As Descobertas de Peg escrita por DrikaaH


Capítulo 19
Dor & Perda


Notas iniciais do capítulo

Agradecimentos: Thata Cullen, Cherry Bomb, Liblika, Lebaptista, Beeh, Nah, Jana, Gwenuith, Luh, Lizzy, Jujupter, Feer, Marie, Gabyy, Afrodyte, Isa, 19191, Daia, Miii, LihTwi, Rêeeh, Alice, Cris, Lizy.. Desculpe se esqueci alguém, todas são muito especiais, obrigadaaaaaaaaa! GENTE, alguém tem noticia da Dany? Ela sumiiiu, será que esqueceu de mim?HSAHUSAHAS.

MENINAAAS, me perdoem por não ter postado antes, coloquei aaprelho to sofrendo, kkkk. ´Prometo que serão bem recompensadas ;)
Bora leer... Ops, agradecer a Deeus! Agooora siim.kk



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 Não sabia mais o que sentia... Não era mais dor, não era mais tristeza, era apenas nostalgia e ira. Eu precisava de Ian como da água pra viver! Em pensar que ele não estaria mais aqui eu sentia meu peito encolher. Estávamos eu e Ethan no meio do nada na madrugada, era uma estrada de terra que logo mais daria para o deserto. Ethan dormia profundamente ao meu lado...Estávamos sem o Jipe, pois este havia quebrado e nos denunciado, fora ele o motivo de Ian não estar aqui... Eu não queria voltar pra casa, voltar para o deserto sem ele, afinal, eu não tinha casa a tantos milhares de anos, o meu era o mundo até pouco tempo atrás, agora tudo mudou, minha vida, meus princípios, tudo girava em torno de Ian, eu vou aonde ele vai, eu quero estar onde ele está!

 A dor voltou mais forte quando olhei para a aliança de safira e as lágrimas embaçaram meus olhos, caindo em abundância pelo meu rosto. Eu não queria chorar, eu tinha que ser forte! Mas não havia ninguém por perto, tratei de resolver esse conflito interno, decidindo que choraria, que seria fraca, que me culparia e me torturaria sempre que estivesse só, nunca iria demonstrar minha dor na frente de ninguém. Enterrei minha cabeça entre os joelhos e chorei, chorei tanto que só me dispersei quando senti mãos frias em meu ombro:

Eu estou saindo da minha cabeça

Perdido em um conto de fadas

você pode segurar minhas mãos

E ser meu guia?”

-\t   - Peg, não chore! – Era Ethan, ele havia acordado e não me dei conta. Ele me olhava com receio. – Desculpe-me, foi por culpa minha que Ian foi pego, ele é uma pessoa nobre e muito valente, se arriscou demais por quem nem ao menos conhecia. – Suspirei fundo e respondi com um fio de voz rouca.

-\t   - Não se culpe, por favor! É esse o jeito dele...Ian tem um grande coração, ele faria isso por qualquer um, infelizmente ele não conse... – Não terminei a frase, pois a dor era tanta que cortou minha voz, era como se lâminas finas entrassem e saíssem sangrando o meu coração.

-\t   - Peg! – Ele segurou minhas mãos entre as dele e sorriu fracamente. – Ian me pediu caso algo lhe acontecesse para que sumisse com você no Jipe, mas não tivemos como pegá-lo, então tenho que cumprir pelo menos com uma parte do que prometi. Peg vou ajuda-la, quer ir para casa?

-\t   - Eu não tenho casa, meu lar é onde Ian estiver. – As lágrimas transbordavam impiedosamente.

-\t   - Bom, então vou leva-la comigo para o esconderijo do meu grupo de amigos humanos, somos em dezessete, são pessoas boas, então não tenha medo! – Eu sorri tristemente e agradeci.

-\t   - Eu te juro Peg, que iremos achar Ian, fique tranqüila. Já capturaram uma moça do nosso grupo, Ian ‘ainda’ não corre risco de vida, eles vão querer que ele entregue seu grupo de humanos, isso dura aproximadamente uns três meses, caso contrário o descartarão. – Eu poderia até me acalmar mais, a não ser pela ultima palavra que ele dissera “descartarão”, que martelava em minha cabeça sem parar...

- Nosso caminho era longo...Parecia não ter fim... Uma coisa me deixava curiosa e resolvi perguntar:

-\t   - Ethan?

-\t   - Sim Peg? – Ele me devolveu um olhar acolhedor.

-\t   - Qual foi a história dessa moça? – Ethan engoliu em seco e respirou profundamente antes de falar.

