Lua Vermelha escrita por Lauren Reynolds, Jéh Paixão


Capítulo 34
Capítulo 32 - Vago




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Capítulo 32 – Vago.

Depois da batalha contra os lobos, tudo voltou ao normal, bem, quase tudo. Era uma manhã morna, o céu era pincelado de tons dourados e ocre, enquanto uma imensa bola de fogo nascia por detrás de algumas nuvens. Não havia vento e o cheiro de terra molhada ainda predominava em todos os lugares próximos a casa, pois chovera na noite anterior.

Nesta manhã, Bella despertara. Como de costume, antes de Edward, que parecia dormir num sono quase profundo, encoberto pela penumbra do quarto do casal. Ela levantou-se delicadamente e saiu do quarto, trajando um robe de algodão na cor azul. Leah já estava acordada, na cozinha, ela servia um copo de suco para si, quando Bella chegou.

- Bom dia. – Leah cumprimentou a prima.

- Oi, Lee. – Disse Bella.

- Então, por que levantou tão cedo?

- Carlisle disse que eu posso usar a mesa vaga de seu escritório para pesquisar sobre minha família. – Bella respondeu sorrindo.

- Procurando mais encrenca? Por que raios vai querer mexer no que está quieto?

- Eu sei que quem procura acha. Posso achar muitas coisas. Descobrir alguns segredos. Estou curiosa em relação a algumas coisas que vi no livro. – respondeu a prima.

- Prometo lhe ajudar no que precisar. Que tal começarmos ainda cedo? Vou me vestir. Nos vemos no escritório. – Disse Leah.

Bella terminou de comer os biscoitos que Esme fizera no dia anterior, tomou seu copo de suco e subiu ao quarto.

Um fio de luz dourada entrava pela janela entreaberta, junto ao aroma da floresta. Edward ainda dormia, não demoraria muito para acordar, quando isso acontecesse, ele desceria até o escritório, daria um beijo em seus lábios e começaria a fazer perguntas sobre o que estava pesquisando. Era tão fácil viver ali. Era totalmente diferente do que imaginara quando tinha acabado de chegar.

Afugentando aqueles pensamentos, ela tratou de colocar sua camiseta e sair novamente no quarto. Desde que enfrentara Jacob, finalmente ela sentia que a memória de seus pais, podia descansar em paz. Desde aquele dia, Bella estava mais confiante quanto aos seus poderes. Ainda sim, custava a acreditar que Jacob tivera seu coração arrancado por Edward.

Leah já estava no escritório, folheando alguns livros velhos, de páginas consumidas pelo tempo e capas enrugadas.

- Então, o que vai procurar?

- Vejamos...

Bella continuou folheando livros, procurando alguma coisa invisível nas árvores genealógicas e nos diários que seu pai tinha escrito. Alguns relatos que seu pai tinha escrito há alguns anos, traziam novos mistérios e pequenos detalhes que eram relevantes naquele momento.

(...)

Quando já se passavam das dez horas da manhã, todos foram despertando aos poucos. Algumas das cortinas brancas ficavam parcialmente fechadas nos dias de sol em Treesville, que eram razoavelmente quentes e abafados, por conta das árvores e da umidade constante da região. Alice, por ser a menor de todos, era a mais frágil deles, quando se tratava de luz solar. Embora sua resistência fosse bem considerável, por conta do sangue de Carlisle ser nobre, ela não resistia à luz solar muito forte e direta.

- Bom dia, querido. – Disse Esme, quando se levantou. – As meninas já se levantaram e estão na biblioteca.

- Carlisle, onde está? – Perguntou Matthew.

- Ontem de noite ele recebeu uma ligação do hospital. Com o fim da repressão que Jacob havia imposto, o diretor o chamou novamente. – Respondeu a matriarca.

- Isso é bom. – Falou Matt. – Vou descer.

Matthew desceu até a biblioteca, onde Leah e Bella estavam. As duas estavam tão perdidas entre suas leituras que não perceberam que Matthew se sentara em uma das poltronas e estava observando-as. Edward chegou logo em seguida, como num clique, Bella estalou seus olhos ao vê-lo. Ainda vou ter um ataque com essas aparições dele. Bella pensou.

- Bom dia, amor. – Edward sibilou.

