Skater Girl escrita por Luza Black


Capítulo 16
Capítulo 15


Notas iniciais do capítulo

Mil desculpas por ter desaparecido assim! Foi muito ruim ficar longe de Skater Girl por tanto tempo, mas voltei!!O cap não está grande coisa, mas foi o melhor que eu pude fazer com minha falta de criatividade no momento.Tentem não reparar muito nos erros de escrita, eu não tive tempo de revisar e queria postar logo, em breve eu reviso o cap e faço as correçoes necessarias.Espero que ainda queiram ler a fic, mesmo com tanto tempo fora do ar.O cap ta muito louco e meio confuso, mas eu fiz o possivel para fazê-lo de uma forma menos complicada.Enfim, boa leitura.



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Capitulo 15

Emmett PDV

Ninguém tava acreditando, mas aquele lugar se chamava mesmo Lugar Nenhum. Parecia nome de cidade de desenho, coisa esquisita.

- Um telefone publico, precisamos de um agora. - disse Edward olhando ao redor e não vendo nenhuma alma viva.

- E o povo da cidade, cadê?  - perguntei olhando para tudo ao redor.

- Eu hein! Aqui parece uma cidade fantasma! - exclamou Rose.

- Credo!- disse Alice – Não tem fantasma aqui não.

- Como você sabe?

- Por que fantasmas não existem, dã!

- Calem a boca! - disse Bella, as duas olharam para ela irritadas.

- Não me mande calar a boca! - exclamaram juntas.

- É sério... - disse Bella se ajeitando para ouvir melhor. Ouvir melhor? Ouvir o quê? Eu não to... a tá, tinha um barulho de varias pessoas conversando mais a frente.

- Tem gente ali – disse Edward.

- Então vamos pra ali! - declarei me achando um gênio e seguindo em frente.

Mal dobramos uma esquina e quase fomos atropelados por uma carroça! Podia ter sido por uma Ferrari preta daquelas de ultima geração que nos levaria de volta para a civilização, mas nããão, tinha que ser uma porcaria de carroça!

- Saiam do meio da rua! - gritou um velhinho banguelo.

- A gente tava na calçada, seu retardado!! - gritou Bella olhando furiosa para o fundo da carroça.

- AAH! - gritou Nessie em choque.

- O que foi? - perguntamos todos de vez olhando para ela alarmados.

- Aquele idiota jogou lama na minha calça! - ela disse com cara de quem ia abrir o maior berreiro.

- Isso não é lama – disse Jacob – é...

- Não complete essa frase! - exclamou ela histeria já imaginando a verdadeira identidade daquela coisa amarronzada e mal cheirosa na calça dela.

- … estrume – completou Jacob para receber em troca um olhar do tipo: vou te matar enquanto dorme.

- Ed!!! - gritou Nessie. Sempre apelando para o Edward. Vi Jasper revirar os olhos. 

- Vamos – foi a única coisa que meu irmão disse antes de sair andando para o que parecia ser um telefone publico. Ah, e o povo da cidade apareceu, tipo assim, do nada!

To começando a achar que a loira tem razão. Essa cidade é fantasma. Ah, e ela não consta no mapa, eu acho... nem lembro dele mais mesmo!

Corremos até o telefone e na hora em que o Edward tirou o fone do gancho ele soltou, tipo o fone estava solto, ou seja ta quebrado!

- E agora? Essa coisa ta quebrada! – disse Alice.

- Sério? Nem notei – ironizou Bella.

- Não precisa ser grossa! – exclamou a baixinha.

- Não precisa dizer o obvio! – devolveu Bella

Alice estava vermelha encarando Bella com raiva e então as duas começaram a discutir pior que o Jasper e a Nessie.

Rose se pôs entre as duas.

- Olha a nossa situação e me digam se temos tempo para brigas?! – exclamou a loira.

As duas abaixaram as cabeças envergonhadas e ao mesmo tempo exclamaram:

- Foi ela que começou!

É sempre a mesma desculpa! Tentei não prestar atenção nelas, olhei em volta e vi Nessie falando com Edward alguma coisa sobre a calça, o Jasper estava olhando abismado para uma coisa que eu não entendi o que era e o Jacob... bom acho que ele caiu fora.

-Ei! Acho que achei outro telefone! – gritou Jacob aparecendo do nada.

