Um Harry Potter Diferente escrita por Gui_Lion


Capítulo 6
Capítulo 6




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Capítulo VI-Beco Diagonal


Apareceu no meio da sala, onde Cecília brincava com um monte de cartas, que ele reconheceu como sendo cartas de Snap Explosivo.Quando ela o viu jogou as cartas que explodiram e pulou no pescoço de Harry.

-Irmão você voltou.

Logo que pulou no pescoço de Harry, o mesmo a pegou no colo e a girou como sempre fazia, depois a jogou no sofá e começou a fazer cócegas na pequena que gargalhava altamente, fazendo Sirius entrar na sala com a varinha em punho.

-Vocês dois precisam fazer esse escândalo todo?-ralhou Sirius.-E ainda botam fogo no tapete da sala.AGUAMENTI.-um jato de água apagou o fogo no tapete, percebeu que tinha algo errado com o afilhado principalmente pelo cheiro que estava vindo dele.-Ceci que tal ir tomar seu banho para sairmos e comemorarmos o aniversario do Harry?

-Eba!-gritou Cecília entusiasmada, e subiu correndo as escadas.

-O que aconteceu? –perguntou seriamente.-E não adianta tentar esconder nada, posso perceber que alguma coisa deu errada.

-Matt foi morto por um grupo de vampiros.-falou abalado, mas tentando esconder seus sentimentos como havia aprendido no seu treinamento.

-Então finalmente os rastreadores o capturaram.-falou triste pelo amigo.-Vamos para o escritório, onde contarei toda a história de Matt.Mas antes queria saber como conseguiu se salvar.

-Matt fez um ritual de banimento para me salvar.

-Entendo.-falou Sirius começando a contar o que sabia sobre Matt.

“Matt já nasceu vampiro, ou seja, é um sangue-puro.Durante muitos séculos serviu o clã onde ele nasceu, mas por algum motivo que apenas ele sabia se revoltou contra a sua raça e seu clã, roubando o bem mais precioso deles.Por isso foi considerado um criminoso e caçado pelos rastreadores.Fazia mais ou menos duzentos anos que ele conseguia escapar deles, foi nessa época que conheceu a família Potter, quando eles o salvaram de ser capturado, e se tornou amigo deles.Durante as gerações seguintes continuou ajudando os Potter como gratidão, por isso nunca parava em um lugar apenas, durante os séculos obteve muitas profecias de grades profetas, na última vez que eu vi ele, ele me contou que treinar você seria a ultima coisa que faria.”

-Quer dizer que tudo isso foi por causa de um livro?-exclamou Harry espantado.

-Sim, segundo ele aquele livro é um dos ‘Três Livros de Cronos’, deve conhecer esses livros, não?-Harry apenas afirmou.-Agora entendeu o motivo deles o caçarem tanto.Temos que ver como vai ficar a questão do seu treinamento.

-Ele deixou uma carta para você, talvez esteja escrita nela como seguir o meu treinamento.-falou Harry dando a carta para Sirius.

-Obrigado.-falou Sirius pegando a carta.-Suba e tome um banho, que daqui uma hora vamos sair para comemorar seu aniversario.

Enquanto Harry subia para seu quarto para se arrumar, Sirius lia a carta de Matt, onde estavam escritas as informações necessárias para o treinamento de Harry continuar.Tão absorto na leitura, acabou não percebendo Marlene e Remo entrarem no escritório.

-O Harry já chegou querido?-perguntou sobressaltando Sirius.

-Que susto vocês dois me deram.Ele está no quarto dele se arrumando, e a Cecília também, estão entusiasmados para o passeio.

-E qual o motivo da sua tristeza?-perguntou Remo, notando que o amigo estava igual à vez em que Tiago e Lílian morreram.

-Matt foi morto pelos rastreadores.-falou Sirius encarando Remo.

-Como o Harry conseguiu escapar deles?E precisamos ver como vai ficar o treinamento dele.-falou Remo muito rápido não dando chance de ninguém falar.

-Matt o salvou com um ritual de banimento.E quanto ao treinamento não precisamos ficar preocupados, parece que nosso amigo sabia do destino dele, e deixou uma carta explicando como seguir em frente.

-Começa a soltar essa língua, e contar o que tinha na carta.-falou Marlene.

-Ele pediu para que nós treinássemos o Harry em magia durante dois anos, depois mandar ele até os Estados Unidos, onde um conhecido dele vai treina-lo em combate armado, pelo menos o básico, e também para uma academia no Japão...