Ele me chamou de amor. A-M-O-R. Ela soletrava para si mesma.

- Oi! – Ela exclamou e lhe deu um abraço, seguido de um beijo.

- Então, alguma descoberta?

- Bem, tenho minhas suspeitas. – Ela falou. – Olhe, tanto nesta árvore genealógica, quanto neste livro, algumas dessas minhas antepassadas não estão marcadas.

- Como assim?

- Todos que morreram, foram de alguma forma, por alguém, ou sei lá como, marcados. – Bella dizia. – Segundo o meu pai, esse livro foi passando de geração em geração, até chegar a mim.

- E acho que cada antepassado ia marcando aqueles que morreram ou que não se sabe o paradeiro. – Leah interrompeu. – Veja, teoricamente, esse ‘histórico’ teria que ser passado de mãe para filha...

- Porque qualquer mulher Swan, tem pelo menos uma filha... Essa filha é sempre a primeira. – Bella comentou.

- É, exato. E existem alguns pontos, como aqui e aqui, e ali também, em que a árvore acaba e começa novamente num parentesco secundário. – Leah murmurou.

- Tem razão. – Edward concordou. – Esta e esta são primas, esta aqui não tem marcação nenhum de que morreu ou não. Então esse livro foi passado a prima dela.

- Pois é. Olhe o que diz meu pai:

“Pesquisei várias gerações anteriores dos Swan. Renée não sabe por onde continuar. Receio que duas de suas primas tenham desaparecido, não consigo encontrar uma solução a não ser uma.”

Edward parou e releu. Observou alguns relatos anteriores e a figura embaçada das duas misteriosas mulheres, suas datas de nascimento e os possíveis lugares onde tinham vivido. Ele não precisou pensar muito para chegar à mesma conclusão que Charlie.

- Bella, eu não sei por que, mas receio que eu tenha chegado a mesma conclusão que seu pai. – Ele falou. – A data de nascimento delas é bem próxima, e aqui diz:

“Renée recebeu este livro, que contém toda a memória da família Swan, quando fez seu vigésimo aniversário.”

- Mas elas só recebem o livro quando morrem, ou desaparecem. – Leah falou.

- Renée deve ter recebido quando uma de suas primas desapareceu. – Matt falou. – E pelo jeito, a prima que entregou o livro a sua mãe, o recebeu dois anos depois, da sua irmã recebê-lo.

- Nenhuma das duas deu continuidade à sua família. Só a minha mãe. – Bella falou, voltando o livro à pagina de seus pais. Da mesma forma como as antepassadas anteriores foram marcadas, Bella marcou sua mãe, marcou seu pai, de forma diferenciada e, marcou a si própria, com o símbolo correspondente para aquelas que tiveram o livro.

Algum tempo depois, eles deram um intervalo. Esme havia feito um lanche e as chamava para comer. Elas pegaram alguns sanduíches de queijo, dois grandes copos de suco e foram para a sala, onde todos estavam.

- Like a virgin... Touched for the very first time. Like a virgin, when your heart beats, next to mine.

- O que significa isso? – Bella perguntou.

- Ma-do-nna! – Alice e Rosalie disseram em uníssono.

- Vocês estão assitindo Glee? – Leah riu.

- É, panterinha, eu perdi a Rose para o Glee. – Emmett disse emburrado. – Para a Madonna!

- Simplesmente por dizer esta palavra me sinto poderosa. – Rosalie disse confiante.

- Eu a adoro! – Alice exclamou. – Em todos os meus anos de vida, eu nunca encontrei ninguém como ela.

- É claro que existiram algumas celebridades, mas do mundo atual... – Rosalie dizia. – Não há ninguém como...

- Madonna! – As duas disseram novamente.

- Elas estão cantando todas as músicas do episódio. – Jasper revirou os olhos.

- Uhum... Já me cansei dessa Madonna. Acho que ela daria uma boa refeição, isso sim. – Emmett resmungou. – Me dá isso. – Ele puxou o controle, quase o esfarelando em sua mão.

- Vamos ver algo decente. – Matt escorregou ao lado de Leah no sofá.

- Nada como Rock Clássico!

- Aham, conversas alheias a parte... Como está sua pesquisa, Bellinha? – perguntou Alice.

