Undisclosed Desires escrita por MeriChequim, KarolCullen


Capítulo 9
É isso!


Notas iniciais do capítulo

N/Meri: Hey pessoas, aproveitando uma onda de inspiração aproveitei e já postei outro capitulo. *comemora~Como eu sei que vocês gostam, este capitulo é inteiro POV Edward o/Aproveitem.P.S.: Obrigada a todos que deixaram reviews *--* Vocês são demais. Agradeço a Gi2 pela recomendação, muito fofa, adorei. Aproveitando o assunto, Gi2 tem uma fic muito legal, vale a pena ler.Beijos a todos, até mesmo aos meus fantasminhas ♥



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/89423/chapter/9

*Especial* [POV – Edward]

            Deixei Bella no quarto para que ela descansasse e fui ajudar Emm a concertar a moto de Bella, segundo a visão de Alice eu teria que ajudar para a moto ficasse como nova a tempo.

            Desci as escadas e fui para a garagem, se dizer nada comecei a montar as peças da moto junto com Emm e ele também não me incomodou, me deixando livre para pensar. Sentir o cheiro do sangue de Bella tão de perto e não prová-lo foi extremamente difícil. O predador dentro de mim urrava por sangue humano, sangue daquela humana que repousava no meu quarto, deixando o seu cheiro nas minhas coisas.

            A sede apertou em minha garganta, eu precisava de sangue, mas não havia tempo para isso, eu teria que por o meu autocontrole em prova mais uma vez e o que me dava forças para seguir com o plano era saber que agora, o sangue de Bella estava correndo dentro das veias dela, não fora como no racha.

            O coração de Bella, que antes batia tranquilo enquanto ela dormia um sono profundo, começou a acelerar, e eu soube que ela estava prestes a acordar.

            Pensei em subir para estar ao lado dela quando acordasse, mas Alice invadiu minha mente.

            ‘Nem pense em sair daí Edward, termine de montar a moto. Eu farei companhia para Bella enquanto isso.’

            Comecei a montar a moto ainda mais rápido, pensando em mil e uma maneiras de torturar a baixinha depois.

            Se ela estivesse incomodando Bella eu iria acabar com ela. Alice viu meu plano e em resposta disse a Bella. 

            — Bem, acho que eu vou te deixar descansar, se não o Edward não vai me deixar em paz.

            Houve um segundo de pausa e eu pensei: ‘Eu sabia que Alice estava aborrecendo Bella’.

             — Não, espera. Não vai não, não adianta nada você sair, não vou conseguir voltar a dormir. Me fala mais sobre você. O que você gosta de fazer?

            Fiquei boquiaberto, não acredito que ...

            ‘Parece que ninguém vai me torturar porque minha futura cunhadinha está me dando brecha para continuar a conversa. Ponto pra Alice’. Eu podia sentir o sorriso de satisfação de Alice daqui.

            Alice e Bella estavam conversando sobre moda quando Emm e eu terminamos com a moto, subi as escadas correndo e, para que Bella não se assustasse, bati na porta antes de entrar no meu quarto.

            Dei uma olhada de canto de olho para Bella e reparei que mesmo machucada Bella era linda.

            — Já chega né, Alice? — Olhei a de maneira significativa e em tons baixos e rápidos demais para os ouvidos humanos de Bella disse — Você tem que sumir para fingir que foi levar a moto para casa de Bella com Emmett, você sabe disso.

            Alice acenou de leve com a cabeça e eu me voltei minha atenção à Bella.

            — Vamos Bella, tenho que te levar para casa, o Chef Swan com certeza vai querer saber o que aconteceu com a filha dele.

            Mas é claro que eu já tinha planejado tudo.

            — Ah, com certeza.

            — Acha que consegue se levantar sozinha? — Bella ainda parecia muito fraca.

            Ela não me respondeu, então fui em direção a cama, ela já tinha sentido o meu toque gelado antes, então não teria problemas em pegá-la no colo.

            Bella afundou seu nariz na minha jugular apenas por um segundo e então eu a pus no chão, não era bom ficar abusando da sorte, afinal de contas sua pele era tão quente que deixava um rastro de fogo onde tocava na minha e isso intensificava a vontade que eu tinha de provar do seu sangue.

            — Você parece muito fraca ainda, venha, se apóie em mim. — disse estendendo o braço para Bella, em um ato de cavalheirismo.

            — Eu não preciso de ajuda. — respondeu Bella.

