Undisclosed Desires escrita por MeriChequim, KarolCullen


Capítulo 8
Resultados do Racha


Notas iniciais do capítulo

N/Meri: Yeah, saiu mais um capitulo pra vocês meus queridos *-*Como me pediram eu continuei a POV Edward,so enjoy it.Obrigada pelos reviews, é muito bom saber que vocês estão gostando da fic.P.S.: Agradeço especialmente à BruninhaDumal que me deu a inspiração que faltava para terminar o capitulo, muito obrigada.



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*Especial* [POV – Edward]

            Bella passou na minha frente com a moto. Como eu não tinha pensado nisso? Com uma Hayabusa era bem provável que ela participasse dos rachas. Bella me olhou nos olhos enquanto se encaminhava ao seu lugar na linha de largada. Seu cheiro deixava um rastro irresistível, me dava vontade de largar a moto e ir atrás dela.

            ‘Não, eu não vou me deixar distrair por Bella.’ Resolvi focar minha atenção na bandeirinha que estava se posicionando na frente da linha de largada, mas era impossível não compará-la com Bella e isso não era justo com a garota.

            Bella era mil vezes mais bonita, o cabelo de Bella era mais sedoso, o corpo de Bella era mais esguio, o sangue de Bella era mais cheiroso, até mesmo o fato de Bella ser mais baixa a tornava mais delicada, sem falar que os pensamentos da garota me incomodavam um pouco. Ela não parava de pensar besteiras a meu respeito, queria saber, segundo ela, ‘quem era o novo gostoso que ela tentaria pegar’.

            Ignorei seus pensamentos sórdidos afinal, ela já estava parada na frente da linha de largada, quando ela ergueu a bandeira quadriculada um rapaz atrás dela ergueu uma pistola para o alto e quando ela desceu a bandeira ele atirou e eu acelerei.          

            Pela mente do garoto Raduenz vi que Bella não largou, continuava na linha de largada, por impulso, ele gritou seu nome e a moto de Bella acelerou. O ronco dos motores abafava as milhares de ‘vozes’ do local, essa sensação era tão rara quanto conseguir uma bola no jogo dos Yankees.

            Ao decorrer do circuito as outras motos foram ficando para trás, mas uma continuava na minha cola, com o distanciamento das outras motos as ‘vozes’ foram voltando e ficou fácil de descobrir que quem estava logo atrás de mim era Bella.

            ‘Oh, Bella’, pensei suspirando. ‘Parece até que faz questão de estar onde estou...’.           CRACK. Meus pensamentos foram interrompidos com o barulho que vinha logo atrás de mim. ‘Bella’, foi a primeira coisa que pensei assim que percebi que o som de algo se quebrando vinha de trás de mim.

            E agora? Olhei, pela mente de todos a nossa volta, que o eixo da Hayabusa de Bella havia quebrado e ela estava caindo. Era desesperador, não poder salvá-la, havia muitas testemunhas.

            Ouvi o baque do corpo de Bella atingindo o chão e então veio o cheiro. Era simplesmente enlouquecedor, se eu achava que o sangue de Bella cheirava bem antes, agora que eu o sentia puro e livre era muito melhor e mais impactante.

            Quando ultrapassei a linha de chegada ninguém se mexeu, ninguém teve a capacidade de ajudar Bella. Larguei a moto e me virei para ver Bella, já caída no chão e inconsciente.

            A sede me consumia, fazia tempo que eu não caçava e o cheiro que vinha de Bella fez minha boca encher de veneno. Eu precisava fazer algo, eu precisava saber se Bella estava bem, mas a vontade de provar de seu sangue voltou, com mais intensidade do que na aula de Biologia. Respirei fundo, sentindo o cheiro do sangue de Bella impregnar no meu nariz e prendi a respiração, era mais fácil assim.

            Corri em velocidade humana até ela, como doía saber que eu não pude fazer nada. Conseguia ouvir o coração dela batendo. Isso me aliviou um pouco. Neste instante todos já estavam em volta, querendo saber o que tinha acontecido.

