Lua Vermelha escrita por Lauren Reynolds, Jéh Paixão


Capítulo 43
Capítulo 41 - Rapto




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Capítulo 41 – Rapto

Leah

Eu corri. Corri na tentativa de tentar colocar o plano em prática, porque eu sabia que os sete dias que se seguiriam poderiam ser a única salvação. A Lua de Prata poderia ser nossa salvação, porque eu tinha certeza que os lobos ficavam mais fortes durante esses dias, afinal, eu já me sentia forte.

Quando me transformei, senti como se uma nova força estivesse correndo dentro de mim. Era como se fosse um fio, uma centelha que sempre esteve lá, mas que só nesse período, ficasse realmente acessa.

As árvores passavam rapidamente por mim, a trilha curvava-se à esquerda e, duzentos metros a frente viraria bruscamente para a direita, porém eu deveria seguir reto por mais alguns quilômetros, até chegar a fronteira das propriedades que antes foram de Jacob. O céu estava bem escuro e a luz prateada da lua pincelava sobre a copa das árvores. Eu já podia sentir o cheiro da água salgada penetrando em minhas narinas.

Cheguei ao meu antigo lar e encontrei Seth vagando próximo ao celeiro. Não precisei rosnar e nada do tipo para chamar atenção dele, logo que me viu, veio correndo me abraçar, mesmo eu estando em uma forma felina. Ao lado dele, andei até a casa, que agora residia a maioria do bando, incluindo meu irmão. Emily e Sam estavam desfrutando de alguns bolinhos quando me viram. Fui até o pequeno banheiro que havia próximo a cozinha e voltei a minha forma humana.

- O que faz aqui a essa hora, Lee? – Meu irmão perguntou.

- Temos problemas. – Eu disse.

- O que houve?

- Não sentiram nenhuma presença, nenhum cheiro diferente?

- Nada de diferente. – Sam respondeu.

- Então preciso colocá-los a par de tudo.

Emily me ofereceu um pouco de coca cola e me deu alguns muffins, que comi com muito bom gosto. Depois de alguns minutos em silencio, tentando digerir o que havia acontecido e tentando digerir os bolinhos, comecei a contar.

- Essa noite a mansão branca foi invadida por um bando de sanguessugas italianos, que estão atrás de todas as pessoas como Bella. – Contei. – Hoje, usando sei lá que tipo de dons, nos atacaram e não pudemos, de forma alguma, revidar. Eu queria, mas não conseguia! Ela... Ela entrava em minha mente e... E me fazia sentir dor. – Rosnei.

- Calma, Leah. – Emily sorriu tão gentilmente, que logo que senti calma.

- Bem, então basicamente, acho que eles vão levá-la até um castelo de vampiros na Itália... Eu não sei sobre isso, só sei que eles vão ser levados Pa-

- Eles? Quem são eles? – Sam interrompeu-me.

- Edward e Bella. – Respondi. – Cravaram uma estaca em Edward. Mas ele está vivo, Matt me disse isso uma vez. Se você crava uma estaca de uma madeira qualquer num vampiro, ele só permanece imóvel, parece que só existe um tipo de adaga que funciona para matá-los realmente...

Eu dizia sem qualquer interrupção e sem me lembrar dos pontos e vírgulas, até que algo surgiu em minha cabeça.

- Bem, pensei que vocês pudessem ajudar. Essa semana é a Lua de Prata e, parece-me que vai coincidir com um evento para os vampiros também.

- O que você quer dizer? – Emily perguntou.

- A Lua Vermelha. Nada era como Jacob dizia. A Lua Vermelha é um período em um século que as vampiras podem procriar, é aí que elas dão continuidade ao clã... E as pessoas como a Bella servem para evitar que uma carnificina vampiresca aconteça. E bem, a Lua de Prata nos deixa fortes, fortes o suficiente para matar um vampiro... O último dia, sexta-feira, dia 13, será o final da lua cheia e da lua vermelha.

- Você está desesperada, Lee... – Seth murmurou.

- Não diga?! Minha prima só foi levada por mais ou menos oito vampiros mais fortes que os Cullen. Ah, eu mencionei que foi para Itália? E, acho que não mencionei que os Cullen não puderam fazer ABSOLUTAMENTE NADA!

- Leah! Se acalme! – Sam ordenou.

- Sua voz de alfa não funciona comigo, mas obrigada. – Suspirei.

Meu irmão e Sam levantaram-se e seguiram para a direção do escritório. Emily entregou-me um copo de suco, que tomei com grande prazer. Rolei meus olhos pela cozinha, observando as mudanças que uma pessoa diferente fizera na casa que fora meu lar por tanto tempo. Eu não tinha mais a sensação de que ali parecia uma prisão, pelo contrário, realmente lembrava uma casa, um lar doce e aconchegante.

Subi as escadas sem me importar se Emily me repreenderia ou não, fui até o meu antigo quarto e me deparei com a mesma visão. Deitei-me na cama do canto e fiquei lá.

--

- Seth ligou avisando que Leah está lá. Ela vai ficar por lá essa noite. – Carlisle falou.

- Sei como ela se sente. – Matthew suspirou.