            Não sei por que ela fez isso, ela estava com dor, isto ficou evidente quando ela começou a andar. Era muito engraçado vê-la andar, ela estava meio inclinada pelo incomodo causado pelo gesso e, você conhece a expressão ‘pisando em ovos’? Era exatamente isso que parecia que Bella estava fazendo, ela parecia estar tomando cuidado para não pisar fora da linha.

            Ela estava sendo orgulhosa e para minha surpresa isso a deixava ainda mais interessante, ainda mais cativante.

            Descemos as escadas em silêncio, Bella parecia concentrada em algo e eu achei melhor não incomodá-la.

            — Onde estão todos? — perguntou Bella de repente.

            ‘Estão caçando, bem longe daqui, porque Alice os avisou que o cheiro do seu sangue era muito forte e que se eles ficassem aqui iriam acabar sugando todo o seu sangue’.

            — Carlisle voltou para o hospital. Esme, Rosálie e Jasper foram buscar algo para comer. E Emmett e Alice foram deixar sua moto em casa. — menti.
            — Uhm, certo. — ela pareceu acreditar.

            Abri a porta do passageiro para Bella quando chegamos ao Volvo, ela entrou e acomodou-se enquanto eu ia para o banco do motorista em velocidade humana.

            O trajeto até a casa de Bella foi rápido, eu já o conhecia de cor, nem sei quantas vezes pensei em ir até a casa dela. Bella ficou quieta o tempo inteiro nem se mexia, devia estar realmente doendo.

            Chegamos a casa de Bella e verifiquei que Emm já tinha deixado a moto de Bella e já tinha voltado para casa. Sai do carro e abri a porta do carro para Bella e lhe estendi o braço mais uma vez, quem sabe desta vez ela o aceitasse.

            — Edward? — Bella me chamou enquanto aceitava minha ajuda.

            — O que Bella?

            Ela me olhou com intensidade.

            — Me diz uma coisa? — não tinha como negar algo a ela com este olhar ‘pidão’.

            — Qualquer coisa. — me arrependi assim que ela fez a sua pergunta.

            — Como você sabia onde eu moro, se eu nunca te contei?

            Enruguei a testa, Bella é realmente observadora. Pensei rapidamente em uma desculpa.

            — Ora Bella, você é filha do Chefe de Policia, todos sabem onde o Chefe de Policia mora.

            Bella não pareceu convencida.

            — Nem todos sabem onde o Chefe de Policia mora Edward.

            — Eu sei onde o Chefe de Policia mora. — respondi enfatizando.

            — Você disse qualquer coisa Edward, seja sincero. — disse Bella fazendo beicinho.

            Eu não podia contar a ela a verdade. Bella me odiaria, me diria exatamente o que eu tento esconder de mim mesmo. Ela me diria que eu sou um monstro. Quando a olhei para contá-la uma outra desculpa qualquer, lá estava ela me olhando com aqueles olhos de chocolate. Aquele olhar que parecia me arrancar a verdade.

            Mesmo sabendo que ela me odiaria para sempre, não consegui evitar de disser a verdade.

            — Suponhamos que eu posso ler mentes.

            Esperei pela repulsa, mas ela não veio, Bella havia arregalado os olhos, estava um pouco boquiaberta e suas bochechas ganharam um delicioso tom rosado. Ela estava envergonha.

            O que Bella disse depois me pegou de surpresa.

            — Isso quer disser que você sabe tudo o que eu o pensei? — ela parecia ter medo da resposta.

            — A sua mente é a única mente que eu nunca consegui ler em toda a minha vida. — admiti.

            Eu já estava perdido mesmo, ser sincero não faria muita diferença.

            — Graças a Deus, eu gosto de ter meus pensamentos só para mim.

            Eu não conseguia acreditar que era isso que a preocupava. Será que ela não tinha noção do perigo que estava correndo? Eu não consegui me segurar e explodi.

            — Então eu te digo que sou um anormal que lê mentes e é assim que você reage? Dando graças a Deus porque os seus pensamentos estão a salvo? Você é inacreditável Bella.

            — Ué, e qual é o problema? Fico feliz em saber que você não consegue ler meus pensamentos.

            — O problema é que essa não deveria ser a sua reação. — confessei.

            — Você acha que só porque você lê mentes eu devia agir diferente com você? Acha que eu devia mandar você sumir da minha frente e nunca mais aparecer? Acha que eu devia chamá-lo de aberração? Você realmente não consegue ler minha mente então.

            O choque atravessou meu rosto.

            — Na verdade é exatamente isso que eu acho.

            — Sinto muito se isso algum dia já aconteceu com você, mas saiba que isso não vai acontecer Edward, porque eu acho muito legal o fato de que você consegue ler mentes. E vamos entrar logo, antes que meu pai chegue.

