Lua Vermelha escrita por Lauren Reynolds, Jéh Paixão


Capítulo 13
Capítulo 11 - "E você é?!"


Notas iniciais do capítulo

Conversaremos lá embaixo! ;)



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Capítulo 11 – “E você é?!”

- Eu sou uma criança-prodígio, Leah.

A realidade agora era gritante. Toda aquela informação e, principalmente as últimas palavras de Bella, pareciam gritar dentro da cabeça de Leah. Tanto ela, quanto Bella, estavam absortas à realidade.

“Bellla!” Alguém a chamava. “Bella, acorde!”

- O que houve?! – Ela arregalou os olhos e arfou.

- Eu estive pensando... Se estiver tudo ligado, então existe um motivo para a guerra contra os frios. - Leah murmurou, voltando a si. Ela folheava um livro velho, de capa escura. Seus dedos viraram rapidamente as páginas amareladas e corroídas pela ação do tempo.

- A lenda da tribo. A guerra dos frios. As crianças poderosas. Eu. Você.

“Serenity era talentosa à sua maneira.” A voz de Jacob voltou com toda força. Eu tinha me esquecido! Céus! Esqueci-me desse detalhe! Bella gritava para si mesma. Seus dedos passavam pelos fios de cabelo nervosamente, seu olhar procurava em torno de si, em meio àqueles papéis espalhados, algo que pudesse comprovar e desvendar toda aquela história maluca. Iria surtar se continuasse com tantos segredos em sua vida.

“Ela despertou o interesse daqueles que não eram bem vindos, também.” A mente de Bella trabalhava em lembrar o que o líder da matilha havia dito naquela noite. Quem mandou não prestar atenção? Os que não eram bem vindos...

- Os que não eram bem vindos... – Ela murmurou. – Serenity foi cobiçada por homens da tribo e pelos inimigos também! – O ar faltou em seus pulmões. – Os únicos inimigos da tribo são...

[...]

- Quem resolve nos acordar em pleno meio da tarde? – Rosalie murmurou azeda.

- Está mudando. – Alice dizia, perdida em suas visões.

- O que ela está vendo, querido?

- Não sei, Esme. Não consigo ver. Algo está bloqueando. – Edward respondeu.

Jasper aconchegou Alice em seus braços. Todos os outros se sentaram no sofá, esperando que a baixinha pudesse responder às suas perguntas quando a visão acabasse. Essa era mais uma daquelas imagens embaralhadas e embaçadas que Alice tinha, e acabava num desmaio repentino. Edward rosnou baixo, ao sentir uma pontada em sua cabeça. Levou suas mãos às têmporas na tentativa de aplacar a dor.

- Um vampiro sente dor? – Emmett arregalou os olhos. Mostrou-se preocupado com o estado que o irmão estava.

- Pare, Edward, pare! – Alice gritava desesperada. – Não tente ver! Dói!

- Jasper, suba com Alice. Leve-a para o quarto e a acalme. – Esme disse altiva, numa das raras vezes em que se mostrava tão imponente aos outros. – Edward. Concentre-se. Olhe para mim. – O vampiro de cabelos acobreados continuava rosnando e rangendo os dentes. – Olhe para mim, Edward! – A matriarca do clã exclamou, assustando os outros com sua voz estridente.

Aos poucos, os gritos de Alice cessaram e os rosnados de Edward foram diminuindo. Ele encarava Esme, com as íris tão negras quanto à noite. A mente da vampira era um lugar calmo, pacífico.

- Não tente ver. Está claro que estão protegendo as visões. Se você tentar, Alice também vai sofrer. – Esme falou finalmente, colocando uma mão sobre o ombro do filho. – Está ficando cada vez mais claro. Não preciso ser uma vidente para saber.

- Está se aproximando, não é? – Uma voz adentrou o recinto.

Na penumbra da sala de estar, um vulto começava a ganhar forma. Sua silhueta torneada e a pele branca cintilavam com a pouca luz que entrava pelas frestas da porta. Os olhos tão dourados quanto os dos outros vampiros do clã, encaravam a cena.

