Lua Vermelha escrita por Lauren Reynolds, Jéh Paixão


Capítulo 38
Capítulo 36 - Swa, ELizabeth Masen


Notas iniciais do capítulo

Conversaremos lá embaixo.



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Capítulo 36 – Swan, Elizabeth Masen.

No último capítulo...

- Estou procurando Elizabeth Swan, ela está? – Eu disse meio baixo.

- Não há nenhuma Swan aqui. – A mulher respondeu seca, saindo porta a fora e fechando-a atrás de si. Quando ela desceu os dois degraus que a separavam da calçada, eu pude ver seu rosto, agora iluminado pela luz branca de um poste.

Suas feições eram como as de um anjo, ou como as de uma deusa grega. Seus cabelos eram cor de caramelo e caiam em ondas perfeitas pelas costas; os olhos eram verdes, verdes como um mar de esmeralda, verdes como os olhos de Edward.

- Elizabeth Masen?

--

- Quem quer saber? – Ela perguntou. Fiquei em dúvida se ela estava sendo gentil ou antipática, mas tive a certeza de que ela era, de fato, Elizabeth Masen, mãe de Edward, minha sogra, minha parente distante e, acima de tudo... Vampira.

Eu não precisei dizer nada a Edward, porque no instante seguinte, ele já estava saindo das sombras, acompanhado de Matthew e Fermín. Sua expressão era séria, impassível, coberta por uma penumbra cinza. Esperei até que ele se juntasse a mim.

- Eu quero saber. Meu nome é... – Edward dizia baixo. – Edward.

O rosto da vampira se iluminou no mesmo instante.

- Entrem. – Ela manteve o tom de voz.

A casa era singela, bem decorada, com móveis atuais, embora a fachada fosse antiga, conservada. Ela nos indicou o sofá, na sala de estar mediana, enquanto seguiu para o outro ambiente sem dizer nada. No centro da sala, havia uma mesa pequena, com alguns porta-retratos abaixados. Senti um impulso de virá-los e ver que fotos haviam presas ali, mas me contive.

Poucos minutos depois, ela voltou com uma bandeja em mãos. Havia vários copos e uma jarra de suco, que imaginei ser de morango, pela cor e aroma. Ela colocou sobre a mesa, antes retirando os dois porta-retratos, mantendo-os virado somente para si.

- Elizabeth Masen, certo? – Perguntei novamente.

- Sim. – Ela suspirou.

- Você sabe quem sou, certo? – Edward perguntou. Seus olhos encaravam os dela sem quebrar o contato visual. Sua expressão era um misto de felicidade e tristeza.

- Edward... Meu filho Edward. – Ela falou baixo. – Você está vivo. – Ela sibilou.

- Se vê dessa forma. – Ele retrucou.

- Como soube que eu estava aqui? – Disse ela.

- Você é uma Swan, não é? – Perguntei, de novo, esperando receber uma resposta.

- Quem são vocês? – Ela arqueou as sobrancelhas, encarando a todos nós, incluindo a Edward.

Matthew e Fermín ficaram calados. Edward estava entorpecido em alguma lembrança. Só restava a mim responder.

- Meu nome é Isabella Swan. – respondi. – Esta é minha prima Leah Clearwater, seu namorado Matthew Cullen. Este é Fermín Romero, um amigo nosso... E, este é meu namorado, Edward... Cullen. – Murmurei. Esperei que ela dissesse algo, mas como não disse, continuei. - Encontrei o nome Elizabeth Swan e sua localização num livro que tenho em minha família há gerações. Eu precisava investigar e todos nós acabamos vindo para Chicago. Estávamos na biblioteca, então encontrei o nome “Swan, Elizabeth Masen” num dos livros de registro. Eu precisava descobrir o sumiço de algumas mulheres da minha família, porque, aparentemente, algo deve ter acontecido a elas.

- Você disse... Cullen. – Ela disse baixo.

- Naquele ano, 1918, quando você estava morrendo de gripe, deitada na maca ao meu lado... – Edward murmurou. – Você disse ao médico...

- Faça o que for preciso para salvá-lo. – Ela completou.

- Então, pouco antes dele entrar no quarto naquela madrugada, eu vi seus olhos se fecharem. – A voz de Edward tornara-se embargada. – Carlisle me tirou do hospital, dizendo que me salvaria. Eu não estava consciente o suficiente para saber onde estava indo, mas percebi, depois de algum tempo, que meu corpo queimava. Eu queimei por muito tempo. Quando acordei, eu soube o que eu era. Eu soube que meus pais estavam mortos. Então Carlisle me acolheu.