Depois de finalmente encerrarem as discussões sobre coisas sem sentido e totalmente inúteis, seguimos Jacob para o que parecia ser o outro lado da cidade, que estava muito movimentada depois da estranha situação de silencio inicial.

Uns poucos minutos depois chegamos a brilhante conclusão de que essa cidade é uma grande #%*!! Nenhum telefone público funciona nessa joça.

Solução encontrada por mim: procurar uma lanchonete, se não for pra sair daqui agora pelo menos estaremos de barriga cheia, certo?

- Vamos comer alguma coisa – falei.

- Estamos presos, literalmente, em lugar nenhum e você só pensa em comida?!! – exclamou minha irmãzinha.

- Eu concordo, vamos procurar uma lanchonete – disse Ed. – Lá pode ter algum telefone.

Todos concordaram e por fim seguiram o meu plano.

Não foi difícil achar uma lanchonete, afinal sempre que perguntávamos sobre uma a resposta era a mesma: A Lanchonete da Jaca! A melhor de todo o mundo!

- Jaca?! Quem é que gosta de jaca?! – exclamou Alice.

- Eca! – concordou Nessie.

- Ah, eu gosto – falei sem entender o motivo de não gostarem da fruta.

- Você come até ensopado de pedra Emmett – disse Nessie revirando os olhos. Os outros riram. Qual é! Eu sou só bom de boca!

Falando em boca... olhei para a loira ao meu lado.

- A gente acabou se encontrando de novo – falei levantando as sobrancelhas sugestivo.

Ela riu.

- É só não mencionar a parte de que você quase me matou... – disse ela.

- Deve ter sido o destino – eu disse tentando impressioná-la com esse papo que as garotas gostam.

- Hum, talvez. – ela deu um sorriso torto e andou desfilando para longe de mim.

Eu quase fui atrás dela, mas três vozes exclamaram: Olha a Lanchonete da Jaca ali! E isso me distraiu.

Era uma daquelas lanchonetes bem simples, mas tinha como decoração jacas para todo os lados. Coisa estranha...

- Bom dia, visitantes! – disse uma mulher com um sorriso de orelha a orelha. – O que vão querer? Hoje o prato da casa é torta de jaca mole! Querem experimentar essa especialidade da cidade? Lugar Nenhum é famosa por suas tortas de Jaca!

- Ok, ok. Tempo! – pediu Nessie com toda sua educação – Aqui tem agua?

- Tem sim.

- Ótimo, trás uma pra mim.

- Eu quero uma torta dessas ai! – falei.

Todo mundo revirou os olhos, mas a garçonete ficou feliz.

- E vocês? – perguntou para os outros.

- Nada, obrigada – responderam.

- Aqui tem um telefone? – perguntou Edward.

- Tem no balcão. Podem usar.

- Vamos tentar ligar para nosso pai, vai ser rápido – disse Ed para os outros que decidiram esperar sentados em uma mesa.

Nós quatro fomos para o balcão.

Eu puxei o telefone do gancho e disse um: Ta funcionando que foi recebido com vivas e pulos de alegria.

Disquei rapidamente o numero do celular de Carlisle. Chamou, chamou e ele atendeu!

- Alô? Carlisle?

- Oi Emmett, como está a viagem de vocês?

- Péssima, agente bateu o carro e agora estamos presos em uma cidade chamada Lugar Nenhum que é famosa por vender tortas de jaca! – falei.

- Rárá, muito engraçado, mas eu não vou dar as passagens de avião.

- Mas é sério! A gente ta perdido!!

- Emmett, para de me fazer perder tempo. Eu conheço você e seus irmãos, isso é só uma desculpa para não ter que viajar de carro.

- Não é mentira! A gente ta perdido em Lugar Nenhum e... – tutututututu – Ele desligou! – exclamei com a minha melhor cara de taxo.

- Ai, me da isso aqui – disse Renesmee puxando o telefone das minhas mãos e discando o numero.– Papai! – exclamou Nessie – Sou eu, o Em não tava mentindo, será que da para nos mandar um helicóptero ou algo parecido? – pediu com a voz doce e meiga.

Tempo para ele responder alguma coisa.

- Pai! É sério! Existe uma cidade chamada Lugar nenhum! Roubaram nossos celulares, a gente dormiu na casa de uma velha estranha e agora estamos nesse fim de mundo!! – gritou ela ao telefone.

...

