Lua Vermelha escrita por Lauren Reynolds, Jéh Paixão


Capítulo 40
Capítulo 38 - Peças


Notas iniciais do capítulo

Conversaremos lá embaixo..



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Capítulo 38 – Peças

Volterra, Palácio Volturi.

- Mestre, já estão subindo com as cantantes.

- Grazzie, Demetri.

O vampiro de cabelos curtos juntou-se a outros dois que estavam parados à direita do trono Volturi. Alguns minutos se passaram, os três líderes Italianos pareciam estátuas esculpidas sobre três tronos ricamente adornados, até que finalmente podiam-se ouvir gritos agudos provenientes de várias pessoas. A porta dupla e pesada se abriu vagarosamente, para que os novos visitantes entrassem.

A frente do grupo vinha Félix, um vampiro alto, de olhos rubros e cabelos lisos curtos. Ele trajava um manto negro que se arrastava pelo chão. Quando entrou, dirigiu-se logo para o lado de Demetri, e deixou que os outros terminassem o serviço.

Três vampiras aproximaram-se dos três tronos, deixando que Alec controlasse as visitantes. As três não tinham a mesma idade humana, mas tinham o mesmo um século de vida, bem como os mesmos dons... O porquê disso era um mistério, do qual Aro não estava interessado, seu interesse limitava-se apenas aos dons das três vampiras. A mais velha delas – em idade humana – tinha vinte anos, tinha cabelos louro escuros, longos e lisos. A do meio tinha seus dezenove anos e era loura, seus cabelos pareciam fios de ouro e que caiam em ondas por suas costas, ela tinha feições delicadas. E a última, tinha cabelos negros, também longos, porém tinha apenas dezessete anos. Respectivamente, chamavam-se Angelique – que ironicamente significava “como um anjo” -, Christina – que também tinha um significado semelhante do anterior -, e a última chamava-se Ollyvia.

- Fizeram um excelente trabalho. – Caius disse sombriamente, mas foi interrompido pelo grito de uma das visitantes, que saíra do encanto de Alec.

- Temos uma resistente aqui. – disse Aro. – Seu nome, minha querida?

A mulher resistiu, mas logo, viu-se sendo lida por Aro. Ainda resistindo, ela tentava bloquear sua mente, ela não podia deixar que ele a lesse, se não, o pior iria acontecer e ela sabia disso. Aro, percebendo que sua telepatia não estava ajudando, deu um pequeno olhar para Jane, que imediatamente encarou friamente a mulher, que logo, resmungava de dor.

- Ela é forte. – Demetri comentou.

- Mesmo sendo uma vampira conseguiu nos dar problemas. – Ollyvia falou.

- Eu imagino. – Aro deu de ombros. – Agora vejamos... Você... – ele apontou para outra vampira, logo em seguida ela foi arrastada para frente dele, com a ajuda do dom das três vampiras Volturi.

- O que quer de mim?! – Ela gritou.

- Foi você quem a ajudou. Você a transformou e nos fez perder anos de busca. – Aro disse novamente. – Seu nome...

- ... – Ela ficou em silêncio.

- Muito bem... Maryann. Você será a primeira.

Demetri e Félix colocaram uma de suas mãos sobre os ombros de Maryann, logo em seguida, puxaram seus braços para trás e a ajoelharam perante Aro Volturi. Maryann estava indefesa e iria morrer. Sabendo disso, fechou os olhos e manteve em sua mente o único momento de sua vida imortal, em que esteve verdadeiramente feliz... Seus últimos momentos como humana, correndo livre pelo campo e sentindo o calor da luz do sol acariciando sua pele. Insanamente, ela esboçou um sorriso débil em seus lábios, neste momento, houve um puxão... e tudo se partiu.

Maryann estava morta, para sempre.

A outra mulher ainda bloqueava sua mente. Ela era a única, de todas ali, que estava vendo tudo aquilo. Lá no fundo, ela mandava, com toda sua força, um pensamento de alerta para as únicas pessoas em quem podia confiar. Segundos depois, o corpo sem vida da vampira foi jogado num canto e ela sentiu-se arrastada em direção à Aro Volturi. Seus braços foram imobilizados e ela ficou perante o líder... Novamente.