-Academia no Japão?-questionou Remo.

-É segundo a explicação na carta, nessa academia o Harry aprenderia a arte dos shinobis, os ninjas.-falou Sirius.-E se ele quiser ir para Hogwarts, e para deixarmos.-eles começaram a conversar sobre que deveriam fazer, até que tiveram que parar, por causa de Cecília que começou a chamar por eles.

*-*

Harry já estava pronto e brincava com Cecília, eles esperavam os Longbottom que estavam muito atrasados, para comemorar o seu aniversário.Nesse ano planejaram levar o garoto para um parque de diversões trouxa.

-Finalmente vocês chegaram.-falou Sirius impaciente vendo os amigos chegarem.

-Parece um velho reclamando Almofadinhas, estamos atrasados apenas alguns minutos, e o Harry é quem deveria ficar chateado.-falou Frank para o amigo.

-Não se preocupe tio Frank, o padrinho esta ficando velho demais.-falou Harry cumprimentando Neville.

-Respeito é bom e eu gosto.-falou Sirius bravo.

-Ele continua sendo um ator nato.-falou Alice se pronunciando pela primeira vez.

Nesse clima festivo, eles partiram para o parque de diversões passar o dia inteiro.Harry planejava tentar esquecer a dor da perda de Matt.

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Minerva McGonagall estava atordoada com as informações que acabava de receber de Dumbledore.Quando ele quis deixar Harry sobre os cuidados dos trouxas ela foi totalmente contra, tinha pedido para cuidar do garoto, mas o diretor concluirá que era melhor Harry crescer na comunidade trouxa, onde estaria a salvo dos perigos.Pelo jeito tinha se enganado, o menino havia sido morto do mesmo jeito, por causa, de um incêndio que acreditava ser obra de bruxos das trevas querendo vingança.

-Já tentou conversar com Sirius ou Marlene?-perguntou aflita.-Afinal eles são padrinhos do Harry.

-Claro que sim, mas eles pertencem a Onbu e você sabe que não tenho esse tipo de influencia, eles são uma organização que não respondem a pessoas de fora.Provavelmente não a nada que possamos fazer, a não ser rezar para Merlin que ele esteja vivo em algum lugar.

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Harry estava deitado na sua cama pensando se seus aniversários seriam marcados por mortes.Enquanto pensava em Matt, acabou se lembrando do livro que achou no cofre e ele tinha certeza que era o mesmo livro que ele havia roubado dos vampiros, foi até a sua mochila e pegou o livro de capa negra e começou a olha-lo.

O livro continha a história sobre a Magia, não apenas a magia que os bruxos usavam, mas também a magia das outras criaturas.Havia também alguns rituais, dentre eles o de banimento e a magia que achou mais complicada a magia da natureza.Lendo alguns dos feitiços encontrou, magia negra e branca, magia profana e divina, eram feitiços extremamente difíceis e ele não podia realiza-las sem um condutor mágico, ou seja, uma varinha.Mesmo ele tendo a capacidade de realizar magia sem o auxilio da varinha, fato que não contou a ninguém, apenas para Cecília que o viu praticar uma vez, conseguia apenas feitiços simples.Fechou o livro e resolveu dormir, tendo sonhos sobre um campo com diversas pessoas felizes, incluindo seus pais.

*-*

Cecília resolveu acordar seu irmão, mas para fazer isso iria pregar uma peça nele.Andando devagar, sem fazer barulho, entrou no quaro de Harry segurando uma bomba de bosta na mão direita, quando estava pronta pra lançar a bomba e gritar alguma coisa, uma mão segurou seu pulso.

-Dessa vez, você não vai fazer isso comigo irmãzinha.falou Harry sorrindo marotamente.

-Droga.-falou emburrada.-Você nunca levanta cedo quando fica aqui, principalmente no dia seguinte do seu aniversário.

-É simples, ontem à noite antes de me deitar coloquei uma linha na porta do seu quarto e quando você pisou fez aquele sino tocar.-falou Harry apontando para um sino em cima da sua cama.

-Estragou a minha brincadeira.-fazendo manha.

-O tio Aluado tá dormindo aqui, você sabia?-sugeriu Harry.

Cecília correu direto para o quarto de hospedes, mas antes que lançasse a bomba de bosta Harry a interrompeu novamente, antes que reclamasse ele mostrou um balde cheio de água.