- Oh, querido! – Ela exclamou. Elizabeth parecia querer levantar dali e abraçar Edward, mas não o fez. – Sinto muito. Sinto muito, mesmo. – Ela repetiu. – E sim, Isabella, sou uma Swan. – Ela sorriu.

- Bella. – Corrigi. – Como você foi transformada? O que houve?

- Naquela noite, eu acordei e então me vi sozinha naquele quarto. Acordei quando o sol já estava nascendo e, eu não sabia como, mas meu talento havia me salvado na última hora. Saí daquele hospital sem que ninguém percebesse. Eram tantas pessoas, que ele não se dariam conta de que faltava uma. Eu voltei correndo para casa, mas antes que eu pudesse chegar alguém me abordou na rua.

“Eu não me lembro de muita coisa, a única coisa que consigo me lembrar, eram dos mantos negros, que se arrastavam no chão e esvoaçam com o vento de uma quase manhã. Naquela época, eu mal sabia do que era capaz, eu só sabia que algumas vezes eu ouvia vozes em minha cabeça, ou quebrava alguma coisa quando ficava nervosa. Mas eles sabiam o que eu era.” Ela dizia perdida em seus próprios pensamentos.

Flashback, Elizabeth, 1918.

- Quem são vocês?! O que querem comigo?! – Eu gritava.

- Faça-a ficar quieta, Alec. As pessoas vão aparecer. – Uma voz de menina, coberta pelo manto negro, disse.

Eu fiquei nervosa, não sabia o que estava acontecendo. Meus sentidos estavam ficando nulos e eu ficava cada vez mais nervosa. Era como se meu corpo queimasse e minha cabeça fosse explodir. Quando abri os olhos, as pedrinhas da rua, e até as maiores, estavam sendo arremessadas por uma mão inexistente, em direção a eles. Comecei a pensar mais vezes naquilo, até que, não sei como, os derrubei e eles começaram a gritar.

Naquela noite, corri para o cemitério e fiquei perto do mausoléu de nossa família. Era o único lugar que eu sabia que eles não iriam me procurar, mas foi lá que eu encontrei alguém parecido com eles.

- Por favor, não me mate. – Eu implorei a mulher branca.

- Não vou te matar. O que faz aqui? Vestida assim? – Ela me entregou seu casaco.

- Duas crianças de preto. – Eu disse debilmente. – E dois maiores, estão me... Me... Seguindo.

- Então fique aqui. Está segura. – Ela falou.

- Vo-você é igual a eles. – Eu falava baixo, tentando conter as lágrimas.

- Sim, eles são vampiros e eu também. Meu nome é Maryann. – Ela falou baixo. – Tente ficar longe deles. Principalmente do mais velho, Eleazar. É ele quem sabe o que você é.

- O que eu sou? – Perguntei a ela.

- Você tem um talento. E eles não querem que existam pessoas com esse talento. – Maryann falou. – Seu sangue é o que eles querem.

Fim do flashback.

- Naquela tarde, Maryann tinha saído para buscar comida para mim. Eu continuei no mausoléu, então me ocorreu uma idéia.

- Ser transformada. – Falei.

- Sim. Pedi a Maryann que me transformasse. – Elizabeth falou. – Mas ela não aceitou. Então joguei mais baixo. Eu disse a ela que ela teria o sangue que precisava para ficar bem por semanas... E ela não resistiu.

- Como ficou aqui todos estes anos? – Leah perguntou.

- As pessoas não notam muito. Esta região só é habitada por pessoas antigas. Alguns sabem sobre mim, outros preferem não saber. Alguns tem medo.

- Eu fiquei um século achando que você estava morta. – Edward sibilou.

- Estou de uma certa forma. – Ela riu, então nos mostrou a foto dos dois porta retratos.

Num deles, havia uma foto de Edward, um pouco gasta pelo tempo, mas ainda sim, mesmo em sépia, eu podia distinguir cada cor oculta pelo tempo. Edward estava lindo. Na outra foto, estava ele e sua mãe. Ela usava um daqueles vestidos longos e ele um fraque.

- Você está... Perfeito. – Eu disse num sussurro.

- Ed. – Matt sibilou. – Só existe um clã de vampiros que podem ser descritos por mantos negros e crianças.

- Volturi. – Eu e Edward dissemos ao mesmo tempo.

