Lua Vermelha escrita por Lauren Reynolds, Jéh Paixão


Capítulo 12
Capítulo 10 - Criança-Prodígio


Notas iniciais do capítulo

Hey everyone! As coisas começam a esquentar *o*~~
Espero que gostem!

Comentem!



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Capítulo 10 – Criança-prodígio.

Bella entrou na caminhonete e saiu da propriedade de Jacob, andou alguns quilômetros até que encontrou Leah em uma bifurcação que existia no caminho  para Treesville. Leah entrou na caminhonete. Seguiram em silêncio por um tempo, até que Bella o quebrou.

- Então, o que fez hoje pela manhã?

- Fui correr e encontrei alguém. – Ela disse baixo, como se não quisessem que ouvissem-na.

- Alguém? Tipo... Do bando?

- Não. Alguém que vive naquela  mansão... Um...

- Frio.

- Sim. Um frio.

- MAS COMO ASSIM VOCÊ ENCONTROU UM INIMIGO NO MEIO DO NADA?

Leah bufou. Sentiu o sangue ferver. A impaciência de Bella e a sua antecipação lhe irritavam de uma forma que ela nunca imaginara. Mas o porque de ter ficado tão irritada assim, ela mesma não tinha idéia, a única coisa que se passava em sua cabeça, era que aquele frio, tinha algo que lhe era familiar e acima de tudo, ele não parecia ser o que todos diziam.

- Eu estava correndo e de repente ouvi um farfalhar. Senti um cheiro diferente. Então ele saltou, parou bem à minha frente. Branco, alto, cabelos ondulados, castanhos. Olhos dourados.

- Olhos... Dourados? – Bella indagou.

- Sim. Ele me disse que está voltando para se aliar ao clã Cullen. – Leah murmurou.

- Se ele tem olhos dourados, então quer dizer que ele pertence ao clã Cullen.

- É, você está certa. Ele deve ter sido transformado por alguém de lá. E adivinhe. Ele veio se aliar aos Cullen.

- Porque se aliar a eles? Vai haver alguma guerra?

Flashback. Uma hora atrás.

Leah andava de um lado para o outro. Sua cauda abanava freneticamente e seus olhos encaravam seu inimigo. Porém nenhum dos dois fez menção de atacar. Matthew estava relaxado, somente Leah que mantinha uma posição relativamente a postos para qualquer eventualidade.

Se veio juntar-se aos Cullen, então imagino que haverá uma guerra. Pensou Leah.

- Sim, gatinha. Pelo jeito é o que acontece. O por quê, eu não faço a mínima. – Matthew levantou as mãos e suspirou. – Eu já disse. Não. Vou. Te. Atacar.

Não confio em frios. Ela deu um quase rosnado.

- Se é assim... – O vampiro murmurou mais para si mesmo do que para a felina. – Já se perguntou o porque de eu estar lendo seus pensamentos?

Você é um telepata. Que grande novidade há nisso? Desdenhou ela.

- Em todo o clã Cullen, só existe um telepata, que não sou eu. Eu tenho uma certa habilidade de controlar animais, então quando vi uma lince vagando por aqui, tentei usar meu dom, só então percebi que não conseguia e percebi que eu podia ler você. Porque você não é somente um animal. – Matthew deu de ombros. Suas orbes douradas encararam profundamente os olhos de Leah.

Nesse instante, o vampiro sentiu como se todo o seu mundo despencasse e então se deu conta de que sua vida ganhara um novo sentido. A terra já não era mais o que prendia ele ali naquele lugar, mas sim uma certa pessoa – ou no caso, animal, melhor dizendo. Leah sentiu seu coração acelerar e percebeu que algo entre eles havia mudado.

Isso não pode ter acontecido. Ela pensou, ainda tentando digerir o momento de dois segundos atrás. Você é um... E eu não sou uma... Oh deus!

- Desculpe. – Matt sibilou. – Você é uma transmorfa, não uma lobisomem. Mas eu já fui um.

Fim do flashback.

- OMG!

- Eu sei, eu ainda não digeri tudo isso direito, Bella. Mas foi tudo tão rápido. Foi como se alguém tivesse mantido meus olhos fechados durante toda minha vida... E aí... Eu finalmente os abro. É como se eu visse o mar pela primeira vez; como se eu visse uma praia paradisíaca. – A garota dizia maravilhada. – Eu não sei dizer como me sinto exatamente.

Bella ponderou por um tempo. Leah sempre esteve ao seu lado quando precisasse, acolheu-a quando Bella mais precisou, e algumas vezes já sofreu por alguém que não a queria. Ela sempre achara que Leah nunca iria se recuperar do rompimento de Sam, que a deixou para ir embora com Emily, a filha transmorfa de um outro ancião de uma tribo no sul.

- Mas você não tem os genes dos lobos. Como pode ter sofrido um imprinting? Que eu saiba, só os lobos sofrem imprinting.

- Sim. – Leah assentiu.

- OMG! – Bella engasgou. – Ele é... ou era, eu acho...

- Sim. Matt era um lobo.

- Ok, isso explica o porque dessa atração.

O sol morno da tarde atravessava as nuvens brancas e cinzentas. Pincelava o alto da copa das árvores com um certo brilho dourado. Era outono e logo as folhas começariam a cair, para mais tarde dar lugar à neve.

A picape de Bella corria pela estrada sinuosa até a cidade de Treesville. Ela e Leah não trocaram palavra alguma durante todo o percurso até a civilização. Bella estranhava o aparecimento do vampiro e, mais ainda estranhava o imprinting dele com Leah. Mas havia algo que Bella não tinha parado para pensar, só Leah que chegou a cogitar esse novo mistério; porque raios um lobisomem foi transformado em vampiro? Pensou a transmorfa.