- AAAHH!! ACREDITA EM MIM!!!! – ela continuava a gritar desesperada.

Silencio. Nessie olhou para a gente com os olhos marejados.

- Ele desligou – choramingou ela. – EEDD!! Liga pra ele – e deu o telefone para o meu irmão.

Edward respirou fundo e ligou para Carlisle. Deu um tempinho e ele declarou:

- Ele deve ter desligado o celular.

- Como ele pode não acreditar na gente?! – exclamou Nessie.

- É! Que tipo de pai ele é?! – concordou Jasper.

- A culpa é de vocês! – disse Edward ficando realmente irritado. – São as brigas idiotas, os problemas causados e as confusões em que se metem!! Tudo culpa de vocês!

- O quê? E você acha que o filho perfeito então? – perguntou Jasper.

- Pra falar a verdade eu nunca causei problemas a ninguém, pelo contrario sempre sou eu quem resolve tudo! – Edward estava revoltado.

- Você não é perfeito Edward! – disse Renesmee.

- E você é praticamente a causa de todos esses problemas, Renesmee – continuou Edward – Tudo porque é insuportavelmente mimada e sempre teve de tudo, é por isso que Carlisle propôs essa viagem, basicamente por sua causa, e do Jasper também com aquelas briguinhas infantis!

Renesmee ia responder, mas seus lábios estavam trêmulos e ela apenas saiu correndo com lagrimas nos olhos.

- Olha o que você fez! – exclamou Jasper.

Por um momento Ed sentiu-se culpado, mas depois ele desviou os olhos e saiu da lanchonete pisando firme.

Eu olhava tudo bestificado. Edward nunca fez isso antes, nunca explodira desse jeito.

- O que aconteceu? – perguntou Rose aparecendo ao meu lado. – Vimos Renesmee correr para o banheiro, ela estava chorando.

- É, acho que vou ter que resolver esse problema. Volto já. – falei e fui atrás de Edward.

Eu sou o mais velho, mas acho que nunca agi como tal. Edward sempre carregou todas as responsabilidades nas costas e agora não estava agüentando mais.

Bella PDV

Renesmee passou correndo por nós e foi direto ao banheiro.

- Acho que eles brigaram – disse Jake.

- Ela estava chorando – disse Alice.

Eu me senti estranha, precisava fazer alguma coisa. E como sou impulsiva, só me dei conta que estava no banheiro feminino da lanchonete quando empurrei a porta para entrar.

- Renesmee? – chamei assim que entrei no banheiro.

Ouvi soluços e vi a cantora sentada em um banquinho com as mãos sobre o rosto.

- Vai embora! – disse ela.

- Não. Ei, calma – cheguei perto dela e sem pensar duas vezes eu a abracei. Ela não me empurrou ou gritou, na verdade ela enterrou o rosto no meu ombro e continuou chorando. Eu dei um tempo, não iria atrapalhá-la. – O que aconteceu? – perguntei delicadamente.

- Foi o Edward – disse ela chorosa. – Ele disse que tudo isso é culpa minha, que foi por minha causa que estamos nessa confusão.

O QUÊ? Esse cara fuma, só pode!

- Ele é um idiota, não lhe dê ouvidos. – afirmei.

Ela se afastou um pouco de mim e me olhou nos olhos.

- Acha que sou mimada?

- Tenho mesmo que responder? – perguntei temerosa, porque sim, ela era mimada pra caramba!

Ela enxugou os olhos.

- Sabe Bella, o Edward é meu irmão de sangue. E desde pequena eu meio que me apoiava nele pra tudo. – ela começou a falar – Eu amo o Emmett e o Jasper, mas o Ed... bom, nós moramos em um orfanato por uns dez meses. Eu tinha quatro anos e ele oito, Edward sempre cuidou de mim, sempre. E fomos adotados juntos, pois era impossível nos separar. Ele foi mais que um irmão mais velho, ele foi meu porto seguro quando nossos pais morreram. E o Ed sempre me vê como eu realmente sou, mas acho que nos últimos tempos tenho passado dos limites.

Eu deixei ela contar tudo e no fim meus olhos estava marejados.

- Ele não falou aquilo por mal – me peguei dizendo – Só está assustado e confuso. E preocupado também.

- Ele é uma boa pessoa, sabe? Eu estou me sentindo perdida e ele era o único que me encontrava, mas agora nem ele me vê realmente. Será que me tornei mesmo essa pessoa que todos falam? – perguntou ela, mais para si mesma do que pra mim.

