Lua Vermelha escrita por Lauren Reynolds, Jéh Paixão


Capítulo 44
Capítulo 42 - Palácio Volturi


Notas iniciais do capítulo

Oi oi... Nos falamos lá embaixo.

Boa leitura.



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Capítulo 42 – Palácio Volturi

Bella

Ao vê-lo, senti meu coração parar.

Era como se meu coração tivesse mesmo parado de alguma forma, se ele pudesse, estaria se desmanchando. Encarei com ódio todos aqueles vampiros, enquanto eu tentava fazer meu estranho poder funcionar, uma das três vampiras esquisitas me encarou com um olhar de ódio... Felizmente, todos eles sabiam muito bem que eu não estava sozinha naquela empreitada. A vampira loira – aguada -, a menor delas, encarava-me como se quisesse cravar uma estaca em meu coração... Talvez quisesse mesmo...

- Eu não vou ceder tão fácil, se estão pensando isso. – Resmunguei, algum tempo depois, quando tentavam me fazer dormir de novo... Talvez fosse para não ver onde ficava o tal palácio.

- Uma hora você vai. – Jane respondeu.

- E vocês também. – Resmunguei novamente.

- Cale a boca, humana!

- Humana, não!! – Exclamei, pondo para fora aquilo que eu achava que poderia, de alguma forma, manter aquelas mãos frias – que não eram as de Edward – longe de mim.

- Merda, Jane! Faça alguma coisa!! – Demetri rosnou.

Mas para surpresa deles, ninguém conseguia chegar próximo a mim ou a Edward. Eu sorri.

- Eu disse que não seria tão fácil assim, meus caros vampiros. – Eu ri mais uma vez, porém, a essa altura já estávamos caminhando no salão.

Todo o palácio era lotado de adornos dourados, como se fosse uma antiga igreja medieval. Era como se os donos daquele lugar quisessem ostentar a beleza e a riqueza que tinham para cada um que entrasse ali. De repente, lembrei-me de como Carlisle costumava falar sobre o clero de sua época, século XVII, os padres, bispos, papas e a própria igreja tinham muito dinheiro... Os Volturi eram como eles.

Entrei num grande salão, novamente muito adornado de entalhes dourados e piso todo de mármore branco. Porém, o que chamava minha atenção não era toda aquela ostentação, mas sim os três tronos vazios que havia acima dos quatro degraus. De algum lugar lá trás, surgiram três figuras escuras, de algum lugar atrás de mim, surgiram mais vampiros.

Meu escudo falhou. Então percebi que talvez esse meu plano maluco não desse tão certo sem as pessoas certas ao meu lado.

--

- Estamos chegando, Leah. – Matthew tentava acalmá-la, enquanto dirigiam a toda velocidade pelas estradas labirínticas e curvilíneas da região da Toscana. Um Mercedes preto reluzia perante o sol escaldante da tarde italiana, o dia perfeito para um massacre vampiresco dentro de um palácio de mármore. Atrás do Mercedes em que Leah, Matthew, Carlisle, Esme e Seth estavam, vinham outros carros negros com o resto dos Cullen e mais alguns lobos.

Carlisle e Esme estavam mais sérios do que costumavam ficar em situações de urgência. Talvez fosse por Edward, por Bella, ou, por causa dos inimigos da vez. Esme tentava a todo instante, ficar ligada com Alice, na tentativa de ajudar a vampira esguia a ver Isabella e Edward... Alice era o único elo mais forte que tinham com Isabella.

O pior de tudo é que eu sei o que vai acontecer. Leah pensava, enquanto corria os olhos para os muros da cidade, que já se aproximava cada vez mais.

--

- Finalmente nossa convidada especial chegou! – Uma voz ecoou no salão. Um par de olhos rubros encarava Isabella. – Infite... mia cantante!

Aro Volturi dançou até Isabella. Seus olhos pareciam adquirir um brilho extra ao observá-la, o veneno invadia sua boca e a garganta ardia. O aroma que o sangue de Isabella exalava era inebriante, assim como das outras, era típico daquela espécie.

Bella, ainda atordoada com o que havia lhe acontecido, embora por fora demonstrasse grande força, já não se sentia tão capaz de lutar contra eles. Eu preciso ser rápida. Isso precisa dar certo, senão não vou conseguir. Ela pensava.

- Temos uma humana relutante aqui, Mestre. Talvez nós devêssemos dar-

- Vocês não devem nada! – Ele rosnou. – Não entendem? Agora está tudo completo. Nós caçamos até o fim. Desde a primeira, até a última.

- Será que antes de me matar poderia dar o privilégio de me explicar que raio de plano é esse? – Bella ergueu uma sobrancelha, observando, pelo canto do olho, Edward, que ainda tinha uma estaca em seu coração.

- Talvez eu possa. – Refletiu Aro.

Seu manto esvoaçava enquanto dava passos curtos e seguidos, parecendo flutuar sobre o chão de mármore branco. Ele jogou-se sobre o trono do meio, acenou para que Isabella se aproximasse mais, ficando bem próxima aos degraus. Ela ficou em silêncio, esperando que algo do grandioso plano de Aro Volturi fosse lhe contado.

- Me diga, minha querida... Você conhece a história da sua espécie? – Ele perguntou num tom quase malicioso, mas que ainda despertava curiosidade alheia. Isabella negou. – Então vou lhe contar...

Flashback, Aro Volturi – 1800, França.

Eu estava na França, em Paris, que ainda não era nada comparada a cidade que é hoje. Eu já era um vampiro, claro, já tinha cerca de 2800 anos e estava em busca de um lugar para estabelecer meu reinado. Até aí não havia percebido que Paris não era o lugar correto. Em Paris fiz muitos contatos, eu era como um caça talento a procura de uma estrela.