Já passava das duas horas quando Bella estacionara a idosa picape na garagem da casa que fora sua, há alguns anos. Leah a seguiu, silenciosa, pelos corredores, até chegar numa porta branca, com duas maçanetas centrais. Bella girou a chave dourada e empurrou as portas.

- Este era o escritório dos meus pais. – Disse ela, antecedendo-se à Leah.

O escritório era todo em carvalho, com estantes altas repletas de livros. Havia duas escadas que corriam por pequenos trilhos presos no topo das estantes; por trás de uma mesa de carvalho, com detalhes entalhados nos pés, estava uma poltrona de estofado verde escuro, em veludo. Havia mais poltronas e uma banqueta próxima à janela. Luminárias e pilhas e pilhas de papéis na grande mesa.

- Está do jeito que meus pais deixaram.

- Eles estavam fazendo algum tipo de estudo sobre alguma coisa? – Leah perguntou, dando a volta em torno da mesa  e olhando todos aqueles papéis.

- Não sei ao certo. Só me lembro que eles estavam pesquisando alguma coisa. Mas depois eu verifico isso. Eu quero saber se minha mãe sabia de alguma coisa relacionada ao mistério com Jacob.

Bella e Leah reviravam alguns livros e hora ou outra subiam e percorriam as mãos pelos livros empoeirados das enormes estantes. Bella sentou-se na poltrona que era de seu pai e começou a mexer em todos os papéis.

- Lee, olha! – Ela exclamou antes de ler a folha amarelada. – Criança-prodígio. Jovens-dotados, talentosos ou qualquer outra derivação, refere-se às crianças e jovens (meninas) que fazem parte de uma linhagem de poderosas mulheres de famílias com antecedentes que seguem esta linha.

- Como assim? Quer dizer... Só meninas que têm poderes, é isso? – A amiga engasgou. – Estou começando a me assustar com toda essa história.

- Como se um vampiro sofrendo imprinting com uma transmorfa não fosse assustador. – Bella riu. – Vamos, me ajude achar algum livro que seja da minha família. Olhe no alto, por favor.

Não demorou muito até que Leah, usando sua visão melhorada, apontasse o livro de capa vermelha – desgastada – que estava no alto da estante de madeira. Bella subiu numa das escadas e o pegou. Era pesado, com as páginas amareladas e velhas. Em letras ornamentadas com arabescos, havia a inscrição: Swan.

Bella virou a primeira página. Estava escrito: Família Swan. Virou a segunda e a terceira, a quarta, a quinta... Conforme foi virando, foi vendo que em cada página, havia uma família e seus membros. Uma mulher, a esposa; um homem, o marido; e uma, duas ou três filhas. Havia datas em cada uma dessas pessoas, suas idades e seus nomes. Mas também havia algo que tanto Bella, quanto Leah, notaram. As mulheres da família tinham uma moldura em torno de suas fotos. E somente as mulheres tinham aquilo.

Leah saiu do lado de Bella e pegou alguns papéis que caíram do meio do livro. Ela abriu cada um deles e viu que formavam uma estranha combinação.

- B. Olhe isso. – Ela disse embasbacada.

- Leah. Tem o meu nome aqui, Bella disse olhando o livro. – Com a minha foto. Com a mesma moldura.

- É. Eu sei. – Respondeu ela. – Tem o seu nome e o meu aqui.

- Hã?!

- Isso é uma árvore genealógica, B. – Leah respondeu. – Você está aqui. Todas as mulheres desse livro estão aqui, com suas filhas e maridos. E eu estou aqui, com meu pai e minha mãe, e meu irmão.

- Então... isso quer dizer que seu pai não é um Clearwater. É a sua mãe! Porque Harry era um...

- SWAN! – Elas disseram em uníssono. – OMG!

- Você... é minha... prima. Leah, você é minha prima... De sangue!

- Então o motivo de estarmos juntas na família, deve ser o mesmo porque Jake esconde algo. E, algo me diz que o estudo sobre crianças-talento, prodígio, ou seja lá o que for, está relacionado à sua família.

- A nossa família. – Bella murmurou.

As duas levantaram-se do chão do escritório empoeirado e voltaram a mesa, onde releram algumas informações sobre crianças-prodígio. Bella e Leah corriam seus dedos pelas páginas soltas. Até que, depois de um certo tempo, algo chamou atenção. Bella leu novamente a folha e então ergueu sua cabeça, fitando vazio.

- Aqui diz que não se sabe de onde elas vêm, mas sabe-se que surgem. – Leah disse. – Vivem como humanas, mas tem uma longevidade maior que a dos humanos normais. Sobre seus talentos não diz nada.

- Leah. Se eu dissesse que essa pesquisa está relacionada a nossa família e que está relacionada a mim, você acreditaria?

- Não estou entendendo, Bella...

- Eu li, aqui mesmo, antes de acharmos a biografia de cada membro da família, que são só meninas que podem ter esse tal talento. E então eu vejo num livro que SÓ AS MULHERES estão marcadas. Vejo na sala de Jacob o meu nome. E descubro que você é minha única parente viva, quando eu achava que só existia eu no mundo.

- Isso tudo quer dizer que...

- Eu sou uma criança-prodígio, Leah.


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Notas finais do capítulo

Well, hora de comentar bastante, porque agroa as coisas vão coemçar a tomar seu rumo (ou não) xP

Beijinhos ;)



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