A noite era extremamente quente e tirava o sono de qualquer um, menos é claro de Ian que dormia pesadamente como sempre. Pensei em como minha vida havia mudado tanto, em quanta sorte eu tive, em como fui bom eu ter encontrado o amor. Ian jogou o braço em cima da minha cintura e resmungou coisas inaudíveis, falando em sono pesado...

 Rapidamente adormeci envolvida pelo meu homem, meu amor, meu Ian.

“Quando eu te conheci minha vida mudou pra melhor Eu voltei a sorrir, um tempo atrás eu tava na pior Não sei o que eu fiz pra merecer tanto carinho assim Se hoje estou feliz é porque você esta perto de mim E não dá pra disfarçar e quem olhar vai perceber que Eu sou seu e de mais ninguém Te amo tanto e sinto que me ama também”

 " Um grito agudo saiu da minha garganta e Ian cobriu minha boca com a palma de sua mão.

-    - Shiiiiiii amor. Fica quietinha... Corra, fuja daqui! – Levemente sua mão caiu e ele me deu um beijo diferente, foi doloroso, foi quente, foi carregado de frustração e despedida, como se ele quisesse recordar aquilo pra sempre, como um adeus... - Vai agora amor, assim vai ganhar tempo.

-\t  - Eu não posso te deixar Ian... – Ele encostou minhas mãos pequenas em seu peito e sussurrou. – Leve o meu coração, ele sempre será seu. – Eu chorei baixinho e ele secou minhas lágrimas com beijos.

  -  - Vá! Agora... Eu te amo!

-    - Eu também amor, eu vou voltar, eu juro! – Eu o beijei e corri desesperadamente sem olhar para trás. Ouvi gritos ao fundo, era Ian. O pegaram!"

     - AHHHHHHHHHHH! – Acordei aos gritos, Ian me olhava assustado ao meu lado.

-\t - Amor, você está bem? – Lágrimas se misturavam a gotículas de suor no meu rosto e eu o beijei ofegante, nossas línguas se encontraram e uma corrente elétrica percorreu por todo o meu corpo, eu precisava sentir que tudo foi uma mentira, um pesadelo, que Ian estava aqui comigo.

-\   - Eu tive um pesadelo horrível. Amor promete que a gente nunca vai se separar? - Eu colei minha testa na dele e Ian confuso confirmou.

- -  - Prometo amor. Calma, foi apenas um sonho... Ta tudo bem. – Ele roçou sua perna na minha e eu joguei minhas pernas em volta de sua cintura, nos beijamos com calma, mas muito amor. Ele desceu sua boca fazendo um caminho até o meu pescoço, suas mãos deslizaram sobre minha camisola moldando o meu corpo. Ele mordeu minha orelha e eu arfei.

 -    - É assim que pretende me acalmar? – Eu sorri tentando aliviar os maus pensamentos.

-\    - É uma boa tática... – Ele riu ironicamente bem baixinho em meu ouvido. Voltamos a nos beijar e dessa vez eu tomei a iniciativa e puxei a camisa dele, arranhei sua barriga arrancando suspiros dele. Um baque surdo na porta e despertamos de nosso transe, ou transa se achar mais sensato.

-    - Ian? Peg? - Era Jamie, sua voz me fez levantar em um pulo da cama e me trocar. Ian me olhou com um sorriso maroto e sibilou algo como “Sempre ele, sempre ele!”.

  - Oi Jamie! – Eu o beijei no rosto e ele sorriu coçando a cabeça embaraçoso.

     - Desculpa se eu...Hãn. Atrapalhei alguma coisa! – Segui seu olhar e vi Ian por a calça rapidamente, ele se aproximou da porta antes que eu pudesse responder alguma coisa e bagunçou os cabelos de Jamie com as mãos.

-\t  -  E aí garoto? Como anda o namoro? – Ian piscou pra mim e só então eu percebi que minhas bochechas queimavam como brasa, Jamie me deixara com vergonha ao se sentir constrangido pensando que eu e Ian fazíamos besteiras... Na verdade foi quase... Jamie rapidamente abriu um sorriso enorme satisfeito com o rumo da conversa.

  -  - Ah! Enna é.. – Ele suspirou pesadamente e eu e Ian rimos baixinho da carinha de Jamie apaixonado.

  -  - É incrível? – Ian perguntou tentando ajudar.