-\t   - Seu nome é Sahra. É muito jovem e impulsiva. Quando o mundo começou a ser conquistado pelas almas, Sahra perdeu toda sua família e quase foi capturada. O chefe do meu grupo, Steven, a achou escondida num galpão sangrando muito, ela tentou se matar antes que a pegassem e enfiou uma faca na barriga, foi salva porque a faca ainda estava dentro de si, caso contrário sangraria até a morte, mas Steven viu que sua pulsação ainda era forte e a levou ao seu grupo. Joanna uma índia e parteira tratou dela com ervas medicinais...

\t - Steven e Sarha passaram a namorar e o grupo se formou conforme eles iam salvando e ajudando os sobreviventes. Nosso esconderijo é no meio da mata, atrás da colina de Tucson, temos que caminhar umas três horas. Por fim, Sarha ficou depressiva e foi embora da nossa ‘casa’, na estrada a capturaram e Steven apaixonado por ela seguiu as almas que vigiam as estradas e encontrou o lugar em que a mantiveram. Ela foi torturada para dizer o local em que havia sobrevivido todo esse tempo, mas ela não disse. Steven conseguiu salva-la mais uma vez e fugiu, voltaram para Tucson e estão comandando nosso grupo até hoje. É claro que marcas da tortura ainda são visíveis em seu corpo. – Eu o interrompi chocada.

-\t    - Marcas? – Ele assentiu.

-\t   - Ela não gosta que lhe encarem por muito tempo, tem uma leve cicatriz de um corte feito na bochecha e marcas de cigarro pelo corpo todo. Seus cabelos foram raspados e lhe fizeram uma incisão na nuca, ela tem uma cicatriz grande... Steven a salvou de ser inserida por uma alma. Foi por muito pouco... – Eu chorei novamente, só de imaginar eles torturando Ian minhas pernas não se sustentavam em pé, tamanho era o tremor que percorria meu corpo.

Nuvens cheias de estrelas cobrem o céu

E eu espero que chova

Você é a canção perfeita

Que tipo de sonho é esse”

 Seguimos o caminho e já era noite quando chegamos a mata, encontramos um rio pequeno e nos fartamos de água, até nossa sede cessar. Ethan encheu uma garrafinha que carregava consigo e descansamos um pouco, era pra ser um pouco, mas o cansaço me dominou e logo eu adormeci.

 O lugar era mágico. Um cenário perfeito do nosso amor!

 Borboletas dançavam a melodia que ecoava dos pássaros...O barulho de água corrente era como música para os ouvidos. A chuva caiu de repente e eu e ELE brincávamos felizes encharcados pela água. Um arco-íris atravessou o céu do crepúsculo que finalizava o dia e dava as boas vindas para a noite. Caímos cansados na grama fresca que se lambuzava com a terra molhada e nos beijamos com calma e amor. Ele sorriu e pegou na minha mão. Seus olhos de safira, neve e meia-noite me encaravam seriamente, se aproximou mais ainda de mim e encostou os lábios no meu ouvido sussurrando baixinho:

-\t   - Eu vou te fazer a mulher mais feliz do mundo amor! – Eu sorri e o beijei.

-\t   - Mas você já me faz seu bobo! – Ele riu e disse simultaneamente comigo:

-\t   - EU TE AMO! – A voz era distante e ecoava nas paredes da minha mente obscura, de re pente tudo perdeu a cor, tudo ficou vazio, tudo voltou ao normal, ele não estava aqui!

Acordei assustada. Mais uma vez, fora apenas um sonho. A dor voltou a dominar meu coração que há minutos atrás era preenchido apenas de amor e felicidade.

Você pode ser um sonho doce

ou um lindo pesadelo

de qualquer maneira, eu não quero acordar de você

doce sonho, ou um lindo pesadelo

alguém me belisque

seu amor é bom de mais pra ser verdade”

_________________________________________________

“Eu choro todos os dias, todas as noites

Como eu vivo sem você?

Não quero me trancar por dentro

Porque só você tem a chave do meu coração

Eu estou caindo e sinto que é para sempre

E por dentro eu estou morrendo

Meu coração quebrado não quer mais bater

Eu estou me afogando e sei que é para sempre

E por dentro eu sangro

Meu final feliz nunca vai acontecer”.

Os soluços abafados do meu choro acordaram Ethan sem querer. Ele passou a ponta dos dedos em minhas bochechas...

-\t   - Hey Peg! Não chore mais, por favor, eu prometo que encontraremos Ian! – Eu assenti, em meio a tanta confusão e dor encontrei um amigo.

-\t   - Obrigada Ethan, de verdade, por tudo!