- Matthew? – Carlisle encarou-o. – Seja bem vindo, meu filho.

- Obrigada, Carlisle. Tendo problemas com visões de novo, Ed? – Matt disse sarcasticamente.

- Você estava conversando com uma transmorfa? – Edward mudou de assunto, vendo na mente de Matt os últimos acontecimentos.

- Sim. E você devia me acompanhar para caçar um pouco. Jasper pode ficar cuidando da fadinha, enquanto eu e você caçamos. Já está hora de parar de agir como um vampiro alérgico a sol!

- Ele tem razão, filho. – Carlisle rebateu. – Sol forte, exposição direta. Qualquer um de nós pode resistir ao sol e você fica tempo demais dentro desta casa. Nosso sangue é tão forte quanto você imagina que é. Agora por favor, Matt, leve-o. Temos muito que pensar aqui.

[...]

- A última guerra da tribo foi há trinta anos! Jacob não sabe, mas eu o ouvi dizendo algo relacionado a isso. – Leah ponderou. – Como ele pode ter participado de uma guerra há trinta anos atrás?

- Ele é um lobo, Leah. Lobos não envelhecem, esqueceu?

- Não, eu sei disso. Mas acontece que um dia param de se transformar e aí sim voltam a envelhecer. Não sei, existe algo de estranho nesta história. – Ela procurava por pontos cegos na vida de Jacob Black.

- Nossa busca não terminou por aqui, Lee.

Assim, a tarde caiu, mas as duas continuaram a vasculhar todo e qualquer vestígio que Charlie e Renée Swan tinham deixado. Bella, mais do que nunca, ansiava por encontrar sua mãe e fazer perguntas. Era loucura pensar que podia encontrar sua mãe morta, mas que diferença fazia se ela descobrira, ainda a pouco, que não era uma humana normal?

O sol já ia de encontro com a linha do horizonte, misturando-se às nuvens mais densas e dando lugar à noite escura. O típico vento frio de Treesville cortava, em rajadas; mas não havia sinal de chuva nos céus da cidade. A Vila das Árvores, como também era chamada a cidade, ganhara uma noite fria, porém agradável. Eram mais de oito horas da noite, quando as duas trancaram a casa.

Muitas perguntas ainda tinham que ser respondidas. Bella ainda tinha que descobrir o que significava realmente ser uma humana anormal. Leah ainda iria descobrir qual o verdadeiro papel que o destino havia lhe dado nesta empreitada; os vampiros também tinham seus próprios enigmas, o principal deles era o por quê de Alice Cullen – clarividente – estar tendo visões que só deveriam vir quando a segunda Lua Vermelha aparecesse no céu.

Matt arrastou Edward pela floresta. Nenhum dos dois entrou no carro, o vampiro de cabelos escuros decidiu que seria melhor caminhar e aproveitar o vento da noite. Subindo a encosta da montanha, seguindo a estrada cada vez mais íngreme, eles correram, até o outro lado. Foi por lá que resolveram caçar.

- Obrigado. – Disse Edward, seus olhos ainda negros crispavam sobre Matt. – Eu teria enlouquecido.

- Disponha. – Respondeu o outro, com um sorriso gentil nos lábios. – Preciso falar com você. Sério.

Edward assentiu, mas ergueu-se e espreitou entre as árvores até encontrar o leão da montanha. Seus olhos negros cintilaram com a presa a vista. O leão encarou o vampiro, rosnou e logo em seguida sentou-se, esperando o bote que Edward daria.

- Matt, eu já detesto caçar animais e com você, gosto menos ainda. – Edward rosnou.

- Ok, desculpe. Força do hábito.

- Preciso de sangue melhor.

Os dois correram pela mata e quando se aproximavam da cidade, começaram a andar a passos humanos. Nenhum dos dois estava com pressa. Matthew caminhava silencioso ao lado de Edward, que despreocupadamente, tornou-se um espectador dos últimos momentos de Matt na floresta.