  - É adorável? – Eu sorri e ele nos olhava com um ponto de interrogação no rosto.

-\   - Ela é maravilhosa, é linda, é corajosa e gentil, é como uma manhã de primavera... – Ian me olhava se segurando para não gargalhar, até que não agüentamos e rimos até a barriga doer.

-\   - Não riam de mim poxa, só estou... É... Amando. – Nos desculpamos e sorrimos para ele.

-\t   - Eu sei bem como é se sentir assim Jamie, apenas relaxe e aproveite. – Ian deu um soco de brincadeira em Jamie, que retribuiu o gesto.

-     - É eu sei que sabe, lembro-me quando você protegia Peg vinte e quatro horas por dia, e parecia um idiota quando ela precisava de alguma coisa... Quando ela estava doente... – Eu ri recordando-me da cara de Ian. Ele olhou torto para Jamie.

-\   - Ei, isso é segredo de homens moleque... Você vai ver agora! – Ian o agarrou no ar e o jogou num colchão que sobrava em nosso quarto que era de Kyle antigamente, começou a fazer cócegas em Jamie e ríamos copiosamente.

  -  - Peg! Peg! Peça para Ian parar...  – Eu o agarrei por trás e Ian gritou.

  -  - Epa! Assim não vale. – Nós três não parávamos de rir, até o ar faltar.

  -   - Gente! – Jamie buscava um apoio. – Eu vim aqui porque Jeb quer falar com vocês para a incursão. – Meu peito se apertou novamente não sei o motivo, de repente as imagens do pesadelo retornavam forte e minha mente. Ian percebeu meu embaraço e sorriu para Jamie mandou ele avisar a Jeb que só iríamos nos vestir... Jamie assentiu e partiu.

   - - Amor, você mudou de repente, aconteceu alguma coisa?

  -  - Eu...É...Não, esta tudo bem! – Eu fiz o maior esforço para lhe dar um sorriso forçado que não convenceu.

 -   - Tem certeza? Se não quiser contar tudo bem, sabe que estarei aqui.

-    - Tenho... Já passou. – Eu tinha que o convencer de que estava tudo bem, mesmo com aquelas imagens horríveis invadindo minha mente. – Eu te amo viu? – Minha voz saiu fina e contorcida de dor.

-\t   - Eu também amor... Te amo muito, sabe que meu coração sempre será seu... – Sua fala se repetia assim como no sonho. – Eu não agüentei a idéia de perde-lo e chorei, chorei muito e Ian percebeu minha tristeza, era inevitável.

\t - Amor, eu disse alguma coisa errada? O que há? – Ele me olhava confuso.

- Ian... – Eu soluçava. – Não diga nada. ME AME! – Ele obedeceu prontamente e tirou minha regata branca, nossos beijos eram afoitos como se implorassem um ao outro um maior contato. Eu o rasgava com minhas unhas e mordia seus lábios... Era como se minha mente quisesse ter a certeza de que ele estava ali, e estaria para sempre! "Ian apertava minhas coxas com força, chegava a doer, mas eu não me importava nem um pouco, era a melhor prova de que eu pertencia a ele, até porque ele não estava sendo delicado, mas também não era bruto, o que me deixava em chamas. Era incrível sentir minhas pernas se encaixando em seu quadril, as unhas passeando por suas costas, os seus olhos de safira, neve e meia-noite se encontrando com os meus".

- Eu te...Amo...Ian! – Disse por fim ofegante.

-\   - Isso foi incrível... Foi.. O melhor... – Ele me olhou confuso e sorriu. Nunca tínhamos sido tão urgentes, tão selvagens, mas eu precisava senti-lo, senti-lo dentro de mim, como se não existisse mais nada no mundo, além de nós dois.

“Nunca mais vou esquecer Dos momentos de prazer Nos amamos tanto Que pena que acabou”.

 O fim de tarde se aproximava e estávamos famintos, comemos na cozinha os restos de pães e sopas de cebola e aguardamos por Jeb.

-    - Ian, Peg! – Ele sorriu e nos cumprimentou. – Estão prontos para mais uma incursão bem-sucedida? - Ele riu e nós concordamos, mas uma onda de insegurança já invadia meu peito... – Bom então sugiro que partam imediatamente, pois é fim de tarde e assim não enfrentaram o sol a pino no deserto.

-\   - Vamos então amor? – Cenas de Ian sendo pego pelas almas invadiam minha mente a todo instante. Eu apenas engoli em seco e assenti.