            — Todos mantenham-se afastados, ela precisa respirar. — disse utilizando minha autoridade e tom de ameaça naturais.

            Por instinto, todos deram uns passos para trás, agindo com agilidade e precisão, verifiquei se Bella tinha sofrido alguma lesão na coluna, ou na caixa craniana, pude observar que estava com o braço quebrado, mas nada muito grave. Agradeci mentalmente por todos os anos com Carlisle terem me ensinado alguma coisa.

            Estava me preparando para ligar para Carlisle avisando o ocorrido, quando meus ouvidos captaram algo que os humanos não conseguiam. Sirenes policiais, dentro de 2 minutos a policia estaria ali e o alvoroço seria tamanho que poderia piorar a situação de Bella.

            Eu precisava pensar em uma solução rápida. Não podia sair correndo e abandonar a minha moto e a de Bella aqui, seriamos presos ainda essa noite. Não podia sair carregando Bella e a minha moto, pois a de Bella ainda ficaria para trás e ela seria presa.

            Enquanto pensava nas possibilidades uma voz conhecida inundou a minha mente de imagens do acidente e o que poderíamos fazer para que tudo terminasse bem. Era Alice me mostrando a visão que ela teve do ocorrido e que ela já tinha pensado na solução.

            Eu devo esperar que ela chegue aqui com Emmett no Jipe, assim que eles chegarem os humanos já poderão ouvir as sirenes e o caos já estará instalado, Emmett e Alice irão aproveitar que ninguém estará olhando e colocarão as motos no Jipe enquanto eu levo Bella correndo. Era perfeito.

            Continuei olhando Bella, fingindo que verificava se estava tudo certo, enquanto esperara todos começarem a correr. Cerca de 27 segundos depois todos olharam na direção de onde vinha o barulho e algum rapaz gritou ‘Policia’ e todos saíram correndo, fiz uma espécie de cápsula em volta da Bella para que ninguém pisasse nela enquanto corriam deseperadamente.

            Emmett e Alice chegaram e pararam com o Jipe a poucos metros de mim.

            — Obrigada Alice, fico te devendo essa. — disse agradecido para minha irmã.

            — Ei, e o Emm aqui, eu não mereço nem um obrigado? — disse Emmett.

            — Claro que sim, obrigada Emm, tanto pelo seu Jipe quanto por ter ajudado Alice contra a vontade da Rose.

            — De nada, cara. — respondeu o crianção do Emmett sorrindo para mim.

            Peguei Bella no colo e sai correndo para a mata, enquanto meus irmãos prendiam as motos no Jipe.

            [POV – Bella]

            Eu me sentia estranha, toda dolorida. Tentei me sentar, mas não tinha forças, com muita dificuldade, levei a mão à cabeça. Meus dedos sentiram uns fios do lado esquerdo da minha testa, o  local também estava doído. Ainda com os olhos fechados fui percebendo o meu corpo, como se o escaneasse. Eu esta meio sonolenta, minha cabeça latejava um pouco do lado esquerdo. Fui descendo, sentindo o resto do corpo, meu peito estava um pouco dolorido também o braço esquerdo estava bem, mas quando passei para o direito percebi que tinha algo errado.

            Senti uma dor muito forte, mexi meu braço, mas ele não se mexeu direito como se algo ou alguém o estivesse segurando. Abri os olhos para verificar e fui momentaneamente cega pela luz forte, meus olhos foram ganhando foco, cada vez mais até que consegui enxergar o quarto a minha volta.

            Era grande, com móveis meio rústicos e de muito bom gosto. Havia uma estante grande a minha frente com muitos livros e CDs, uma das paredes era inteira feita de vidro e através dela dava para ver a orla de uma floresta e o céu parcialmente coberto com nuvens cinzentas. Do outro lado do quarto tinha um sofá preto muito bonito e que aparentava ser confortável e nele estava Edward, ele estava sentado imóvel e não tirava os olhos de mim. Isso só podia ser um sonho. Bem estranho, mas muito bom.