-\t   - Não há o que agradecer Peg, isso é o mínimo que eu poderia fazer, afinal, a culpa foi minha! – Ele abaixou a cabeça triste.

-\t   - Aconteceu Ethan, não se culpe... – A conversa acabou e finalmente estávamos próximos do esconderijo segundo Ethan, embrenhados no meio da mata! Chegamos ao esconderijo atrás da colina e ele pediu para que eu aguardasse enquanto ele explicava quem eu era para o grupo, eu apenas assenti e aguardei atrás de uma árvore. Ouvi sussurros e xingamentos baixinhos, sabia alguém iria se opor.

-\t  -  PEG PODE VIR! – Ele gritou e eu saí de cabeça baixa envergonhada e corada, isso sempre acontecia por causa do meu corpo hospedeiro, o de Pet.

 Uma senhorinha baixinha de pele morena me olhava assim como todos os outros, confusa, devia ser a tal índia Joanna. Havia mais três homens altos e fortes, um apenas era oriental. Duas lindas mulheres jovens, uma tinha uma longa cicatriz no rosto, provavelmente Sarha. A outra era magrinha e minúscula, seu nervosismo era visível e se protegia atrás de um homem de cabelos louros, parecido com Ian em alguns traços, meu peitou apertou ao lembrar dele. Havia um senhor meio calvo e de cavanhaque que se dirigiu devagar com um imenso sorriso nos lábios e estendeu a mão direita para mim:

-\t   - Seja bem-vinda Peg! Todos nós somos imensuravelmente gratos a você. Ethan é um jovem de bom coração e muito corajoso, seria terrível para a sobrevivência do nosso grupo se o perdêssemos.

-\t   - Obrigado senhor?  - Ele riu e eu apertei sua mão num cumprimento.

-\t   - Não há nenhum senhor aqui Peg, me chame de Joseph.

-\t   - Okay, Joseph! – Ele assentiu sorrindo e chamou Ethan que agora abraçava uma moça morena que chorava aliviada, devia ser a namorada dele.

-\t   - Bom, vocês dois devem estar famintos, estou certo? – Nós colocamos a mão na barriga mecanicamente e ele riu. – Joanna, poderia servi-los? – Minhas suspeitas estavam corretas, a senhorinha baixinha de pele morena era Joanna. Eu e Ethan a seguimos e ele sibilou se “estava tudo bem”, eu apenas assenti engolindo toda a dor que sentia, toda à vontade de gritar aos quatro ventos que estava tudo errado, que estava mal, Ian não estava comigo como eu posso estar bem?

-\t   - Não vai comer Peg? – Pela primeira vez ouvi a voz da índia velhinha.

-\t   - A comida não desce...- Eu falei já com os olhos marejados pensando em Ian.

-\t   - Esta tão ruim assim? – Ela sorriu com uma voz mansa.

-\t    - Não, não pense isso, está perfeito...Eu só...Estou sem...”Fome!” – Comecei a chorar novamente e desça vez não pude controlar. Eu tentava ser forte, tentava viver, mas sem a presença dele era quase impossível não chorar, não sofrer! – A senhorinha me olhava curiosa e em meio à dor eu me desculpei e pedi licença, sai de perto deles e me encolhi feito uma bola encostada em uma das árvores gigantescas que rondavam o acampamento.

Eu falo de você quando eu digo minhas orações

Eu tenho você em todos os meus pensamentos

Rapaz, o meu alto temporário”

 - Fechei os olhos com força tentando não pensar nas coisas ruins que poderiam acontecer com ele, nas coisas que Ethan me contou. Adormeci com o medo estampado em minha alma.

"Todo mundo é capaz de dominar uma dor, exceto quem a sente."

William Shakespeare.

-\t    - Hey Peg...Peg? – Pisquei os olhos para que eles se acostumassem com a escuridão. Joanna, a senhorinha me cutucava esperando que eu acordasse.

-\t    - Oi! – Eu forcei um sorriso fraco pra ela.

-\t    - Já é noite e você esta aqui sozinha, tem animais selvagens aqui na mata, vamos para perto da fogueira esta frio aqui! – Eu assenti e caminhamos até a fogueira onde os humanos enrolados em cobertores grossos nos esperavam. Eu tremia com o vento forte que provinha da floresta e a bondosa senhora logo me deu uma coberta quente, nos sentamos assim como os outros e Joseph começou a falar.

-\t    - Peg, quando a lua cheia ilumina as noites costumamos compartilhar histórias, relatos e lendas. Bom, hoje quem se habilita a arriscar? – Todos riram, mas Sarha e dois homens me encaravam constantemente sérios.

