Tiveram a história parecida, vieram de baixo e conseguiram se dar bem. – Ela continuou. Olhei-a. Era surpreendente como eu ainda conseguia me espantar com seus comentários inoportunos. – Falei algo errado? – Ela se fez de desentendida.

– Não, mãe. Seus comentários sempre são sábios. – Seth ironizou antes de nos deixar e entrar em casa.

– Boa noite senhor e senhora Black. – Emily os cumprimentou ao descer junto com os outros.

– Boa noite Emily. – Billy deu um leve sorriso.

– Tiveram um bom dia? – Ela continuou com sua simpatia.

– Poderia ter sido melhor, mas não tenho o que reclamar. – Sarah respondeu. – Vamos entrar, vou ver o cardápio para amanhã. – Ela falou antes de sair de perto de nós. Emily e Kim as acompanharam. Notei o olhar de Kim antes de ir. Peter ficou e se juntou ao Charlie.

– Você vai ficar bem, filho? – Billy perguntou encostando-se ao meu ombro. Tentei sorri mostrando que estava bem, mas não consegui.

– Sim, não se preocupe. – Falei sem olhá-lo. Ele continuou com a mão no meu ombro, me olhando, possivelmente pensando em algo para dizer, mas não disse. Apenas deu dois tapas no meu ombro e entrou. Respirei alto.

– Ela estava bonita, né! – Peter comentou, possivelmente com Charlie.

– Belíssima. – Ele respondeu.

– Se não se importam, eu vou entrar, estou cansado. – Disse me virando sem esperar pela resposta.

[...]

Bella

– Já disse como está linda essa noite? – Paul me ajudou a sair de seu carro.

Sorri.

– Sim. Obrigada. Você também está muito elegante.

– Isso é um excelente elogio vindo de quem vem. – Ele sorriu e entregou a chave do carro para o manobrista e me ofereceu o braço, o que eu aceitei. – Espero que seja de seu agrado essa noite. – Ele falou me levando até a entrada do restaurante.

– Já está sendo. – Retribuí o sorriso.

Paul havia feito reserva em um dos melhores restaurantes franceses de Nova York. O local era lindo, muito elegante. Perfeito cinco estrelas, como muitos que conheci na França, porem dessa vez eu queria algo diferente, algo simples, só para variar.

– Lindo o restaurante. – Fui educada ao sentarmos a mesa.

Ele sorriu.

– Sim é. – Ele disse olhando para o ambiente. – Porém acho que nunca vou me acostumar. – Ele comentou.

– Perdão? – Não havia entendido.

– Não, não é nada. Pensei em voz alta, perdão. – Ele abriu o cardápio.

Coloquei minha mão, delicadamente, no cardápio, para olhar nos olhos de Paul.

– Por favor, continue. – Pedi.

Ele respirou alto e colocou o cardápio na mesa.

– Não sei se algum dia irei me acostumar com isso tudo. – Ele deu de ombros.

– Não me parece que tenha algum problema. – Comentei vendo o quão bem ele se portava.

– É apenas fachada. – Ele admitiu. – A boa e velha etiqueta. – Ele ironizou. – Esse não é realmente quem sou. – Ele disse.

Fiquei curiosa com seu comentário.

– Então que é realmente Paul Meraz?

– Quer mesmo saber? – Ele olhou sorrindo divertido.

Sorri.

– Sim. Gostaria muito. – Disse sinceramente.

– Então vem comigo. – Ele se levantou, em um impulso e estendeu a mão para me ajudar a levantar.

[...]

Jacob


Tentei me distrai com a papelada da empresa, porém não conseguia sair do primeiro parágrafo. Minha mente não parava de trabalhar em o quanto eles deviam está se divertindo. Ouvi meu celular tocar. Será que é ela? Corri até a escrivaninha do meu quarto e peguei meu celular. Amorzinho. Estava escrito na tela do celular.

Droga. Ela mexeu de novo no meu celular.

– Fala Leah. – Atendi o celular.

– Oi amor, como você está? – Ela perguntou.

– Bem. O que você quer?

– Ai amor, você podia ao menos fingir que está feliz em falar comigo. – Ela reclamou.

Cocei minha testa respirando fundo.

– Desculpa, é que estou nervoso. Como você está?

– Morrendo de saudades. – Ela disse manhosa. – E você?

– Também. – Menti.

– Então que tal eu ir aí matar sua saudade. – Ela sugeriu.

Droga.

– É uma excelente idéia, entretanto, não vai dar, trouxe trabalho para casa.