Foi lá que conheci Sulpícia, uma dama vestida de cor de vinho, que dançava lindamente no cabaré da cidade. Coloquei meus olhos sobre ela, que me encarou por alguns instantes e sorriu com o canto dos lábios. Enquanto meus olhos se mantinham sobre a dançarina encantadora, alguém ao meu lado também se sentia da mesma forma, embora naquele instante eu não tenha notado.

- Deseja que eu lhe traga alguma dama para esta noite, meu caro senhor? – Perguntou o dono do lugar.

- Eu quero aquela. – Eu disse, apontando, como se ela fosse um objeto a venda.

- Sulpícia não está-

- Pago o triplo. – Coloquei três bolos de notas verdes e frescas em sua mão.

Ele aquiesceu e sussurrou algo no ouvido da moça. Cerca de trinta minutos depois, eu já estava batendo à porta de seu quarto. Um luxuoso quarto, cujo cheiro dela me impregnou, tomando meus sentidos.

- Fique longe de mim, demônio! – Ela rosnou, assim que me viu.

- Como... Como sabe de minha verdadeira natureza, minha jovem? – Eu sentei na poltrona que havia no canto do quarto.

- Tenho tentado me manter aqui, longe de vocês, que estão sempre aparecendo. – Ela pareceu tremer e meu coração inexistente pareceu bater de novo.

Não sei o que aconteceu desde aquele dia, não sei o que aconteceu com o vampiro sanguinário, porém, meus encontros com Sulpícia tinham se tornado constantes e nos víamos cada vez mais; mas não foi necessário que ela me contasse o que estava acontecendo, de quem ela se escondia, para que eu soubesse. Eu tinha um dom muito peculiar, era isso que me tornava famoso entre os vampiros.

Sulpícia tinha mais duas irmãs, Didyme e Athenedora, delas três, só restavam Didyme e Sulpícia, pois a terceira – a mais velha – havia sido morta misteriosamente. As três irmãs eram especiais e foram perseguidas por muitos anos, desde que se entendiam por gente... Elas eram a obsessão entre os dois demônios, entre os lobos e vampiros, porque seu sangue podia fortalecer qualquer vampiro fraco, tornando-o imune a luz solar, ou, no caso dos lobos, tornando-os mais fortes durante todo o tempo, não só durante a Lua de Prata.

Então, numa noite em que eu planejava uma fuga para Sulpícia e Didyme, algo nos atacou.

Fim do flashback.

- Um repugnante lobisomem chamado Charlôt mordeu as duas. – Aro, por um instante, pareceu fraquejar.

- Isso é... Horrível. – Bella gaguejou.

- Didyme morreu, não antes de me dar seu sangue e prometer que eu salvaria Sulpícia. – A face de Aro escureceu novamente.

Bella levantou-se, esticando a coluna e encarando Aro. Lentamente virou-se e encarou cada um deles ali, parando em Edward. Sua face pálida e congelada na dor que sentiu ao levar a punhalada, sua camisa manchada com um círculo vermelho, seu corpo marmóreo e frio...

- Então é isso? O que essa Sulpícia tem a ver comigo?

- Elas foram as primeiras, fruto de um cruzamento entre vampiros do mais puro sangue, imunes até mesmo ao fogo, com humanas.

Nesse instante, a ficha caiu.

Toda a vida de Isabella passou por uma reviravolta. Seus pais não poderiam ser vampiros... Mas...

- Isso mesmo, minha cara. – Aro sorriu. – Seus pais não eram vampiros, porém o sangue de uma ancestral perdurou, tornando as Swan, a linhagem mais forte de jovens talentos. Existem umas dez ou doze linhagens como a sua, em todo o mundo. Vocês são únicas e difíceis de encontrar. E a sua linhagem... As Swans, foram as últimas.

A porta do salão se abriu, mostrando Felix e Demetri trazendo outra vampira. Bella olhou por sobre o ombro, reconhecendo aquela silhueta, aqueles olhos e aqueles cabelos. Os dois vampiros largaram a mulher no meio do salão, ela caiu de joelhos, deixando seu corpo amolecer no mármore. Suas costas curvaram-se para frente, o cabelo caramelo esparramou pelo chão.

- Elizabeth!!! – Bella fez menção de correr.

- Não! – Christine rosnou, parando-a.

- Você não vai me impedir de ir até lá! – Bella estreitou os olhos, empurrando a vampira loira e correndo até Elizabeth.

- Edward. – Ela sibilou.

- Elizabeth. – Bella abraçou-a. – Nós pensamos que estava morta... Oh Deus... Preciso tirá-la daqui!

- Acho que temos uma reunião de família. – Angelique sorriu, estreitando os olhos e fazendo a estaca que estava em Edward sair de seu peito.

Continua...


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Notas finais do capítulo

Hello girls! :D

Como vão? De férias? Curtindo a cama, internet e a comida da mamãe.. para aquelas, que como eu, moram fora e precisam muito disso.. ? hihi~

Estamos na reta final, como deu para ver. o/ Espero que tenham gostado do capítulo. COmentem bastante, recomendem, façam propaganda.

Quando eu chegar aqui para postar o epílogo dessa fic, vou fazer a primeira propaganda de uma fic nova. Espero que todas continuem comentando MUITO, porque senão os capítulos vão demorar mais para chegar xD~ hehe @_@

Não deixem de passar em Opera Paris, que logo, logo terá seu desfecho. o/

Beijinhos.



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