            E assim, Bella me surpreendeu mais uma vez. Ela realmente parecia não se importar. Eu queria poder ler a mente dela, descobrir o que ela estava pensando.

            Bella passou na minha frente, abriu a porta da casa dela e ficou me esperando. Continuei parado olhando para Bella. O conflito em minha mente era grande.

            Eu não devia estar ali, eu estava colocando a vida de Bella em risco, mas algo no fundo dos olhos de Bella me fez mudar de idéia, meus músculos relaxaram e eu entrei, eu iria levar isso até o fim, só espero que o fim seja positivo.

            — Vamos para a sala, assim podemos sentar e assistir TV enquanto esperamos.

            Aguardei pacientemente enquanto esperava algum sinal da chegada de Charlie, repassando o plano em minha mente. Não poderia dar errado. Escutei ao longe os pensamentos de Charlie, ele estava pensando sobre o racha. Os policias encontraram uma mancha de óleo no asfalto, fizeram uma coleta e mandaram para a pericia, óleo da moto de Bella.

            — Bella, você usa óleo comum na Hayabusa, ou algum óleo especializado? — perguntei, se fosse especializado teríamos que dar um jeito de fazer uma troca, Bella não podia ser presa.

            Porque será que eu estava me preocupando tanto com Bella? Esta garota não era nada minha, nada. Mas de acordo com Alice Bella ainda seria minha esposa e uma vampira. Não isso não podia se tornar verdade, eu jamais deixaria alguém transformar Bella em vampira. Não deixaria que arruinassem seu destino, sua juventude, sua vida.

            — Edward?

            Só escapei dos meus devaneios quando escutei a sua voz doce me chamando.

            — Uhm?! Oi.

            — Você escutou? Eu disse que uso óleo normal na Hayabusa, claro não é o indicado, mas não tem o especializado aqui, nem em Port Angeles. Porque quer saber disso agora? — Bella é extremamente curiosa, descobri.

            — Porque isso acaba de te salvar da cadeia. — ela me olhou confusa e eu expliquei — Charlie está chegando e ele está pensando na amostra de óleo que eles encontraram no asfalto. O óleo foi enviado para pericia, se fosse o óleo especializado, eles descobririam que há uma Hayabusa nos rachas e quantas Hayabusas tem aqui na Península Olympic?

            — Só a minha, imagino. — respondeu Bella meio assustada e aliviada ao mesmo tempo.

            — Como eu disse, isso acaba de te salvar.

            — Mas espera, como você sabe que Charlie está chegando e todas essas... — voz de Bella morreu enquanto ela assimilava as coisas.

            — Eu vou precisar me acostumar com isso. — disse Bella com um risinho no final.

            Charlie estava a duas quadras daqui.

            — Edward. — Bella me chamou e eu reconheci aquele tom de voz na mesma hora.

            — Não posso lhe prometer nada, Bella — respondi antes mesmo que ela perguntasse.

            Bella me olhou meio confusa.

            — Você nem sabia o que eu ia dizer. — disse ela fazendo beicinho.

            — Você quer que eu lhe responda algo, então eu já lhe respondi que não posso garantir nada.

            Bella me olhou boquiaberta, ficando levemente corada. Ela ficava muito linda quando corava, muito apetitosa e ... Não! ‘Chacoalhei’ minha mente para parar de pensar nisso, eu não tinha como ter certeza que eu não iria atacá-la aqui e agora.

            — Achei que tinha dito que não podia ler a minha mente — respondeu ela, sem me olhar.

            — A mente não, mas as suas expressões se tornam cada vez mais fácil de ler.

            Charlie estava virando a rua.

            — Ah. — ela parou por um tempo — Mas eu vou perguntar mesmo assim. Como funciona esse negócio de ler mentes? Você não explicou e que gostaria de saber.

            O pior, que era o fato de ler as mentes, Bella já sabia então explicar a ela como funcionava não seria um problema.

            — Depois, Charlie está aqui.

            Quando terminei de falar Charlie entrou na garagem com a viatura e Bella arrumou sua postura. Charlie abriu a porta, tirou o coldre*, pendurando-o no cabide.

            — Ainda está acordada Bella? — perguntou Charlie enquanto tirava as botas.

            Bella olhou para mim com certo desespero no olhar e eu retribui o com olhar calmo, tentando dizer ‘Vá em frente, só fale a história que eu te disse e deixe o resto comigo’.

            — Sim pai, estou aqui na sala.