[...]

Bella trancou a garagem e ela e Leah foram em direção ao Grills, uma lanchonete, churrascaria e tudo mais o que uma cidade do tamanho de Treesville poderia ter de passatempo. A maioria dos humanos, e alguns vampiros – só os mais corajosos -, costumavam freqüentar aquele lugar. Com as investidas de Jacob Black aos vampiros, alguns deles preferiam viver no anonimato, ao invés de arriscarem seus preciosos corpos imortais em uma luta contra o Lobo Líder.

- Preciso de algo que me dê forças... Estou cansada, acredita?

- Cansaço mental. Eu sei como é. – Leah riu baixinho.

- Vou ao banheiro. – Bella levantou-se e antes de seguir, disse. – Peça o de sempre. Mas dessa vez eu quero com fritas!

Leah riu mais uma vez, quando sentiu uma inquietação em sua alma. Algo palpitando invisivelmente.

Nesse instante, Edward e Matt entravam na lanchonete. Já passavam das nove e meia quando eles chegaram, três minutos depois de Bella entrar no banheiro. Quando saiu, uma brisa entrou pela porta do bar, que estava encostada. Seu cabelo esvoaçou-se e o aroma atingiu Edward em cheio, que retraiu seus músculos. Sua garganta ardeu. Suas orbes, agora douradas, acompanharam a garota que ia despreocupadamente até seu lugar em frente à Leah.

Matt acompanhou o olhar de Edward, até que todo o seu mundo girou e virou do avesso.

- Não diga. – Edward sibilou, mas não pôde conter Matt, que andava como um robô até onde Leah estava.

Sem mais o que fazer, o vampiro se cabelos acobreados seguiu o outro, que parou em frente à mesa. Leah ergueu os olhos vagarosamente, até que sentiu aquela sensação familiar ao encará-lo.

Matthew. Ela pensou.

- Você é...

- Sim. – Os dois se olhavam, fazendo parecer que estavam sozinhos no mundo.

- Oi. – Edward disse a Bella, sentando-se ao lado dela.

- Oi. – Ela esgueirou-se mais para o canto.

- Não vou te machucar. – Ele disse tentando controlar a voz e o instinto do monstro que queria sair e morder aquela garganta. – Embora seu cheiro seja ótimo. – Bella revirou os olhos. – Ok, desculpe. Péssima forma de começar.

- E você é? – Bella ergueu uma sobrancelha.

- Sou Edward Cullen. Este é Matthew, meu irmão.

Matthew. O Cara – vampiro – que teve um imprinting com a Leah, era irmão de Edward Cullen, também vampiro. E Edward Cullen era o cara que... Bella formava uma linha de pensamento que começara a lhe deixar confusa. Ela encarou o vampiro ao seu lado e perdeu-se nas íris douradas.

Edward também se esqueceu do mundo, do universo e de todo o resto. Como podia um olhar lhe prender tanto quanto aquele?

- Você me salvou... – Bella tentava formar frases conexas. – Daqueles caras.

- Então era você. – Ele murmurou, sem quebrar o contato visual. – Então ela era...

- Eu era a pantera. E também a Lince que encontrou na floresta hoje. – Leah disse.

- Uma transmorfa... Que teve um imprinting com um Vampiro. Isso está ficando interessante. – Um sorriso debochado formou-se nos lábios de Edward.

- Você não era um vampiro. – Leah foi objetiva. – Transmorfas não tem imprinting. Só lobos.

- E aí está o segredo! – Edward riu baixo, sendo acompanhado por Bella. – A propósito, não sei o seu nome.

- Isabella Swan. Bella.


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Notas finais do capítulo

Então, gostaram né??

*--* De agora em diante, as coisas vão melhorar, prometo... Nos próximos capítulos as agitações vão começar o/

Comente, critiquem, opinem... Recomendem!
Mas, NAO DEIXEM DE MANDAR UM REVIEW!!! *--*

Beijinhos
@ninaxaubet



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