- Bom, eu só sei de uma coisa. Se você não está gostando dessa pessoa que todos falam, traga a Renesmee de verdade de volta. – falei. De onde surgiram essas palavras eu não sei. Só sei que estou me sentindo emocionada e ao mesmo tempo querendo ajudar essa garota a se encontrar.

- Mas... não sei se consigo.

- Consegue sim. Se quiser posso te ajudar - falei lhe dando meu melhor sorriso encorajador.

Nessie sorriu de volta para mim.

- Por que está fazendo isso, Bella? Você nem me conhece direito – ela estava confusa.

- Porque às vezes me sinto perdida também e sempre desejo ter alguém que me entenda por perto nessas horas.

A cantora que sempre teve aquele atitude arrogante se mostrou outra pessoa. Mostrou que é como todos nós, alguém com duvidas e incertezas, alguém que precisa dos outros por mais que se mostre independente.

Renesmee me abraçou. E eu senti uma estranha afeição por aquela garota que até pouco tempo era uma total desconhecida. Era como se ela fosse minha irmã mais nova assim como Alice. Mas diferente de Alice ela precisava de ajuda, que eu, com certeza, nunca negaria.

***

Saímos do banheiro depois que Renesmee se acalmou.

- Obrigada – ela disse assim que terminou de passar um pó no rosto para esconder os vestígios do choro.

- De nada.

Eu precisava trocar umas boas palavrinhas com o Edward cabeça de cenoura, e era agora!

Deixei Renesmee com Alice, Rose, Jake e Jasper e fui procurar por Edward. Pelo que me disseram ele tinha saído da lanchonete.

Vi ele e Emmett conversando, Edward tinha cara de culpado e parecia estar triste. Quando Emmett me viu aproximando ele disse apenas:

- OI Bella – e saiu.

Edward olhou para mim confuso.

- Ela te adora, você sabia? – perguntei.

- Quem?

- Sua irmã. E você foi um grande idiota com ela.

- Eu sei – ele baixou a cabeça envergonhado – Falei sem pensar.

- Ela estava se sentindo muito culpada e até um pouco abandonada. Sei que ela não é a garota mais fácil do mundo, mas ela é sua irmã e precisa de você.

- Eu sei de tudo isso! Eu sempre fiz de tudo para protegê-la, para cuidar dela, mas acho que não foi o suficiente. – ele bagunçou os cabelos, nervoso.

- Pareceu um pai falando agora – não evitei o comentário.

- Mais é exatamente assim que me sinto às vezes. Não entenda mal, Calisle e Esme são ótimos pais, fizeram tudo por nós e sei que eles só querem o melhor pra gente. Nessie adora eles, mas sempre que ela caia e se machucava era até mim que corria, sempre que alguém a irritava era para mim que ela reclamava, é comigo que ela desabafa... Mas tem horas que tudo fica meio sobrecarregado. – ele estava falando tudo muito rápido, mas eu pude entender.

- Eu entendo. – falei. – Acho que deve se desculpar.

- É, eu sei – falou ele – Eu vou falar com ela.

- Parece que tem um pouco de coração afinal – murmurei comigo mesma.

- Eu tenho um coração inteiro e bons ouvidos – disse ele e foi para dentro da lanchonete.

Ops! Acho que ele escutou. Afe, e daí?

Então o machista repugnante tinha sentimentos. Devo confessar que achei a historia deles comovente, o irmão mais velho que sempre cuidou da caçula. A ligação deles era fofa demais.

E um pedacinho de mim se animou com a possibilidade dele ser melhor do que se mostrou para mim o nosso primeiro encontro.

As coisas estavam indo bem. Voltei para a lanchonete mais animada.

- Vocês querem ligar para alguém? – perguntou Emmett para Rose, Alice e Jake assim que eu cheguei.

- Não! – exclamamos juntos.

- Quer dizer, não podemos ligar para ninguém – Rose apressou-se a explicar.

Os The Cullens nos olharam um pouco desconfiados, mas não disseram nada.

Edward e Nessie pareciam bem melhor, devem ter conversado.

- O que faremos agora? – perguntou Jacob – Estamos presos aqui?

- Podíamos comprar gasolina e pedir uma carona até o carro – sugeriu Jasper surpreendendo a todos.