- O ‘x’ da questão é: duas primas da minha mãe desapareceram.

- Quer saber o porquê? – Jasper perguntou,

- Exato. Porque elas desapareceram? – Bella perguntou-se.

- Talvez algo estivesse acontecendo e elas tiveram que fugir. – Emmett murmurou.

- Emm tem razão. Elas podem ter fugido de alguma coisa. – Alice comentou.

- Existem outras que desapareceram, mas um relato bem breve do meu pai, diz que elas foram encontradas mortas. – Bella murmurou. – Alguém as matou. Esse alguém deve estar relacionado ao porque delas terem desaparecido.

- Outro detalhe. – Leah disse, logo depois que engoliu um pedaço do lanche. – Isso não acontece só com as primas de Renée, aconteceu com outras... As mães das primas das primas. Tias, avós...

- São espaços muito vagos. Meu pai achava que elas podem ter sido transformadas.

- Em vampiras? – Rosalie engasgou.

- Bem, eu não sei dizer exatamente. Acho que só Esme pode nos explicar o que realmente aconteceu. – Bella murmurou.

- Esme? – Matthew chamou-a.

Dois segundos depois, Esme aparecia na sala de estar, trazendo consigo uma bandeja com dois pedaços de bolo e duas jarras escuras. Habilidosamente, trazia na outra mão uma bandeja de copos, todos feitos de vidro vermelho fosco, com alguns detalhes em branco nas bordas. Ela sorriu e começou a servir nos copos. Dentro deles, um líquido viscoso e avermelhado se acomodava.

- Então, em que posso ajudar?

- Você era uma jovem-talento, como eu. – Bella disse. – Depois que você foi transformada, o que aconteceu com seus poderes?

- Quando eu era humana, meus dons eram como os seus. – Ela respondeu. – E claro, ainda tinha aquele detalhe, meu sangue, assim como o seu, era poderoso. Quando Carlisle se alimentou de mim pela primeira vez, ficou mais forte. Com Edward aconteceu à mesma coisa. Depois da transformação, nosso sangue perde essa capacidade, e ficamos apenas com toda aquela força mental, só que mais amplificada.

- Foi por isso que eu me senti mais forte lá na campina?

- Sim. Eu sabia que poderia te ajudar, se me concentrasse em você. – Ela disse sorrindo. – Mas voltando ao assunto... Se disseram que essas moças foram transformadas, posso dizer que... ou porque alguém necessitava do sangue delas, fazendo com que elas mesmas conseguissem que alguém as transformasse, pois assim seu sangue não valeria mais nada; ou porque alguém precisava daqueles poderes.

- Faz sentido. – Edward falou.

- Bom, a mais próxima que tem aqui, que está neste estava ‘vago’... Chama-se Elizabeth Swan. – Bella falou. – Morava em Chicago e nasceu em 1879.

- Não fala mais nada?

- Não, Rose. Aqui não diz mais nada. – Bella respondeu.

- Então acho que devemos ir até Chicago e averiguar, ver se encontramos registros dela por lá. – Edward falou.


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Notas finais do capítulo

Oii meninas! (:

Desculpem a demora, mas com o começo da facul, eu achei que eu ia ainda ter um tempinho, mas pelo visto não estou tendo tanto. Então, sempre que der, passo aqui :P

Vamos aos comentários dos reviews:

Bem, algumas de vocês mencionaram uma segunda temporada, sim, essa próxima fase da fic, a partir do capítulo de hoje, pode ser considerada uma segunda temporada. espero que gostem do que vai surgir por ai. ;)

Quanto ao comentário da Vic... Eu ainda não sei bem o que vai acontecer muito para frente na fic, até porque eu só escrevi até o capítulo 37, se não me falhe a memória... Então não posso dizer se vai haver uma Nessie ou não, ok? Essa é uma das poucas fics que consigo escrever sem um enredo.. ^^

Dando boas vindas á Jjack e á Boluol á fic, continuem comentando :D

PS: Continuem comentando,s enão o Drácula vai aparecer e cortar a cabeça de todo mundo hein!! muahuahua xD

Beijinhos

ps²: sigam @ninaxaubet >eu sempre posto alguma coisa sobre as fics por lá. xD pelo menos quando eu consigo tempo para escrever...
ps³: COMENTEM!!!



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