- Mais uma vez... Seu nome...

- Ela ainda se recusa. – Disse Angelique.

- Hum... vejamos. – Aro pegou em sua mão novamente. – Elizabeth... Masen.

- Não adianta, querida... – Disse Christine. – Você não conseguira proteger sua mente por muito tempo. Nós somos muito boas no que fazemos...

Dito e feito.

Quando se deu conta, sua mente já estava sob os domínios de Aro. Elizabeth tinha todos os seus segredos revelados, incluindo...

- Uma nova cantante... – Aro sibilou. – Uma cantante muito poderosa... Coincidentemente... Está na América.

- Acabe com ela, Aro. – Disse Marcus.

- Não... levem-na para o calabouço e a mantenham lá, junto com a outra. Da mesma forma. – Aro ordenou. – Parece que encontramos nossa mina de ouro.

Félix e Demetri puxaram Elizabeth pelos braços e entraram num porta lateral ao salão, bem atrás dos tronos. Quando a porta se fechou, o pânico pareceu tomar conta de todas as outras que ali estavam. Aro levantou-se, seu manto negro arrastando-se pelos degraus de mármore, indo em direção a primeira delas... Uma criança, que ainda não tinha idéia do que estava acontecendo ali.

- Não me mate. – Ela disse baixo.

- Levem estas duas para cima. – Ele ordenou novamente. – Elas não terão o mesmo destino das outras.

Dois guardas puxaram as duas meninas, que tinham entre seis e sete anos, pelos braços e saíram pela porta principal. Elas duas não iriam morrer, pelo menos não agora, iriam ser educadas, até que seus poderes amadurecessem e tivessem idade suficiente para serem transformadas em vampiras fortes. Esse era o objetivo de Aro Volturi.

- Elas duas serão muito fortes. – Ollyvia comentou.

- Não tanto quanto nós três, minha cara. – Christine sorriu.

- Ninguém nos supera. – Angelique acrescentou. – Não é, mestre?

- Exato! – Aro explodiu em gargalhadas. – Meu plano está cada dia mais concreto. Em breve os Volturi estarão no poder total dos vampiros. Vamos acabar com a única raça inferior a nós e que pode nos matar... Além de nós mesmos. – Ele acrescentou numa voz mais aguda. – Os lobisomens.

- Espero que tenha conseguido encontrar outros bandos, irmão. – Alec falou.

- Não se preocupe. – Demetri sorriu. – Eu encontrei mais que um bando.

Demetri exibia um sorriso malicioso em seus lábios, enquanto andava de um lado para o outro, concentrando todo o seu poder em um lugar específico.

- Procurei me concentrar na América. O único lugar em que os Volturi ainda são desrespeitados. E, graças a alguns informantes, descobri um pequeno problema com lobos na região, que envolveu outras tribos, vários clãs de vampiros e uma menina talento.

- Então começaremos a agir. – Aro disse. – Acabaremos com todas elas. Uma por uma. Gota por gota de sangue. Seremos seres tão poderosos, que nenhuma espécie irá nos subjugar. Continuem a procurá-las. Avancem fronteiras. Espanha, França, Portugal, Inglaterra, Irlanda... E depois, Estados Unidos da América.

--

Treesville, USA.

- ... Então eu estava pensando em fazer algo meio plissado, ou quem sabe com tecidos bem leves ao estilo Eli Saab. – Alice dizia para Bella e Leah.

- Allie, você sabe que eu não sei nada sobre esse tal Eli que Sabe.

- Eli. SAAB!! – Alice exclamou. – E não é ele. É ela! Uma estilista super famosa.

- Alice, não perturbe as duas. Sabe que elas vão deixar fazer como quiser. –Edward murmurou.

Mas nesse instante, um tremor percorreu sua mente. Bella sentiu Edward estremecer, e logo depois, sentiu uma pontada aguda em sua mente.

“Volturi. Perigo. Talento.” Ecoavam nas mentes do casal.

- Elizabeth!. – Eles disseram em uníssono.