- Boa idéia.

- Por que não pensamos nisso antes?! – exclamou Alice.

- Ótimo, então vamos lá.

- Espera! Eu ainda não comi minha torta de jaca! – protestou Emmett.

Revirar de olhos geral. Resolvemos esperar a torta de jaca e até pedimos uns pasteis e outros salgados, nada de jaca.

Depois de devidamente alimentados e da conta ter sido paga (pelos The Cullens, já que a gente tava sem grana e eles estavam nos devendo essa.)

Procuramos o posto de gasolina mais próximo. Aquela cidade lembrava uma cidade do velho oeste, só que atual. Era meio esquisita demais, mas o que se pode esperar de uma cidade chamada Lugar Nenhum?

***

- Eles estão me encarando – sussurrou Renesmee para mim. É, acho que viramos amigas agora.

- Quem? – perguntei.

Ela indicou o local com a cabeça. Uma Hilux preta estava parada e quatro homens olhavam para nós interessados, o outro estava enchendo o tanque do carro. Eles pareciam vir do fundo de uma novela Bang Bang, chapéus de aba, botas com esporas, calça jeans e todos os cinco usavam uma blusa social preta e um cinto de fivela bem grande.

Cutuquei Rose ao meu lado e mostrei para ela, ela cutucou Alice que cutucou Jacob que cutucou Jasper que cutucou Emmett que cutucou Edward que cutucou Renesmee que me cutucou.

Olhei para todos impaciente.

- Estamos sendo observados – eu disse aos outros. Nós tínhamos acabado de chegar ao posto de gasolina, não tínhamos nem falado com ninguém.

- Isso não pode ser bom – disse Edward. – Nessie e Jasper se escondam atrás dos outros.

- Ei! – protestaram.

- Anda! – apressou Edward. Nós quatro fizemos tipo uma parede humana e tentamos encobri-los.

- Vamos comprar gasolina e falar com alguém para conseguir uma carona – disse Emmet indicando ele e Edward.

Concordamos e eles foram.

- O que deu neles? – perguntou Alice.

- Uma vez – contou Jasper – Já tentaram nos seqüestrar, foi no começo do ano, mas acabou que a policia conseguiu impedir. Desde então é melhor ficarmos em alerta.

- E parece que eles nos reconheceram – completou Nessie.

- Droga! Ainda estão olhando para cá – disse Rose preocupada.

- Calma, não vai ser nada. Talvez alguém querendo autógrafos? – sugeri.

- Acho que não – sussurrou Jacob com os olhos estreitados para aquele grupo sinistro.

Por um segundo eu achei que iria dar tudo certo, mas estamos falando de mim, não é?

Um dos homens de chapéu cochichou alguma coisa com os outros. Todos assentiram ao mesmo tempo e sacaram revolveres.

- Corram! – gritei e nós seis nos separamos.

Tiros acertaram o chão e alguns voaram acima de minha cabeça.

Alice e Rose estavam ao meu lado, Nessie, Jasper e Jacob tinham ido à outra direção.

- Porque estão atirando? – chorou Alice.

- Acho que só querem os The Cullens! – consegui responder.

- Aqui – Rose nos puxou para dentro do lava rápido que tinha no posto de gasolina.

Tinha um carro lá dentro, ou seja, estava em funcionamento. Tentamos desviar da chuva de espuma, mas foi meio que impossível. Depois veio a água e ficamos encharcadas da cabeça aos pés.

Pelo menos os bandidos de velho oeste nos deixaram em paz, certo? Errado, estavam esperando por nós do outro lado do lava jato com três canos de armas apontadas para nossas cabeças enquanto as outras duas estavam mantendo os outros como reféns.

Merda! Estamos tão ferrados.

***

Tentei mexer meus pulsos, mas era impossível enquanto tinham cordas os amarrando tão fortes que parecia barrar minha circulação.

Renesmee e Alice estavam chorando ao meu lado, Rosalie olhava para fora vendo as arvores passando rapidamente por nós, Edward e Jacob olhavam fixamente para o nada, Jasper e Emmett conversavam sobre um plano nos tirar dessa.

Mas era difícil conseguir escapar da carroceria de um carro a quase 180 quilômetros por hora, e tem o fato de estarmos amarrados uns aos outros. Ah, e eu esta molhada, meu cabelo devia estar um horror!

- Estamos mortos, não é? – disse Alice.

