Skater Girl escrita por Luza Black


Capítulo 11
Capítulo 11


Notas iniciais do capítulo

Oiiiie :DD

Volteeei!! o/

Mil desculpas por ter demorado tanto assim gente, mas fim de ano não é nada facil para uma estudante :(

Consegui um tempinho para escrever esse cap, não deu nem pra revisar direito então desculpe qualquer erro.

Esse cap vai ter varios narradores e pode ficar meio confiso :/ Mas não vi outra forma de escreve-lo.

O cap ficou mais ou menos como imaginei, mas podia ter ficado melhor, eu assumo. Fiz o melhor que pude pra vcs e um cap bem grandinho =)

Realmente espero que gostem.



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Jacob PDV

Horas mais tarde o show finalmente tinha acabado. Um monte de pessoas passaram por nós e enfim, Alice apareceu radiante e pulando de felicidade.

- Onde vocês estavam? Eu não consegui encontra-los depois que saí. - disse ela. - Viram o show? Não foi incrível!?! - dizia ela rodando em torno de si mesma.

- Olha para nossas caras de velório e vê se vimos o show – disse Bella.

- O que aconteceu?

Fizemos um breve resumo da história pra ela.

- Que pena – disse Alice sentida. - Foi tãão legal!

- Eu quero ir embora – declarou Rose.

- Eu também – concordou Bella

- Como vamos sem carro? - perguntei.

- Como assim sem carro?! - exclamou a baixinha – E o carro da Rose?!

- Foi rebocado – respondi – Ela estacionou em uma vaga proibida.

- Ah, e agora?!

- Vamos atrás de um táxi – declarou Rose.

Olhamos para os dois lados e nem sinal de um táxi.

Andamos até um local mais movimentado onde Rose gritou “TÁXI!” e um carro parou ao nosso lado.

Como será que os motoristas escutam um grito no meio de tanto barulho? Vai saber!

Seguimos direto para a casa da Clarie, já deviam ser umas seis e meia da tarde, então deixamos para pegar o carro da Rose amanhã.

Chegando na casa da Clarie, ela nos cumprimentou e ao ver nossas caras de desânimo resolveu preparar uns sanduíches. Um viva para Clarie! Viva!

Eu não lembro de muita coisa depois, só sei que me joguei no colchão da sala e apaguei.

Que diazinho estressante!

Bella PDV

- Isso é um absurdo! - exclamou Rose indignada.

- Sinto muito senhora, mas é o meu trabalho – dizia o homem.

- Eu não quero saber de sinto muito! Eu sei que não sente nada! Agora me responde uma coisa: COMO vocês sabiam que não tinha NENHUM deficiente no carro?! Vocês simplesmente rebocam carros achando que está em uma vaga proibida, eu quero saber COMO adivinham isso??!! - é, a Rose tava um pouquinho fora de si.

Mas também depois do dia que tivemos ontem, acordamos cansados e depressivos (ta, talvez eu estivesse depressiva, Alice estava saltitante, como sempre. Afe.) ainda tivemos que pegar um ônibus para chegar até aqui, porque a Clarie saiu cedinho pra faculdade e grana para um táxi a gente não tinha no momento, o que nos restou? O buzão!

– Temos uma câmera de vigia no poste perto da vaga – respondeu o cara, educadamente.

- Então, quer dizer que enquanto tem gente matando, roubando, pulando de edifícios ou afogando os outros em piscinas infantis, a prioridade máxima é ver quem estaciona no lugar errado?! É isso que ta querendo me dizer?! - ta, acho que ela deu uma exagerada no drama.

- Bom... esse é o meu trabalho e...

- Esquece! Cadê o meu carro? - desistiu Rose, eu pude ver uma veia querendo saltar de sua cabeça. É, ela tava mesmo irritada.

- Como é o seu carro, senhora? - perguntou.

- Eu sou senhorita, acha que tenho cara de senhora?!! - exclamou ela quase pulando no pescoço do cara.

- N-não, ok, pode me dizer a descrição do seu carro? - acho que ele ficou com medinho da Rose, haha.

- Um conversível vermelho – disse ela revirando os olhos. Porque será que ela revirou os olhos?

- Certo, a taxa a ser paga é de 100 dólares.

Rose arregalou os olhos.

- Eu não vou pagar nada! Isso é um absurdo! Quero falar com o gerente! - se revoltou ela batendo na mesa.

- S-sou eu mesmo – disse ele assustado.

- Então escuta bem, gerente, eu quero o meu carro e quero agora!

- Te-terá que pagar a taxa, desculpe.

Rosalie estava com uma cara assassina.

Olhei para Jake e Alice que olhavam para a cena do mesmo jeito que eu, não querendo se intrometer.

- Jake, vai lá e impede a Rose de matar o homem - cochichei para ele.

- Eu não, vai que ela resolve me matar por tentar impedir – argumentou ele.

- Afe, Jake, você é muito medroso! - eu disse e segui até Rose. - Calma aê, amiga. Não queremos voltar para a delegacia, não é?

Rose respirou fundo.

- Precisamos de grana. - observou ela. - Acho que vou usar o cartão, eu não queria fazer isso, mas vai ser o jeito.

A gente tinha combinado de não usar os cartões de credito, para não chamar a atenção de nossos pais bisbilhoteiros. Mas não vai ter jeito.

- Ok, vai lá. - falei.

Depois de resolvido o problema do carro, fomos nele para a casa da Clarie. Entrei no quarto de hóspedes e comecei a arrumar minhas malas.

- Aonde você pensa que vai? - perguntou Alice aparecendo na porta.

- Pra casa. O sonho acabou – respondi.

- Ah, não. Vamos lá Bella, vamos arranjar um jeito e... - quando Alice parou de falar, olhei para ela, que estava com os olhos desfocados.

- Alice? - chamei indo até ela desconfiada – Alice? Ei!

- Ah! Eu tive uma ideia maravilhosa!! - gritou ela me assustando.

- O que?! Que tipo de ideia? - perguntei.

Ela deu um sorriso maroto.

- Vem! - e me puxou para a sala, onde ao lado de Rose e Jake começou a falar animadamente o que teríamos que fazer.

Uau! Não sei o que seria de mim sem meus amigos e seus planos mirabolantes, Muahaha!

**

Rose resolveu estacionar o seu carro num estacionamento fechado, onde pagamos para deixa-lo lá. Saímos depois do almoço para o centro de Nova Iorque, onde daríamos inicio ao plano D, ou seria C? Ah, tanto faz!.

- Olha, eu te dou vinte dólares para cuidar do meu carro e não deixar nada acontecer com ele. - disse Rose para o cara que cuida dos carros.

Ele olhou admirado para a nota oferecida por ela.

- Pode deixar comigo!

