Lua Vermelha escrita por Lauren Reynolds, Jéh Paixão


Capítulo 11
Capítulo 09 - Enganos


Notas iniciais do capítulo

Hey people!

Mais um cap de LV para vocês!
Aqui vocês vão notar que as coisas começam a se desenrolar, então fiquem atentos a esses capítulos e qualquer dúvida, comuniquee! ^^

Obrigado pelas indicações babys! :D

Beijinhos



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Capítulo 09 – Enganos

Assim que o dia seguinte ao seu aniversário pontou no horizonte, Bella levantou-se com uma certa empolgação; foi abrindo as janelas e deixando o sol parcialmente exposto por uma nuvem, entrar no quarto. Assim que saiu do banheiro, colocou uma roupa fresca e então puxou a coberta de Leah, que acordou atordoada.

– O que aconteceu? – Leah perguntou.

– Simples. Hoje começo a colocar meu plano em prática. A noite de ontem me deu motivos suficientes para tal.

– Então vai lá, poderosa!

As duas explodiram em risadas. Jacob, que passava pelo corredor ouviu somente as risadas e sorriu para si mesmo. Talvez eu ainda não esteja tão perdido. Jacob pensava de uma forma encorajadora.

Bella desceu para a cozinha e sentou-se sobre o banco alto. Jacob voltou logo em seguida, trajando uma camisa branca, que deixava seu peitoral marcado. Ele sorriu ao ver Bella e então se sentou ao lado dela.

– Posso ficar aqui?

– Claro. – Ela disse sorrindo. Eu vou conseguir. – Então, o que vai fazer hoje?

– Tenho que sair com o bando, por quê?

– Pensei que pudéssemos caminhar um pouco pela praia... Fazer um lanche mais tarde e então depois do almoço, eu vou para a cidade com a Leah e você vai fazer suas coisas com o Bando. – Ela sorriu um pouco mais.

– Hum... – Ponderou por um instante. – Tudo bem. Então vá se trocar. Eu farei os lanches. Tudo bem se a Leah ficar aqui?

– Ahh, a Leah disse que queria correr.

– Ok então.

Bella subiu as escadas correndo, de dois em dois degraus. Jacob ficara na cozinha e respirou aliviado por um tempo. Ele tirou o celular do bolso e discou um número de sua agenda. Na pequena vila próxima à propriedade, Quil atendeu.

– Quil? Tive uma chance para aproximação. Não posso desperdiçar. Nos encontramos hoje à tarde, à uma hora, em sua casa. – Ele murmurou rapidamente.

No quarto, Bella colocava um traje de banho. Um maiô, preto, que delineava seu corpo e atrás era como se fosse um biquíni. Leah estava sentada na cadeira com estofado rosa, da escrivaninha onde ficava o notebook. Ela só encarava Bella e já sabia o que a amiga pretendia. Bella jogou uma bolsa de praia em cima da cama e ia recolhendo alguns apetrechos que iria usar.

– Então, o que vai fazer hoje?

– Vou sair com Jacob agora, até o horário do almoço. A uma hora nós voltamos e depois vamos JUNTAS para a cidade. – Bella falou. – Beijinho!

– Até!

– Jacob... – Bella murmurou.

– Diga.

– Vamos correndo?

– O quê?

– É, eu nunca corri nas suas costas, por favor?! – Ela piscou algumas vezes seguidas fazendo carinha de pidona.

– Tudo bem.

POV da Bella

Jacob saiu correndo à minha frente, eu fiquei com a cesta de piquenique na mão e fui atrás dele. Eu ouvi um bater de patas, leve e pesado ao mesmo tempo. Quando abri a porta dos fundos, um enorme lobo castanho avermelhado estava parado a minha frente. Jake abaixou-se e maneou sua cabeça. Agarrei a cesta e fui ao lado dele, assim, subi no enorme lobo.

Vai ficar na palma da minha mão, Jacob Black. Eu dizia para mim mesma desde que acordei. Vai me contar o seu segredo. Ah se vai!

As árvores passavam rapidamente por mim, o cheiro da mata junto com o do mar era delicioso e isso eu não negava. Não me imaginava vivendo em outro lugar, a não ser na cidade, que tinha toda aquela coisa de agitação. Mas, o fato era outro. Leah tinha razão quando dizia que ele era mesmo bonito. E eu tinha razão quando percebi o quão bem ele beijava. Aquelas mãos... Aquele tanquinho... Aquela pele quente...

Jacob parou em uma parte deserta da praia de La push. Perto do vilarejo, mas eu sabia muito bem que quase ninguém freqüentava aquele lugar por medo dos espíritos antigos da tribo. Desci de suas costas e fui até a sombra de uma árvore litorânea, onde uma grama fina se estendia.

– Então... – Ele disse depois de alguns minutos, já humano e já com roupa.

– Não sei por que não queria que eu corresse com você. É ótimo!

– Que bom que gostou. – Jacob aproximou-se de mim e deixou seus lábios tocarem os meus.

POV da Autora

Os lábios dele tocaram os dela e em pouco tempo, menos do que o imaginado, o beijo tornara-se urgente. Bella entrelaçou seus dedos nos fios curtos e castanhos do cabelo dele, e arfava quando sentia a boca carnuda descendo pelo seu pescoço e parando na base. Aos poucos, Jacob foi deitando o corpo de Bella sobre a toalha estendida e logo teve um vislumbre de todas aquelas curvas à sua frente.

No mesmo instante parou.

– O que houve? – Bella surpreendeu-se com a atitude.

– Não posso. – Declarou ele.

– E porque não?