-Em vez de atacarmos, faremos algo mais divertido.Coloca a bomba perto da cama dele, e grita para ele acordar.Quando ele fizer isso vai pisar e fazer a bomba explodir nele.

-E esse balde?

-Depois que ele fiar todo melecado, e antes que ele possa gritar a água vai cair em cima dele.-falou Harry levitando o balde.

Cecília colocou a bomba no chão e esperou Harry posicionar o balde no local certo, o moreno fez um sinal e ela gritou assustando Remo e fazendo com que ele levantasse pisando bem em cima da armadilha.

-Suas pestes.-gritou Remo sem ver nada.

Harry estalou os dedos e o balde caiu em cima de Remo, antes que ele pudesse fazer alguma coisa contra eles, ambos correram para a sala de estar tomar o café.Encontraram Marlene arrumando a mesa e arqueando as sobrancelhas  para eles.

-O que foi que vocês dois aprontaram?-questionou astutamente.

-Nada.-falaram juntos, fazendo uma cara de inocência.

-Vou fingir que acredito nisso, sentem e tomem seu café-da-manhã.

Os dois começaram a comer, Harry muito mais que Cecília.Minutos depois Sirius desceu animado e com um sorriso no rosto.

-Bom dia.-falou feliz, dando um beijo em todos.

-Estranho você ter levantado primeiro que o Aluado.-falou Marlene estranhando.

-A culpa Lene é dessas duas pestes que estão sentadas, fingindo não saber nada.-falou Remo descendo as escadas com o cabelo molhado.

-Como assim?

-Eles apenas pregaram uma peça inocente no Aluado, e ele não aceitou muito bem.-falou Sirius piscando para a filha e o afilhado.

-Você chama de inocente fazer eles me acordarem aos gritos, explodirem uma bomba de bosta na minha cara e jogar um balde de água fria?-perguntou Remo ficando vermelho.

-Eles fizeram isso?-perguntou Marlene segurando a vontade de gargalhar do amigo.

-Pode rir mamãe, o tio Aluado não vai se importar.-falou Cecília sorrindo para Remo.

Lene não agüentou e começou a dar risada de Remo, o mesmo sentou emburrado na mesa e começou a se servir e comer em silêncio.Passado a alguns minutos do ataque de risos de Lene que contagiou a todos, menos Remo, eles pararam e começaram a comer.

-Cecília vai colocar uma roupa que iremos fazer a sua matricula na escola trouxa.-falou Lene para a filha que subiu rapidamente.

-Você também deve ir se vestir Harry, iremos ao Gringotes, quero que pegue a sua pedra metamórfica para não ser reconhecido.-falou Sirius ao afilhado que mesmo sem entender concordou.

*-*

Ao chegar no seu quarto Harry começou a se trocar, pegou a pedra no fundo da mala e a apertou ficando com os cabelos vermelhos e os olhos negros.Quando estava prestes a sair do quarto o ovo do falcão começou a brilhar intensamente e sentiu na sua mente a mesma coisa de quando havia pegado o ovo na árvore, como se fosse um guincho, a casca começou a se quebrar e um pequeno pássaro sem penas, hesitante tocou o filhote de falcão e sentiu uma queimação pelo corpo, e um guincho na sua mente.O pegando no colo com cuidado desceu as escadas na direção de Sirius e Remo.

-O que é isso Harry?-perguntou Sirius olhando o pássaro.

-É o Osíris, lembra que eu mandei uma carta contando?

-A claro, mas o ovo chocou muito rápido.-observou Remo.-Peça para o Flik cuidar dele enquanto saímos.

Flik prometeu cuidar muito bem do mascote de seu jovem senhor, enquanto os três iam para o Beco Diagonal.Sirius preparou uma chave de portal, com um enfeite da sala, e colocou na mão de Harry, que antes que pudesse perceber estava num beco com latas de lixo, uma parede de tijolos e uma porta que parecia ser de um bar.

-É o fundo do Caldeirão Furado.-falou Sirius aparecendo atrás de Harry, com Remo do seu lado.

Harry apenas balançou a cabeça, ficou curioso ao ver Remo pegar a varinha e tocar um dos tijolos, formando um grande arco onde antes tinha uma sólida parede.Ainda surpreso sentiu-se ser empurrado para dentro, mesmo tendo recebido treinamento de um vampiro que mandava esconder seus sentimentos, não conseguiu evitar a excitação, afinal tinha apenas onze anos de idade, e tudo aquilo era fantástico.Nunca tinha tido um contato tão direto com magia antes.