- Não, vai dar tudo certo – menti.

- É mentira – disse ela.

- Eu já menti para você antes, Alice? – perguntei.

- Já! – disse ela.

- Bom, er... ta complicado.

- E agora? – perguntou Nessie. – O que será que vão fazer com a gente??

Ninguém respondeu.

***

Aos poucos o carro foi desacelerando, ao contrario do meu coração que começou a bater muito rápido dentro do meu peito.

Oh God!

- Mantenham a calma – disse Edward.

Paramos em algum lugar no meio do nada, literalmente.

Um dos homens de chapéu preto apareceu com um sorriso maldoso.

- Celebridades perdidas em Lugar Nenhum... isso é interessante. E quem são esses ai? – perguntou ele. Ficamos em silencio.

Outro apareceu.

- Não devem ser ninguém importante, vamos nos livrar deles. Só o que importa é a banda. – ele olhou para mim, Rose, Alice e Jake como se imaginasse a melhor forma de se livrar da gente.

Eu não quero morrer!!!!

- O que vocês querem afinal?! – consegui perguntar.

Os dois olharam para mim como se não acreditasse que eu tivesse ousado dizer alguma coisa.

- Um resgate, o que mais? Acha que seus amigos valeriam quanto? Ou melhor acha que você valeria quanto? – perguntou um deles me olhando com interesse.

- Eu hein! Meu valor não pode ser medido em dólares! – retruquei. Acho que foi algo realmente estúpido de se dizer para sequestradores.

- Então de nada você nos interessa! – disse ele furioso e me puxando para fora da carroceria como um saco de batatas.

- Ei seu feioso, solta a minha irmã!! – gritou Alice.

- Ah, não se preocupe, você se juntará a ela. Tragam eles! – gritou o cara mau para os outros caras maus.

Não tinham nos trazido para o meio do nada afinal, tinha uma casinha abandonada logo ali na beira da estrada, coisa que eu não sei ser boa ou ruim. 

- Ai! – reclamei quando me jogaram no chão sem cerimônias. – Quanto cavalheirismo! Nunca viram os filmes, não? Os vilões devem tratar muito bem as mocinhas. – falei.

- É, e depois amarrá-las nas linhas de trem. Eu conheço os filmes. – e deu um sorriso assustador que me fez ficar quieta.

Os outros também foram jogados no chão ao meu lado fazendo levantar poeira em todo o lugar.

Cade os The Cullens??

- Cade os The Cullens? – perguntei para Rose.

- Ficaram lá – respondeu ela com o rosto em pânico.

- OK, ok. Vamos sair dessa – falei – Já passamos por situações piores não é mesmo?

- Na verdade não – disse Jake.

- Estamos mortos e ninguem sabe onde a gente ta! – Alice tava quase dando um treco.

- Calma, vou tirar a gente dessa – falei e olhei ao redor tentando encontrar uma saída. A casa não parecia estar abandonada a muito tempo, os moveis ainda pareciam úteis, mesmo estando quebrados e comidos por cupins. Era uma casa bem pequena e modesta. Parecia que tinham crianças morando aqui, pois pude ver alguns brinquedos esquecidos. Hum... interessante.

- São filhos de alguém importante? – um dos bandidos velho oeste perguntou.

- Empresários contam? – disse Rose. – Somos sim.

- De quem?

- Bom... er... eles não são muito famosos e...

- Então não serve. – e o cara foi embora nos largando ali.

- Droga, Rose! Podia ter dito que era filha de.. sei lá, da Madona! – disse Jacob,

- Ah, é? Então você falava que era o irmão gêmeo do Taylor Lautner!

- Eu posso ser a irmã gêmea da Asheley Tisdele?! – perguntou Alice.

- Parem de brincadeiras! Eu estou tentando pensar! – eu disse.

- Posso até ver uma fumacinha saindo da sua cabeça – disse Rose revirando os olhos.

Ignorei o comentário e continuei analisando o local. Vi que tinha um tipo de brinquedo de madeira quebrado perto de Jake. Rárá!

- Jacob! - chamei, tentando não fazer muito alvoroço.

- Que é?

- Olha ai do seu lado – falei indicando o local com a cabeça.

- O quê que tem? É uma aranha? Por favor diga que não é uma aranha!

- Para de dar ataque gay e presta atenção!

- Gay é o pai dos seus filhos! - retrucou ele fechando a cara.