– Porque... Porque... Talvez não seja a hora. – E não é mesmo. Completou ele mentalmente. – Eu acabei de ter o seu carinho. Quer dizer... Você acabou de vir para mim e-

– Shii!!! Tenho certeza que... – O que quer que seja o motivo vai me contar depois. – Podemos esperar.

– Certo.

Jacob estava sendo enganado por Bella e, diga-se de passagem, muito bem engano. Mas Bella também se enganava ao pensar que seu jogo estaria funcionando totalmente. Ela esquecera-se de apenas um detalhe: Como ficaria seu coração?

– Sabe, - Ela disse depois de voltar à sombra. – tenho sonhado com minha mãe.

– Dona Renée? – Ele perguntou surpreso. – Por quê?

– Não sei. É como se ela falasse comigo.

– O que ela diz? – Ele franziu o cenho.

– Diz que a hora está chegando. Esse tipo de coisa. – Bella comentou. – Sabe o que pode ser?

– O povo da tribo acredita em sinais. – Ele respondeu, traçando círculos sobre a palma da mão dela. – Às vezes um sonho pode significar tudo ou nada.

– Não entendo.

Droga. Pensou Jacob. Se eu contar a Bella toda a verdade, provavelmente ela vai acabar fugindo de mim. Eu a conheço muito bem para saber que faria isso.

– Eu não sei. Mas sempre tive a impressão de que você veio para mim por algum motivo.

– Isso é bom. – ela sorriu gentilmente e beijou-lhe novamente. – Acho que posso até estar começando a gostar de você, Jake.

– Isso é bom. – Ele repetiu as palavras dela. – Muito bom.

Jacob e Bella continuaram conversando e trocando carícias enquanto o tempo passava lentamente, mas quando já haviam almoçado, Jacob dissera que precisaria voltar e levá-la para casa. Bella assentiu, sem nada dizer. Quando ele já havia se transformado num enorme lobo castanho avermelhado, Bella subiu em suas costas e os dois voltaram para a casa no campo.

Um pouco antes do meio dia, Leah caminhava em sua forma felina – a conhecida lince – pela floresta nos arredores da propriedade. Suas patas batiam tão leves e silenciosas, que somente alguém com um ouvido apurado poderiam ouvi-la. Ela esgueirou-se por entre alguns arbustos e estacou, quando sentiu um cheiro diferente.

Alguém aí? Ela perguntou mentalmente. Ora, larga mão de ser besta, Leah. O bando não pode te ouvir!

O bando não podia ouvi-la, a não ser aqueles que tinham ouvidos ‘como os dela’. A lince flexionou as patas e abaixou-se, silenciosamente, foi andando por entre os arbustos. Os pêlos de toda a extensão de sua coluna estavam eriçados. Só me sinto assim quando existe um tipo de ser por perto. Pensou ela.

Há poucos metros de onde a lince estava, um ser dava passos lentos, leves como se fossem plumas caindo por sobre as folhagens secas. O homem parou ao sentir uma aproximação. Sentiu um cheiro que ao seu faro, era doce e suave, ao mesmo tempo. O homem deu um pequeno impulso e parou sobre o galho de uma árvore. Ele tinha o porte de alguém forte, a pele branca, os cabelos escuros e lisos, mas curtos. Os olhos eram dourados.

Está perto. Leah e o vampiro pensaram em sintonia.

A lince esgueirava-se pela base das árvores, sem se dar conta do vampiro que estava no alto de uma delas; quando menos esperou, já havia alguém a sua frente. Instintivamente, a felina flexionou as patas e entrou em posição de ataque. O vampiro abriu os braços e soltou um rosnado. Os dois ficaram encarando-se por alguns instantes, até que ele quebrou o silencio.

– Não estou caçando. – Ele dizia rapidamente. Leah soltou um rosnado baixo. Sei, não confio em vampiros. – Sei que não confia em mim.

Lê pensamentos, seu idiota? Pensou Leah. Sua cauda abanava-se freneticamente.

– Na verdade sim. – Ele sorriu. – Mas só leio de quem eu quero.

Quem é você e que faz aqui? Ela pensou rudemente.

– Eu já disse. Não estou caçando. Mas porque eu deveria contar o que vou fazer para alguém como... Você? – Ele desdenhou.

Fique longe das terras do Black. Pelo menos sabe onde está andando. Os limites ficam há cinco milhas daqui, a leste. Ela alertou-o. Mas algo dentro de si dizia que ele não estava mentindo.

– Tudo bem. Sem ressentimentos. Meu nome é Matthew. Chame-me de Matt.

Hum... Tudo bem. Chamo-me Leah. Ela abaixou a cabeça e ergueu-a novamente, em sinal de cumprimento. Diga-me, o que faz tão perto dos nossos limites?

– Vim para esta cidade para me juntar ao clã Cullen. Você é nossa inimiga, pertence ao bando do Black. – Ele afastou-se alguns passos.

Na verdade, não. Eu sou diferente dos lobos. E eles não estão ouvindo nossa conversa. Eles não me ouvem. E, bom, eu não sou tão fã do Black quanto acha. Pelo contrário. Leah deu de ombros. Para ela não fazia muita diferença se os frios resolvessem atacar agora ou não. Sua lealdade ao bando não ia tão longe assim, pelo menos não até descobrir todos os motivos por trás dos segredos da tribo e de Bella. Já não era mais uma questão pessoal, mas sim de honra.

Leah tinha certeza que esse tal Matt era alguém com quem podia sempre contar. Os dois continuaram sentados no pé da árvore em que Matt antes estava por algum tempo, até que fosse o momento de ir para a cidade com Bella.


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Notas finais do capítulo

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