 Nos despedimos de todos e com algumas barras de cereais e garrafas d’água partimos pela imensidão do deserto. Eu fiquei quieta por todo o caminho. Nossas mãos entrelaçadas e Ian já me olhava de modo diferente, como se quisesse decifrar minha expressão. Ele parou e abriu uma garrafa me oferecendo, eu bebi todo o conteúdo enquanto Ian bebia a dele. Ele acariciou suas mãos em meu rosto.

-\  -  Amor você esta bem? – Eu sorri fracamente tentando disfarçar. – Eu conheço você o suficiente pra descobrir as expressões do seu rosto, me conta? – Seus olhos  encaravam os meus e eu não conseguia mais esconder.

-\    -  É só um pressentimento ruim. – Ele me olhou confuso.

-    - Não quer me dizer?

-    - Esta tudo bem Ian, de verdade. – Eu me inclinei para o corpo alto de Ian e enlacei  minhas mãos em seu pescoço, o beijei levemente como um desabafo de toda angústia e medo de perder o meu amor, ele envolveu minha cintura e retribui o gesto a altura, nosso beijo se intensificou e eu puxei seu lábio inferior com meus dentes.

-    - Huuum. É melhor irmos andando, caso contrário posso fazer uma besteira aqui! – Eu ri e colei minha testa na dele.

-\t   - Eu amo você. Eu amo demais Ian. O nosso amor é maior que todas as dificuldades. – Eu suspirei. – Promete que nunca vai me deixar sozinha? – Ian me encarou confuso e seu sorriso brincou no canto dos lábios.

\t - Eu prometo amor. Eu te amo muito minha linda! – Eu forcei um sorriso enquanto meu coração sangrava envolvido por maus pressentimentos.

-\ - Depois de horas de caminhadas, deveria ser de madrugada e chegamos ao Jipe. Ian ligou o rádio e uma música linda ecoava em nossos ouvidos, Ian se empolgou e começou a cantar alto:

“Find me here, And speak to me

 I want to feel you I need to hear you

You are the light

That's leading me to the place

Where I'll find peace... Again”.

 Tradução: Me encontre aqui,

e fale comigo Eu quero sentir de novo Eu preciso te ouvir

Você é a luz

que está me guiando para o lugar

onde encontrarei paz... novamente

 -   - Vamos amor continua! – Ele me deu um sorriso torto que me fazia perder toda a capacidade de raciocinar e eu ri achando graça da situação e continuei a musica:

“You are the strength That keeps me walking

You are the hope That keeps me trusting

You are the life To my soul You are my purpose

   You're everything”.

Tradução: Você é a força que me faz andar

     Você é a esperança que me faz confiar

Você é a vida pra minha alma

Você é meu propósito

Você é tudo

 Ian sorriu e sibilou que era a vez dele! Ele recitava a música como se fosse uma poesia e apontava pra mim, totalmente fora do ritmo tropeçando nas palavras me fazendo dar boas gargalhadas.

“And how can I stand here with you

And not be moved by you?

Would you tell me how could it be any better than this?”.

Tradução: E como eu poderia ficar aqui com você

e não me comover com você?

Me diga, como isso poderia ficar melhor?

 Ele riu alto e disse que era a última parte, era chegada há minha hora. Eu não hesitei em cantar e lhe dei um selinho antes de voltar a cantar.

“You calm the storms And you give me rest You hold me in your hands

You won't let me fall

You steal my heart And you take my breath away

Would you take me in Take me deeper, now”

Tradução: Você acalma as tempestades E você me dá repouso

  Você me segura em suas mãos Você não vai me deixar cair

Você roubou meu coração E me deixou sem fôlego

Você vai me receber?

Vai me atrair mais ainda?.

  Eu parei de cantar e Ian repetiu o refrão da musica, agora eu notara o quanto eu estive dentro dessa letra, o quanto tudo o que eu passava coincidia com a musica. Ian realmente era “A vida pra minha alma”, mas como eu poderia viver aqui sem ele?

   Finalmente chegamos ao primeiro ponto de vendas, um grande supermercado e como sempre Ian ficou no carro. Eu comprei muitas papinhas e outras comidinhas de criança, uma alma bondosa me ajudou. Comprei também comida para todos e porcarias industrializadas que eu sei que os garotos adoram. Voltei para o carro e Ian me ajudou a guardas os alimentos. Voltamos para o carro seguindo viajem. Ele abriu um pacote de Doritos e fomos comendo.