- Certo, agora podemos ir – disse Rose confiante.

Seguimos na direção de um grande hotel cinco estrelas, simplesmente maravilhoso! Onde tinha varias lunáticas gritando descontroladas do lado de fora. Rum, amadoras!

Tentamos entrar no hotel, mas tava difícil, tinha fotógrafos, repórteres, garotas loucas e garotos fanáticos, enfim, tudo uma grande loucura. Quando íamos finalmente entrar no hotel, dois seguranças nos pararam.

- O que querem fazer aqui? - perguntou um sujeito mal encarado.

- Uma reserva no hotel, estamos sem lugar para ficar e ouvimos falar muito bem daqui – disse Rose.

Ela estava vestida com um vestido azul marinho da Alice, que ficou um pouco curto nela, mas beleza. Usava saltos agulha, seu cabelo estava lindo caindo em cachos nos ombros e tinha uma maquiagem mais suave.

Alice foi a única que trouxe roupa mais arrumada, acho que ela previu que precisaríamos.

Falando na baixinha, ela estava com um vestido rosa choque, sapatilha creme (era uma prevenção pelo que ela tinha passado). Usava uma maquiagem mais marcante, estava tão bonita quanto Rose.

Jake estava de jeans e com uma camisa mais arrumadinha que ele tinha.

E eu não consegui vestir nenhum dos vestidos da Alice, então optei pelo velho jeans skine. blusa com desenho e meu par de tênis colorido. Nem preciso comentar que as duas odiaram.

- Ta, e como podem provar que não são mais uma das fãs que fazem de tudo para encontrar com seus ídolos? - perguntou o mesmo cara, no que o outro concordou.

É, a gente estava preparado para esse tipo de pergunta.

- O que?! Eu sou Rosalie Hale!!!A modelo mais top do momento!! Vai me dizer que não me conhece?!

- É! E nós as irmãs dela! Fala sério,cara! - disse Alice.

- Deixa de ser desatualizado. - completei.

- Hum... e esse ai? - perguntou indicando Jake.

- Nosso personal style, porque? - respondeu minha amiga.

Ele lançou um olhar estranho para Jake.

- Ta, sei – ironizou o cara.

- Não está acreditando em mim? Ah, isso é um absurdo! Vou processar esse hotel, agora! - exclamou Rose pegando o celular, discando e o colocando no ouvido. - Oi pai, não é só um cara que não quer deixar a gente entrar no hotel e...

- Ok! Podem entrar – disse ele – Que drama – completou baixinho.

- Obrigada – disse Rose com um enorme sorriso no rosto, “desligando” o celular.

- Mas se eu tiver reclamações sobre tentarem invadir o quarto de hotel da banda ou coisa parecida... - e deixou a ameça no ar.

- Afe! Cara chato! - reclamou Alice, mas não importa, entramos no hotel.

E que hotel!! Era, tipo, muuuito grande mesmo!

Tinha uma sala de espera maior que a minha casa! Ta, eu exagerei um pouquinho...

Rose e Alice foram para a recepção, o lugar estava estranhamente vazio... deve ser por causa dos The Cullens... quem sabe...

Rose começou a conversar com a moça que estava lá, dando inicio a sua grande atuação!

- Eu achei um rato morto na banheira! - exclamou ela. A mulher arregalou os olhos.

- Impossível – disse ela.

- Impossível é essa sua cara de pau! - exclamou Alice – Não dizem que o cliente tem sempre razão?

- Sim, mas...

- Porque não vai lá e tira suas próprias conclusões? - disse Rose.

- Certo, se puderem me acompanhar podemos dar um jeito e...

- Ah, não! Não entraremos lá com aquilo no lugar!

- De jeito nenhum!

- Ok, qual o quarto em que estão? - deu-se por vencida a mulher.

- 539 – disse Alice.

Rose olhou para ela com os olhos arregalados.

- Mas os quartos só vão até o 500 – disse ela sem entender.

- Quer dizer... 439... não sou boa com números – disse ela lançando um sorriso de bobona.

A mulher suspirou e dando de ombros seguiu para o apartamento 439.

E num piscar de olhos Rosalie estava atrás do balcão com os dedos teclando rapidamente pelo computador.

Fui até elas.

- Não acredito que ela caiu! - exclamei surpresa, me referindo a moça da recepção.

- Nem eu! É ser muito lesada pra cair nesse papo furado! - disse Alice rindo.

- E ela nem checou se realmente estavam hospedadas aqui! - exclamou Jake – Quanta incompetência.

- Parem de reclamar da sorte! Isso dá azar! - disse Rosalie sem desviar o olhar do computador.

- Anda logo, Rose – apressou Jake temeroso olhando para todos os lados.

- Achei! - exclamou Rose. - 212, Bella. Corra! - mal ela terminou de falar e sai que nem maluca para o elevador.

- Eu vou com você! - gritou Jacob me alcançando.

- Ótimo! Vamos logo! - falei apertando freneticamente o botão do elevador.

Quando a porta abriu eu praticamente me joguei pra dentro, seguida por Jacob.

- Vai dar certo, vai dar certo – eu repetia ansiosa.

Precisa dar certo!!

- Calma, Bella – disse Jake, mas tava na cara que ele tava nervoso.

Para o elevador chegar no lugar que precisávamos demorou umas duas horas! Bom, foi o que me pareceu.

Ao abrir a porta seguimos por um corredor que dava em uma esquina com outro corredor, enquanto eu praticamente corria, via os números das portas passando rapidamente pela minha visão periférica. Ao dobrar a esquina do corredor eu bato de cara nas costas de Jake, que tava na minha frente (obvio dãã!), ele me puxa de volta ao outro corredor (o que acabávamos de sair).

- O que você ta fazendo? - exclamei.

- Shhh! Tem dois seguranças enormes ali na frente – sussurrou ele.

- A ta... - entendi. Droga! - E agora?

- Faz assim, eu os distraio e você pode ir sem mim – disse ele, com a maior cara de 'não acredito que vou fazer isso'

- Uau, Jake! Pra um medroso você está me saindo ótimo! Vai lá, amigo. - falei o encorajando.

- Certo... lá vou eu... - disse ele dando um passo para frente, respirando fundo e saiu começando a gritar. Sério, ele começou a gritar messsmo tipo assim:

- AAHHHH!!! FOGO! FOGO!! FOGO!!! SOCOOORROOO!! - e correu balançando as mão parecendo uma galinha querendo levantar voo.

Eu me escondi de trás de uma pilastra.

- O que está acontecendo? - ouvi um dos seguranças perguntando.

- Você é idiota ou surdo?! TA PEGANDO FOGO!!! - retrucou Jake parecendo um maluco.

- Onde?! - perguntaram os dois.