– Eu te ajudo. Adoro brincar de secretária. – Ela disse sensualmente.

– Vamos deixar para outro dia, está bem, amor? Vou ter que desligar. Amanhã a gente se fala. Tchau meu amor. – Desliguei antes que ela insistisse. Joguei-me deitado na cama.

O que eles devem está fazendo agora?

[...]

Bella


– O que você está fazendo, Paul? – Perguntei olhando-o mexer no portão rodeado de folhas verdes.

– Não se preocupe, não sou um vândalo. – Ele zombou, sorrindo. – Eu conheço o dono.

Por um momento duvidei do que ele dizia, até eu ver a chave em sua mão.

– Pronto, consegui. – Ele disse. – Preciso lembrar-me de avisar ao Sr. Antônio que o cadeado está ruim. – Ele comentou ao abrir o portão. – Venha. – Ele estendeu a mão para eu entrar, assim que pegou as sacolas com comida, no chão. Havíamos parado em um mercadinho para comprar comida.

O local era céu aberto, mas estava mal iluminado. Não dava para ver muito, por mais que a lua estivesse ajudando.

– Espere aqui, já volto. – Paul disse antes de ir, me deixando sozinha no meio do caminho.

Aquela situação não estava muito confortável, comecei a me arrepender em ter aceitado sair daquele restaurante com Paul. Até que, sem aviso, o local iluminou-se, me ajudando a ver claramente. Era um jardim, um jardim particular. Me surpreendi com tanta beleza. Haviam luzes, plantas e flores por todo o lugar. Paul havia me deixado exatamente no meio do jardim, me presenteando com a bela vista.

– Você combina perfeitamente com esse lugar. Como eu havia imaginado. - Paul disse, parado, me observando de longe. Sorri sem graça pelo modo com que ele me olhava.

– Esse lugar é lindo. – Voltei a olhar para o jardim. – Como você descobriu esse lugar?

– Por acaso. Quando eu era criança costumava brincar por aqui escondido. Esse lugar me chamou atenção, então pulei o muro para ver o que era, e descobri esse lugar. – Ele se aproximou ao falar. – Mas não era assim quando eu o encontrei. Era sujo e abandonado.

– Quem arrumou? – Voltei a olhá-lo.

Ele sorriu.

– Eu. – Ele sorriu. - O Sr. Antônio me pegou aqui dentro e me fez arrumar tudo em troca de não chamar a polícia. – Ele falou divertido.

– Quantos anos você tinha?

– Onze, eu acho. – Respondeu pensativo.

– Que explorador. É muito trabalho para um garotinho. – Disse observando o grande jardim.

– Pois é, deu muito trabalho. – Ele confessou contemplado o lugar. - Mas não me arrependo. Aprendi muito aqui. O Sr. Antônio foi como um pai para mim, talvez o único. – Paul falou como se não estivesse no mesmo lugar que eu. – Bem, vamos deixar essa história para depois. – Ele voltou a sorrir. - Estou com fome, e você?

– Um pouco.

– Que bom, por que temos muita comida e vamos ter que acabar com tudo. – Ele brincou.

[...]

Jacob


– Sr. Black! – Peter exclamou ao me ver entrar na cozinha. – Ainda acordado?

– Hum... Então é você quem rouba a pasta de amendoim. – Zombei vendo-o segurando o pote.

– Desculpa senhor. Não se preocupe, vou comprar outro amanhã cedo. – Ele fechou o pode.

– Hey, Peter, era brincadeira. – Avisei.

Ele me olhou, talvez para ter certeza. Isso me ofendeu. Antigamente ele não se importava com as brincadeiras.

– Hã... Tá, boa noite senhor. – Ele falou se levantando.

– Já está com sono? – Perguntei.

Ele se virou para me olhar.

– Não entendi.

– Quer conversar? – Fazíamos muito isso durante a madrugada. Bella, Seth, Peter, Kim e eu acordávamos durante a noite para roubar algo para comer e ficávamos conversando. Porém Seth era o primeiro a cair dormindo por aí, ele era muito novo.

– O senhor quer conversar? – Ele parecia está em duvida.

– Primeiro, pare de me chamar de senhor, isso está me irritando. – Pedi.

Ele deu um leve sorriso, relaxando.

– Já estava na hora de você voltar. – Peter falou.

– Agora quem não entendeu foi eu. - Avisei.

– Mas vai entender. – Ele sorriu. – Quer me ajudar a acabar com a pasta de amendoim? Prometo guardar segredo.

Eu ri.

– Se eu não fizer vai sobrar algo amanhã?

– Apenas o pote.

