Um homem de cabelos dourados fazia com as mãos e as bocas presentes nelas uma pequena escultura de argila, que parecia não agradar o artista.

     - Kuso! - O loiro jogou a pequena peça num lado da mesa e pôs os dedos nas têmporas, tentando se acalmar para não falar “Katsu” e explodir toda a organização Akatsuki.

     Toda sua criatividade havia se esvaído. Já eram dias e dias sem uma escultura que prestasse. “Preciso achar inspiração.” Pensou ele. Era só o que pensava, mas ele agiu dessa vez.

     E assim Deidara saiu, para quem sabe matar um ou dois pelo caminho.

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     - Aonde vai, Deidara senpai? - Tobi perguntava enquanto Deidara passava pela sala em direção à saida.

     - Dar uma olhada nos arredores. Quem sabe eu tenha um pouco de diversão até a manhã, un?

     - Tudo bem. Tobi é um bom garoto, então vai ir dormir. Até mais, senpai! - O mascarado fez um aceno com a mão e se retirou do local.

     - Kai! - Dita a palavra, a ilusão que protegia a entrada se desfez e Deidara saiu.

     Antes de qualquer coisa, ele viu algo que parecia ter luz própria perto de uma das tantas árvores ali na frente. Seus pés foram pisando na grama molhada do sereno da noite, de encontro à aquele brilho que logo se revelou ser uma garota adormecida.

     “Uma Garota?”

     Ela tinha mesmo coragem para ficar ali sozinha aquelas horas da madrugada.

     A luz da lua, que estava quase sumindo, batia nos longos cabelos loiros, que pareciam ter luz própria. A pele alva era linda à luz do luar e suas feições eram perfeitamente simétricas. Ela era linda.

     Deidara estava espantado: nunca havia visto beleza igual, nem mesmo em Itachi. Ela parecia um retrato, daqueles que se a gente tocasse, podia sentir.

     Então ele se aproximou mais da tal “bela adormecida” e se agachou em frente dela. Segurou delicadamente o rosto perfeito da menina banhado pelo luar, vislumbrando um pouco mais de sua beleza.

     Foi quando o mar encontrou o oceano. Ela abrira seus olhos lentamente.

     E com um grito, o oceano socou o mar.

     - Ai, ai! - Deidara gemeu, passando a mão no rosto onde estava uma marca vermelha de um punho.

     - Qu-Quem é você?! - Ino estava extremamente assustada, imagine o susto de acordar com alguém a olhando?

     Deidara pigarreou e virou o olhar para o lado, emburrado.

     - E-Essa capa... - Tudo começou a fazer sentido. - Você é... - Ela fitou ao fundo uma grande rocha com uma entrada. - Eu não acredito...!

     Ela tapou a boca com a mão. Ele era da akatsuki! Todos eles estavam por ali, provavelmente. Ela havia achado o esconderijo do inimigo! Mas o que fazer? Ela era fraca demais sozinha contra todos eles. E o que queria o loiro com ela momentos atrás?

     - É, eu sou. E você não deveria ter visto o que viu.

     Ino gelou, era o fim. Ah, será que teria sido mesmo uma boa ideia sair de Konoha? Para terminar assim?

     Num rápido movimento, Deidara se aproximiou da kunoichi, aplicando-lhe um soco poderoso no estômago, que a fez desmaiar. Os olhos arregalados colados nos do loiro, viram o sorriso maroto nos lábios do rapaz.

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     A escuridão da noite começou a se dissipar com a luz morna do sol. O mesmo sol que iluminava um homem de capa preta que segurava protetoralmente uma linda garota desmaiada.

     Deidara levou-a cuidadosamente para os aposentos da akatsuki, qual será sua ideia?