- NA PISCINA!!!

- Piscina? Mas não pega fogo na piscina. - disse um dos caras.

Bati minha mão na testa involuntariamente. Como é que o Jake diz que ta pegando fogo na piscina?

- Se não querem me ajudar ótimo!! Seus retardados medrosos! - ouvi som de algo sendo arrancado da parede.

- Epa! Quem é que você ta chamando de retardado aqui??!! - vixe! Agora a coisa vai ficar feia.

A resposta que eu ouvi não era exatamente a que eu esperava ouvir.

Shhuuuuu!!!!

Não resisti uma espiada. E quando olho a cena, vejo Jake com um sorriso no rosto, com um extintor de incêndios nas mãos e os dois seguranças cobertos por aquela espuma branca.

Olhei para Jake que olhou para mim.

- É agora ou nunca! - disse ele largando o extintor no chão e saindo correndo.

Depois de recuperados os seguranças tiraram a espuma dos olhos e saíram enfurecidos atrás do meu amigo, que eu espero estar bem longe nesse exato momento.

Quando a barra tava limpa eu fui para o corredor e encarei temerosa a porta do quarto 212. E agora? O que eu diria? Ok, calminha, Bella. Respira fundo que realmente era agora ou nunca!

Não consegui abri a porta, me faltou coragem.

Fala, sério, garota! Seu amigo enfrentou dois seguranças gigantes só para você ter essa oportunidade. Seja corajosa!!!

É, acho que minha consciência está certa.

E depois desse pensamento coloquei minha mão na maçaneta e a girei lentamente, sem saber o que me aguardava depois daquela porta.

Rose PDV

- Rose, vou procurar o banheiro, ok? - disse Alice.

- Alice, olha a nossa situação e me diz se isso é hora? - eu disse encarando ela.

- Ai, Rose! Eu não controlo minha bexiga não, ta? - Alice cruzou os braços emburrada.

- Vai logo então! Baixinha irritante – falei a ultima parte para mim mesma, já que ela saiu correndo para algum lugar.

Perfeito! To sozinha! Acho que vou abrir meu orkut aqui...

Hum... o elevador acabou de chegar e... Droga! Sera que é a recepcionista? Porcaria!

Abaixei detrás do balcão enquanto ouvia passos se aproximando de mim.

Plim, plim! Tocaram o sininho chato. Então pode ser um hospede, ótimo, esse deve dar pra enganar.

- Achei! - exclamei contente, fingindo achar algo e me levantando – Meu brinco caiu, me desculpe e... - fiquei sem fala, ou melhor fiquei sem nenhum tipo de reação existente.

- Eu te conheço! - exclamou o dono da voz que fez minhas pernas bambearem.

- Emmett! - exclamei. - OMG – e me joguei embaixo do balcão.

Será que ele se lembra? Não, não deve lembrar. Ou talvez... quem sabe e... Ele não pode me ver!! Hello!! Ele já te viu!

- Ei! Volta aqui! - disse ele.

Tentei sair engatinhando para longe do balcão, mas no meio do caminho dou de cara com um par de tênis. Merda!

Levantei meus olhos que passaram pelo seu corpo maravilhosamente lindo e chegaram no seu rosto, ele me olhava confuso.

Tratei de ficar em pé.

- Er... foi o meu outro brinco sabe... - eu disse e ajeitei o meu vestido.

- Sei – disse, tava na cara a ironia. - Você não é recepcionista, é a garota da Califórnia!

- Você lembra de mim – eu disse radiante. Que lindoo, ele se lembra de mim!!

Ele me lançou um olhar de cima a baixo.

- Como esquecer? - e sorriu.

Morri!

- Ah, eu nem acredito!! Sério mesmo?! - perguntei mal me contendo de alegria.

- É sim – e riu.

- Nossa!

- E o que faz aqui? Não devia estar na Califórnia? - disse puxando papo. Ah!, Emmett Cullen está puxando papo comigo! Morram de inveja!

- Tive que me mudar.

- Hum... sabe, você está me devendo uma toalha – e sorriu malicioso apoiando o braço na entrada do balcão e assim, bloqueando a saída.

- Bom...er... pois é, quer que eu pague uma nova toalha pra você? - perguntei.

- Não, acho que pode me pagar de outro jeito – disse sorrindo torto e fazendo meu coração bater mais rápido. Acho que vou entrar no joguinho dele, afinal eu sou Rosalie Hale! Nenhum garoto vai me deixar sem fala!

- Ah é? E de que forma eu poderei te pagar, então? - falei enrolando uma mecha de cabelo com os dedos e dando um passo em sua direção.

Emmett seguiu meus passos com o olhar, seu sorriso aumentou.

- Repetindo a dose daquela noite, só que sem interrupções – respondeu ele.

Ele queria me beijar?!!! Oh God!!!

- E se eu disser que não? - tenho que me fazer de difícil, não é?

- Você não faria isso. - convencido!

- Ah, é? Então olhe. - e rapidamente passei por debaixo de seu braço e sai em direção a porta.

- Qual é, gata? Não se faça de difícil, sei que quer me beijar tanto quanto eu quero beijar você.

Virei para encara-lo.

- Quer me beijar, é?

- Porque não? Eu estou de bobeira, você está de bobeira. Vamos lá. - pediu ele.

Fiquei em duvida, eu tinha que ajudar a Bella! Mas falando sério, que outra oportunidade eu teria para ficar com Emmet Cullen? Nenhuma!

Então o elevador se abriu e a verdadeira recepcionista apareceu me olhando desconfiada.

- Você não está hospedada neste hotel, não é?

- Er... - olhei para a mulher e depois pro Emmett – Vamos – e o puxei pela mão, no momento que eu abria uma porta eu ouvia a mulher gritando seguranças! Corri sem olhar para trás e sem saber se Emmett estava me seguindo ou não. Afinal ele não precisaria correr.

- Droga! Mil vezes Droga! - resmunguei, procurando uma saída desesperadamente.

- Aqui! - disse Emmett abrindo uma porta que dava para o salão de jogos. Entrei sem pensar duas vezes.

Os seguranças passaram direto. Lesados!

- Valeu! Obrigada mesmo! - agradeci.

- Ok, agora vai ter que me contar o que ta acontecendo – disse ele – Como veio parar aqui?

- Longa historia! Você não vai querer ouvir – aconselhei.

Ele cruzou os braços.

- Acho que me deve pelo menos uma explicação, não acha?

- Ok,Ok! Estou aqui tentando ajudar minha amiga a participar do concurso de skate, mas não conseguimos do jeito normal então ela deve estar atrás do seu irmão tentando convence-lo a deixar que ela participe. - eu disse tudo rapidamente, nem sei se ele acompanhou a historia.