- Cala a boca e me escuta! Ai do lado tem um...

- Ora, ora. Também posso fazer parte da conversa? - um dos vaqueiros velho-oeste chegou e esse parecia ser o chefe da quadrilha.

- Na verdade não – falei com um sorriso sarcástico.

Droga! Por que esse idiota teve que aparecer logo agora?

Alice me deu uma cotovelada nada discreta.

- Gosto de você, garota. Tem atitude, mas não é lá muito inteligente – ele estreitou os olhos em minha direção. - Agora podem me contar como encontraram uma banda famosa de Nova Iorque perdida nesse fim de mundo? Se me derem informações eu penso se largo vocês aqui ou levo para algum lugar habitável.

- Não vamos falar nada – assegurei.

- Não vamos? - questionaram Jake, Alice e Rose ao mesmo tempo.

- Não. Eu não sou do tipo que aceita chantagens! - afirmei. - Se quiser nos deixar aqui, ótimo. Tchauzinho e espero não vê-los nunca mais!

Ele me olhou perplexo. E então fez a covardia de apontar a maldita arma para minha cabeça.

- Então talvez não seja de grande utilidade viva.

Confesso: quase fiz xixi nas calças. Rose, Jake e Alice arfaram.

- Ta legal! Podemos negociar! - falei desesperada.

O vilão-chefe deu um sorriso torto.

- Sabia que iria te convencer. Para onde estavam indo?

- Los Angeles – respondi.

Qual é! Quando se tem uma arma apontada para sua cabeça você não pensa no que fazer.

- Em que carro? Estavam no posto sem nenhum carro.

- Acabou a gasolina a alguns quilômetros da cidade. - então eu tive uma brilhante ideia. - O que foi uma pena ter que abandonar uma Ferrari assim.

Os olhos do sujeito brilharam.

- Ferrari?

- Sim, daquelas vermelhas que fazem qualquer um quebrar o pescoço e morrer de inveja.

As pessoas são seres tão previsíveis! É só atiçar seu lado ambicioso e tãtãrã, tem ela nas mãos.

- Sem contar nos celulares, laptops e bolsas Prada que estão na bagagem – falei.

- Interessante – disse ele.

- Proponho um acordo: você deixa eu, meus amigos e a banda irem embora e te digo a localização do carro, o que você acha?

Ele pareceu pensar.

- Eu acho que podemos renegociar: eu continuou mantendo vocês e os The Cullens vivos e você me diz onde está o carro.

Não contava com essa!

Olhei para meus amigos. Eles me olharam como se achassem que eu pirei de vez. Mas o que não sabem é que tenho um plano brilhante! Muahahaha.

Ou pelo menos na teoria parece ser brilhante.

- Ok, vamos eu e você atras do carro. - falei.

- Fechado – e Então ele saiu.

- Você ficou maluca? - sussurrou Jacob – quando ele descobrir...

- Shiii! Olha para o seu lado esquerdo.

- O que? Não, estamos conversando sobre o seu ato suicida.

- Faz o que eu mando Jake ou todo mundo morre – resumi.

Ele olhou para o lado esquerdo.

- Ta vendo aquele carrinho de madeira quebrado? Pega ele, ou um pedaço dele.

Jake tentou pegar, mas tava longe, então ele encostou mais para o lado e caiu de cara no chão, com as mãos amarradas nas costas.

Respirei fundo tentando me acalmar. Daqui a pouco o cara voltaria.

- Anda Jacob – dei pressa.

- Acha que vai dar mesmo certo, Bella? - perguntou Rose.

- Não sei, mas tenho que tentar.

- Belita, eu to com medo – choramingou Alice.

- Relaxa!

Depois que Jake conseguiu sentar e pegar um pedaço quebrado da madeira ele olhou para mim.

- Me da – consegui pegar o pedaço de madeira quebrado só Deus sabe como – Agora ficar de costas.

- Quê?

- Fica logo!

- Ok – e ele se virou, eu também me virei e com a estaca de madeira comecei a partir as cordas que prendiam Jacob. Deu muito trabalho, eu estava nervosa, podia aparecer alguem a qualquer momento.

Finalmente consegui fazer o que queria, deixei as cordas frouxas e dei a estaca para Jake.

- Finja que está preso até eu disser ok?

Ele assentiu.

Um segundo depois o chefe-vilão-do-mal apareceu com um dos seus comparsas.