– Então acho que não tenho escolha. – Continuei com a brincadeira, enquanto ia até a mesa.

Ele me seguiu.

– Posso fazer uma pergunta? – Peter voltou a ficar sério.

– Por que não. – Dei de ombros.

– Você não está conseguindo dormir por causa da Bella, certo?

– Não, eu apenas estou preocupado com a reunião de amanhã. Será muito importante fecharmos negócio com os Japoneses. – Menti. Ou quase, a parte da reunião era verdade. Mas não estava preocupado com isso ao ponto de perder o sono.

– Sei. – Foi tudo o que ele disse.

Eu não queria admitir em voz alta que eu estava incomodado com a saída de Bella e Paul. Talvez soubesse que não tinha esse direito.

[...]

Bella


– Essa noite foi ótima, Paul. Muito obrigada por me convidar. – Agradeci sinceramente. Ele havia acabado de parar o carro próximo à casa dos Black.

– Por nada, foi igualmente agradável ter sua companhia. – Ele sorriu.

Havia alguma coisa em seu sorriso que fazia sentir-me bem. Paul continuou olhando-me.

– Hã... Acho melhor eu ir, já está tarde. – Falei colocando a mão na porta do carro.

– Espere, deixe que faço. – Ele pediu abrindo a sua porta para sair e dar a volta no carro.

– Obrigada. – Agradeci assim que sai do carro.

– Por nada. – Ele fechou a porta antes de me dar o braço, guiando-me até próximo da casa dos empregados, onde eu ficava, porém não subiu, apenas parou na escada. – Apreciei poder dividir alguns fatos da minha vida com você. – Ele falou segurando minha mão. – E principalmente gostei de saber mais sobre você.

– Estou surpresa por não ter morrido de tédio comigo. Minha vida não é tão glamurosa como pensava, não?

– E qual vida é? Existe vida assim? Pois digo que se existir não deve ser agradável. – Ele constatou.

Essa noite conheci um Paul que não esperava existir. Ele ia da simplicidade a elegância. Nunca havia conhecido alguém assim. Paul era educado, gentil, divertido... Já esperava isso dele. Porém me surpreendi com a vida que ele teve. Não acreditaria se não ouvisse do próprio.

– Você deve ter razão. – Concordei.

Paul aproximou-se lentamente.

– Boa noite, Bella. – Ele falou acariciando meu rosto. Senti que ele iria se aproximar, porém um barulho de vazo quebrando o fez parar. – O que foi isso? – Paul segurou-me de maneira protetora enquanto olhava para os lados.

– Deve ter sido o vento. – Constatei vendo o pequeno vazo caído ao chão.

– Hum... – Paul olhou para cima, onde ficava a ala dos empregados. – Estranho, não está ventado.

– Tem razão. – Não havia notado. – Bem, é melhor eu subir antes que o próximo caia na minha cabeça.

Paul riu.

– Sim, já está tarde. – Ele pegou minha mão e levou-a até seus lábios. – Durma bem, Bella. – Ele beijou minha mão sem desviar seu olhar do meu. Senti meu rosto esquentar.

– Boa noite. – Foi tudo o que consegui dizer.

Paul sorriu antes de se virar para ir.

Esperei ele entrar no carro e dar partida antes de subi para o meu quarto. Cada empregado tinha um quarto que dava para a pequena varanda. Na parte de cima da grande garagem. E eu, como filha do empregado também tiinha o meu. Era próximo ao do meu pai e de Peter. Percebi que a porta do meu quarto estava aberta assim que me aproximei do meu quarto. As garotas deviam ter deixado aberta antes de saírem. Entrei no quarto, fechando a porta atrás de mim, antes de acender a luz.

– O-o que você está fazendo aqui? – Espantei-me ao ver quem estava aguardando-me.



Continua...



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Notas finais do capítulo

Epa, invasão? Invade o meu quarto Tb, Jake!! o/ (será que é ele?) rsrsrs
Espero que tenham gostado. Tentei agradar a todos, pois deu empate na pequena votação sobre mostrar ou não o encontro deles. Então resolvi mostrar apenas algumas partes.
Futuramente Paul terá um bônus... ainda não sei quando, mas terá. rs
Possivelmente terá outra lembrança de Jacob ou Bella no próximo cap, só não sei de quem será.
A festa vai começar no cap 11, blz? ^^ (se preparem para dançar) rs
Galera, vou fazer o possível para não demorar, tá! (se meus leitores me incentivarem com os reviews que eu tanto gosto, talvez ajudasse) *autora chantagista* rsrsrs
Bjão galera.