            Ao ouvir isso Charlie se encaminhou a sala, encontrando Bella machucada sentada ao meu lado. Seus olhos se arregalaram e viajavam entre Bella e eu. Sua mente virou uma confusão só, ele queria saber tudo o que aconteceu, como aconteceu, porque aconteceu, porque eu estava aqui, quem sou eu, entre outras perguntas. Entre os sentimentos se destacavam o desespero, a angustia.

            — Oh Meu Deus Bella, o que aconteceu com você? — disse Charlie correndo e se ajoelhando ao lado da filha para ver seus machucados mais de perto.

            — Está tudo bem pai. Acalme-se primeiro e então eu explico.

            Charlie procurou se acalmar, levantou-se, endireitou a farda e sentou-se em sua poltrona habitual.

            — Então, o que aconteceu com você? — perguntou Charlie controlando a voz, mas incapaz de controlar as emoções.

            — Eu cai, pai. Edward — Bella fez uma menção com a cabeça e eu acenei de leve com a cabeça — e eu fomos à Port Angeles para assistirmos um filme e que depois iríamos lanchar no Match Strike, mas com a minha sorte eu tropecei na saída do cinema, cai em cima meu braço e bati minha cabeça em um dos degraus.

            Bella estremeceu de leve, tentando ser enfática e parecer eu estava tendo aquela lembrança.

            — Minha sorte foi que Edward estava lá, ele me ajudou e me levou direto para o Dr. Cullen me examinar e, bem, aqui estou eu. — terminou Bella sendo muito convincente.

            Os olhos de Charlie me fuzilaram, ele achava que a culpa do acidente de Bella era minha e ele não deixava de estar certo.

            — E, porque você estava no cinema com este rapaz? — perguntou Charlie.

            Ele sabia o meu nome perfeitamente, sabia que eu era filho de Carlisle, mas ainda assim, eu tinha machucado o seu ‘bebê’.

            — É Edward pai, e eu estava com ele porque nós estamos namorando.

            — Boa noite, Chefe Swan. Sei que a tradição diz que devemos primeiro perguntar ao pai da moça se podemos namorá-la, mas Bella concordou com o namoro e nós iríamos contar ao senhor ainda hoje.

            Tentei passar toda a sinceridade que eu havia aprendido a usar todos esses anos. Charlie estava confuso, ele não achava que Bella não estava emocionalmente preparada para um namoro tão cedo.

            ‘Estranho, Bella tem 17 anos, ela não é tão nova assim’.

            Charlie interrompeu sua linha de raciocínio para me olhar novamente.

            — Então porque vocês estavam no cinema até tão tarde? Vocês não podiam ter ido a tarde?

            Charlie estava aceitando a idéia apesar de não gostar, mas essa era a intenção desde o começo fazê-lo acreditar que não tinha nada a ver com o racha.

            — Na verdade, a sessão que pegamos terminou as 7 horas da noite, Bella sofreu este incidente e então a levei para que o Dr. Cullen a atendesse. Meu pai não pensou duas vezes, atendeu Bella na mesma hora com emergência, esperamos até estar tudo acabado e viemos para sua casa, para esperá-lo.

            A expressão no rosto de Charlie suavizou aos poucos e Bella, que estava tensa, relaxou um pouco, afinal Bella não precisava ler mentes para saber que Charlie estava aceitando as nossas desculpas.

            — O Dr. Cullen deu preferência a Bella? — Charlie jamais me diria em voz alta, mas estava grato por ter levado Bella ao meu pai.

            Na verdade, Charlie parecia ser tão orgulhoso quanto Bella.

            — Sim, pai. Não é maravilhoso, se ele não tivesse feito isso imagino que eu estaria no hospital até agora.

            — Uhm, é maravilhoso — disse Charlie contra sua vontade.

            — Bella, agora que seu pai já está em casa eu vou te deixar descansar.

            Bella não pareceu muito feliz com a notícia, mas logo disfarçou. Já Charlie ficou feliz com a notícia, ele me acha um intruso e mais uma vez Charlie estava certo.

            — Boa noite, Chefe Swan. — disse enquanto me levantava.

            — Boa noite, Edward.

            Charlie saiu da sala, pensando em nos dar um pouco de privacidade.

            — Boa noite, Bella.

            Me aproximei um pouco, muito cuidadoso e depositei um beijo na testa de Bella, me virei e fui embora, eu não achava que me seguraria se continuasse ali.

            Enquanto ia em direção, escutava o coração de Bella acelerado e a respiração pesada. Era isso, eu estava amando. Eu estou apaixonado por Isabella Swan.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

E então? O que acharam? Gostaram? Detestaram? Deixe um comentário, eu não mordo :BMeriC.