-\t    - Eu começo! – Joanna a velha índia ao meu lado se ofereceu para contar uma história.

-\t   - Natan era apenas um garoto quando seu pai Natashi, o pajé da tribo morreu. Sendo assim ele teve que ocupar o lugar de seu pai e passou a dominar seu povo. Até que o garoto completou maior idade e se apaixonou perdidamente por Lira que correspondia o seu amor, mas este já era prometido de Yamá por um acordo feito entre Natashi e a mãe da jovem. Natan negou-se a casar com Yamá e a mãe dela, uma velha índia sábia em criar remédios da mata, criou um veneno com ervas daninhas e misturou a comida do povo, que adoecia constantemente. Ela tinha o antídoto e o daria a Natan em troca do seu sacrifício. Lira sua amada fora testemunha do acontecido e assim que conseguiu o antídoto em mãos, a velha índia o matou com uma faca cravada no peito. O acordo fora feito e a tribo toda foi salva. Lira liderou a tribo por muitos anos. Dizem que toda vez em que o entardecer aparece uma velhinha de cabelos bem branquinhos adentra a caverna em que Natan fora sepultado e de lá surge um jovem moreno com traços de índio e os dois brincam e se beijam apaixonadamente até que o fim de noite caia.   

\t  - Essa história é a prova de que por amor e união ao próximo, qualquer sacrifício vale a pena, pois o amor verdadeiro prevalece alem da morte! – Todos aplaudiram e foram se deitar, em quanto eu fiquei imóvel e estática, pensando em toda a história dita!

Eu gostaria que quando eu acordar você está lá

Então envolver seus braços em volta de mim de verdade

E me diga que vai ficar ao lado”

 Meu Ian é como Natan, tem um coração enorme e se sacrificaria sem pensar duas vezes pelo seu povo, inclusive por mim! Novamente as lágrimas escorriam, era saudade, amor, tristeza, dor e medo...

-\t    - Olá! – Eu desenterrei a cabeça dos joelhos e olhei para...

-\t   - SARHA?

-\t   - É sou eu! – Ela riu da minha cara. – Bom, eu sei que não lhe recebi bem, mas é que você é uma alma, pensei que fosse como as outras! – Eu ainda estava em choque por ela ter vindo falar comigo.

-\t   - Talvez eu seja um pouco aculturada. – Passei as mãos pelo rosto para secar as lágrimas. Ela sorriu e deu um leve tapinha em minhas costas.

-\t   - Ethan me contou o que aconteceu com seu noivo! E presumo que ele tenha lhe contado sobre minha história. – Eu apenas assenti. – Peg, olhe pra mim! – Automaticamente levantei meus olhos que fitavam o vazio, encarando-a. – Eu juro pra você que vamos encontra-lo, se quiser amanhã mesmo podemos começar. Na verdade seria bom se fossemos com Steven, ele esta em uma incursão, um dia depois que Ethan partiu ele foi procurar comida em Tucson mesmo, atrás das colinas, amanhã ele deve chegar!

-\t   - Obrigada Sahra! – Ela piscou pra mim e me levou até uma cabana ocupada por objetos que conseguiram em incursões. – Peg, amanhã você conhecerá uma pessoal especial, está junto com Steven na incursão, acredito que você vá gostar. Boa noite! – Eu agradeci mais uma vez e deixei que o mundo dos sonhos dominasse minha mente, em busca de esquecer a realidade atormentadora...

Tattoo seu nome em meu coração

Então, se você foi feita

Nem a morte pode nos separar

Que tipo de sonho é esse?”

CONTINUAA....

 Música: Sweet Dreams – Beyonce


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Notas finais do capítulo

E aí? Recomendaçõees?kkk, me ajudem meninas, ja tenho 7 faltam 3 recomendações para chegar em 10!HSAUHASUHSAUHSA

Ahhh! Ganhei um livro muito booom e lembrei de vsês.kkkk, seri q gostam de uma boa série e "HALO", é uma trilogia de anjos que são enviados a terra p cumprir uma missão, só que um desses anjos, uma garota, se apaixona por um humano,´e é Halo o nome exatamente por causa da musica da Beyonce, tem até um trechinho no livro, então é isso meninas, vale a penaa... Não me perguntei de quem eu ganhei!HSUAHUSA, a Gaby sabeee!

Bjinhuuuuuuuuus enormes pra vsês e quero que saiba que fico muito grata pelo carinho de todas, obrigada por me acompanharem sempre! ;)

PRÓXIMO CAP TEM REVIRAVOLTAS...TENSOO!kkk



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