- Hã... legal! - é, acho que ele não entendeu mesmo, quer saber? Eu que não vou repetir!

- Ótimo, agora tenho que ir atrás dela. - falei indo em direção a porta.

- Tem mesmo que ir agora? - perguntou ele.

- Na verdade não – falei e sorri – Mas vou assim mesmo.

Coloquei minha mão na maçaneta e quando fui abrir a porta a porcaria da maçaneta saiu e a porta continuou fechada.

- Acho que quebrei a porta – murmurei e arregalei os olhos sem acreditar no que aconteceu.

- Como?! - exclamou Emmett se aproximando.

- Ela simplesmente quebrou! - eu disse – Ah! E agora? Eu não posso ficar presa aqui dentro! Eu preciso ajudar a Bella e... - eu tava ficando meio histérica.

Mas pensando bem... não seria tão ruim assim ficar presa com um baterista tão fofo.

- Calma! - pediu ele – Acho que posso tentar consertar.

Ele tentou coloca-la de volta no lugar, mas nem deu certo.

To frita! Eu realmente não posso ficar presa com um super-astro-baterista-cheio-de-músculos-e-lindo-de-morrer.

- É, estamos mesmo presos aqui – declarou ele.

- Não parece tão chateado assim – observei. E ele não parecia mesmo!

- Eu fico preso aqui contigo o dia todo, gata – disse sorrindo.

Eu sei muito bem que serei mais uma na lista de conquistas de Emmett Cullen, mas sabe de uma? Ele também vai ser mais um na minha lista de conquistas. Muahahaha!

- Fica mesmo? - perguntei fazendo charme.

- Com certeza.

E antes que eu pudesse digerir o que aconteceu, nós já estávamos nos beijando loucamente.

Caramba! Eu beijei Emmett Cullen de novo!!

E que beijo!! Fiquei até tonta quando nos separamos para pegar ar.

- De novo? - perguntou ele.

Acenei positivamente e joguei meus braços ao redor do seu pescoço ao mesmo tempo em que ele me puxava pela cintura.

Acho que já sei o que vamos ficar fazendo enquanto não aparece ninguém para nos tirar daqui. E eu quero mesmo é que esse alguem não apareça tão cedo.

Alice PDV

Finalmente achei um banheiro! Ufa!

Depois de fazer o que eu tinha ido fazer lá, fui para onde a Rose devia estar. É, eu disse devia porque a loira oxigenada sumiu! E me largou aqui! Amiga da onça!

Mas entendi o motivo quando vi a recepcionista no lugar onde Rose estava.

Dei meia volta fazendo cara de paisagem, tipo: assoviando e olhando para os lados, como quem não quer nada.

- Você ai! - gritou alguem. Fingi que não era comigo – Você mesmo, a garota de vestido.

- Eu? - perguntei inocentemente.

- Sim. Precisa sair do hotel imediatamente, antes que eu chame a policia. E cadê seus amigos em? Eles precisam sair. - era a moça da recepção.

- Eu não sei deles não. - falei. - E também não vou sair, eu sou hospede aqui e você ainda não resolveu o problema do rato na banheira.

- Você não é hospede coisa nenhuma! No quarto 439 tinha um casal hospedado e quando cheguei... bom, eles odiaram serem interrompidos.

- Afe! Eu disse 429! Dããã! - falei. O queixo dela tremeu.

- Você não está hospedada nesse hotel!! - ela gritou.

- Calminha aê, eu sou uma hospede, como pode me tratar assim?

- Você não é hospede coisa nenhuma!! - ela continuava gritando.

- Sou sim! E vou falar com o seu chefe que está gritando comigo!! - gritei de volta.

- Algum problema? - perguntou um homem, que devia ser o carregador de bagagens, porque ele estava com um carrinho cheio de malas do lado e tinha uma família de gordinhos bem vestidos olhando a discussão assustados.

- Nenhum, é só essa cacatua me enchendo! Você sabe que depois dessa vai ser demitida, não sabe? - falei com a maior cara de pau, me achando a dona da razão.

- Ah!! Seguranças!! Tirem ela do saguão!! - gritou a mulher histérica.

- É assim que trata os hospedes? Quer saber eu vou falar muito mal desse hotel e ninguém nunca mais vai vim aqui e... - esqueci o que eu ia falar ao ver uma pessoa que acabara de chegar no saguão olhando tudo sem entender. - … AH! JASPER!! - berrei ao ver que era o Cullen-tecladista-fofo. E corri até ele.

Ao mesmo tempo o carregador de bagagens se assustou e deu um pulo para trás empurrando o carrinho cheio de malas que foi de encontro ao Jazz, e ele ficou lá paradão como um retardado olhando pra mim, que corria loucamente em sua direção.

O tempo desacelerou e eu via tudo em câmera lenta. O carrinho de bagagens ia na direção do Jazz, a família de gordinhos falavam um Cuidado de forma vagarosa, a mulher da recepção gritava lentamente os seguranças, os seguranças apareceram devagar na porta, e eu me joguei em cima do Jasper.

Então tudo aconteceu bem rápido, como se os acontecimentos tivessem acelerado de vez. E eu estava jogada no chão com um carrinho de uma tonelada de malas caindo sobre mim. E tudo foi escurecendo enquanto eu era soterrada.

Agora eu morri!

Jacob PDV

Péssima ideia, Péssima ideia! O que eu tinha na cabeça afinal?

Esses eram meus pensamentos enquanto eu saia correndo do corredor e deixava Bella pra trás, sem comentar que eu estava sendo seguido por dois seguranças enormes e furiosos que vão acabar comigo.

Droga!

Cheguei ao elevador e apertei o botão, mas quem disse que o mundo conspira ao meu favor? Nãão, ele não conspira nadica de nada ao meu favor. E por esse motivo eu tive que pensar rápido, abrindo a porta ao lado do elevador e correndo escada abaixo.

Ouvi passos. Eles já estão aqui?! Meu Deus! To morto!

Eu preciso despistá-los de algum jeito e ...

- AHH!! - acho que me choquei em alguem.

- Ta maluco?!! - gritou esse alguem.

- Sai da frente! - eu gritei de volta tentando passar e evitar meu assassinato.

Os passos pararam. Ei, então foi os passos dessa pessoa que eu ouvi? Ufa!

- Seu brutamontes ridículo! Quase me derrubou! Você por acaso tem ideia de quem eu sou?!!!

Aquela voz... Não! É azar demais para uma pessoa só!

- Você de novo, garota?! - exclamei ao olha-la melhor e ver os cabelos castanhos avermelhados e reconhecer de imediato a dona deles.

- Ah. Não! Você não! - exclamou ela.

- É muito azar! Eu devo ter jogado chiclete na cruz! Só pode!