- E, me respondam uma coisa... o tal Eleazar que ela falou... Não é o que esteve em casa esse tempos, né? – Leah perguntou.

- Ele mesmo.  – Edward respondeu. – Ele. Me. Paga.

- Amor, calma. Isso faz um século. – Murmurei, colocando minha mão em sua bochecha. – Agora não adianta mais.

- Então, Cullen é o sobrenome de Carlisle? Me conte tudo. – Elizabeth pediu. – Principalmente em como conheceu minha parente distante.

Edward contou a maioria das coisas que havia acontecido naquele tempo. Sua transformação, a de Esme, Rosalie, Emmett, a adesão de Alice e Jasper ao clã. Elizabeth ouvia tudo atentamente, maravilhada pela família que o filho havia ganhado. Por mais que fosse mãe e filho ali, parecia que havia algo que os impedia de serem eles mesmos. Eu não sabia se era a imortalidade, que mesmo sendo uma benção, podia ser também uma maldição, ou se era o tempo em que ficaram separados.

- E foi há trinta anos que eu conheci Rachel. Irmã do lobo que era líder da matilha. – Edward disse pesaroso. – Rachel se matou antes que Jacob pudesse encostar nela novamente. E desde então, temos vivido em uma certa opressão, até que minha irmã começou a ter visões com uma certa humana. – Ele sorriu torto.

- O que houve depois? – Fermín perguntou, interessado na história.

- Ora, o de costume. O lobo irritado ficou nos caçando e nós duas fugimos. – Leah riu alto. – E eu encontrei ele.

- E graças a ele, eu encontrei ele. – Completei. – Desde então tenho vivido com os Cullen. E recentemente, Jacob deixou seu posto de líder. Para sempre. – Frisei.

- Ele morreu? Como?

- Do coração. – Leah riu de novo.

- Querido, você está metido nisso, não é? – Ela ergueu uma sobrancelha.

- Jacob enfiou um punhal em Bella. Acabei arrancando o coração dele. – Edward disse sombrio. – Mas agora estamos em paz. Pelo menos por enquanto.

- Fico feliz de tê-los encontrado. – Elizabeth disse. – Bem, acho que algumas Swan’s tem morrido por causa dos Volturi. De alguma forma eles têm como encontrá-las.

- Demetri deve ser o responsável. – Fermín falou. – Foi aquele raio de vampiro que me caçou em Barcelona.

- Quanto tempo vão ficar em Chicago? – Elizabeth perguntou.

- Agora que sabemos o que aconteceu, não sei. – Edward respondeu.

Alguns minutos depois, enquanto conversávamos, meu celular tocou. No visor, Alice Cullen. Respirei fundo antes de atender.

- Oii, Allie!

“Bella, eu vi.” Ela exclamou.

- Alice, fala baixo. Vou ficar surda. É sim, então você sabe. O que acha se nós-

“Eu acho uma boa idéia. Já vejo isso dando certo. Tem mais um com vocês não é? Porque vocês não...” Ela me interrompeu.

- Hum, ia ser legal. Ele está sempre sozinho e... – Eu a interrompi.

“Ah, que bom. Vou avisar que vamos receber vi...”

- Não faça alarde. Principalmente para a E-

“Oh, sim. Bem lembrado, Bellinha. Vamos deixar o tempo...”

- E não você, fazer o trabalho, ok? - Eu ri, completando o pensamento dela.

“Ok. Adorei falar com você. Mande um beijo a todos!”

- Do que falavam? Então entendi bulhufas do que diziam pelas metades. – Fermín resmungou.

- Coisas de Bella e Alice. – Leah riu. – Só elas se entendem assim. Mas então, o que ela queria?

- Que tal irmos todos a Treesville? – Perguntei.


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Notas finais do capítulo

Oláa meninas..

Desculpe a demora, mas eu sempre tenho como explicar... Bem, ocorreu que me pediram ajuda para fazer um coquetel para o aniversário de um amigo meu aí... E passei os últimos três dias entre planejar cardápio, fazer compras, sair com amigos, cozinhar e etc... haha

Bem, fora esse finalzinho xoxo que escrevi, espero que tenham gostado do capítulo ^^

às leitoras de OP, decidi primeiro finalizar Lua Vermelha e depois voltar a escrever em Opera Paris, pq senão vou acabar não fazendo nenhuma das duas direito, ok?

Agora sejam muito boazinhas e comentem.

Beijinhos



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