Lua Vermelha escrita por Lauren Reynolds, Jéh Paixão


Capítulo 9
Capítulo 7 - Uma História...


Notas iniciais do capítulo

Olá! Aqui vocês começam a entender o que aconteceu e o que acontece por trás das lendas e de todo o meu enredo para essa fic!

Muitas emoçõess os aguardam daqui para frente!

Beijinhos!



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Capítulo 07 – Uma história...

 

O sol caía pela linha do horizonte, pintando o céu com a beleza de um entardecer. Alguns pássaros ainda gorjeavam, acompanhando o rugido alto das ondas do mar. A brisa marinha já tingia o continente. Jacob estava recostado em um tronco grosso de árvore, ao lado do túmulo de seu pai e sua irmã. Sua expressão era de tristeza e, ao mesmo tempo, no fundo de seus olhos, era possível ver o ódio crescente.

 

Ele foi tirado de seu cochilo por Paul e Quil, que ainda estavam no pequeno cemitério do vilarejo.

 

- Ei, cara, acorda! – Paul o chamava.

- Jacob?

- Hum... Quil? Paul?

- É... o que faz dormindo ai? – Quil perguntou.

- Acho que peguei no sono. Tenho passado algumas noites em claro. – Jacob admitiu.

- Hum, deixou flores para Rach... Venha, vamos embora. Já está anoitecendo.

 

Sendo ajudado por Paul e Quil, Jacob levantou-se, bateu as mãos nas roupas e seguiu pela pequena trilha, voltando à vila, onde deixara seu cavalo à sombra de uma árvore. Quando se sentiu alerta o suficiente para montar, subiu em seu cavalo e tomou o caminho de volta para sua propriedade. Lá dentro, sentadas em duas baquetas altas no balcão da cozinha, estavam Leah e Bella.

 

- Você conheceu a Rachell?

- Não... – Leah respondeu, enquanto mordiscava um sanduíche. – Mas essa deve ser alguma outra parente dele, chamada Rachell... Veja bem, que eu saiba, a irmã de Jacob morreu na última batalha contra os frios.

 

Última batalha contra os frios. A frase ecoou na mente de Bella, como uma voz ecoando num espaço vazio. As palavras se repetiam, tinham intensidade, martelavam com força sobre aquilo que ela pouco sabia sobre a história do seu protetor.

 

Como pode ser a última batalha? Pensava ela, quase aflita. A confusão estava armada. Muitas perguntas, que antes não davam qualquer vestígio de vida, se formavam em sua cabeça.

 

- Leah, quando foi a última batalha? – Bella deu forma a pergunta.

- Quando foi o quê? – Jacob entrara pela cozinha, exibindo seus dentes brancos em contraste com a pele morena.

- Ah, hey Jake! – Leah exclamou. – Nós duas estávamos a fim de saber um pouco mais sobre a história dos Quileutes. Afinal, porque somente os meninos do bando podem saber mais sobre as lendas?

 

Jacob ponderou por um tempo. Bella e Leah se entreolharam.

 

- Tem razão. De qualquer forma você faz parte das lendas também. – Ele sorriu. – Levem alguns lanches para a sala que podemos conversar lá.

- Oba! – Bella exclamou.

 

Algum tempo se passou até que tudo estivesse ajeitado na sala de estar para que as histórias fossem contadas. Jacob sentou-se na poltrona maior e Bella e Leah no sofá de três lugares, com uma vasilha enorme de pipoca e copos de refrigerante em suas mãos.

 

Uma fresta estava aberta, uma brisa vinda do mar adentrava o ambiente, esvoaçando a cortina de tecido leve e levando o orvalho da floresta para dentro da sala. As luzes estavam apagadas, as quatro luminárias dos cantos das paredes estavam acesas, fazendo alusão a um antigo aposento medieval.

 

- A história da nossa tribo teve início num tempo muito, muito distante, quando nossos guerreiros descobriram que podiam se transformar em lobos para defender o território. – Jacob disse pausadamente, com um tom estranhamente soberano em sua voz.

- Por favor, nos poupe do ‘era uma vez... ’ – Leah riu. – Nós sabemos dessa parte.

 

Jacob encarou-as, soltando uma risada morna.

 

- Então vou contar uma lenda antiga da tribo. – Ele disse rapidamente. – Há muito tempo atrás, nasceu na nossa tribo, uma menina, filha do grande Taha Aki com sua terceira esposa. A menina era formosa aos olhos dos pais e de todos que viviam ali, inclusive dos que não eram bem vindos.

 

“Em uma noite de lua cheia, a terceira esposa havia entrado em trabalho de parto e, exatamente no meio da noite, uma menina havia nascido. A menina ganhou o nome de Serenity, que segundo as lendas, significava deusa da lua, já que a lua havia ganhado uma nova cor naquela noite.