Renesmee Cullen me olhou enojada.

- O que está fazendo aqui?! - perguntou ela.

- Isso é uma escada – observei.

- Eu sei, dãã! O que está fazendo nessa escada?

- Eu... isso não é da sua conta!

- É sim. - disse ela cruzando os braços – Agora ou você me diz ou...

- A escada não é sua, não pode me expulsar daqui, rá! - falei.

- Mas com certeza não está hospedado nesse hotel – disse ela presunçosa – E podem te expulsar se alguem disser essa informação.

- Como sabe que não estou hospedado aqui?

Ela revirou os olhos.

- Quer enganar quem? Eu sei que não teria como pagar para estar aqui.

Abri a boca para responder, mas nesse momento duas pessoas, que eu tenho noção de quem sejam, estavam descendo as escadas apressadamente.

- Olha eu queria parar e discutir com você, mas eu realmente tenho que ir – falei passando rapidamente por ela e continuando meu caminho.

- Espera aí! Não pode me deixar discutindo sozinha!

- Observe! - e continuei descendo as escadas.

- Ah, não! Volta aqui! - ela ta vindo atrás de mim? Que menina chata!

- Não me siga!

- E quem é você para me mandar fazer alguma coisa?

- Uma pessoa que ta perdendo a paciência.

- Haha! Coitadinho!

Ela ta me tirando do sério.

Tentei andar mais rápido para despista-la,mas não deu certo. Parei de vez e senti ela bater em minhas costas.

- O que foi? - perguntou olhando desconfiada para frente.

- Você está me seguindo e isso está me chateando, então me diz logo o que quer e vai embora. - eu falei.

Ela me olhou cética.

- Porque acha que quero algo?

- Porque está me seguindo então?

- Para ter a certeza que você vai sair desse hotel e nunca mais aparecer na minha frente outra vez.

Revirei os olhos.

- Você tem uma resposta na ponta da língua pra tudo, não é?

- É – concordou dando um sorriso torto.

- Acho que ele está logo ali em embaixo!

- Vamos lá, então!

Engoli em seco e olhei para cima além das escadas. Renesmee só vai me atrasar, então...

- Você – eu disse apontando para ela – Vem comigo! - e a puxei pela mão.

- O que está fazendo? Me solta! - ela ordenava.

- Não foi agora mesmo que disse que queria ter a certeza que eu sumiria da sua vida? Então não reclama.

- Mudei de ideia! Me solta se não eu grito! - ameaçou ela.

- Fica quieta. - eu disse. Abri a primeira porta que apareceu e passei por ela levando Renesmee comigo. Ela surtou, é claro.

- Ah! Socorro!!! - gritava ela.

- Shhh! Você pode ir embora, ok? É só não fazer barulho. - pedi e a soltei.

- Ótimo! - disse ela fechando a cara e pondo as mão na cintura.

Eu ri depois dessa.

- Do que está rindo? - perguntou ofendida.

- Da sua pose de criança emburrada.

- Haha, muito engraçadinho. Eu podia te processar por sequestro, sabia?

- Processe, não to nem ai! - eu disse deixando ela mais irritada ainda, e no exato momento em que ela ia falar alguma coisa eu dei as costas e sai.

- Ei! Volta aqui!

- Você não manda em mim, lálálálálá

Infantil, fato. Mas ela pirou! Muahahaha!

- Argh!! Você é insuportável! - exclamou ela.

Mais essa agora!

- Você que está me seguindo! - eu disse.

- Cala a boca!

- Cala a boca você!

- Ninguém me manda calar a boca!

- Acho que acabei de fazer isso, caso não tenha notado.

A garota já estava vermelha de raiva. Hsuahsuahush, bem feito! Ninguém manda ser chata, metida e mimada.

- Qual é o seu nome? - me perguntou. Eu olhei para ela surpreso.

- Pra quê quer saber o meu nome?

- Para encomendar seu assassinato – e abriu um sorriso diabólico.

- Garota doida, eu hem – murmurei e continuei meu caminho... calma ai, onde eu to mesmo? Olhei em volta.

101, 102, 103... no primeiro andar então.

Cheguei a um elevador, ótimo! Entrei nele e olhei para a patricinha mimada. Ela havia parado de andar e olhava para mim de um jeito engraçado.

- Desistiu? - perguntei esperançoso.

- E-e-eu n-não gos-to muito de elevadores – disse ela.

Então ela tem medo de elevador? Haha.

- Ta com medo? - provoquei.

- Na verdade eu tenho pânico de elevadores, por isso vou pela escada e... porque eu to te contando isso?

- Vai saber! - dei de ombros. - Já que não vai entrar, adeus! - e apertei o botão do térreo.

- Espera! Eu também vou – disse ela.

Revirei os olhos.

- Tem certeza? - perguntei chateado. Por um momento pensei que me livraria dela.

Como resposta ela entrou no elevador. Quando a porta se fechou ela deu um grito.

- ME TIRA DAQUI!! - gritou a maluca.

- Porque você entrou, sua maluca?!! - eu exclamei perguntando.

- NÃO SEI! AHH! EU QUERO SAIR! - e começou a esmurrar a porta.

- Para de gritar!! - gritei – Assim só vai piorar a situação.

- Eu não devia estar aqui... as paredes.... elas estão se fechando em volta de mim – o olhar de Renesmee era de loucura, sério, eu fiquei assustado. - Eu estou ficando sem ar!!

Eu a segurei pelos ombros fazendo com que ela olhasse nos meus olhos.

- Para com isso! Ta tudo bem, tem espaço aqui dentro e logo vamos chegar e... - minha voz sumiu ao ouvir um barulho estranho do lado de fora e a cabine parar lentamente, as luzes se apagaram. - ...Ok agora pode entrar em pânico.

- AHH!! O elevador parou!! Agora vamos morrer aqui dentro!!! - ela começou a chorar.

Caramba! No que eu fui me meter?!

- Calma, Renesmee! Olha pra mim – chamei, ela estava em choque – Renesmee, olha pra mim – eu continuava a segura-la pelos ombros e tentei entrar no seu foco de visão.

- A gente vai morrer aqui, não é? - perguntou com a voz chorosa, não sei porque, mas me senti estranho ao vê-la naquele estado.

- Não. Vamos sair dessa, eu prometo. Agora respira fundo – ela fez o que eu disse – Isso, tem ar de sobra para nós dois aqui dentro, feche os olhos.

- Como isso vai me ajudar?

- Apenas faça isso – pedi, ela me encarou irritada – Por favor – completei. Ela fechou os olhos. - Ótimo, agora se imagine em outro lugar, respire fundo.

Ela fazia o que eu dizia e seus ombros estavam relaxando.