            — Que bom que você acordou. — disse ele com aquela voz aveludada que me derrete inteira.

            — Onde estou? — perguntei e com certeza passei vergonha na frente de Edward com a minha voz rouca, eu sabia que estava bom demais para ser verdade.

            — Você está na minha casa Bella. — respondeu ele me olhando, com seus olhos penetrantes, que estavam pretos agora?

            — O que aconteceu? — perguntei a ele.

            — Você não se lembra? — ele se levantou e veio em minha direção.

            Neguei com a cabeça e descobri que também estava com dor no pescoço.

            — Você sofreu um acidente de moto no racha.

            Um acidente? Imagens do acidente voltaram a minha mente. Eu forçando o motor da Hayabusa, a moto quebrando, a queda.

            — Um acidente? No racha? Ah meu Deus. Como assim? Ai. — tentei me levantar, mas tinha alguma coisa no meu braço, a minha cabeça girou e dores diferentes tomaram conta de mim.

            — Por favor, mantenha a calma, não é bom você se estressar agora. Sua moto quebrou e você caiu, mas meu pai, o Dr. Cullen já cuidou de você. O resultado disso foram quatro pontos na testa e um braço quebrado.

            Comecei a pensar sobre o acidente, me lembro de ter caído, de sentir muita dor e de sirenes. Sirenes? A policia! Eles iam aparecer no racha.

            — E o que aconteceu? A policia apareceu, não apareceu? Ah, meu Deus e a minha moto? Eles apreenderam minha moto? — despejei todas as perguntas que estavam me deixando apavorada.

            — Assim que você caiu, eu voltei e te ajudei, te trouxe para minha casa, Carlisle cuidou de você. Bem a policia apareceu, mas não se preocupe a sua moto está aqui também. Meu irmão, Emmett, está cuidando dela, concertando para você — disse Edward com calma.

            — Mas como? Como você conseguiu me tirar de lá desacordada com a minha moto quebrada, isso sem contar a sua moto? E sem a polícia te pegar? — era impossível fazer tudo isso com uma pessoa ferida e desacordada.

            — Isso não vem ao caso Bella, você precisa descansar mais um pouco e depois tenho que te levar para casa. Ah, e temos que pensar em uma boa história para contar ao chefe Swan.

            ‘Nada disso. Como você espera que eu descanse sem saber o que aconteceu?’ Isso era o que eu tinha vontade de dizer, mas eu não podia, eu não tinha nenhuma arma para discutir com Edward e lhe arrancar a verdade. E se eu protestasse e ele dissesse que ia contar toda a verdade para Charlie, ele jamais me perdoaria.

            — Tudo bem, — disse contra vontade e sabendo que ainda iria descobrir a verdade — o que diremos à Char... meu pai?

            — Você disse alguma coisa para ele antes de sair de casa?

            Pensei sobre o que tinha dito a Charlie antes dele sair para trabalhar.

            — Disse a ele que poderia ir tranquilo para a delegacia.

            — Bem, isso ajuda um pouco, já que não disse que iria passar a tarde inteira em casa podemos dizer que fomos à Port Angeles para assistirmos um filme e que depois iríamos lanchar em um pub da região e que infelizmente você tropeçou na escada do cinema, caiu em cima do seu braço direito e que bateu com a cabeça no degrau. O que acha?

            — A história me parece boa, nada de extraordinário se tratando de mim, mas Charlie vai querer saber por que eu fui a Port Angeles com você.

            Charlie com certeza pensaria que estamos namorando, não que eu não quisesse, mas e Edward?

            — Você pode dizer que não sabia que seria um problema sair para assistir um filme e comer um lanche com o seu namorado.

            Tenho certeza que minha expressão foi a mais engraçada do mundo. Senti minha boca abrir, mas não saíram palavras dela. Edward estava me pedindo em namoro?

            Corei violentamente.

            — Se você não se importar de responder isso, é claro. Afinal, eu estava pensando, com o braço quebrado você não poderá pilotar a moto e eu, como seu “namorado”, poderia te levar para a escola como um cavalheiro o faria.