 

“Com o passar do tempo, Serenity se tornou uma linda menina, e mulher. Com o passar dos anos, ela descobriu que era talentosa a sua maneira e isso atraiu os olhares daqueles que queriam o mal para aquele povo transmorfo, assim, ela foi roubada das mãos de sua família e levada para o domínio dos frios. E então, até que nascesse novamente, uma menina talentosa, a tribo pereceu nas mãos dos frios.”

 

Bella prestava atenção a cada detalhe que Jacob lhes contara, mas por algum motivo, havia algo naquelas palavras que lhe tocavam, que despertavam sua curiosidade. Sua mente vagava pelas cenas que iam se formando em seu córtex, vislumbrando a menina de pele morena e cabelos pretos, sendo levada pelos frios. A imagem de uma jovem morena não ia embora, pelo contrário, cada vez ela estava lá, sempre constante.

 

Serenity... Pensou ela. Deusa da lua. Ela disse para si mesma.

 

O sol já havia se posto. O manto negro da noite caíra sobre parte da terra e essa era a hora preferida dos frios. Na mansão incrustada em meio à mata fechada, os vampiros saíam de seus aposentos, para desfrutar da noite quente.

 

Alice estava junto a Rosalie e Esme na sala de estar, repassando os canais da TV, enquanto jogavam conversa fora.

 

-... É uma pena que eu fique com tanto sono durante o dia... – Rosalie queixava-se. – Eu adoraria apreciar uma tarde de compras.

- E não é? Faz muito tempo que não vamos fazer algumas comprinhas, sem contar as festas. Nós costumávamos ir a muitas. – Alice murmurou frustrada.

- Não se preocupem queridas, podemos ir a LA ou Las Vegas quando quiserem. – Esme tentou consolá-las.

- Eu sei ma-

 

Nesse instante, Alice perdera o foco de sua visão. Seus orbes giraram como se estivessem procurando por algo que estava ali, mas que na realidade, não estava. Rosalie e Esme prostraram-se ao lado da vampira esguia, esperando que ela voltasse à realidade. Jasper e Edward já estavam na sala quando ouviram os murmúrios.

 

“Quem é...” Uma voz soava na mente da vampira. Suas visões eram como borrões de tinta em um quadro mal pintado.

“Rachell Black?” Outra voz dissera, nesse momento, Alice voltou a si.

 

- O que ela viu? – Jasper perguntou a Edward, que tinha seu olhar preso ao da vampira.

- Rachell Black. – Os dois disseram em uníssono. – Rachell foi a última. – Alice sibilou. – Alguma coisa vai mudar. Eu tenho certez-

 

“Rachell era irmã dele!” Uma voz dizia baixo, quase como um sussurro. As imagens ainda eram borradas, porém ouvia-se o som do mar. “Um frio a matou!” A voz jovial continuava a falar, mas dessa vez, gritando.

“Bella, calma!”

 

- Bella. – O nome escapou pelos lábios finos de Alice.

 

“Isabella volte!”

 

- Estão gritando com ela! – Alice suspirou, em desespero.

 

“Eles vão matá-la!”

 

- Ele a quer! Ele não quer que ela fuja! Ele precisa dela! – As palavras saiam rápidas.

 

“Então melhor que eu morra nas mãos de alguém melhor que você!” A voz, agora nítida, de Isabella Swan ecoava na mente da vampira. Os borrões continuavam lá, porém ela sabia que isso não demoraria a acontecer. “Eu só era uma peça em seu tabuleiro, Jacob Black!” A voz de Bella cuspia as palavras.

 

- Ela acha... Que nós...

- E está certa. – Edward completou o pensamento de Alice. – Provavelmente essa Bella vai morrer em minhas mãos.

- Eu não sei... Eu... Eu... Estou...

 

Quando menos se esperou, Alice surtou. Sua mente estava tão embaçada com tantas visões, com tantas possibilidades futuras, que ela não agüentou. Seus olhos foram perdendo cada vez mais o foco, até que finalmente desmaiou.

 

Jasper aconchegou-a, até que ela se sentisse segura o suficiente para voltar à realidade, enquanto isso, Edward encolhera-se num canto, pensativo sobre tudo o que vira na cabeça da baixinha. Carlisle sentou ao seu lado e esperou, até que ele quisesse falar.

 

- O que ela viu que fez tão mal a ela? – Jasper perguntou, afagando as maçãs do rosto da vampira em seus braços.

- Muita coisa. O primordial... É que ela realmente vai morrer em minhas mãos. Eu vi isso.

 

 

 


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Notas finais do capítulo

Co-men-tan-do!

Beijinhos
@ninaxaubet



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