- Edward? Bellinha?

- Oh não! Oh não...

- Bella, o que houve, querida? – Esme desceu as escadas num átimo.

- “Volturi. Perigo. Talento.”

- Quem disse isso?

- Minha mãe. – Edward sibilou. – Ela está...

- Morta.

O silêncio reinou. Edward, por mais que não tivesse a mesma ligação que tinha antes com sua mãe, sentia um vazio em seu coração.

- Amor, Edward, olhe para mim. – Ele manteve os olhos baixos, negros.

- Os Volturi. Eles estão agindo. Ela sabia que a única pessoa que podia confiar era em mim. Ela não tinha ninguém... E eu... Eu desperdicei a chance que eu tive de ter minha mãe de novo.

- Edward, meu filho... – Esme disse sorrindo. – Ela fez isso para avisá-lo. Ela sabia que vocês dois não seriam como antes, por isso manteve-se longe. Você não tem culpa.

O peito congelado de Edward corroia-se em remorso, o mais profundo sentimento de culpa que um vampiro pode ter, um ser que, teoricamente, não tinha sentimentos. Porém, enquanto a culpa o corroia como a ferrugem corrói um metal pelo tempo, outros sentimentos brotavam dali. O vampiro percebera que em todos esses anos sentiu falta de sua mãe, de sua verdadeira mãe, e só não pôde sentir essa falta antes, porque seu desejo por sangue fresco nos tempos áureos de um vampiro recém-nascido tomavam conta de seu corpo e mente. Ele percebera também, que tinha que vingá-la. Que sentia mais ódio de Aro Volturi e de cada comparsa seu, do que antes...

- Edward... O que foi isso? – Bella perguntou, percebendo a raiva crescendo dentro dele. – O que foi aquilo que você lembrou?

- Eu tenho muito mais motivos para ter ódio dos Volturi do que você imagina, Bella. – Ele cuspiu as palavras. – Saia da minha cabeça! – Ele rosnou e correu casa a fora.

- Edward!! – Bella correu atrás dele, sem poder alcançá-lo.

É claro que ele sabia que não tinha ido muito longe, mas também não tinha ficado nos jardins da mansão branca. Bella percorreu uma trilha emaranhada, onde encontrou alguns pequenos galhos quebrados e samambaias amassadas. Ele quer ficar sozinho, B. Ela pensava consigo mesma.

- Por que me seguiu? – Ele retrucou, percebendo os passos barulhentos dela.

- Porque você sempre esteve lá, mesmo quando eu queria ficar sozinha. – Ela disse timidamente. – Agora você sabe como todos se sentem quando tem alguém lendo mentes por perto. Me desculpe. Foi sem querer.

- Eu devia ter convencido-a. Ela devia ter vindo para cá. – Ele disse baixo.

- Eu sei. Ela também é parte da minha família, sabe... – Ela sorriu e chegou perto, abraçando-o por trás. – Eu vou dar um jeito de fazer isso dar certo.

- Nós vamos.

Mas existiam algumas coisas que Edward nem sequer imaginava, que Alice não seria capaz de prever e que os Volturi já estavam planejando. Bella já tinha uma idéia formada em sua mente. Enquanto corria até Edward, já tinha formulado um plano em sua cabeça e, faria de tudo para que desse certo. Que, coincidentemente, era basicamente a mesma coisa que os vampiros italianos estavam planejando fazer. Agora, só cabia ao tempo decidir qual deles daria o primeiro passo.

Era como um jogo. E neste jogo, as peças já estavam em seus lugares.


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Notas finais do capítulo

Well, queridas :D è isso aí, volteii ^^

Me desculpem por ficar algum tmepo sem postar, mas eu queria terminar essa fic logo e depois só deixar para a Jeh revisar. Consegui terminar ontem, e para felicidade de vocês, a fic vai até o capítulo 44.. Com o 45 como Epílogo... E devo acrescentar, que ahco que ficarao bem contantes com um ou outro capítulo bemmmm grande... hihi.. Só o epílogo tem 6 mil palavras xD~

Well, o qeu acharam do cap?
Comentem bastante ^^

Beijinhos



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