     - E então amor. Comprou todas as comidas que Mel solicitou para o bebê?

  -  - Comprei tudo e um pouco mais! – Ele riu. – Uma alma me ajudou.

 -   - Amor, não acha que poderíamos encomendar o nosso? – Eu quase morri engasgada com o Doritos quando ele me perguntou aquilo. 

  -   - É só..Que...Bom..É a gente tem tempo pra providenciar um, eu ainda tenho que aprender a cuidar de crianças. – Ian sorriu e beijou de leve meus lábios.

-\t  -  Amor, a gente vai aprender e temos muito tempo disponível para fazer Pegzinhas. – Eu gargalhei.

-    - AH e Ianzinhos também! – Eu disse e ele assentiu sorridente. Já era noite quando chegamos em uma loja de bebês. Entrei na loja e achei um lindo carrinho verde de bebê que era a cara de Henry. Não pensei duas vezes e peguei o carrinho e mantas, lençóis, toalhas, uma pequena banheira verde, shampoo e condicionador de bebê além de muitas outras coisas importantes. Quando passava pelo caixa para notificar as compras um movimento estranho me fez prender a atenção. Eram três guardas detendo um homem. Mas as almas eram pacíficas e jamais roubariam se podemos ter qualquer coisa de graça, como isso aconteceu? Eu me aproximei da cena que assistia assim como outras almas chocadas que estavam na loja.

 -   - Porque o você roubou isso? – Disse o guarda calmo.

  -  - Eu não roubei, apenas estava com pressa. – Um dos guardas de costas para o homem entrou em choque e gritou alto:

     - ELE É HUMANO! – Todos se afastaram mecanicamente com medo do pobre homem. Eu tentei olha-lo de frente e percebi que ele não era do grupo de Max, nem do de Nate. Provavelmente protegia outro grupo novo de humanos, o que me assustou demais. Ele estava expondo todos os humanos restantes! E se as almas resolvessem fazer uma expedição, uma varredura para acabar com os sobreviventes? Será que minha família estava em perigo agora? O pânico me afligiu e eu finalizei minhas compras rapidamente agradecendo a alma do caixa e indo em direção ao estacionamento. Ian provavelmente percebeu minha cara mais pálida do que o natural e envolveu meu rosto com as costas de suas mãos.

 -  - O que foi amor? Por que tanto movimento naquele mercado? – Com um fio de voz gaguejei e soltei de uma vez.

  -  - Tem um humano sendo capturado dentro da loja! – Ele arregalou os olhos, preocupado como se estivesse distante, pensando.

 -  - Amor fique quieta aqui! Eu tenho que distrai-los. – As imagens do pesadelo do dia anterior invadiram minha mente.

-\  -  NÃO! – Falei alto. – Por favor, não vá! Eu te imploro Ian, fique aqui! É perigoso. – Eu suplicava com lágrimas nos olhos.

-    - Desculpa Peg. Mas eu não posso deixar aquele pobre coitado ser pego. Ele é um de ‘nós’, deve ter algum grupo e esta tentando sobreviver. Ali (ele apontou), agora poderia ser qualquer um, Kyle, Jared, Mel... – Eu me agarrei na gola de sua camisa e afundei o rosto em seu pescoço, minhas lágrimas encharcavam sua camisa. – Amor não chora. Eu já volto, fique aqui! Ta tudo bem.

 Ele saiu do carro e nesse momento eu implorei ao ‘Deus’ em que os humanos acreditavam para que ele não levasse Ian de mim, para que ele protegesse Ian.

“Vê se volta amor, eu não posso te perder

Eu não consigo sem você Ficar distante é tão ruim 'Cê' sabe que o meu amor é você Eu não consigo mais viver A dor parece não ter fim 'Cê' sabe que o nosso amor é pra valer”.