-Você vai ter tempo de olhar tudo mais tarde, antes temos que resolver o que viemos fazer aqui H.-falou Remo, usando o apelido que haviam combinado.

-Aonde iremos primeiro?-questionou curioso.

-No Gringotes, por isso trate de proteger sua mente.-falou Sirius.-Os duendes podem causar alguns problemas, espero não ter que recorrer a nada, eles irão ficar ainda mais desconfiados ao tentarem ler a sua mente e descobrirem uma grande parede de aço circundando.

Caminharam até um edifício de mármore branco, aproximaram-se mais e Harry ficou extasiado ao ver as portas de bronze, entraram por essa porta e entraram em um hall, onde havia portas de prata com a seguinte mensagem:

Entrem, estranhos, mas prestem atenção

Ao que espera o pecado da ambição,

Porque os que tiram o que não ganharam

Terão é que pagar muito caro,

Assim, se procuram sob o nosso chão

Um tesouro que nunca enterraram,

Ladrão, você foi avisado, cuidado,

Pois vai encontrar mais do que procurou.

-Que mensagem amigável.-falou encantado com tudo.

Sirius apenas concordou com a cabeça e dirigiu-se a um balcão, onde um duende analisava varias pedras vermelhas, que reconheceu como rubis.Logo que se aproximaram, o duende levantou os olhos e observou os três atentamente, seu olhar se demorou ainda mais em Harry, o mesmo percebeu que o duende franziu a testa e ele percebeu algo tentado invadir sua mente sutilmente.

-Do que gostariam?-questionou o duende ainda desconfiado em relação a Harry.

-Marcamos uma entrevista com o gerente do banco, o diretor já deve estar nos esperando.-falou Remo seriamente.

-Sim nos fomos informados, sigam-me.-falou o duende carrancudo.

Os três caminharam pelo banco, o duende os levou para uma grande sala, que era escondida numa pequena porta com um duende grandalhão de guarda que olhou nos olhos dos ter diretamente, se demorando mais em Harry.Ele lançou um olhar questionador para o duende que os seguia, este apenas balançou a cabeça, o guarda olhou Harry novamente e os deixou passar.

-Com licença senhor Urik.-falou o duende batendo na porta e a abrindo.-As pessoas que o senhor esperava.

-Obrigado Grampo, pode se retirar.-falou dispensando o duende.-Bom dia, senhores o que querem comigo?-questionou cordialmente.

-Gostaríamos de acessar um cofre do banco.-começou Sirius sendo interrompido.

-Se tiverem a chave não vejo problema nenhum.Ou será que querem entrar num cofre que não pertence a vocês.

-Temos a chave do cofre sim, mas queremos que seja feito sem ninguém saber.-falou Remo percebendo que Sirius começava a se controlar.-O motivo é por causa de uma pessoa que está desaparecida mesmo ninguém sabendo disso.

-Quem?-perguntou curioso.

-Eu.-falou Harry retirando o disfarce.-Harry Potter.

-Claro, já ouvi falar do menino-que-sobreviveu, responsável pela queda de Você-Sabe-Quem.

-Até mesmo a sua raça teme pronunciar o nome de um bruxo.-falou Harry zombador.

-Possui coragem garoto, mas provavelmente não sabe muita coisa sobre a minha raça para julga-la desse jeito.

-É muito difícil conhecer algo sobre os duendes que seja verdade, os livros foram feitos pelos bruxos e nunca eles se culpariam por algo que cometeram.É mais fácil culpar os outros, nesse caso os duendes.-falou calmamente.

-Parece que não é tão tolo quanto imaginei.-falou Urik sorrindo.-Eu autorizo a visitarem o cofre sem que ninguém do Ministério fique sabendo, gostariam de ver o cofre do menino ou o da família Potter?

-O da família Potter, pegue a chave.-falou Sirius entregando uma chave dourada com um P gravado em vermelho e azul.

-É um dos cofres mais antigos do Gringotes, por isso usaremos um vagonete especial.-falou Urik andando até a parede atrás de si, passou o dedo e murmurou algumas palavras em voz baixa que Harry reconheceu como sendo gurgulês, mas por causa da voz baixa não reconheceu nada.