- Isso aí, quando estiver passando por uma situação como essa é só fazer isso, se teletransporte para outro lugar e fique nele até passar o medo. - falei.

Ela continuava respirando pesadamente. Eu apertei o botão de emergências do elevador. E soltei minhas mãos do seu ombro devagar, aos poucos ela se sentia mais segura.

Sentei no chão e meus pensamentos voaram para Bella, como será que ela estava? Melhor do que eu, provavelmente.

- Jake – pisquei atordoado ao ouvir uma voz melodiosa chamar meu nome. - Esse é o seu nome, não é? Ouvi a garota de cabelos espetados te chamar assim.

- Alice, e na verdade é Jacob. Mas pode continuar me chamando de Jake – eu disse.

- Certo – ela estava sentada ao meu lado. Ficamos em silencio por alguns segundos. - Obrigada.

Eu sorri.

- Nunca te imaginei agradecendo nada.

Ela cruzou os braços.

- Já foi difícil, vê se não piora – disse ela. Eu ri.

- Foi o que pensei. De nada.

E seguiu um silencio chato, onde ninguém sabia mais o que dizer.

E afinal, o que teria para se dizer?

Alguns minutos depois as luzes piscaram e o elevador entrou em movimento.

Renesmee deu um pulo e ficou em pé, quando a porta se abriu ela praticamente se jogou para o lado de fora.

Eu não estava com tanta pressa e saí do elevador menos afobado, mas ao sair dei de cara com algo que me fez preferir ficar preso no elevador. Os seguranças cobertos de espuma branca estavam ali parados a minha espera e ao lado deles a recepcionista me olhava furiosa.

Droga! Esse azar não acaba mais, não é?

Alice PDV

- Diz que ela vai ficar bem! - ouvi alguem dizer, mas a voz estava tão longeee...

- Dá pra sobreviver, eu acho

- Como assim acha? Ela tem que sobreviver.

- Chame-a pelo nome, vai ver ela reage.

- Eu não sei o nome dela!

- Mas essa garota é muito louca mesmo! - essa voz chata eu reconheço: é a cacatua da recepção.

- Vamos lá, acorde – disse uma voz preocupada.

Abri os olhos devagar e encarei um rosto conhecido cuja expressão se transformou em alivio ao me ver de olhos abertos.

- Graças a Deus! - disse ele me olhando com um sorriso. Notei que eu estava deitada em um sofá e minha cabeça apoiada em suas pernas.

- O que aconteceu? - perguntei confusa, mas não levantei, é claro.

- Porque fez aquilo? - perguntou o garoto loiro de olhos esverdeados e com uma franja que todo mundo achava ser de emo, menos eu, para mim é a franja de um artista!

- Ia cair em cima de você. Eu só quis te tirar do caminho – falei.

- E se ariscou por mim? - ele se surpreendeu.

- Bom... foi – eu disse, acho que corei com o olhar que ele me lançou.

- Nossa! Acho que ninguém fez isso por mim antes. Obrigado – e abriu um sorriso.

Que liiindoooo!

- Não posso dizer que não foi nada, mas... - eu ri - Não precisa agradecer.

- Preciso sim, e como está se sentindo? Ta machucada? - perguntou cheio de preocupações.

- Acho que não, só minha cabeça dói um pouco – falei.

Ahhh! Eu to deitada no colo de Jasper Cullen e ele ta preocupado comigo!

Alguem pigarreou.

- Desculpe interromper os pombinhos, mas essa garota tem que sair do hotel imediatamente – disse a bruaca da recepção.

Jasper (oh yeah! Jasper Cullen!) olhou para ela enojado.

- Ela está machucada, deixa de ser sem coração! Eu me responsabilizo por ela – disse ele.

Toma sua feiosa! Rá, ele ta me defendendo!

- Ok então! Eu desisto. - disse a mulher saindo do meu campo de visão.

Isso mesmo! Vai embora!

Jasper olhou para mim outra vez e estava me analisando.

- Eu conheço você! - exclamou – É a maluca que me pediu em casamento! - ele ficou assustado e encostou para o lado, fazendo minha cabeça bater no sofá. Ai! Sem coração foi ele agora!

Me sentei no sofá.

- Foi sim. Você se lembra! - comemorei. Ele continuava com a cara de 'vou correr a qualquer momento' – Devo ter deixado uma péssima primeira impressão, não é?

- Pode crer – disse ele me encarando.

- Olha só, naquele dia eu estava desidratada e por isso não fazia coisa com coisa! Não sou maluca daquele jeito.

Desidratada? De onde eu tirei essa?

- Hã...

- Não queria ficar correndo feito doida atras de você, foi... o instinto de uma fã, foi isso, mas hoje eu estou mais civilizada – falei tentando fazer cara de anjinho.

- Ceeerto... - ele não tava acreditando.

- Acredite, não vou te atacar. - garanti e abri um sorriso sincero.

Mesmo que eu quisesse muito pular em cima dele nessa hora, vou me controlar.

Ele relaxou mais.

- Acredito em você, mas aquele dia me assustou. - confessou – Mas isso são águas passadas, um dia você me ataca, no outro você me salva.

- É, que tal começarmos de novo? - sugeri e lhe estendi a mão – Sou Alice, prazer.

Ele apertou minha mão.

- Jasper, o prazer é meu.

- Posso dizer uma coisa? - pedi.

- Claro.

- Você é incrível! Suas músicas são maravilhosas. - falei. Ele sorriu sem graça.

- Obrigado. E você é a pessoa mais estranha que já conheci. - ao notar minha careta ele completou – Quer dizer... de um jeito bom, claro.

- Tudo bem, não é a primeira pessoa que me acha estranha – falei rindo.

Ele riu também.

- Imagino. Então o que posso fazer para te agradecer?

- Nada, só de te ver bem e saber que vai estar vivo para tocar nos próximos shows eu fico feliz. - fui sincera, quer dizer mais ou menos. Ele podia me dar um autografo, tirar uma foto, cantar uma musica para mim, me beijar e dizer que seriamos felizes para sempre... ta, sonhei alto demais agora.

Mas claro que eu não podia dizer que queria isso tudo, ele ia sair correndo de novo.

- Quê isso, deve ter algo que eu posso fazer por você. - disse ele.

- Bom...

Nesse momento a porta do elevador foi aberta e vi Renesmee Cullen sair apressada, a palavra certa seria desesperada, para fora dele. E dois seguranças junto com a mulher da recepção encararem mortalmente um a pessoa que acabara de sair. E era ninguém mais, ninguém menos que Jacob. Ao notar todas aquelas pessoas o olhando ele fez aquela cara de 'To frito!' e olhou para todos os lados como se buscasse uma saída de emergências.