 PDV IAN

 Meu coração se apertava ao ver Peg chorando agarrada a mim desesperada. Mas naquele momento a razão falava mais alto e pelo meu instinto de sobrevivência eu sabia que devia ajudar aquele humano, afinal ele poderia ser um de nós. Poderia ser eu, ou Kyle, ou Jared... Peguei uma das garrafas de coca-cola que Peg havia comprado, bati com toda a força do vidro de um dos carros do estacionamento, o alarme disparou e eu corri para me esconder atrás de outro carro... Percebi o movimento no mercado e os guardas andavam em direção ao estacionamento! Meu coração pulava do peito freneticamente. Eu só pensava em uma pessoa “PEG”, sussurrei baixinho para mim mesmo:

 -   - Meu Deus me ajude! – Com apenas um guarda o detendo o homem conseguiu se soltar e correu rapidamente tentando fugir, ele passou próximo de mim e eu sibilei para ele agachar. O homem ficou branco como papel, logicamente ele pensara que eu era uma alma. Havia uma lanterna eu meu bolso e eu a coloquei perto de meu rosto para que este visse meus olhos. Sussurrei um “Eu sou um de vocês”. Ele ainda estava assustado, mas obedeceu e se agachou próximo de mim quieto, apenas sua respiração pesada nos denunciava. Num gesto lento ele levantou sua mão esquerda para me cumprimentar.

  -  - Me chamo Ethan.

  -  - Ian! – Eu sorri e apertei sua mão.

 -   - Obrigado por me ajudar cara! Eu estava desesperado. Tenho comigo dezessete de nós. – ele coçou a cabeça preocupado. Eu ia continuar a conversa, mas um barulho nos alarmou. Os passos estavam cada vez mais próximos.

     - Ethan. – Eu sussurrei e ele tentava prestar atenção na minha voz em meio ao pânico. – Se acontecer algo comigo entre naquele Jipe e suma daqui com Peg. Ela é uma alma, mas esta do nosso lado nessa guerra. É a minha “noiva”, tem que me prometer que a manterá segura! – Ele apenas assentiu e sibilou um ‘sim’, devia estar apavorado com a idéia de conhecer uma alma aculturada.

 Os passos se mantiveram e rastejei junto com Ethan tentando fugir dali. Consegui chegar por trás do Jipe e esta seria minha última cartada, tentar sair sorrateiramente do estacionamento, se não fosse por um problema, ao entrar no Jipe o motor morreu. Estávamos ferrados, seria o fim... Peg gritou de desespero.

 PDV PEG

Um grito agudo saiu da minha garganta e Ian cobriu minha boca com a palma de sua mão.

-\   - Shiiiiiii amor. Fica quietinha... Corra, fuja daqui! – Levemente sua mão caiu e ele me deu um beijo diferente, foi doloroso, foi quente, foi carregado de frustração e despedida, como se ele quisesse recordar aquilo pra sempre, como um adeus... - Vai agora amor, assim vai ganhar tempo.

-\t - Eu não posso te deixar Ian... – Ele encostou minhas mãos pequenas em seu peito e sussurrou. – Leve o meu coração, ele sempre será seu. – Eu chorei baixinho e ele secou minhas lágrimas com beijos.

  -  - Vá! Agora... Eu te amo!

- -  - Eu também amor, eu vou voltar, eu juro! – Eu o beijei e corri desesperadamente sem olhar para trás. Ouvi gritos ao fundo, era Ian. O pegaram!

“Não é bom sentir saudade, Dá vontade de chorar, Ai como dói, Lembro das noites de amor Que passamos ao luar E o que alegra meu viver É saber que a alegria vai voltar”.

 Assim como no sonho. Tudo se repetiu! Eu sabia que não deveríamos ter vindo para essa incursão. Agora eu estava sozinha em prantos, acompanhada de Ethan que estava desesperado assim como eu. Eu chorava sem parar, a dor era a única coisa que eu sentia. Mas era bom senti-la, pois ela era a prova de que Ian existia, de que por mais que ele não estivesse ali, naquele instante comigo, eu tinha a certeza dentro de mim que lutaria para reencontra-lo... Nem que para isso eu tivesse de mudar todos os meus princípios e receios, nem que para isso a verdadeira PEG tivesse de morrer, a boazinha e fraca se foi... Agora serei forte, por mim e principalmente por ELE...

"Eu chorei todo mundo ta notando minha vida transformando Eu chorei o meu pranto tá inundando toda a água do oceano Eu amei só a lua companheira pro meu pranto decifrar Eu amei coração bate em silêncio pede a Deus pra melhorar tanto amor".

Musicas:

Everything – Lifehouse

Exaltasamba: Não tem hora e Nem lugar.

Carona do Amor.

Eu não consigo sem você.

Vinhos e Lingeries.

É o amor.