            Pelo tom de voz é claro que Edward só estava sendo cavalheiro. Eu que pensei que ele estivesse interessado em mim. Ainda bem que eu não disse nada antes dele terminar a frase, imagine seria o mico do ano.

            “Claro Edward, eu adoraria namorar com você — eu diria como uma pateta.

            E ele sem jeito diria algo como ‘Sinto muito Bella, mas não gosto de você deste jeito, só estava querendo lhe ajudar com o seu pai e com a polícia.’ E eu ficaria com cara de ‘Hã?’”

            — Ah, obrigada Edward. É realmente muito bom saber que você está disposto a me ajudar. — senti minhas bochechas esquentarem ainda mais, claro, era só o que faltava agora.

            — Ótimo. Só mais uma coisa Bella, que horas seu pai costuma chegar em casa?

            — Geralmente as oito horas, mas como ele esteve no racha, ele chegará tarde, depois da meia noite, com certeza. Por quê?

            — Temos duas horas para o seu pai chegar em casa. Descanse enquanto isso.

            Enquanto Edward ia em direção a porta, me lembrei de mais uma coisa.

            — Hã, Edward?

            — Que?

            — E a minha moto? O que diremos a Charlie? — afinal de contas não será difícil perceber que a Hayabusa não está na garagem.

            — Não se preocupe, Emmett a deixará na sua casa antes mesmo do seu pai chegar.

            Como Emmett faria para concertar a Hayabusa assim tão rápido? Aonde ele arranjaria as peças que a minha moto precisaria? Porque eu tenho certeza a minha Hayabusa tinha virado sucata. Mas, mais uma vez eu estava nas mãos de Edward, não tinha argumentos para forçá-lo a contar nada.

            — Obrigada.

            — De nada — disse Edward antes de sair.

            Eu me sentia cansada e assustada, odeio ficar sozinha ainda mais em um lugar desconhecido. Tanta coisa havia acontecido em tão pouco tempo que era difícil processar tudo. A vantagem era que eu ficaria mais próxima de Edward e a desvantagem é que Edward não é nem um pouquinho interessado em mim, mas eu reverteria às coisas. Com esse pensamento, eu cai no sono novamente.

            (...)

            Meus olhos se abriram devagar, pareciam cheios de areia e ardiam muito. Levei um tempo até me acostumar com as luzes do quarto, dei uma olhada em volta para saber se Edward continuava ali, mas para a minha decepção ele tinha saído.

            Tentei relaxar, afinal de contar quando fosse à hora certa Edward me levaria para casa e contaríamos a nossa mentirinha para o meu pai.

            A porta se abriu e eu achei que Edward fosse aparecer para me levar para casa e me fazer suspirar, mas ao invés disso, uma garota pequena e delicada entrou no quarto. Seus cabelos negros como a noite apontavam em todas as direções e seu andar era tão leve que parecia que ela estava dançando ao invés de andando. Alice Cullen, se não me engano.

            — Olá, — disse ela, sua voz era dócil e ela tinha um sorriso no rosto — eu sou a Alice.

            — Prazer Alice, eu sou Bella.

            — Eu sei, sei também que seremos grandes amigas — disse ela.

            — Você acha? — perguntei, quem sabe ela me respondesse algo.

            — Digamos que eu tenho um bom pressentimento sobre nós. — ‘Alguém ai entendeu?’ — Sabe, eu conversei com Edward, sei que ele irá te ajudar então acho que nos veremos com mais frequência a partir de agora.

            — É, eu acho que sim.

            — Bem, acho que eu vou te deixar descansar, se não o Edward não vai me deixar em paz.

            Alice foi se virando para ir embora, acho que fui meio grossa com ela. Com outros eu não me importaria, mas Alice parecia legal e eu não queria ficar sozinha.

            — Não, espera. Não vai não, não adianta nada você sair, não vou conseguir voltar a dormir. Me fala mais sobre você. O que você gosta de fazer?