O vagonete era dourado com pedras preciosas ao seu redor, os quatro subiram no vagonete, sendo Urik responsável por guia-lo, a velocidade era surreal, poderia ser comparada a de um vampiro.Em poucos instantes chegaram no que parecia ser o fim da linha, o vagonete parou e todos desceram, Harry procurou o cofre, mas encontrou apenas a escuridão.

-Daqui apenas o herdeiro pode continuar, pegue a chave.-enquanto falava Urik mostrou a direção que ele deveria seguir.

Harry pegou a chave e começou a andar na direção que foi indicada por Urik, ao andar alguns archotes se acendiam iluminado o caminho.Depois de alguns minutos ele conseguiu visualizar o cofre, ele não tinha adorno nenhum apenas uma fechadura e um P em cima.Inseriu a chave e a girou, um ruído estridente indicou que a porta havia aberto, ao entrar ficou deslumbrado com tudo.Caminhou pelo cofre e encontrou algo que definitivamente ele não esperava encontrar.

*-*

Remo e Sirius ficaram esperando Harry do lado de fora, próximo ao vagonete junto com Urik que parecia estar meditando.Ansiosos para saírem daquele túnel os dois ficaram felizes ao verem Harry sair tão rápido.

-O tempo no cofre dos Potter é diferente.-falou Urik ao notar a cara dos dois.-Podemos subir senhor Potter?

-Claro que sim.-falou Harry animado segurando uma bolsa cinza.

-O que tem nessa bolsa?-questionou Sirius quando todos entraram no vagonete.

-Não te interessa pulguento.-falou Harry sorrindo maliciosamente.

Sirius deixou uma cara de espanto aparecer, virou para Remo que apenas balançou a cabeça negativamente.A subida foi muito mais rápida, fazendo os três bruxos sentirem enjôo, eles desceram na sala de Urik que queria falar com eles antes de deixa-los partirem.

-Como havia prometido não contarei a ninguém sobre a sua visita aqui, mas eu gostaria de saber o motivo de todo esse segredo.Principalmente por causa da sua oclumência que é muito poderosa não tendo nenhuma abertura, essa proteção eu tinha visto apenas em vampiros.

-Vou confiar em você Urik.-falou Harry assustando Sirius e Remo, que não esperavam isso.-Voldemort não morreu como todos acreditam, essa é uma opinião de Dumbledore, segundo eles.-falou apontando os dois adultos.-Dumbledore me deixou na casa dos meus parentes trouxas, porque não queria que eu fosse criado no meio da comunidade mágica, mas quando tinha cinco anos de idade fomos atacados por comensais da morte que mataram o resto da minha família sangüínea.Depois disso Sirius me criou e planejou me treinar para enfrentar meu futuro.

-Interessante.-falou Urik pensando em todas as informações recebidas.-Na primeira ascensão de Você-Sabe-Quem, uma família de duendes foi torturada e morta por comensais para entregar informações sobre o banco, mas mesmo assim não formamos uma aliança com o Ministério.

-Por que?-perguntou Harry curioso.

-Porque mesmo não demonstrando publicamente eles sempre quiseram tomar conta do nosso banco, parece que os bruxos não aceitam as outras raças, tentado sempre demonstrar superioridade.É assim com os duendes, com os centauros e até mesmo os elfos-domésticos que são criaturas que aceitam ser humilhadas.-falou Urik aumentando seu tom de voz.

-Não pense que todos são desse jeito Urik.-falou Remo ofendido.

-Ele tem razão Urik, e ele fala por experiência própria.Certo tio Aluado?-falou Harry lançando um olhar extremamente sagaz, Remo iria lançar uma desculpa que foi interrompida por Harry.-Ele é um lobisomem e a comunidade bruxa não gosta de mestiços.

-Como você descobriu?-perguntou Remo alarmado.

-Com uma ajuda de um diário de uns tais de Marotos.E acho melhor discutirmos isso em casa, estamos em uma reunião.

Urik abriu uma das gavetas de sua escrivaninha e começou a procurar algo, quando pareceu encontrar deu um sorriso.

-Talvez nem todos os bruxos sejam iguais.-falou segurando um livro nas mãos.-Pegue jovem Potter, esse livro conta a historia dos conflitos entre os bruxos e os duendes, diferente dos bruxos aqui está escrito à verdade.O único problema é que ele foi escrito em gurgulês.

-Não tem problema, eu aprendi o idioma dos duendes.-falou Harry em gurgulês surpreendendo Urik.

-Otimo agora devem ir já estão a bastante tempo ocupando meu tempo.