- Sei o que pode fazer – falei – Não deixe eles fazerem nada com o meu amigo ali – e mostrei Jake.

- Ok – disse Jasper se levantando e indo resolver a situação. - Ele também está comigo – disse Jasper aos seguranças que o olharam feio, mas ao ver de quem se tratava tentaram explicar.

- Ele estava fazendo bagunça no andar de vocês. Então viemos resolver o problema – explicou um deles.

- E deixaram nossos quartos sozinhos? E se um terrorista tiver colocado uma bomba lá? Ou se um psicopata tiver entrado e matado algum dos meus irmãos?

- É... não pensamos nisso – disse o outro.

- Melhor voltarem agora – disse Jasper.

Os dois entraram no elevador e foram embora. A recepcionista olhava tudo frustrada e voltou batendo o pé para o seu lugar.

Jacob e Jasper vieram até mim.

- Cara, muito obrigada, não sei o que teria acontecido se você não tivesse aparecido – disse Jake.

- Não foi nada – disse Jasper rindo.

- Oi, Jake! O que você aprontou hein? - perguntei desconfiada.

- Eu? Nada, imagina se eu sou de aprontar alguma coisa – disse ele nervoso e depois murmurou para mim – É parte do plano.

Logo entendi.

- Jasper!!! - uma garota histérica veio correndo e pulou em cima dele dando um abraço que podia parti-lo em dois.

Quem é essa atirada?

- Nessie, assim vai me asfixiar – disse ele.

- Foi mal – e soltou do abraço de urso – Eu fiquei presa no elevador, Jazz – disse chorosa. Vi Jake revirar os olhos impaciente.

- E o que você tava fazendo no elevador? Você não tem pavor de elevadores? - quis saber ele.

Ela olhou mortalmente para Jacob.

- Culpa dele! Ele me obrigou a entrar.

Todo mundo olhou para Jake.

- Eu? Você pirou? Foi você que se meteu no elevador e começou a gritar – disse ele.

- Foi você que me irritou e por isso eu acabei entrando – rebateu ela.

- Eu? Agora tudo é culpa minha mesmo, é?

- É, sempre que você aparece algo dá errado!

- O que? Se você não tivesse no elevador aposto que ele não teria parado.

- O que quer dizer com isso?

- Que atraiu má sorte.

- Eu?! - exclamou a garota revoltada. - Sabe quem eu sou garoto?!!

- Fala sério! Não tem outra frase não? E sim eu sei quem você é, mas não to nem ai.

- Calem a boca!! - gritou Jasper. Os dois param de falar e encararam Jasper. - Melhor assim. Agora sentem ai e me contem o que está acontecendo.

- Alice, cade Rosalie? - perguntou Jake.

- Não sei, eu sai e ela sumiu. - falei.

- Droga! Eu sabia que era uma má ideia vim até aqui. - disse ele.

- E a Bella? - perguntei.

- Fazendo o que veio fazer, eu espero – disse ele.

- O que está acontecendo? Quem é Bella e Rosalie? - perguntou Jasper ficando irritado.

- Nossas amigas – eu respondi. - A Bella quer participar do concurso de skate, mas acabaram as vagas então ela veio aqui falar com seu irmão, Edward, para pedir uma vaga. - resumi.

- Hã... ta. - disse ele.

- Sabe para onde o Emmett foi? - perguntou Nessie.

- Ele não ta lá em cima? - disse Jasper.

- Não, disse que viria aqui falar com a recepcionista e agora sumiu.

Eu e Jacob nos entreolhamos e dissemos juntos:

- Rose.

Se bem eu a conheço, e eu conheço, ela deve estar com o Emmett em algum lugar. Afinal, não é ela que é fissurada por ele?

- Precisamos achar nossa amiga – eu disse – Vamos Jake – chamei.

- Vamos – me pus de pé e puxei Jacob pela mão.

- Nós vamos com vocês – disse Jasper – também precisamos encontrar nosso irmão.

- Como assim nós? - exclamou Renesmee.

- Você vem junto, é claro – disse Jazz.

- O que? Porque? - disse ela.

- Porque sim, agora vem – disse ele a puxando pela mão. Ela fechou a cara, mas acabou vindo conosco.

- Temos que despista-los – sussurrou Jacob para mim.

- Eu sei – sussurrei de volta. - Só não sei como.

Bella PDV

Tomei coragem e girei a maçaneta ao mesmo tempo que era girada por alguem de dentro. Por impulso empurrei a porta de vez, e me joguei para dentro do quarto. A porta bateu em algo que gritou um 'Ai!' e depois eu me esbarrei com tudo nesse algo e fomos os dois pro chão.

Poderia ser algo poético e romântico tipo, quando caímos no chão, eu e o ser não identificado, poderíamos ter juntado nossos lábios sem querer, trocado olhares penetrantes e acabar apaixonados.

Mas, falando sério, não há nada de poético e romântico na minha vida, então o que aconteceu foi o seguinte: eu e o ser não identificado chocarmos nossas testas e adquirirmos um enorme galo depois. É, a vida real não é fácil.

- Ai! - exclamamos juntos.

Então nos encaramos e eu quase me perdi nos olhos dourados do ser não identificado, que estava embaixo de mim. Meu Deus! Que olhos!

Engoli em seco. O tempo poderia ter parado naquele minuto, clichê, mas é um fato. Poderia estar chovendo hamburguers que eu não iria notar. (Esse filme é tão legal!)

Aos poucos cai em mim outra vez.

- Er... eu vou sair de cima de você – eu disse, muito atrapalhada e me joguei para o lado caindo de cara no chão.

Como eu posso ser tão desajeitada e conseguir andar de skate tão bem? É, não dá pra entender.

Me sentei no chão, ele também se sentou. E pude finalmente me dar conta de quem era a pessoa: Edward Cullen. Os cabelos acobreados estavam mais bagunçados que na foto e seus olhos dourados me analisavam cuidadosamente.

- Eu te conheço? - perguntou ele confuso.

- Er... acho que não. - eu disse envergonhada.

- Certeza? - insistiu.

- Sim – respondi.

- Hum... como entrou aqui? - perguntou.

- Pela porta – respondi automaticamente. Ele riu.

- Eu sei. Acertou ela no meu nariz.

- Ah, foi mal – me desculpei e corei.

Para tudo! Eu corei? A ultima vez que eu corei na frente de um garoto foi na quinta série! Eu não podia ter corado logo agora! Isso é um absurdo!

- Nem doeu tanto – disse ele – O que quero saber é como deixaram que entrasse?

- Bom, não deixaram. Eu meio que fiz os seguranças saírem e... er... foi mais ou menos isso – falei. E eu continuava corada. Arrgh!!