- Sam disse que é para você ir para lá. – O vampiro voltou a falar. – Vá meu filho, fique com ela. Ela precisa estar num lugar em que se sinta segura e, lá, no momento, é o lugar dela. Pela manhã nós conversaremos com Sam a respeito.

- A idéia de Leah era pedir ajuda aos lobos. – Jasper murmurou, azedo. – E ela tem razão. Os lobos nesse período podem ser muito mais letais do que de costume...

- Deixaremos isso para o amanhecer, Jasper. – Esme interviu. – Vá cuidar de Alice. Rosalie, Emmett, vão se alimentar.

Esme dava as ordens e cada um deles as acatava. O clima na casa estava mais pesado do que de costume. Jasper não conseguia controlar suas emoções e muito menos a dos outros. Cada um recolhia-se ao seu canto. E, embora Esme e Carlisle demonstrassem força, por dentro estavam quebrados.

Matthew saiu da casa e correu em direção a mansão praiana, poucos minutos mais tarde, estava sendo recebido por Sam na porteira das antigas terras de Jacob Black. Alguns lobos que estavam por ali, fazendo uma ronda de rotina, manearam suas cabeças em sinal de respeito ao vampiro... Não havia mais disputas entre lobos e vampiros.

- Ela está ai. – o lobo disse.

- Obrigado.

- Matt! – Leah exclamou, ao vê-lo, assim que saiu do banheiro.

- Fiquei preocupado. – Ele sussurrou em meio aos cabelos dela, enquanto a abraçava. – Eu juro que vou fazer o possível para trazer sua prima de volta.

- Nós vamos. Ele é seu irmão, Matt. Eu sei que sabe como me sinto. – Leah murmurou, ainda enrolada na toalha. – Na verdade, Bella e Edward já tinham planejado algo...

- Mas não deu certo. – Matt riu. – Conheço Edward o suficiente para saber que seu esquema de proteção para Bella falharia. Ela é o alvo.

- E eu conheço Bella suficientemente bem, para ter certeza de que ela faria um plano maior. – Leah riu de novo.

Matthew envolveu Leah em seus braços e ambos caíram deitados na cama.

- Lembra do que te perguntei? – Ele fez uma expressão séria no rosto.

- Me lembro...

Flashback da Leah

- Eu queria te pedir uma coisa... Sei que talvez você ainda não esteja pronta, mas não posso correr risco algum.

- O que é?

- Se o pior acontecer, você vai me deixar transformá-la? Prometa-me Leah, me prometa isso, só isso.

Fim do flashback.

- E então? – Ele tornou a perguntar.

- Eu aceito. Deixo você me transformar se algo acontecer, Matthew. – Leah sorriu.

- Então já temos nosso plano. - Matthew envolveu a transmorfa em seus braços e a beijou. Suas línguas brincavam uma com a outra, o quente e o frio, o fogo e o gelo, a vida a e a morte... Todos juntos.

(...)

--

A mente de Bella pairava como uma névoa densa paira sobre um lago no fim do inverno, logo que as flores começam a despertar. Ela ainda não tinha noção de onde estava, mas sabia que ainda estava sendo carregada. Seu corpo estava dormente, como mil agulhas estivessem sendo enfiadas em seus pés, braços, pernas... Eles não eram nada gentis, conseguiu pensar.

O corpo de Edward, adormecido devido a estaca enfiada em seu peito, jazia de qualquer maneira num canto de um jatinho que sobrevoava o Atlântico.

Seriam cerca de treze, ou quem sabe quinze horas de vôo até Volterra, num descampado próximo ao palácio Volturi.

- Devíamos acabar com ele logo. – teimou Demetri, que não suportava a presença de outros vampiros que não fossem os seus companheiros de clã. Ele jogou a cabeça para trás e fechou os olhos.

- Aro não quer que ele chegue em pedaços, Demetri. Você sabe muito bem. – Jane murmurou, enquanto seus olhos rubi caíram sobre o corpo do vampiro.

- Ele até é bonito. – Ollyvia falou.

- E não é? – Angelique e Christine concordaram.

- Ele bem que podia ser um de nós, a-do-ra-ria dar umas boas mordidas nele. – Ollyvia riu.

Nesse instante, como se uma fagulha caísse por sobre uma fogueira, a mente de Bella despertou aos poucos percebendo rapidamente onde estava. Ela retesou-se ao sentir aquele arrepio percorrendo toda sua espinha, não queria nem pensar no que estava por vir.

- Acho que alguém acordou... – Angelique sorriu torto. Uma mecha loira caiu de trás da orelha.

Bella, percebendo que fingir que ainda dormia não iria funcionar, resolveu entrar no jogo da vampira. Deixou que a película transparente saísse de seu corpo e envolvesse a si mesma e Edward. Só então, abriu os olhos.

- Hum, nossa humana preferida acordou. – Christine sorriu. – Boa tarde, Isabella Swan.

- Ela não é educada. – Jane murmurou azeda.

- Não com vocês. – Bella retrucou.

- Não se preocupe, logo mais você e seu vampiro não passarão de cinzas enfeitando nosso salão. – Ollyvia riu alto.

Bella correu os olhos pelo corredor do jatinho, só então observando Edward no canto extremo, entre Demetri, Felix e Alec. Seu coração parou.


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