Os três concordaram e saíram do Gringotes felizes por dar tudo certo, incluindo que Harry conseguira ganhar pontos com os duendes.Sirius e Remo ainda estavam chocados por Harry ter descoberto o segredo deles, mas tudo era culpa do diário que eles haviam inventado de fazer no sétimo ano, e terem deixado sob os cuidados de Tiago.

-Vamos ao Olivaras tentar esvaziar a loja para podermos comprar a sua varinha, enquanto isso vá tomar um sorvete, que um de nos dois vai buscar você.

*-*

Harry acabou trombando e derrubando um garoto ruivo, que parecia ter a mesma idade dele, enquanto caminhava para a sorveteria.-Me desculpe.Deixe me ajudar você a se levantar.-falou Harry estendendo a mão.

-Obrigado.-falou o garoto ruivo hesitante, mas aceitando a ajuda.-Meu nome é Rony Weasley, prazer.-estendeu a mão ao estranho.

-Prazer Rony, me chame apenas de H.

-Rony, mamãe está chamando você para irmos embora.-falou uma garota ruiva que parecia ter dez anos de idade, que ao olhar para Harry corou.

-Essa é minha irmã Gina, e esse é o H.Vai estudar em Hogwarts?

-Quem sabe algum dia eu apareça por lá.-falou se despedindo dos dois e caminhando até a sorveteria.

-Que garoto estranho.-comentou Gina enquanto os dois caminhavam para junto da mãe.

-É verdade, mas parece ser legal.-falou Rony.

*-*

Sirius foi buscar Harry na sorveteria e o encontrou pensativo, o chamou diversas vezes até ele despertar, caminharam juntos para a loja do artesão de varinhas Olivaras.Entrando na loja Harry começou a observar tudo, e ficou extasiado com a quantidade das varinhas espalhadas pela loja.

-Retire o disfarce garoto, gosto de olhar nos olhos das pessoas ao vender a varinha, que acompanhara para toda a sua vida.-falou Olivaras, e exclamou surpreso ao ver Harry.-É muito parecido com o seu pai, mas tem os olhos iguais ao da  sua mãe.Grandes bruxos.

-O senhor os conheceu?-perguntou com curiosidade, sempre se fascinava quando falavam dos seus pais.

-Claro que sim, fui o responsável pela venda da varinha deles.Vinte e seis centímetros de comprimento, farfalhante, feita de salgueiro, foi à varinha da sua mãe, ótima para encantamentos.Já seu pai era uma varinha de mogno, vinte e oito centímetros, flexível, perfeito para transformações.-enquanto falava uma fita media o braço direito de Harry.-Pronto vamos testar qual a varinha perfeita para você.

-São tantas varinhas, o senhor que confeccionou todas elas?

-Sim.Tente essa cauda de unicórnio, vinte e cinco centímetros, de ameixeira-brava.-Harry balanço o braço e um jarro explodiu.-Não, tente esta outra, bordo e corda de coração de dragão.-nada aconteceu.-Cliente difícil.Esta aqui é uma combinação bem incomum, mas talvez seja perfeita pra você.Azevinho, vinte e oito centímetros, pena de fênix traçada junto com um corda de coração de dragão.-no momento que Harry pegou a varinha sentiu uma grande energia passando por todo seu corpo.-Curioso, muito curioso.

-O que é curioso?-questionou Harry curioso entregando a varinha para que Olivaras a embrulhasse.

-A fênix que deu a pena para a sua varinha produziu uma outra pena, e essa pena é parte da varinha que fez essa cicatriz na sua testa.Espero que produza grandes feitos com essa varinha.-falou entregando o embrulho.

-Sabe que teremos que apagar a sua memória, não sabe Olivaras?-perguntou Remo, que concordou.-Desculpe por isso.OBLIVUS MENTIS.-uma fina linha translúcida saiu da varinha e foi na direção do Olivaras, enquanto isso Sirius preparava uma chave de portal.

-Vamos embora.

Logo que chegaram em casa Harry se preparou para subir até seu quarto e ver Osíris, mas Remo o puxou pelo braço o levando até os fundos da casa, onde tinha um grande galpão.Ao entrarem Harry percebeu que parecia ser uma sala de treinamento.

-É hora de continuarmos seu treinamento Harry.-falou Remo empunhando a varinha.-Pronto?


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Notas finais do capítulo

O que aconteceu no cofre vai ser um misterio por enquanto.