- Sabe, eu estive conversando com a banda e eles acharam muito estranho o fato de que querer, como foi que disseram mesmo, Francis? - perguntou ele para o comparsa.

- Acho que as palavras exatas da garota foram lata velha e enferrujada – respondeu ele.

Nessie linguarudaaa!!

- Ela acha Ferraris antiquadas, preferi os Porches, por isso disse isso. - tentei contornar.

- Ela também mencionou picape idiota, Tonny – disse o tal de Francis.

O Tonny apenas olhou para mim.

- Fim de acordo. Vamos providenciar que saibam que estamos com os The Cullens e pedir um resgate muito gordo. E quanto a vocês? Mike, coloca fogo na casa e vamos embora.

- Ei! - protestei em panico.

Mas eles tinham saído porta a fora. Dois homens começaram a despejar um liquido ao redor da casa... gasolina! Ah meu Deus, meu Deus, meu Deus!! Não posso deixar a gente morrer!! Uma luz ai, por favooor!!

Ouvi um riscar de fósforos e depois as primeiras chamas começaram a lamber as paredes da velha casa.

Jacob se livrou do resto das cordas e começou a nos desamarrar. Quando me vi livre corri para os fundos, em busca de uma saída. Tropecei em alguma coisa e fui de encontro ao chão.

- Merda! - exclamei frustrada. Um ronco de motor indicava que o carro acabará de dar a partida e ir para longe com os The Cullens.

Jake, Rose e Alice aparecerão ao meu lado. O fogo ainda não havia chegado onde estávamos, mas isso não quer dizer que a fumaça não estava começando a nos sufocar.

- Aqui Bella! - gritou Alice mostrando que tinha mesmo uma saída pelos fundos.

Levantei e não sei porquê olhei para a coisa na qual eu tropecei.

Um sorriso surgiu em meus lábios ao visualizar o que parecia ser mesmo uma luz divina.

- Obrigada – sussurrei ainda olhando para o objeto.

- BELLAAA!!! - Rose gritou. Eles já estavam praticamente do lado de fora. E aqui dentro estava ficando cada vez mais e mais quente.

Eu já estava tossindo. Preciso sair daqui antes de morrer asfixiada.

Peguei o objeto do chão e sai correndo.

Estávamos fora da casa, tivemos que pular algumas chamas, o que me fez ter algumas queimaduras e abrir alguns buracos na minha blusa. Mas estávamos vivos!! Tossindo bastante, mas vivos!!

Respirávamos descompassadamente. Continuamos correndo até darmos a volta pela casa e estarmos do outro lado do asfalto. Paramos ali.

- Foi um golpe de mestre ter cortado as cordas aquela hora. Teria sido complicado fugir de uma casa em chamas com as mão atadas. - disse Jake.

- É, também acho – falei.

- Não acredito que estamos vivos!!! - comemorou Alice.

- O que é isso na sua mão Bella? - perguntou Rose olhando desconfiada.

- Ah, é! Eu preciso ir atrás dos Cullens. Voces devem descer essa ladeira, foi daqui que vinhemos e deve dar em Lugar Nenhum. Encontro vocês na Lanchonete da Jaca. - essa frase soou realmente estranha, mas beleza.

- Como... isso é um skate? - perguntou jake.

- Velho, um pouco lascado, rodas gastas, mas vai servir. Beijos amores!

Então coloquei o skate no chão e subi nele, com o pé direito dei o impulso mais forte que consegui e me lancei no asfalto, era uma ladeira pequena, mas me fez ter velocidade suficiente para me fazer voar.

Me sentia como um passarinho que acabara de sair de uma gaiola, levantando voo depois de anos aprisionado. Era uma sensação indescritível.

Eu tive vontade de rir, mas era difícil com o vento pressionando meu rosto.

Eu vi a Hilux a distancia, sumindo da minha vista em seguida, mas eu estava no seu rastro e tenho certeza que seria capaz de encontra-la. Resisti a tentação de fazer algumas manobras.

Foco Bella!! Não pode se atrasar!! Eles precisam de você!!

Dei mais impulso, eu vou conseguir ou não me chamo Isabella Swan!!


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Notas finais do capítulo

Quero agradecer aos comentarios do ultimo cap, eu prometo que respondo todos eles em breve.Bom... comentem!!Bjos e ate o proximo :*