Ele deu um sorriso torto e se levantou, depois estendeu a mão para me ajudar a levantar. Que eu aceitei. Ao me puxar para ficar em pé ficamos bem próximos e eu corei mais ainda. Corpo traidor!

Ele tocou meu rosto e disse:

- Você ta vermelha.

- Sério? Pensei que estava azul – ironizei envergonhada.

Ele riu.

- Então... o que veio fazer aqui? - perguntou.

- Bom... eu vim... - fiz força para me lembrar, o que eu vim fazer aqui mesmo? Ah é! O concurso. - Eu preciso de um favor – eu disse.

O sorriso dele murchou um pouquinho.

- Estou ouvindo

- O concurso de skate que vocês estão promovendo. Eu preciso participar, é caso de vida ou morte. Mas acabaram as vagas e minha irmã deu essa ideia maluca de eu vir aqui falar contigo e... bom... você poderia fazer isso? Me dar uma chance? - pedi.

- Skate? Mas você é uma garota.

- Muito bem observado, mas eu sei que sou uma garota. O que quero saber é se pode me dar uma inscrição de ultima hora. - falei. Ele me olhou estranhamente.

- Garotas não andam de skate muito bem, isso é coisa de menino – disse ele.

Meu estomago despencou e eu senti uma raiva misturada com revolta tomar conta de mim.

Aquela frase, que eu já ouvira tantas vezes, me fez perder a calma que eu tentava manter.

- Como?! - exclamei – Olha aqui Sr. eu-sou-um-guitarrista-famoso-e-você-não, eu não quero saber sua opinião, só quero que me diga se vai ou não me dar uma chance. Agora fale logo que eu não tenho o dia todo! - estourei, isso já era de se esperar.

Ele piscou atordoado.

- O que disse? - perguntou confuso.

- Da pra responder logo ou ta difícil? - eu estava impaciente.

Ele ficou me olhando com cara de paspalho.

- Ah, entendi, você quer participar do vídeo clipe, não é? Mas olha, os jurados não vão te escolher pela beleza, vão julgar sua capacidade no skate e terá vários garotos muito bons participando. Se quer participar do clipe podia ter me falado, temos lugares para figurantes e...

- Pode parar! Eu só quero andar de skate! Ta entendendo?! - cara burro e lento! Eu estava tão irritada que nem notei que ele disse que eu era bonita, quer dizer ele disse mais ou menos isso.

- Na verdade não. Porque uma garota como você iria querer competir, é bonitinho de se ver garotas andando de skate, mas todo mundo sabe que não tem chances competindo com homens.

Machista idiota!!!! AHHHHHHHHHHHHHH!!

Respirei fundo, eu não podia mata-lo, mesmo se eu quisesse (mas no fundo eu não queria, droga!).

- Olha aqui Edward Cullen, você não me conhece, não sabe nada sobre mim, então não me julgue! - eu falei, praticamente metendo o dedo na cara dele.

- Acho que conheço sim – disse cruzando os braços – Mulheres são todas iguais, sei com quem eu estou lidando.

Abri a boca para falar, mas eu estava perplexa. Quem ele achava que era para falar isso de mim?

- Acha que sabe de tudo é? Nossa, pode me dizer quais serão os números da loteria então? - debochei.

- Eu sei o que quer. Só um minutinho – e foi até uma escrivaninha que tinha no luxuoso quarto do hotel. Ele pegou uma folha e por um minuto eu pensei ser uma inscrição ou o numero 51, que ilusão!

- Aqui está! - disse ele me entregando a folha. Era uma foto dele autografada.

Eu perdi a cabeça nessa hora.

- Você é surdo, retardado ou acha que eu to falando grego?!! - gritei. - Eu não quero essa porcaria de foto autografada – e rasguei a foto em mil pedacinhos.

Ele olhou meus movimentos, perplexo.

- Você é doida? Se não quisesse podia vender na internet e ganhar uns cem dólares!

- Sério?! - exclamei surpresa e pensando seriamente em colar os pedacinhos da foto. Balancei a cabeça – Não me distraia! Vai me ajudar ou não?

- Sinto muito, não posso abrir exceções, mesmo pra você – disse ele.

A força que eu tentava manter se esvaiu.

- Porque não tenta um concurso de beleza ou faz aulas de balé? Não é isso que garotas devem fazer? - ele tava tirando uma com a minha cara?

- Não sou esse tipo de garota – falei, eu não gritaria e nem protestaria mais.

Ele me olhou confuso.

- Eu disse algo de errado? - perguntou.

Eu estava preste de dizer que sim, ele disso tudo errado. Mas eu estava me sentindo estranha. Olhei para o garoto que me fez corar e dei um sorriso triste.

- Não. O erro foi meu de vim aqui. Desculpe incomoda-lo – não sei o que deu em mim, mas eu corri, a porta do quarto estava aberta e eu não pensei duas vezes, fugi dali o mais rápido que eu pude.

Eu não estava com raiva, em outro momento se alguem falasse tudo isso pra mim eu o mandaria para o raio que o parta! Mas por algum motivo desconhecido eu não me senti assim, eu estava magoada, extremamente magoada.

Durante toda a minha vida eu sofri preconceitos em relação ao esporte que escolhi, e agora, com ele jogando na minha cara, eu me senti uma criança insegura e indefesa. Eu era boa no skate, porque ninguém me dava o valor que eu merecia? Minha mãe nunca me apoiou, meu pai só acha que é uma gracinha, Alice não entende o motivo de eu sempre querer estar no clube em vez de estar com ela fazendo compras. As únicas pessoas que me entendem de verdade é Jake e Rose.

Edward Cullen me atingiu no meu ponto fraco, minha insegurança. E ainda tem o fato dele ter mexido comigo de alguma forma. Eu sempre vivi no meio de garotos, andando de skate com eles, fazendo piadas e me divertindo e nenhum nunca me fez corar, eu meio que era imune aos seus encantos. Mas esse cara conseguiu esse feito inédito e depois ele me julgou.

Aquele bolo na garganta cresceu, e eu senti as gotas de agua salgada rolarem pelos meus olhos. Eu precisava sair daqui. Cheguei ao elevador e com o coração dolorido fui embora. Acho que realmente não era para ser... eu devo me dedicar a outra coisa, os sinais estão aí, na minha cara, mas eu finjo não vê-los. Acabou e agora eu iria voltar para Forks sem nada.


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Notas finais do capítulo

Alguns de vcs devem ter gostado, outros odiado, mas esse é o começo de Bella e Edward, eles terão uma relação bem estranha e ao mesmo tempo fofa. O que acharam? Será que o Ed vai atrás da Bella? Ou será que ela vai voltar pra Forks? Como será que estão Emmett e Rose? Tudo isso e muito mais no proximo cap.Bjinhos ;*