            Tentei fazê-la voltar e deu certo, ela pareceu feliz com a brecha para a conversa, ela voltou e se sentou ao pé da cama.

            — Nossa, são tantas coisas. Eu gosto de fazer compras, conversar, dançar, ler revista de fofoca e todas essas coisas bem femininas, mas também gosto de jogar baseball, fazer guerra de bola de neve e coisas do tipo. E você?

            — Eu gosto da sensação de liberdade, de adrenalina correndo nas veias, gosto de moda, de festas, de roupas e sapatos. — conversar com Alice estava ficando fácil, a conversa estava fluindo, muito bom para distrair a mente.

            — Eu percebi que você gosta de moda. Sabe, eu sou uma grande fã da moda também. — Alice realmente parecia interessada.

            ‘Toc-toc-toc’ Edward abriu a porta e eu fiquei o observando. Eu ainda me impressionava em ver como ele me deixava de boca aberta só com a sua presença.

            — Já chega né, Alice? — Ele deu um olhar significativo para Alice e sua boca parecia estar vibrando, como se estivesse assobiando ou falando muito rápido, seu olhar voltou-se para mim — Vamos Bella, tenho que te levar para casa, o Chef Swan com certeza vai querer saber o que aconteceu com a filha dele.

            — Ah, com certeza. — eu podia até imaginar Charlie enchendo Edward de perguntas como ‘O que aconteceu?’, ‘Onde estavam?’, ‘Porque Bella está machucada?’, ‘Porque você está com Bella e porque a essa hora da noite?’ e ‘O que estavam fazendo?’

            — Acha que consegue se levantar sozinha? — disse Edward me olhando intensamente. Seus olhos estavam tão negros quanto os cabelos de Alice e eu fiquei me perguntando se eu estava enxergando direito, afinal antes seus olhos pareciam feitos de ouro liquido, mas agora...

            Edward veio ao meu lado e me pegou no colo, naquele momento eu poderia morrer porque eu teria sido a pessoa mais feliz da face da Terra, eu estava no paraiso. O toque de Edward era gelado, tão gelado que chegava a queimar, sua pele era dura e macia ao mesmo tempo, era como uma pedra coberta pela seda mais sedosa. O cheiro de Edward era ainda mais hipnotizante de perto, doce e gelado, extremamente bom.

            Mas este momento durou pouco, logo Edward me pôs de volta ao chão.

            — Você parece muito fraca ainda, venha, se apóie em mim. — disse Edward me estendendo o braço.

            — Eu não preciso de ajuda. — seria muito bom continuar nos braços de Edward, mas o meu orgulho falou mais alto, eu jamais deixaria Edward achar que eu sou fraca.

            Assim que comecei a andar comecei a sofrer com o preço do meu orgulho. O gesso era incomodo e eu não estava habituada a ele ainda, cada músculo do meu corpo doía dificultando a caminhada e meu cérebro estava trabalhando arduamente para garantir que eu não deixasse escapar nenhum único lamento ou expressão de dor.

            Descemos as escadas e não havia ninguém na casa, nem mesmo o Dr. Cullen.

            — Onde estão todos? — a curiosidade era grande demais para deixar essa passar.

            — Carlisle voltou para o hospital. Esme, Rosálie e Jasper foram buscar algo para comer. E Emmett e Alice foram deixar sua moto em casa.

            — Uhm, certo.

            Chegamos ao Volvo e Edward abriu a porta para mim. Me acomodei no banco macio de couro, coloquei o cinto de segurança e esperei Edward entrar no carro e dar a partida.

            Edward dirigia rápido, mas ao mesmo tempo era muito suave, como se o carro estivesse bem devagar. Ficamos em silencio durante o trajeto, eu me concentrando em ficar o mais imóvel possível e Edward concentrado em dirigir.

            Senti o carro parar e quando olhei pela janela vi que já estávamos na minha casa. Estranho, eu não me lembrava de ter dito a Edward onde eu morava e na garagem estava a minha moto, portanto Alice e Emmett estiveram aqui também.

            — Edward? — chamei quando ele abriu a porta do passageiro e me estendeu o braço me ajudando a sair do carro, aceitei de bom grado desta vez.

            — O que Bella? — respondeu ele.

            Sua voz de veludo me arrepiou inteira.

            — Me diz uma coisa? — perguntei como quem não quer nada.

            — Qualquer coisa. — ‘Te peguei’, foi o que pensei na mesma hora.

            — Como você sabia onde eu moro, se eu nunca te contei?

            Edward enrugou a testa.

            — Ora Bella, você é filha do Chefe de Policia, todos sabem onde o Chefe de Policia mora. — respondeu ele, mas isso não me convenceu.

            — Nem todos sabem onde o Chefe de Policia mora Edward.

            — Eu sei onde o Chefe de Policia mora.

            — Você disse qualquer coisa Edward, seja sincero. — eu disse fazendo beicinho, sempre funcionava.

            Edward pareceu considerar as suas chances de escapar da verdade, mas quando ele me olhou percebeu que eu não deixaria de insistir até que ele me contasse.

            — Suponhamos que eu posso ler mentes. — Edward respondeu.

            Meus olhos se arregalaram. ‘Ah Meu Deus, Edward tem lido tudo o que eu penso. Eu não acredito, não pode ser verdade.’ Senti um calor subindo pelo meu pescoço e estacionando nas minhas bochechas.

            — Isso quer disser que você sabe tudo o que eu o pensei? — apesar da vergonha e do medo de escutar uma resposta positiva, eu tinha que perguntar.

            Edward demorou um pouquinho pra responder, ele parecia não acreditar no que eu estava perguntando.

            — A sua mente é a única mente que eu nunca consegui ler em toda a minha vida. — respondeu Edward para o meu alivio.

            — Graças a Deus, eu gosto de ter meus pensamentos só para mim. — deixei a frase escapar, Edward me olhou com a mesma confusão de antes.

            — Então eu te digo que sou um anormal que lê mentes e é assim que você reage? Dando graças a Deus porque os seus pensamentos estão a salvo? Você é inacreditável Bella. — Edward não parecia muito feliz, parecia que ele estava esperando que eu fosse olhá-lo com cara de nojo e dizer para ele que nunca mais aparecesse.

            — Ué, e qual é o problema? Fico feliz em saber que você não consegue ler meus pensamentos.

            — O problema é que essa não deveria ser a sua reação.

            — Você acha que só porque você lê mentes eu devia agir diferente com você? Acha que eu devia mandar você sumir da minha frente e nunca mais aparecer? Acha que eu devia chamá-lo de aberração? Você realmente não consegue ler minha mente então.

            Ele me olhava com incredulidade. Edward parecia em choque com tudo o que eu disse.

            — Na verdade é exatamente isso que eu acho. — eu não acreditei quando ele respondeu isso.

            — Sinto muito se isso algum dia já aconteceu com você, mas saiba que isso não vai acontecer Edward, porque eu acho muito legal o fato de que você consegue ler mentes. E vamos entrar logo, antes que meu pai chegue.

            Abri a porta de casa, entrei e fiquei esperando Edward com a porta aberta, depois de um segundo parado só me olhando, sua expressão se suavizou e ele entrou. Fechei a porta assim que Edward passou.

            — Vamos para a sala, assim podemos sentar e assistir TV enquanto esperamos.

            Enquanto ia para a sala com Edward pensei nos resultados, prós e contras, do racha para mim: ‘Contras: Pontos na testa, que seriam bem difícil de esconder, um braço quebrado, quero ver que roupas eu usaria com o braço neste estado, e dores por todo o corpo. Prós: Um namorado, mais tempo com Edward e uma super descoberta sobre o meu novo namorado.’


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Notas finais do capítulo

O que acharam? Podem vir me falar, eu não mordo :B Comentem, recomendem a fic, deem suas opiniões e dicas sobre a fic e sobre o que acontecerá no próximo capitulo (;Obrigada por tudo e até mais.MeriC.